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PODEREMOS FALAR DO EVANGELHO TAMBÉM.


A pregação do evangelho é dever de todo cristão
(Por D.L .Moody) Durante alguns anos achava que não podia trabalhar para Deus.
 Ninguém me pediu para que fizesse alguma coisa em favor do Evangelho.
 Quando fui a Chicago, aluguei cinco assentos na Igreja, e saía e me esforçava para encher os bancos, com moços que encontrava nas ruas.
 Não falava a estes acerca das suas almas; julgava eu que falar aos pecadores era trabalho dos anciãos. Depois de algum tempo de assim trabalhar, abri uma Escola Dominical, em outra parte da cidade.
Para mim, a única coisa era ter o maior número na Escola, e trabalhava com este alvo. Quando a assistência era de menos de mil pessoas, eu ficava perturbado; e quando subia a mil e duzentas ou a mil e quinhentas então me alegrava.
 Até então ninguém fora convertido; não houvera colheita. Então, Deus me iluminou. Havia na escola uma classe de moças que eram, sem dúvida, as mais vaidosas que eu jamais encontrara. Num domingo o professor estava doente, e eu ensinei a classe.
 Zombaram de mim na minha presença e eu fui tentado a expulsá-las, para nunca mais voltarem. Durante a semana, o professor entrou na loja onde eu trabalhava.
 Vi que ele estava pálido e muito doente. “Que tens?”
 perguntei-lhe. – “Tive outra hemorragia nos pulmões. O médico diz que não posso ficar em Lake Michigan, e vou para o Estado de Nova Iorque. Por mim, vou para casa para morrer”. Ele parecia muito perturbado e quando perguntei a razão, respondeu:
 “Ora, nunca dirigi uma moça da minha classe para Cristo. Acho que realmente tenho feito mais mal do que bem, às moças”. Nunca tinha ouvido alguém falar nisso, e fiquei meditando.Depois de um pouco, eu disse:
 “Não achas bom ir dizer-lhes o que sentes?
Irei, também, numa carruagem, se queres ir”. Ele concordou e saímos juntos. Foi uma das melhores viagens que jamais fiz na terra. Fomos à casa de uma das moças e o professor falou pra ela acerca da alma. Então, não se ria mais.
 Lágrimas apareceram-lhe nos olhos. O professor depois de explicar o caminho da salvação, sugeriu que orássemos.
 Pediu que eu orasse. Em verdade, nunca fizera tal coisa, nunca orara a Deus que convertesse a uma moça, e na mesma ocasião, porém, oramos, e Deus respondeu à oração. Fomos à casa das outras moças.
Quando ele subia a escada, faltava-lhe o fôlego, mas explicava às moças o propósito de nossa visita. E, sem muita demora, ficaram quebrantadas e começaram a buscar salvação. Quando ele não podia mais andar, levei-o de novo para sua casa.
 No dia seguinte saímos outra vez. Passara-se dez dias, e chegou de novo à loja, com o rosto brilhando. “Sr Moody”, disse ele, “a ultima já se entregou a Cristo”.
 Como foi grande o nosso regozijo!
Ele tinha de partir na noite do dia seguinte; chamei sua classe para uma reunião de oração, e lá, Deus acendeu um fogo na minha alma, que nunca mais se apagou.
O maior alvo da minha vida era ser comerciante próspero; se tivesse sabido que estava para perder este alvo, é provável que não teria ido.
 Mas quantas vezes agradeço a Deus, depois daquele culto! O professor que estava para morrer, sentou-se no centro da classe e falava-lhes, lendo o capitulo catorze de João.
 Experimentamos cantar o hino:
 “Benditos laços são, os do fraterno amor”, e depois ajoelhamo-nos para orar.
Quando eu queria levantar me da oração, uma das moças da classe começou a orar por seu professor, já moribundo, outra orou e, depois outra; e antes de nos levantarmos, a classe inteira tinha orado. Quando saímos, disse pra mim mesmo:
“Ó Deus, deixa-me morrer antes de perder a benção que recebi aqui, esta noite!” No dia seguinte, fui à estação despedir-me do professor.
 Antes de sair o trem, chegaram, uma a uma, todas as moças da classe sem haver qualquer combinação. Que culto! Experimentamos cantar, mas só podíamos chorar.
A última coisa que vimos do professor, na plataforma do último carro, com o dedo apontado para cima, implorava que a classe o encontrasse no céu. Eu não sabia o preço que tinha de pagar por causa desta experiência.
 Não tinha mais habilidade para o comércio, tinha perdido o gosto de negociar. Tinha provado algo de um outro mundo, e não queria mais ganhar dinheiro. Durante alguns dias depois, tive a maior luta da minha vida.
Devia deixar o comércio e entregar-me inteiramente à Obra de Cristo, ou não?
Nunca me arrependi da minha escolha. Oh, a delícia de dirigir alguém das trevas, à luz gloriosa do Evangelho! Na primeira guerra mundial, um moço foi levado ao hospital, sofrendo ferimentos em quase todo o corpo.
 Em grande agonia, suplicava à enfermeira que lhe desse algo para dormir, para jamais acordar. Ela recusou e ele começou a implorar ao médico:
 “Tenha compaixão de mim. Faça com que eu durma. Por que devo viver?
 Estou completamente inutilizado.
Não posso mais servir à pátria nem ao próximo. Dê-me um alívio”.
 Quando o médico também recusou, rogou que escrevessem ao rei, pedindo licença para que findassem com seus sofrimentos.
 Para apaziguá-lo, o médico escreveu ao rei Jorge, contando o caso do soldado valente que fora vencido pela dor. Chegou um telegrama para o soldado:
 “Teu rei precisa de ti. (a) Jorge”. O soldado, logo corou ânimo e ficou bom.
A mensagem direta para todo crente, é a mesma:
“Teu Rei precisa de ti, ara proclamar a mensagem a todas as criaturas”.

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