Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre (Dn 2.44).
É evidente que a situação mundial evolui mais de conformidade com o método futurist.
O sistema futurista ensina ainda que a Igreja constitui um parêntese na cadeia profética das setenta semanas de anos [Dn 9.24-27], que abrange o período desde 445 a.C. até 32 d.C., e mais sete anos ainda por vir,após a ascensão da Igreja.
Qualquer que seja a opinião do leitor, os fatos narrados a seguir são dignos de uma análise imparcial à luz da Palavra de Deus, pois constituem uma advertência solene de que a vinda de Cristo está às portas.
Estados Unidos da Europa?
Um jornal paulista publicou uma notícia de elevado interesse para os que aguardam o cumprimento das profecias bíblicas.
Sob o título "Proposta a união total da Europa", assim noticiou o importante matutino:
O primeiro-ministro belga Leo Tindemans propôs a transformação da Comunidade Econômica Européia numa "autêntica" união da Europa, que seja o embrião de uma superpotência de mais de 300 milhões de habitantes.
O documento [...] já desencadeou um debate que a agência France Press considera "um dos mais apaixonados do século [XX] na Europa".
Bonn e Paris acolheram favoravelmente o relatório de 80 páginas preparado por Tindemans a pedido de seus colegas da CEE em 1974 e concluído dia 31 de dezembro, quando entregou as cópias aos outros membros da Comunidade.
Vinte e cinco anos mais tarde, em janeiro de 1999, finalmente consolida-se o sonho de Tindemans e de tantos outros líderes europeus.
A Comunidade Européia inaugura com grande sucesso a sua moeda única, o euro. Esse passo é de importância tal que não pode ser comparado àquele dado por Júlio César há mais de vinte séculos, quando expandiu e consolidou as fronteiras do império romano.
Naquele tempo, a união foi obtida por meio de sangrentas batalhas, ao passo que hoje essa fusão de nações ocorre mediante a renúncia ao nacionalismo intransigente e à entrega a uma batalha pacífica: a do livre comércio.
O NOVO IMPÉRIO ROMANO Surge, assim, a grande potência européia
— biblicamente, o novo Império Romano
— , criando as condições necessárias ao surgimento do anticristo.
A invasão da Palestina pela Rússia e seus aliados insere-se no contexto dos grandes acontecimentos dos últimos tempos, preditos pela profecia bíblica, dentre eles a união européia e o surgimento do anticristo.
Acredita-se, que após a invasão russa e seu desastroso fim nas montanhas israelenses, os europeus ocidentais,"na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo" [Lc 21.26], serão unificados pelo medo.
Dessa união de países que constituirão o império romano restaurado ficarão de fora os russos e o povo europeu identificado como Gômer, além dos demais, que são: os persas, os armênios, os etíopes e os Iíbios.
De todos os povos que acompanharão os russos na invasão de Israel, a descendência de Gômer tem sido a mais difícil de ser claramente estabelecida na Europa atual.
As opiniões indicam que poderiam ser os habitantes alemães orientais [da antiga Alemanha Oriental], húngaros, checos e eslováquios, os quais integraram a antiga União Soviética.
O ressurgimento do império romano como um domínio mundial será a concretização do anseio de ecumenistas,sincretistas e cientistas nucleares modernos, pregadores de uma só religião e de um só governo para o mundo.
Até mesmo Stanley jones, apreciado autor de livros devocionais de grande aceitação nos meios evangélicos, defendia um tipo de federação de nações. Diz ele:
A dificuldade, que se apresenta como problema mundial, está, portanto, crua e nua à nossa frente: delegarão as nações sua soberania a uma união federativa mundial, ou negarão delegá-la, continuando a confiar em ligas, pactos, tratados e cartas?
Todas as questões são secundárias e marginais. Esta é centrai. Se de livre e espontânea vontade não delegarem sua soberania e independência em favor da paz, mui a contragosto a legarão em favor da guerra.
Em nossos dias, diversas seitas do Oriente e do Ocidente pregam a necessidade do governo mundial como único meio para se evitar o desastre total da humanidade, destacando-se o Conselho Mundial de Igrejas
— já detentor de considerável influência no mundo político-religioso, por falar em nome de mais de meio bilhão de seres humanos
— que vem pregando a mesma mensagem.
Shoghi Effendi,o Guardião da Fé Bahái, seita oriental que está sendo amplamente propagada no Ocidente e em todo o mundo, descreve o modelo do governo mundial preconizado pela sua religião: A unidade do gênero humano
— assim como Baháúlláh a concebeu
— compreende o estabelecimento de uma comunidade mundial em que todas as nações, raças, credos e classes estejam estreita e permanentemente unidas, e na qual a autonomia dos Estados que o compõem, a liberdade e a iniciativa pessoal dos membros individuais destes sejam garantidos de um modo definitivo e completo.
Tal comunidade mundial deve abranger, segundo o nosso conceito, um Legislativo mundial, cujos membros, os representantes de todo o gênero humano, controlarão todos os recursos das respectivas nações componentes e criarão as leis que forem necessárias para regular a vida, satisfazer as necessidades e ajustar as relações de todas as raças e povos entre si.
Um executivo mundial, apoiado por uma força internacional, efetuará as decisões desse legislativo mundial, aplicará as leis por ele criadas e protegerá a unidade orgânica de toda O NOVO IMPÉRIO ROMANO a comunidade mundial.
Um tribunal mundial deverá adjudicar toda e qualquer disputa que surja entre os vários elementos que constituem esse sistema universal, sendo irrevogável a sua decisão [...]
Um idioma mundial será criado, ou escolhido dentre as línguas existentes, e será ensinado em todas as escolas de todas as nações, como auxiliar à língua nativa.
Uma escrita mundial, uma literatura mundial, um sistema universal e uniforme de moeda, de pesos e medidas simplificarão e facilitarão intercâmbio e entendimento entre as nações e raças da humanidade".
Nos meios científicos, essa tese nasceu logo após a explosão da primeira bomba atômica, em 1945, e seu grande defensor foi Albert Einstein, um dos pais da terrível arma.
Einstein propôs, em 1957, o estabelecimento de um governo mundial efetivo, até mesmo dotado de poderio militar.
Ele acreditava que somente uma instituição supranacional desse tipo seria capaz de evitar uma guerra nuclear no futuro.
Numa carta escrita a uma editora de Tóquio, Japão, diz ele:
Eis por que não há a menor dúvida de que se nós deixarmos produzir-se uma nova guerra, grande parte da humanidade será destruída, as cidades transformar-se-ão em ruínas e até mesmo a terra ficará envenenada.
Semelhante desastre só poderá ser evitado pela criação de um governo mundial que teria à sua disposição todas as armas, assim como o controle das instituições.
Ele teria os poderes legais de trancar sempre todos os casos que, até agora, conduziram à guerra.
A criação de um governo mundial dotado de poderes tão amplos só será possível se os povos de todos os países compreenderem perfeitamente que não existe meio mais econômico e mais em harmonia com o pensamento político tradicional das nações.
É preciso um trabalho de educação paciente e intensivo em todos os países para que seja possível tal mudança fundamental, que deverá ser realizada antes que seja tarde [...]
Nossa missão principal é sempre convencer os povos de que a Federação Mundial representa sua única esperança para o futuro. Se conseguirmos propagar esta convicção entre as nações, sua realização não esbarrará em dificuldades técnicas.
À luz da Palavra de Deus, o mundo deverá inclinar-se, cada vez mais, para esse governo internacional.
E essa inclinação será acelerada à medida que se sucederem os próximos acontecimentos no Médio Oriente, para onde convergem as atenções e interesses atuais das nações.
A própria atitude condenável da Rússia, ao abater-se covardemente sobre uma região desarmada e que repousa em paz, motivará os povos a optarem pelo governo mundial, como única alternativa contra os terríveis males de uma generalizada conflagração nuclear.
As Escrituras afirmam que desse "novo" mundo emergirá o "homem forte" da paz, o falso messias, o cristo do diabo. Diz a Bíblia, porém:"Pois que, quando disserem:
Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão" [1 Ts 5.3].
O testemunho de Daniel ;
Na imponente e terrível estátua mostrada em sonho a Nabucodonosor, rei da Babilônia, está representado o poder político das nações.
Nela viu o monarca o desenrolar da história dos grandes impérios mundiais, simbolizados nos elementos que a constituíam.
A cabeça de ouro era o poder babilônico [608-538 a.C.], jamais igualado. Os braços e o peito de prata referiam-se ao domínio dos medos e persas [538-331 a.C.] que,embora mais extenso que o seu antecessor,foi,todavia, menor em magnificência.
O ventre e as coxas O NOVO IMPÉRIO ROMANO cobre falavam do terceiro governo mundial, grego [331 a 168 a.C.].
E, finalmente, as pernas de ferro e os pés em parte de barro e em parte de ferro caracterizavam o quarto poder mundial, o romano, que teve início em 168 a.C. e permanece ainda nos dias atuais.
Foi nesse período que se deu a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Afirma a Bíblia que os dez dedos dos pés da estátua representam igual número de nações remanescentes da férrea potência dos césares, nações estas que estão delineando hoje, na Europa Ocidental, os contornos de um novo império romano, de onde há de sobressair o anticristo.
O profeta Daniel, intérprete fiel dos acontecimentos revelados por Deus a Nabucodonosor, conclui: Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro.
Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre.
Da maneira como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro,a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação [Dn 2.43-45].
A pedra referida por Daniel é Cristo, que afirmou:
"Nunca lestes nas Escrituras:
A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isso e é maravilhoso aos nossos olhos?
E quem cair sobre esta pedra despedaçar-se-á; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó"[M t 21.42,44]. Pedro corrobora esta mesma doutrina quando escreve:
"E, chegando-vos para ele [Cristo], a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa" [1 Pe 2.4].
Ao rejeitarem o seu Messias, os judeus tropeçaram na Pedra e foram feitos em pedaços — espalhados e perseguidos por todo o mundo.
Mas sobre o governo mundial do anticristo, cuja plataforma será o novo império romano, a pedra cairá e reduzirá tudo a pó!
Salienta Daniel que os povos representados pelos dedos dos pés da estátua "misturar-se-ão com semente humana [casamento], mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro".
De fato, houve ocasião em que a maioria dos monarcas europeus eram membros de uma mesma família, mas daí à unificação da Europa permaneceram enormes barreiras. No século XIX, tantos foram os casamentos entre príncipes e princesas que a rainha Vitória, da Inglaterra e Irlanda [1837-1901], e o rei Cristiano VIII, da Dinamarca [1863-1906], ficaram conhecidos como os avós da Europa. Por ocasião da Primeira Guerra Mundial, o rei da Inglaterra, o czar da Rússia e o kaiser da Alemanha eram primos entre si!
Pelo poder das armas também não se conseguiu levantar um novo império das cinzas do velho, e os esforços das hordas árabes, tártaras e turcas, bem como as campanhas impetuosas de Carlos Magno, Othon, Carlos V, Felipe II, Luís XIV, Napoleão I, Guilherme II e Hitler foram todas infrutíferas. Apesar dos fracassos do passado,a união da Europa é hoje uma tremenda realidade!
Um passo importante nesse sentido foi dado em Io de julho de 1979, com a eleição do Parlamento Europeu.
Àquela época, sessenta por cento dos 180 milhões de eleitores dos nove países membros elegeram seus 410 representantes. De 1979 para cá diversos outros decisivos passos têm sido dados na direção do objetivo fixado por Carlos Magno no século VIII: a unidade européia.
Como se sabe, o célebre filho de Pepino, o Breve, ampliou os domínios dos francos pelas armas, sonhou com uma Europa unida e foi coroado imperador dos romanos pelo papa Leão III no dia 25 de dezembro de 800.
Estava fundado no Ocidente um novo império,que rivalizava com o do Oriente.
Mas o grande guerreiro e estadista morreu em 814, e o seu império começou a enfraquecer-se. Embora o número de países integrantes da Comunidade Européia seja hoje maior que o número de povos preditos na Bíblia, o décimo país a ingressar na Comunidade Européia foi exatamente aquele que representa as unhas de bronze dos dedos:
a Grécia [Dn 7.19], Daniel deixa claro que o número final de nações que constituirão o império romano nos tempos finais será de dez.
A mesma profecia acha-se também no livro de Apocalipse:
E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia.
E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão.
E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada [Ap 13.1,11,12].
Segundo a interpretação que o próprio anjo dá a João, as sete cabeças representam as sete montanhas onde a primeira besta está assentada, ou seja, a cidade de Roma, mundialmente conhecida por suas sete colinas.
Os dez chifres são os dez reis (reinos], correspondentes aos dez dedos da estátua de Daniel 2, demonstrando que o antigo império romano será restaurado nestes últimos dias para ser reduzido a pó pela Pedra.
O profeta Daniel não deixa dúvidas a respeito, ao afirmar que os dez dedos dos pés da estátua, ou os de: chifres do quarto e terrível animal, serão destruídos pela Pedra [Dn 7.7,8].
E como esta, que é Cristo, ainda não se manifestou em poder e grande glória, o cumprimento dessa profecia está ainda para acontecer.
Alguns intérpretes históricos do Apocalipse procuram ver no papa a primeira besta,e nos Estados Unidos, a segunda.
Todavia, essas hipóteses não possuem qualquer fundamento bíblico.
A Roma papal está identificada no capítulo 17 de Apocalipse, enquanto o capítulo 13 refere-se ao império romano restaurado, inicialmente sediado em Roma ou diretamente influenciado por essa cidade. Não dogmatizo sobre matéria tão controvertida.
Apenas saliento o ponto de vista de estudiosos da escatologia bíblica, inclusive o meu.
Acredito, porém, que quando essas coisas estiverem acontecendo aqui, a Igreja
— a fiel Noiva do Cordeiro
— já terá sido arrebatada a encontrar o Senhor nos ares,"porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens [...] e assim estaremos sempre com o Senhor" [1 Ts 4.16,17]
Créditos do Pastor Abrão de Almeida,adaptado por Luiz Saturnino Santos.
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