UM CONFRONTO TEOLÓGICO.
A teologia, sobre a qual pregamos, no sentido etimológico, é:
"o assunto acerca de Deus", assunto o mais elevado de que é capaz de se ocupar a mente humana. Vários métodos de teologia têm sido propostos, como sejam: especulativo, deístico, racionalista, dogmático e místico.
Esses têm conduzido os homens a conclusões contrárias às Escrituras, conclusões que violam ao mesmo tempo a nossa natureza moral.
O método teológico, que ao mesmo tempo honra as Escrituras e também satisfaz à alma do homem é o método indutivo,o qual Myer Pearlman, o emprega.
A Bíblia é para o teólogo o que a natureza é para o homem de ciência. É sua fonte de fatos concretos. O teólogo reverente adota, para averiguar o que a Bíblia ensina, o mesmo método que o filósofo adota para averiguar o que a natureza ensina.
Nesse processo, que requer grande diligência, precaução e exaustivo trabalho, derivam-se os princípios dos fatos, e não os fatos dos princípios.
Os grandes fatos da Bíblia devem ser aceitos tais quais são, e deles edificar-se o sistema teológico, a fim de abraçá-lo na sua integridade.
É motivo de grande satisfação notarmos que as Escrituras contêm todos os fatos da teologia, admitindo verdades intuitivas, tanto intelectuais como morais, por causa da nossa constituição como seres racionais e morais.
Ao mesmo tempo admitem as Escrituras o poder controlador sobre as crenças exercido pelo ensino intimo do Espírito Santo, ou seja a experiência religiosa. Esta verdade ao bem se ilustra na palavra do apóstolo Paulo que disse:
"A minha palavra, e a minha pregação não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder" (1 Cor. 2:4).
Esse ensino ou "demonstração" íntima do Espírito Santo limita-se às verdades objetivamente reveladas nas Escrituras, não como revelação de novas verdades, mas como iluminação da mente que a torna apta para perceber a verdade, a excelência e a glória das coisas anteriormente reveladas. Assim disse o apóstolo Paulo em continuação da passagem:
"Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está ?
Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus.
As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.
Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo" (1 Cor. 2:10-16).
Essa posição doutrinária e bíblica, simples e espiritual, é a posição tomada pelo autor, o irmão Myer Pearlman, posição do apóstolo Paulo. Nessa posição a Bíblia contém todos os fatos e todas as verdades reveladas pelo Espírito de Deus ao homem. Por, N. Lawrence Olson
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