O fanatismo pode levar muitos a não prestarem honras aos que honras merecem.
Honrar significa considerar a virtude, o talento, a coragem, a santidade ou as boas qualidades de alguém.
A mulher escolhida por Deus para dar à luz a Luz do mundo Maria nos deixou exemplos de fé, obediência, coragem, humildade, de amor e temor a Deus.
Então, honremos a Maria porque Deus a honrou primeiro. Maria foi escolhida para tão nobre missão porque era justa e reta aos olhos do Senhor.
"EIS AQUI A SERVA D0 SENHOR. CUMPRA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA." (Lucas 1.38).
Este foi um exemplo de fé, obediência e humildade que nos deixou Maria.
Com estas palavras ela acatou a missão que lhe acabara de ser anunciada pelo anjo Gabriel, ou seja, a missão de ser a mãe de Jesus, de servir de veículo para que o Verbo se fizesse carne e habitasse entre nós.
Foi exemplo também de coragem: ela não ficou a meditar se o seu casamento com José seria desfeito ou se José gostaria ou não; se iria compreender ou não a sua gravidez.
Ela confiou no Senhor e na Sua Palavra.
Seguindo seu exemplo, sejamos submissos à Palavra de Deus e à Sua vontade, ainda que isso nos cause algumas dificuldades no presente momento e mundo em que vivemos.
Que bom seria se todos dissessem:
"Cumpra-se em mim, Senhor, segundo a tua palavra".
Também Maria não se envaideceu diante das declarações de sua prima Isabel, que lhe disse:
"Bendita és tu entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre".
Tão logo ouviu estas palavras, dirigiu-se ao Senhor em oração:
"A MINHA ALMA ENGRANDECE AO SENHOR E O MEU ESPÍRITO SE ALEGRA EM DEUS, MEU SALVADOR, PORQUE ATENTOU NA HUMILDADE DE SUA SERVA, POIS EIS QUE, DESDE AGORA, TODAS AS GERAÇÕES ME CHAMARÃO BEM-AVENTURADA" (Lucas 1.39-55).
Maria também não se abalou quando um certo homem chamado Simeão, cheio do Espírito Santo, profetizou a respeito do Menino:
"Eis que é posto para queda e elevação de muitos... e uma espada traspassará também a tua própria alma" (Lucas 2.34-35).
A missão seria difícil tanto para Maria quanto para Jesus.
Maria foi uma mãe sofredora.
Sofredora, porém resignada.
Sofreu na apressada fuga para o Egito, livrando Jesus das mãos de Herodes; sofreu diante das perseguições e das ameaças com vistas a tirar a vida de seu filho; e, finalmente, sofreu muitíssimo ao ver seu filho traído, condenado sem justa causa e morto numa cruz.
Muitos outros santos bíblicos são merecedores, também, de nossa admiração e honra por haverem cumprido fielmente, com fé, obediência e humildade, os encargos que Deus lhes confiou.
Exemplo do santo Noé, homem reto e justo, que recebeu de Deus a incumbência de anunciar o Dilúvio a uma geração depravada, e de construir uma enorme barca.
Exemplo do santo Abraão, que deixou sua cidade natal e seus parentes, e seguiu em busca de uma terra desconhecida.
Exemplo de Moisés, ao qual Deus confiou a espinhosa missão de livrar seu povo da escravidão do Egito.
Exemplo de Josué que, atendendo ao Senhor, passou o Jordão e conquistou a Canaã prometida. Exemplos de tantos profetas que não vacilaram em transmitir as mensagens do Altíssimo, ainda que colocando em risco a própria vida. Exemplos como os do santo João Batista, que pagou com sua vida por haver falado a verdade.
Exemplos dos discípulos de Jesus, que não recuaram diante das dificuldades e das perseguições no cumprimento da elevada missão de "pregar o Evangelho a toda criatura".
E muitos foram perseguidos, torturados e mortos.
Maria faz parte, portanto, dessa galeria de santos que souberam cumprir com firmeza, determinação, coragem e fé os encargos que Deus lhes confiou.
Que nós, os santos vivos, nós os santos de nossa geração, saibamos cumprir a nossa missão como filhos de Deus, tendo como exemplo os santos do passado, tudo para honra e glória do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
ADOREMOS O FILHO .
Como vimos, honrar a Maria significa reconhecer que a sua missão aqui na Terra foi uma das mais nobres e importantes, qual seja, a missão de carregar em seu ventre, alimentar com seu sangue, amamentar e criar o nosso Redentor.
Todavia, não se deve dispensar a Maria honrarias superiores às que ela merece. Nada podemos fazer para aumentar a sua posição diante de Deus.
Como justo juiz, Deus não dará a Maria nada mais nada menos do que ela merece, do que ela conquistou com sua fé, humildade e obediência.
E o que ela mais desejou foi a sua salvação, ou seja, viver com Cristo na eternidade.
Maria dedicou toda a sua vida ao cumprimento da sua honrosa missão. Ela nunca teve a intenção de ofuscar o ministério de Jesus. E não poderia fazê-lo.
Ela sabia que a missão de Jesus era incomparavelmente superior à sua.
A missão de Jesus era a do Verbo que se fez carne para trazer aos homens, na linguagem dos homens, a mensagem redentora do Pai.
Em momento algum Maria avocou a qualidade de mãe de Jesus para usufruir regalias.
Ela nunca demonstrou qualquer intenção de ser alvo das atenções, de roubar a cena, de ofuscar o Filho de Deus roubar-lhe a glória.
Ademais, as atenções dos discípulos estavam voltadas para o Mestre, porque dEle emanava a verdade, e nEle se via o resplendor da glória do Pai.
Não há registro na Bíblia de qualquer adoração a Maria - ou recomendações nesse sentido - enquanto viva ou após a sua morte.
Maria manteve uma posição discreta com relação ao trabalho de Jesus,e sua missão.
Uma única vez interferiu no ministério de Jesus, nas bodas em Caná da Galiléia, com uma discreta participação.
Vejamos o diálogo:
"E, no terceiro dia, fizeram-se uma bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus.
E foram também convidados Jesus e os seus discípulos para as bodas.
E, faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse:
Não têm vinho.
Disse-lhe Jesus:
Mulher, que tenho eu contigo?
Ainda não é chegada a minha hora.
Sua mãe disse aos empregados:
"Fazei tudo quanto ele vos disser" (João 2.1-5).
Ao informar a Jesus que acabara o vinho, Maria deixa implícito que seu filho teria condições de resolver aquele problema.
A resposta de Jesus - "que tenho eu contigo, mulher"- não desrespeita sua mãe, não significando uma repreensão, mas é uma recusa.
Não era dos planos de Jesus iniciar a manifestação da sua glória naquela oportunidade.
Ele disse que a hora dele não havia chegado.
Porém, tudo indica que Maria continuou esperançosa de que algo poderia acontecer.
Certamente, ela voltou a falar a Jesus sobre os vexames por que passariam os anfitriões em não havendo mais vinho para servir.
Percebeu no seu coração que Jesus estava inclinado a reavaliar sua posição. Então, segura de si, chamou os empregados e disse:
"FAZEI TUDO QUANTO ELE VOS DISSER".
E o milagre aconteceu.
Embora a mensagem de Maria tenha sido específica para aquela ocasião, quando ela orienta os empregados para obedecerem a Jesus, nada impede de estendermos esse apelo aos dias atuais, ou seja, fazermos tudo de acordo com os mandamentos e ensinos de Jesus:
“Se me amarem guardarão os meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (João 14.15-16).
Então, para que tenhamos o Espírito Santo, ou seja, o outro Consolador, é necessário que guardemos os mandamentos de Jesus.
E o grande mandamento de Jesus foi este:
"AMARÁS O SENHOR TEU DEUS DE TODO O TEU CORAÇÃO, DE TODA A TUA ALMA, E DE TODO O TEU ENTENDIMENTO. ESTE É O PRIMEIRO E GRANDE MANDAMENTO. O SEGUNDO, SEMELHANTE A ESTE É: AMARÁS O TEU PRÓXIMO COM A TI MESMO" (Mateus 22.37- 39).
Se de alguma forma quisermos, nos dias de hoje, atendermos aos apelos de Maria - "fazei tudo quanto Ele vos disser"- estaremos na obrigação de adorar somente a Deus e só a Ele servir.
Assim, Maria está excluída de nossa adoração.
Ela própria se excluiu.
Nenhum santo vivo ou falecido aceita adoração.
Nem os anjos aceitam-na.
Maria ficou excluída, também, quando Jesus revelou que "ninguém vem ao Pai se não for através de Mim" (João 14.6). Portanto, através da mãe de Jesus ninguém chegará a Deus.
Os santos falecidos ficaram de fora quando Jesus disse que todos deveriam buscar nEle a solução para seus problemas:
"VINDE A MIM TODOS VÓS QUE ESTAIS CANSADOS E OPRIMIDOS E EU VOS ALIVIAREI"
(Mateus 11.28).
Aqui, Ele não dá oportunidade para irmos a outra pessoa viva ou falecida, a outro espírito, a outro santo que não seja Ele, o Santo dos santos.
Leia também Atos 4.12. Conclui-se, portanto, que a santa Maria deve ser honrada, e o seu exemplo - exemplo de fé, obediência, amor e humildade - deve ser seguido.
Ela cumpriu sua missão aqui na Terra com bastante zelo, dedicação e confiança no Senhor.
Deve ser adorada por isso?
Não.
As Escrituras Sagradas não apontam nessa direção. Jesus nos ensinou a orar ao Pai ("Pai nosso que estás nos céus"), e a adorar ao Pai ("Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele servirás").
Convidou todos os homens a irem a Ele, diretamente a Ele: "VINDE A MIM TODOS VÓS..." Aqui Ele não deixa qualquer dúvida de que somente Ele pode resolver nossos problemas, porque somente Ele, e não Maria, recebeu autoridade e poder.
Vejamos:
"Tudo me foi entregue por meu Pai" (Lucas 10.22-A).
"Ora, para que saibas que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados, levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa" (Mateus 9.6).
"É-me dado todo o poder no céu e na terra" (Mateus 28.18).
A santa Maria, quando viva, recebeu os mesmos poderes outorgados por Jesus aos seus discípulos: "Tendo convocado os doze discípulos, Jesus deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curarem enfermos" (Lucas 9.1);
"Estes sinais hão de seguir os que crerem: em meu nome expulsarão demônios... imporão as mãos sobre enfermos, e os curarão" (Marcos 16.17-18).
Observem que esses poderes foram outorgados
AOS QUE CREREM.
Logo, Maria estava incluída.
Ela era, obviamente, crente em Jesus.
Ela poderia ter exercido o ministério de pregação do Evangelho, ou de libertação.
O Espírito Santo estava sobre ela.
Se não o fez é porque já cumprira sua missão.
A dura batalha de divulgar as boas novas ficaria para os homens, fisicamente mais fortes.
Os afazeres domésticos, a criação dos filhos, o desgaste decorrente da crucificação de Jesus não lhe permitiriam correr mundo, viajar, enfrentar tribulações.
É óbvio que ela passou o resto de sua vida atenta aos acontecimentos; acompanhando à distância o movimento e sofrendo com as más notícias de prisões, perseguições e torturas por que passaram os discípulos; e alegrando-se com as boas notícias de muitas conversões, e com o crescimento do cristianismo.
Como vimos, só Jesus salva, perdoa pecados, cura e liberta. Jesus veio salvar a humanidade; colocou-se em nosso lugar na cruz; pagou o preço da remissão de nossos pecados com Seu sangue. Foi Ele quem morreu em nosso lugar.
Quem derramou sangue foi Ele.
Somente Jesus e mais ninguém.
Não foi José, Benedito, Paulo, João ou Maria.
A Ele toda a honra e glória. Portanto, HONREMOS A MARIA, MAS ADOREMOS O NOSSO SALVADOR; HONREMOS A MARIA, MAS ADOREMOS A JESUS; HONREMOS A MÃE, ADOREMOS O FILHO DE DEUS. ORIGEM DA ADORAÇÃO A MARIA A.
Falsa adoração a uma deusa-mãe, rainha dos céus, senhora, madona etc. teve início na antiga Babilônia e se espalhou pelas nações até chegar a Roma.
Os gregos adoravam Afrodite; em Éfeso, a deusa era Diana; Isis era o nome da deusa no Egito. Muitos desse tipo de adoradores "aderiram" ao catolicismo em Roma para ficarem mais próximos do poder, haja vista que o Império Romano no século III adotou o cristianismo como religião oficial. Então, esses "cristãos" nominais levaram suas práticas idólatras e pagãs para a Igreja de Roma.
Em vez de coibir o abuso e conduzir os fiéis pelos caminhos da fé exclusiva em Deus, os líderes do catolicismo romanos contemporizaram a situação: aos poucos as imagens pagãs foram substituídas por imagens cristãs; os deuses pagãos, substituídos pelos deuses cristãos (os santos bíblicos) e, na esteira desse sincretismo religioso, a santa Maria surgiu como "Mãe de Deus", "Senhora", "Sempre Virgem", "Concebida sem Pecado", "Assunta aos céus", "Mediadora e Advogada", Co-Redentora.
A seguir, algumas inovações dogmatizadas pela Igreja Católica Romana, aprovadas em concílios a partir do terceiro século depois de Cristo:
Ano 270 - Origem da vida monástica no Egito, por Santo Antonio. Ano 320 - Uso de velas. Ano 370 - Culto dos santos, professado por Basílio de Cesaréia e Gregório Nazianzo.
Ano 400 - Iniciadas as orações pelos mortos e sinal da cruz. Ano 431 - Maria é proclamada “Mãe de Deus”.
Ano 500 - Origem do Purgatório,por Gregório,o Grande.
Ano 609 - Culto da Virgem Maria, por Bonifácio IV. Invocação da Virgem Maria, dos santos e dos anjos, estabelecida por lei na Igreja pelo Concílio de Constantinopla.
Ano 670 - Celebração da missa em latim, língua desconhecida do povo, pelo Papa Gregório I.
Ano 758 - Confissão auricular, e absolvição, estabelecida como doutrina pelo IV Concílio de Latrão, em Roma.
Ano 787 - Culto das imagens ordenado pela Igreja no II Concílio de Nicéia.9 Ano 880 - Canonização dos santos, por Adriano II. Ano 965 - O Batismo de Sinos. Ano 998 - Dia de Finados, Quaresma,jejum às sextas-feiras e na Páscoa. Ano 1000 - Sacrifício da missa.
Ano 1074 - Instituição do celibato do Clero, por Gregório VII. Ano 1095 - Venda de indulgências plenárias,por Urbano II.
Ano 1125 - As primeiras idéias sobre a Imaculada Conceição de Maria, combatidas por São Bernardo.
Ano 1164 - Os Sete sacramentos, por Pedro Lombardo, no Concílio de Trento. Ano 1184 - A diabólica INQUISIÇÃO, chamada santa, pelo Concílio de Verona.
Ano 1200 - O rosário, por São Domingos. Ano 1215 - Transubstanciação, pelo Concílio de Latrão. Ano 1220 - A Hóstia e respectiva adoração, por Inocêncio III.
Ano 1229 - Proibição da leitura das Bíblia aos leigos, pelo Concílio de Tolosa. Ano 1264 - Festa do Sagrado Coração, papa Urbano IV.
Ano 1311 - Procissão do SS. Sacramento, papa João XXII. Ano 1317 - Oração da Ave-Maria, papa João XXII.
Ano 1414 - Proibição de vinho aos fiéis, na Santa Comunhão, pelo Concílio de Basiléia, determinando o uso do CÁLICE somente pelos sacerdotes.
Ano 1546 - Aceitação dos livros apócrifos, pelo Concílio de Trento. Ano 1563 - Igualdade entre a Tradição e a Palavra de Deus, Concílio de Trento.
Ano 1854 - A Imaculada Conceição da Virgem, papa Pio IX. Ano 1870 - A infalibilidade do papa, Concílio do Vaticano.
Ano 1950 - Assunção de Maria transformado em artigo de fé. Além desses atos, as rezas da Ave-Maria chamam-na de "Sempre Virgem", "Rainha", "Advogada", ''Mãe de Deus", Concebida Sem Pecado.
Então, iremos examinar um por um esses títulos à luz da verdade contida na Palavra de Deus, lembrando que a Bíblia é a única regra de fé e prática do cristão.
A TRADIÇÃO CATÓLICA .
“E assim invalidastes, por vossa tradição, o mandamento de Deus. Hipócritas, bem profetizou Isaías, a vosso respeito, dizendo:
Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são mandamentos dos homens” (Mateus 15.6-9).
Segundo o entendimento do Vaticano, a Tradição tem valor igual à Palavra de Deus. Vejamos o que diz essa Igreja no "Catecismo da Igreja Católica" (C.I.C.):
"Fica, portanto, claro que segundo o sapientíssimo plano divino, a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja estão de tal modo entrelaçados e unidos que um não tem consistência sem os outros, e que juntos, cada qual a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas" (C.I.C. p. 38, # 95).10 "O que Cristo confiou aos apóstolos, estes o transmitiram por sua pregação e por escrito, sob a inspiração do Espírito Santo, a todas as gerações, até a volta gloriosa de Cristo.
A Sagrada Tradição e a Sagrada Escritura constituem um só sagrado .
Como a Tradição é sagrada e tem autoridade igual à Palavra de Deus, ela dá-se ao luxo de criar dogmas, inventar coisas e até ir contra a Bíblia Sagrada. Exemplo:
A Tradição diz que Maria é nossa advogada, auxiliadora, protetora e medianeira
A Bíblia diz que "só há um Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1 Timóteo 2.5).
A Tradição diz que Maria é a Mãe de Deus.
A Bíblia diz que Deus é eterno, imutável, onipotente, onisciente, onipresente, sendo, como tal, um ser incriado, não gerado; não podendo ter mãe, nem pai.
Temos de admitir que é um absurdo a declaração de que a Palavra de Deus só pode contribuir eficazmente para a salvação das almas se atuar junto com a Sagrada Tradição .
Vejamos mais:
"O encargo de interpretar autenticamente a Palavra de Deus foi confiado exclusivamente ao Magistério da Igreja, ao Papa e aos bispos em comunhão com ele"
. Seria o caso de se perguntar quem foi que confiou à Igreja Católica a exclusiva missão de bem interpretar as Escrituras?
Eis aí a razão por que essa denominação não incentiva a leitura da Bíblia entre seus fiéis. Se os católicos não sabem, não podem e não devem interpretar a Palavra de Deus – ainda que formados em Teologia – para que usariam a Bíblia?
Vejamos o que diz a Palavra:
"Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra" (2 Timóteo 3.16).
"Sabendo primeiramente, isto, que nenhuma profecia da Escritura provém de particular interpretação" (2 Pedro 1.20).
Paulo recomenda o estudo da Bíblia:
"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2 Timóteo 2.15).
Jesus recomendou:
"Examinai as Escrituras..." (João 5.39).
Como vimos, a Bíblia Sagrada deve ser lida, analisada, interpretada por todos, principalmente pelos filhos de Deus, ou seja, os que se convertem ao Senhor Jesus e são “feitos filhos de Deus” (João 1.12).
Cabe às denominações cristãs orientar os irmãos na leitura, mas nunca lhes tirar o direito ao livre exame das Escrituras.
Analisemos os vários títulos atribuídos a Maria, não à luz da Tradição, mas da santa e verdadeira Palavra de Deus.
ASSUNÇÃO DE MARIA O que diz a Tradição:
"Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste.
E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo.
A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos" .
Contestação -
“Assunção de Maria” significa que Maria subiu ao céu em corpo e alma, levada por seu Filho.
Tal ensino não encontra amparo nas Sagradas Escrituras.
É claro que a santa Maria está no céu, lugar para onde vão todos os que morrem em Cristo crendo no evangelho.
Diz o ex-padre José Barbosa de Sena Neto, em suas "confissões":
"A coisa mais espantosa dessa doutrina é que não tem nenhuma prova bíblica". E o ex-padre conclui: "O Papa Pio XII (que promulgou essa doutrina) disse que "qualquer um que doravante duvide ou negue esta doutrina apostatou totalmente da divina fé católica; isto - continua o ex-padre - significa que é pecado mortal para qualquer católico romano recusar-se a crer nessa fantasiosa doutrina!"
A Tradição diz que Maria foi assunta ao céu de corpo e alma, e o Senhor a elegeu Rainha do Universo.
É o caso de se perguntar:
Quem viu?
Quem escreveu?
Onde está escrito?
Que Maria está na glória não há dúvida, mas não que tenha ressuscitado.
São incontáveis os santos que se encontram no Paraíso, aguardando a plenitude dos tempos para ressuscitarem num corpo espiritual (1 Tessalonicenses 4.16-17).
CONCEBIDA SEM PECADO O que diz a Tradição:
"Desde o primeiro instante de sua concepção, foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida".
"Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida . Contestação -
As expressões "concebida sem pecado" e "imaculada" são comuns nas rezas e escritos romanos.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi definido no ano de 1854.
A única forma de Maria ter sido gerada sem pecado seria mediante a intervenção direta do Espírito Santo no ventre de sua mãe, tal como aconteceu com Jesus.
E essa exceção teria registro prioritário na Bíblia.
Contrariando a Tradição, a Palavra de Deus declara de modo enfático, sem rodeios:
"POIS TODOS PECARAM E DESTITUÍDOS ESTÃO DA GLÓRIA DE DEUS, E SÃO JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE PELA SUA GRAÇA, PELA REDENÇÃO QUE HÁ EM CRISTO JESUS" (Romanos 3.23).
Como resultado da desobediência de Adão e Eva, TODOS somos pecadores; todos herdamos a natureza pecaminosa do primeiro casal; todos fomos atingidos pelo "pecado original". A Bíblia fala em TODOS.
Todos, sem exceção.
Dos santos do Antigo Testamento (Noé, Abraão, Moisés, Josué, Davi, Elias, Isaías, dentre outros) aos do Novo Testamento (Mateus, João, João Batista, Paulo, Pedro, José, Maria e outros), todos pecaram e necessitaram da graça de Deus para serem justificados. No Salmo 51.5, Davi reconhece a sua propensão natural para o pecado: “Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe”. Maria venceu essa natureza pecaminosa porque confiava e cria em Deus, seu Salvador (Lucas 1.46-47).
E ainda:
"PELO QUE, COMO POR UM HOMEM ENTROU O PECADO NO MUNDO, E PELO PECADO A MORTE, ASSIM TAMBÉM A MORTE PASSOU A TODOS OS HOMENS, PORQUE TODOS PECARAM" (Rm 5.12).
Ora, "semente gera semente da mesma espécie".
Uma semente de manga vai gerar manga.
Assim acontece com a laranja, com o abacate e com as demais frutas.
Assim aconteceu com os homens.
Somos da semente de Adão.
Jesus foi o único que não herdou a maldição do pecado porque Ele foi gerado pelo Espírito Santo. "Todos estão debaixo do pecado.
Não há um justo. Nem um sequer" (Rm 3.9c, 10).
Em lugar nenhum da Bíblia está escrito que a santa Maria foi uma exceção.
Maria está incluída no "TODOS PECARAM".
A própria Maria, mãe de Jesus, reconheceu ser pecadora, quando disse:
"A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador" (Lc 1.46-47).
Sim como descendente de Adão,ela também precisava da salvação.
Ora, uma pessoa sem mácula, sem mancha, sem pecado não precisa de Salvador.
Ela declarou que sua alma necessitava ser salva.
Ela clamou pela graça salvadora de Deus, pois "pela graça somos salvos, mediante a nossa fé" (Efésios 2.8).
De Jesus, porém, a Bíblia diz que.
"Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano" (1 Pedro 2.22).
Jesus era humano, contudo sem pecado (2 Co 5.21; Hb 4.15; 1 Pe 3.18; 1 Jo 3.3).
A Bíblia não faz semelhante afirmação com respeito a Maria, porquanto ela está inclusa no "Todos pecaram".
Assim diz a Palavra de Deus. Em oposição a essa verdade, dizem os romanistas que para gerar um ser puro - Jesus - Maria teria que ser de igual modo pura, porque um ser impuro não poderia acolher um ser puro.
Ora, se admitido como verdadeiro e correto tal raciocínio, teríamos de admitir que a mãe de Maria deveria ser também pura para carregar no seu ventre uma pessoa imaculada.
A avó de Maria, por sua vez, teria que ser pura.
E, nesse passo, chegaríamos ao primeiro casal Adão e Eva.
E estaríamos dizendo que a Palavra de Deus é mentirosa, quando afirma: Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3.23; 5.12).
Vejamos mais alguns versículos que confirmam a extensão do pecado de Adão e Eva a todos:13 "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5.21). "Não há justo, nem sequer um" (Romanos 3.10).
"Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado." (Gálatas 3.22).
"Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque" (Eclesiastes 7.20).
A SEMPRE VIRGEM MARIA que a Igreja de Roma assegura que a santa Maria, mãe de Jesus, conservou-se virgem até a sua morte:
"Maria permaneceu Virgem concebendo seu Filho, Virgem ao dá-lo à luz, Virgem ao carregá-lo, Virgem ao alimentá-lo de seu seio, Virgem sempre" .
Contestação -
Antes do nascimento de Jesus, Maria e José não mantiveram relações íntimas.
Nascido Jesus, e passado o período pós-parto, o casal passou a ter uma vida normal de marido e mulher e teve os seguintes filhos:
Tiago.
José.
Simão.
Judas e, no mínimo, duas filhas.
Esta opinião está alicerçada nos textos abaixo:
"Não é este o filho do carpinteiro?
E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos ;
Tiago.
José.
Simão e Judas?
Não estão entre nós todas as suas irmãs?" (Mateus 13.55-56; Marcos 6.3).
Corroborando essa afirmação, lemos no mesmo livro de São Mateus:
"Estando Maria, sua mãe (mãe de Jesus), desposada com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo.
José, seu marido, sendo justo e não querendo difamá- la, resolveu deixá-la secretamente.
Projetando ele isso, em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo:
José, filho de Davi, não temas receber a Maria tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.
José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher. Mas não a conheceu até que ela deu à luz um filho.
E ele lhe pôs o nome de Jesus" (Mt 1.18-20, 24-25).
A expressão "ATÉ QUE" .
"Não a conheceu até que ela deu à luz um filho" - indica um limite de tempo. Poderíamos traduzir assim:
José não manteve relações íntimas com Maria enquanto ela estava grávida de Jesus, aliás, em cumprimento à profecia: "a virgem conceberá e dará à luz um filho ..." (Isaías 7.14). Isto é, até o nascimento de Jesus ela manteve-se virgem.
Os romanistas interpretam o texto de forma diferente.
Dizem que a abstinência de José manteve-se depois do parto de Maria. Para mim, a expressão é clara. Veja o exemplo de uma ordem de uma mãe ao filho:
“Você deve ficar em casa até que eu volte”.
Então, enquanto a mãe não voltar, o filho ficará em casa.
A proibição alcança o tempo em que aquela mãe estiver fora de casa.
Depois do seu retorno, o filho poderá sair de casa.
Comparativamente, enquanto não nasceu Jesus, José respeitou a virgindade de sua mulher.
Jesus realmente nasceu de uma virgem, conforme a Escritura, mas nada prova que Maria tenha continuado virgem.
Lembremo-nos, finalmente, de que Maria "deu à luz a seu filho primogênito..." (Lucas 2.7a). Primogênito, segundo o Dicionário Aurélio, diz-se "daquele que foi gerado antes dos outros, que é o filho mais velho".Ou somos todos analfabetos.
Jesus foi, portanto, o filho mais velho de José e Maria, conforme14 Mateus 13.55-56.
Já na relação Deus Pai e Deus Filho, Jesus é chamado de unigênito, único, tal como definido em João 3.16. São Mateus não iria usar uma expressão que causasse alguma dúvida.
Se Jesus fosse o único filho, Mateus usaria certamente a expressão
UNIGÊNITO, que significa filho único, conforme diz o Dicionário Aurélio.
Mais adiante, sob o título “Os Irmãos de Jesus”, apresentamos uma análise mais detalhada sobre essa questão.
MEDIANEIRA, INTERCESSORA, ADVOGADA Como diz Raimundo F. de Oliveira, "a essência da adoração na Igreja Católica Romana não gira em torno do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas da pessoa da Virgem Maria”.
A esse respeito vejamos o que diz a Tradição no Catecismo da Igreja Católica:
"Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira".
Contestação ;
Nosso raciocínio deve ser norteado não pelo que os homens afirmam, declaram, proclamam ou decidem.
Em assuntos tais, a Bíblia é a nossa bússola, nosso guia, nossa regra.
"Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra" (2 Timóteo 3.16-17).
A Bíblia declara que só Jesus é Mediador, Intercessor e Advogado nosso junto ao Pai .
Vejamos:
"PORQUE HÁ UM SÓ DEUS, E UM SÓ MEDIADOR ENTRE DEUS E OS HOMENS, CRISTO JESUS, HOMEM" (1 Timóteo 2.5). "SE, PORÉM, ALGUÉM PECAR, TEMOS UM ADVOGADO PARA COM O PAI, JESUS CRISTO, O JUSTO" (1 João 2.1). "PORTANTO, PODE TAMBÉM SALVAR PERFEITAMENTE OS QUE POR ELE SE CHEGAM A DEUS, VIVENDO SEMPRE PARA INTERCEDER POR ELES" (Hebreus 7.25).
Além dessas afirmações inequívocas, o próprio Jesus disse:
"EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA. NINGUÉM VEM AO PAI, SENÃO POR MIM" (João 14.6). Não podemos passar por cima da Escritura.
Devemos ser submissos à vontade soberana de Deus. Se Ele declara na Sua Palavra que Jesus é o único Advogado, Intercessor e Mediador, não há razão para acreditarmos que exista outro exercendo as mesmas funções.
E se o fizermos, estaremos chamando Deus de mentiroso, dizendo que a Sua Palavra não é a expressão da verdade, e que o próprio Jesus mentiu quando revelou que ninguém iria a Deus Pai se não fosse através dEle, isto é, por Seu intermédio.
Logo, não há outros intermediários entre Deus e os homens. Jesus declarou que somente através dEle os homens teriam comunhão com Deus Pai.
Logo, não chegaremos a Deus através da Santa Maria, nem por meio de qualquer outro santo. Em15 Hebreus 7.25, vimos que Jesus salva os que por Ele se chegam a Deus, confirmando que Cristo é verdadeiramente o caminho. Não há outro caminho.
A Santa Maria não é o caminho, nem um dos caminhos. Jesus declara que Ele é O CAMINHO.
Note-se o artigo definido - "o" - definindo a existência de um único caminho.
Jesus convidou todos a irem a Ele, sem intermediários:
"Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mateus 11.28). Aqui, Jesus faz um convite e uma promessa.
Ele não deixa chance para irmos a outros intercessores ou mediadores, ainda que seja a Santa Maria. Jesus é categórico: venham a mim, me procurem, peçam-me, busquem-me e eu resolverei seus problemas.
Não há na Bíblia qualquer indicação para procurarmos os santos para o atendimento de nossas necessidades. Ademais, Maria não ouve os pedidos a ela dirigidos. Por que ela é surda?
Não.
Porque ela não possui o atributo na ONIPRESENÇA.
Não só ela.
Os santos falecidos não são dotados da capacidade de estarem em todos os lugares ao mesmo tempo. O atributo da onipresença pertence a Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo.
É atributo intransferível, exclusivo da Trindade.
Em meu estudo "Jesus Cristo, o Santo dos Santos", apresento dez razões para não adorarmos os santos e não dirigirmos a eles nossas súplicas.
Logo, se a Santa Maria não se encontra em todos os lugares, inútil é falarmos a ela. Se porventura ela ouvisse nossas súplicas, não as poderia levar a Deus.
E qual a razão?
Ela estaria contrariando a palavra de Deus, que diz claramente: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1 Timóteo 2.5).
De maneira nenhuma a santa Maria iria tomar a posição de Jesus. Contrariar a palavra de Deus é contrariar o próprio Deus. Vejamos:
"Eu velo sobre a minha palavra, para a cumprir" (Jeremias 1.12).
Nossas ações devem ser dirigidas pelo que diz a palavra de Deus, e não pelo que os homens afirmam ou a Tradição nos ensina. Vejamos:
"Assim invalidastes, pela vossa tradição, o mandamento de Deus" (Mateus 15.6).
"Deixando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens..." (Marcos 7.8).
"Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" (Colossenses 2.8). Sei o quanto é difícil deletar de nossa mente anos e anos de ensino contrário à palavra do Senhor. Mas não existe outra saída para o cristão que deseja realmente reconciliar-se com o Pai, arrepender-se de seus pecados e deixá-los, e permanecer firme na fé em Cristo Jesus.
Convém que apaguemos de nossa memória todos os ensinos, dogmas e doutrinas contrários ao que ensina e recomenda a Bíblia.
"Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra" (2 Crônicas 7.14).
Vejam bem que Deus estabelece uma condição para atender aos pedidos.
Ele requer humildade.
Humildade significa reconhecermos que somos pó, somos pecadores e precisamos da Sua GRAÇA para sermos salvos.
Ele requer oração.
Orar significa falar com Deus, não apenas na hora do aperto, da aflição, da angústia, do sufoco.
Falar com Ele, também, quando tudo vai bem:
"Em tudo daí graças. Ele requer que busquemos a Sua face, ou seja, devemos clamar somente a Ele. Ele requer conversão dos maus caminhos. Impõe que deixemos os pecados, a idolatria, os intermediários.
Conversão implica arrependimento. Sem arrependimento não há perdão; sem perdão não há salvação. Jesus, e não Maria, é o nosso advogado, intercessor, auxiliador, ajudador:
"Assim, com confiança, ousemos dizer:
O Senhor é o meu auxílio; não temerei" (Hebreus 13.6).
"Certamente Deus é o meu ajudador" (Salmos 54.4).
"O Senhor é o meu auxílio..." (Hebreus 13.6).
"Jesus, o Mediador de uma nova aliança..." (Hebreus 12.24). "Meus Filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis.
Se, porém, alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" (1 João 2.1).
Aqui a confirmação de que dentre os homens só existiu um justo, Jesus.
Nada devemos pedir à santa Maria, nem a qualquer outro santo.
Os santos falecidos nada podem fazer por nós.
As suas imagens, as imagens de escultura que os representam, também nada podem fazer em nosso benefício.
Não podemos esquecer de que somente JESUS pode mediar no céu em nosso favor.
Não há outro. Se houvesse, Deus revelaria.
O primeiro mandamento de Deus é direto, taxativo, claro, objetivo, sem circunlóquio:
"NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM" (Êxodo 20.3)
E o segundo mandamento ainda é mais preciso, categórico, cristalino, direto, sem rodeio ou meias palavras:
“Não farás para ti imagens de escultura, nem semelhança nenhuma do que há em cima nos céus... não te encurvarás a elas nem as servirás...”(Êxodo 20.4).
Deus proíbe o uso de imagens com semelhança do que há nos céus.
Quem está nos céus?
Está Deus (Pai, Filho e Espírito Santo), os anjos e os santos. Logo, não se deve usar imagens de Jesus, nem de qualquer pessoa falecida que, por sua fé em Deus, esteja na glória. A Tradição pensa diferente:
"Na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos Padres e da tradição da Igreja católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante,17 sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos."
"A beleza e a cor das imagens estimulam minha oração.
É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus".
Como se vê, o catolicismo incentiva o uso de ícones e diz que são necessários à verdadeira adoração a Deus.
Tudo contra a Palavra.
Ainda bem que reconhecem que essas coisas são decorrentes da Tradição.
Mas falam de doutrina divinamente inspirada, soprada pelo Espírito Santo.
Por que o mesmo Espírito que em nós habita, nos evangélicos, também não nos conduz ao uso de imagens?
Jesus disse que "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" (João 4.24).
Outra proibição é para não nos encurvarmos diante das imagens.
Isto compreende: baixar a cabeça, inclinar o corpo, tirar o chapéu, ajoelhar-se, ou qualquer outro gesto de submissão, reverência ou respeito.
A proibição "não as servirás" compreende: não servir as imagens com lágrimas, com toques, com beijos, com pedidos, com velas, procissão, flores, cânticos, saudações, ofertas em dinheiro ou em alimentos; com promessas e sacrifícios; com cuidados especiais, com jejuns e rezas.
É bom não esquecermos que Jesus, na qualidade do Verbo que se fez carne e habitou entre nós, estava presente no Monte Sinai, e escreveu o Segundo Mandamento em tábuas de pedra, e as entregou a Moisés.
"Fazei tudo o que Ele vos disser", disse Maria aos serventes nas bodas de Caná da Galiléia (João 2.1-5) Devemos, portanto, atender ao pedido de Maria, de satisfazermos a Sua vontade, que é a vontade de Deus.
MÃE DE DEUS Imaginei de início que o titulo "Mãe de Deus" atribuído à humilde mãe de Jesus fosse apenas uma demonstração de carinho. Com o passar dos anos, notei que se tratava de algo mais sério.
Muitas crianças, jovens e adultos estão convictos de que Maria é a Mãe de Deus.
Sei que estas palavras escritas não alcançarão a massa de 30 milhões de analfabetos, 30 milhões de alfabetizados, mais 30 milhões que não desejam confrontar suas tradições e crenças com a verdade.
Apresentaremos alguns argumentos com vistas a deixar bem claro que Deus não tem mãe, e que por haver sido mãe de Jesus, homem, Maria não é mãe de Deus.
A palavra da Tradição:
"Maria é verdadeiramente a "Mãe de Deus", visto ser a mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus".
"Por isso o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou de verdade Mãe de Deus pela concepção humana do Filho de Deus em seu seio".18 "Denominada nos Evangelhos "a Mãe de Jesus" . Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento de seu Filho, como "a Mãe de meu Senhor" (Lc 1.43).
Com efeito, Aquele que ela concebeu do Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne não é outro que o Filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus".
Contestação -
A Bíblia causa uma certa inquietação e até temor.
O temor do confronto.
A Palavra, como um espelho, coloca às claras nossas imperfeições, rugas, pecados.
E, em face disso, somos movidos a tomar uma decisão.
Desprogramar de nossa mente o que foi armazenado durante cinco séculos é tarefa árdua. Bom para muitos é deixar rolar, na onda do "me engana que eu gosto".
A Bíblia nos revela, de Gênesis a Apocalipse, que Deus é o nosso Pai, o Criador de todas as coisas.
A oração-modelo ensinada por Jesus começa assim:
"PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS".
Todos os que aceitam a Jesus como Senhor e Salvador passam a ser filhos de Deus:
"PORQUE TODOS SOIS FILHOS DE DEUS PELA FÉ EM CRISTO JESUS" (Gálatas 3.26).
"Vós sois filhos do Deus vivo" (Oséias 1.10c). Maria sempre foi temente a Deus; era justa aos olhos de Deus; creu em Jesus, nas suas palavras, na Sua morte e ressurreição.
E, assim, ela foi constituída filha de Deus.
Quando Jesus disse a Nicodemos que era necessário nascer de novo para ver o reino de Deus, Ele não excluiu sua mãe do processo (Jo 3.3).
Também, a declaração de Jesus, a seguir, confirma que sua família - mãe, pai e irmãos - necessitava de submissão a Deus e obediência à Sua Palavra para ser salva: "Chegaram então seus irmãos e sua mãe e, estando de fora, mandaram-no chamar".
A multidão estava assentada ao redor dele, e lhe disseram:
"Tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora". Jesus lhes perguntou: "Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?" Então, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Portanto,
"QUALQUER QUE FIZER A VONTADE DE DEUS, ESTE É MEU IRMÃO, IRMÃ E MÃE (Marcos 3.31-35). Jesus nivelou sua mãe e seus irmãos a todos os que obedecem a Deus.
Em certa ocasião Jesus não permitiu que tivesse prosseguimento a tentativa de exaltar sua mãe. Vejamos:
"Dizendo Ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão levantou a voz, e lhe disse:
Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste!
Mas Jesus respondeu: Antes bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam." (Lucas 11.27-28).
Muito mais bem-aventurados são os que obedecem a Deus, disse Jesus.
Para defender sua Tradição, os líderes romanistas agarram-se à seguinte fala de Isabel a Maria: "De onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?"
(Lucas 1.43). Ora, está claro e evidente que a parenta de Maria não estava se referindo ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó; ao Deus de Israel, ao nosso Deus, nosso Pai celestial, nosso Senhor.
Seria até hilariante, se não fosse assunto tão sério, imaginar que Isabel estivesse ali saudando Maria como mãe de Deus. Isabel reconheceu Maria como a mãe do Messias tão esperado.
As palavras de Simeão e de Ana, no templo, também tiveram este mesmo significado (Lucas 2.25-38). O Deus Filho que se fez carne sempre existiu.
A Bíblia diz que os que morreram em Cristo ressuscitarão na Sua volta, num corpo celestial e incorruptível (1 Tessalonicenses 4.16-17).
Logo, de acordo com esta Palavra, a santa Maria aguarda, como todos, esse dia glorioso.
Como, nesse estágio, poderia ser mãe de Deus?
Por outro lado, para ser mãe de Deus a santa Maria, por óbvias razões, deveria possuir os mesmos atributos da Trindade, ou seja, ser onipresente, onisciente e onipotente, eterna e imutável.
Sabemos que estes atributos são exclusivos de Deus, absolutos e incomunicáveis.
Em resumo, para ser mãe de Deus ela teria que ser igual a Deus.
Se admitirmos a hipótese da existência de uma mãe para Deus, seria válido esquecermos a doutrina da Santíssima Trindade e, em seu lugar, instituirmos a do Santíssimo Quarteto, assim compreendido:
Deus Pai, Deus Mãe, Deus Filho e Deus Espírito Santo, o que seria uma extravagância teológica. Deus é eterno, não teve começo, não foi gerado, e não terá fim.
Deus não tem mãe, nem pai. Maria não pode ser mãe do seu Criador e Salvador.
Maria não pode ser mãe do seu próprio Pai.
A criatura não pode ser mãe do Criador.
A santa Maria foi escolhida foi por Deus para que em seu ventre o Verbo se fizesse carne.
Mas o Verbo, o Deus Filho, este sempre existiu porque eterno.
O Verbo não foi gerado por Maria. Leia-se:
"No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por Ele... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vemos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1.1-3, 14).
Esta é uma afirmação da eternidade de Jesus:
Ele estava no princípio, esteve presente na Criação, estava com Deus, é Deus. Logo, um ser humano finito e limitado (Maria) não poderia gerar um ser eterno, divino, infinito e ilimitado.
A Tradição confirma a eternidade de Jesus, quando diz que Maria é a Mãe do Filho Eterno de Deus. Ora, o eterno não é gerado e não cabe na vida finita de um ser que precisou ser gerado.
Vejamos as palavras de Maria:
"EU SOU A SERVA DO SENHOR. CUMPRA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA" (Lucas 1.38). Jesus disse que "o servo não é mais do que o seu senhor" (Mt 10.24).
Maria não desejava outra coisa senão ser serva de Deus.
Jamais passou por sua cabeça ser mãe do Altíssimo.
Seria completamente impossível uma mulher ser mãe, ou um homem ser pai de Deus.
Mais adiante ela declara, dando ênfase à sua condição de serva:
"A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, pois olhou para a humildade da sua serva.
Desde agora todas as gerações me chamarão bem aventurada" (Lucas 1.46-48).
Vê-se que Maria não almejou nada mais nada menos do que se colocar na posição de serva do Senhor. E assim ela fez por toda a sua vida.
Por qual razão Jesus não exaltou as qualidades espirituais de sua mãe, sabendo Ele de antemão que ela seria aclamada por “sua” Igreja Católica Romana como Mãe do Universo, Mãe de Deus, Rainha do Céu, a Mãe dos Vivos, Intercessora, Advogada, Medianeira, Co-Redentora? Por que Jesus não dividiu Sua glória com sua mãe?
Por que Jesus, durante todo o seu ministério, não nos deixou uma única revelação, uma única palavra conduzindo-nos a exaltar a sua mãe?
Por que a “Mãe de Deus” não foi exaltada ou glorificada nas cartas paulinas, nas mensagens inspiradas do apóstolo Paulo?
Por que a Bíblia só registra o nome de Maria no que é estritamente necessário?
A existência da Mãe de Deus não deveria constituir uma das doutrinas básicas do cristianismo? Estudos do;Pastor Airton Evangelista da Costa.
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