“Entretanto, muitos casais, e principalmente as mulheres, se esquecem, quando chegam o filhos, de que são primeiramente esposas ou maridos e só depois mães ou pais. Os filhos vêm e vão, serão sempre partes de nós, levarão nosso nome e estenderão nossa memória. Serão sempre amados, porém irão crescer e formar suas próprias famílias.
Mas o marido e a mulher permanecerão juntos. “Muitos divórcios estão ocorrendo entre casais com cerca de vinte e cinco anos de matrimônio pelo simples fato de que, ao longo dos anos, a mulher cresceu como mãe e profissional, e o homem cresceu como obreiro, profissional e pai; mas ambos se esqueceram de dar frutos como casal, de cuidar do crescimento do casamento. Assim, quando os filhos se vão, marido e mulher se encontram distantes, desconhecidos, e muito diferentes um do outro.
“É fundamental compreender que o primeiro papel que nos cabe quando nos casamos é ser marido e mulher. Deus nos torna uma nova família quando nos casamos; esta é a razão para a ordenança de deixar pai e mãe.
“A Bíblia é muito clara quando nos adverte que devemos honrar e amar nossos pais para termos vida longa e vivermos bem sobre a Terra todos os dias de nossa vida. Temos que amar, cuidar, zelar e viver com eles o melhor possível, mesmo depois que nos casamos. Afinal, devemos a eles grande parte do que somos.
“Entretanto, a Bíblia também diz que devemos deixá-los, e o significado disto não é somente passar a morar em outro espaço físico. Implica, principalmente, deixar muitos dos velhos costumes e hábitos apreendidos durante nossa estada com eles, mesmo porque nosso cônjuge terá apreendido modos de se comportar totalmente diversos, e alguns até opostos dos nossos...
“Casamento implica unir duas pessoas diferentes e fazê-las uma só. Para tanto, precisamos deixar muito do que achamos que é o certo ‘porque mamãe me ensinou assim’, ou ‘eu aprendi desta forma com papai’. Precisamos ceder e aprender muita coisa com o outro, de modo a não conviver, mas bem viver...
“Resumindo, deixar pai e mãe é morar em outro espaço sim, continuando a amá-los e a honrá-los, mas principalmente entender que nosso casamento é diferente do casamento de nossos pais, pelo simples fato de sermos outras pessoas, que têm vivências distintas.
Se somos seres únicos, feitos diferentes por Deus, e se ele nos uniu ao nosso cônjuge, é porque ele sabe que, com o nosso esforço e ajuda dele,
podemos nos tornar um”. Concluo com dois pensamentos, o primeiro de André Maurois: “Um casamento feliz é uma longa conversação que sempre parece breve demais”; e o outro de Theodor Körner: “O bom casamento é um eterno noivado”.
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