ARREBATAMENTO PARCIAL.
Alguns comentaristas da Bíblia já sugeriram que o arrebatamento, mencionado em 1 Tessalonicenses 4-16-17 e 1 Coríntios 15.51-52, será apenas parcial e não incluirá todos os que crêem.
Argumentam que a participação no arrebatamento
não se baseia na salvação, mas que se trata de algo condicional, baseado na conduta da pessoa.
Esta teoria se apoia em passagens do
N T que enfatizam a vigilância e a obediência (M t 25.1-13; 1 Ts 5.4-8; Hb 9.28).
De acordo com esta visão, apenas parte da
Igreja é arrebatada.
A parte remanescente
fica para enfrentar a Tribulação, parcialmente ou no todo. Tais textos bíblicos na
verdade diferenciam os crentes genuínos,
que são arrebatados, daqueles que apenas
professam o cristianismo, que são deixados para trás.
Textos relacionados à segunda vinda de Cristo são com frequência
utilizados erroneamente para respaldar a
teoria do arrebatam entanto, parcial
O arrebatamento pode ocorrer a qualquer momento e incluirá todos os crentes
(1 Ts 4.13-17).
Nossa fidelidade a Cristo
e nossa obediência à sua Palavra são, sem
dúvida, determinantes para a nossa recompensa.
As Escrituras, porém, não falam,
em nenhum momento, que alguns crentes
poderiam correr o risco de perder alguma
parte da sua salvação (1 C o 3.15).
Algumas pessoas aceitam a teoria do
arrebatamento parcial por crerem que o
pecado e a desobediência impossibilitam
a ida do cristão para os braços de Cristo,
de modo que seria necessária a punição da
Tribulação.
Ao explicar esta visão, Waugh
(p. 108) escreveu: Pois não são poucos — alguns
são aplicados e piedosos estudantes da Bíblia — os que creem na
trasladação de apenas uma parte
expectante e preparada dos crentes.
Eles acreditam que, a partir de
Lucas 21.36, pode-se facilmente
concluir que aqueles que não “vigiarem” não poderão “escapar de
todas estas coisas que têm de suceder”.
Não serão, portanto, achados dignos de “estar em pé diante
do Filho do Homem”.
De passagens como Filipenses 3.20; Tito
2.12-13; 2 Timóteo 4.8 e Hebreus
9.28, eles apreendem que serão arrebatados apenas os que tiverem
“esperado”, “buscado” e “amando sua vinda”.
Um dos principais problemas com esta visão é que ela necessariamente nega parte do valor da morte de Cristo na cruz.
Segundo esses teólogos, as boas obras do cristão
dão a ele uma boa posição junto a Deus,
tornando-o qualificado para o arrebatamento.
Alguns defensores de tal posição
baseiam-se na visão wesleyana de que a
santificação plena é necessária para que a
pessoa seja levada no arrebatamento.
Redenção, no entanto, significa em essência
que Cristo pagou completamente o preço
pelos nossos pecados na cruz.
Como todos os pecados foram punidos e remidos, Deus não
voltará a punir os cristãos, deixando-os de
fora do arrebatamento porque a dívida foi paga.
Os defensores do arrebatamento parcial recorrem a ainda outras passagens para
comprovar sua visão (M t 25.1-13; Ef 2.21-
22; 5.27,30; 1 C o 15.23).
Quando, porém,
estudamos estes textos em seu contexto,
verificamos que não respaldam a visão de
um arrebatamento parcial.
Após estudar os
textos que fundamentam o arrebatamento
parcial, Dawson (p. 46) escreveu:
“A teoria do arrebatamento parcial não consegue ser convincente por inúmeros outros motivos. Em primeiro lugar,
1 Coríntios 15.51 diz que “todos”
serão os transformados.
Em segundo lugar, um arrebatamento parcial logicamente exigiria que, em paralelo, houvesse uma ressurreição parcial, que não
é ensinada em nenhum a parte das Escrituras.
Em terceiro lugar, um arrebatamento parcial reduziria e praticam ente eliminaria a necessidade do Tribunal de
Cristo.
Em quarto lugar, criaria um tipo de “purgatório” na terra para os crentes que fossem deixados. Em quinto, o arrebatamento parcial não é ensinado em
nenhum a parte das Escrituras.
O arrebatamento da Igreja será total, pleno e
completo, não parcial.
Dwight Pentecost opôs-se ao arrebatamento parcial pelo fato de este estar fundamentado nos seguintes “mal-entendidos”:
1. O arrebatamento parcial fundamenta-se em uma compreensão errônea
do valor da morte de Cristo, mormente quanto ao seu valor para livrar o pecador da condenação e tomá-lo
aceitável a Deus.
2. Os defensores do arrebatamento parcial são obrigados a negar a doutrina neotestamentária da unidade do corpo de Cristo.
3. Na defesa dessa visão, é preciso repudiar a completude da ressurreição
dos crentes no arrebatamento.
Os partidários do arrebatamento
parcial confundem os ensinos das
Escrituras quanto às recompensas.
5. Um defensor do arrebatamento parcial não consegue enxergar as diferenças entre a lei e a graça.
6. U m defensor do arrebatamento
parcial tem necessariamente de
negar a distinção entre Israel e a
Igreja.
7. Aqueles que creem em um arrebatamento parcial colocam parte da Igreja fiel na Tribulação.
Muitos desses, com sinceridade, acreditam que é necessário exortar os outros
crentes a preparar-se para o arrebatamento, e não apenas confiar que serão arrebatados independentemente de como vivam.
Este cuidado é certam ente necessário, mas não tem nada a ver com a determinação
de quem será ou não arrebatado.
Uma solução definitiva para esta questão requer
uma correta compreensão da doutrina da salvação e uma exegese das passagens bíblicas acerca do arrebatamento.
CREDITOS DE —Elmer Towns e Richard Mayhue,TIM LAHAYE
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