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Analisando Ezequiel 38


O testemunho da arqueologia.
Parece providencial que aqueles nomes bíblicos tenham sido conservados, pelo menos em suas
raízes, durante tantos séculos, desde que os descendentes de Jafé habitaram a região localizada ao norte da Palestina.
Um estudioso do assunto assim comenta a profecia de Ezequiel 38:
A tradução grega do Antigo Testamento, a
Septuaginta, que aparece mais ou menos
trezentos anos antes de Cristo e que foi citada muitas vezes por Jesus e pelos escritores do
Novo Testamento, diz neste lugar:  
“Eis que Tubal...”; 
Assim também consta na tradução alemã feita por Menge.
Que esta designação se refere ao império russo está fora de dúvida. 
Gogue é o símbolo para a expressão cabeça ou imperador de todos os russos.
Magogue, igualmente, uma expressão simbólica, é a terra.
Caso ainda persistam dúvidas com relação à pergunta de quem se trata aqui, seja dito
nesta oportunidade quais eram os nomes das antigas capitais do império russo: a sede governamental da Sibéria ou capital asiática é Tubal ou Tobolsk, enquanto que a capitaleuropéia, desde a grande ofensiva de Napoleão era Meseque, que mais tarde passou a serchamada de Moscou..
O nome Moscou manteve-se até hoje.
Mais adiante, afirma o mesmo autor:
Tendo como base as descobertas arqueológicas, sabemos que estas tribos [antepassados dos russos e de outros europeus orientais se estabeleceram ao norte do mar Negro, tendo-se estendido então ao sudeste até os últimos limites da Europa. 
Flávio Josefo as localizou entre outras no Leste da Alemanha, na Polônia e na Checoslováquia. 
O Talmude judaico confirma esta figura geográfica.
Concluímos disto que Gômer e suas hordas são povos que se localizam atrás da cortina
de ferro na Europa Oriental. Isto incluiu a Alemanha Oriental e os países eslovacos.

A interpretação de Josefo e do Talmude de que o Leste da Alemanha, a Polônia e a
Checoslováquia seriam os territórios dos aliados dos russos levanta algumas interessantes questões. RESSURGIRÁ A UNIÃO SOVIETICA? 

Seriam os atuais ocupantes daqueles antigos territórios os mesmos povos que se unirão aos russos na invasão da Palestina? Como se sabe, a Rússia, desde que deixou de ser a superpotência comunista, vem atravessando uma série de crises tanto na economia como na política. Todos os países do Leste Europeu, aliados da Rússia, abandonaram o marxismo e a sua dependência dos russos, inclusive a Alemanha Oriental que, com a queda do vergonhoso muro de Berlim, desapareceu como país e uniu-se a seus irmãos ocidentais.
No que diz respeito à antiga Alemanha Oriental, é bom ressaltar que, antes dos nazistas
deflagrarem o que veio a se tornar a Segunda Grande Guerra, o missionário João Kolenda, de
nacionalidade germânica, apresentou um estudo profético à igreja que pastoreava no Texas, EUA, no qual mostrava o lugar exato onde o seu país deveria ser dividido. Suas predições, baseadas em
Ezequiel 38 e passagens paralelas, tiveram fiel cumprimento.

Mais provas.
É interessante notar como se avolumam as provas a favor da tese defendida neste trabalho, em
decorrência da absoluta ausência de outra explicação convincente. Henry H. Halley, profundo
estudioso da Palavra de Deus, afirma:
Meseque entendem uns que significa Moscou, ou Moscóvia, nome antigo russo; ou um
povo chamado Mosqui, do qual se fala nas inscrições assírias, como habitantes do
Cáucaso. Julga-se que Tubal é Tobolsk, cidade da Sibéria; ou um povo chamado Tibereni,
das praias S. E. do Mar Negro. 

Gômer pensa-se ter sido a nação dos cimerianos que do Norte vieram em grande número através do Cáucaso, nos dias do Império Assírio, e ocuparam partes da Ásia Menor, mas que foram repelidos. Togarma julga-se que era a Armênia.
Seja qual for a exata identificação destes povos, Ezequiel declara que habitavam nas “bandas do norte” (38.6, 15; 39.2), e não pode haver muita dúvida de que ele queria significar nações além do Cáucaso. Relanceando-se a vista pelo mapa ver-se-á que ele tinha em mente
aquela parte do mundo conhecida hoje como Rússia. 
O mesmo autor conclui tratar-se aqui de uma terrível invasão, nos moldes da que foi levada a
efeito há 2.600 anos pelos citas, povos de quem os russos atuais são descendentes. Em 627 a.C.,
durante o reinado de Josias em Judá, esses bárbaros foram um horror para as nações do Sudoeste da Ásia.
Correndo pelos desfiladeiros do Cáucaso — de onde vinham, ou o que pretendiam,
ninguém sabia — hordas após hordas de citas escureciam as ricas planuras do Sul.
Avançavam como uma nuvem de gafanhotos, incontáveis, irresistíveis, achando as terras
que encontravam tal e qual um jardim, e deixando-as após si como um deserto ululante.
Não poupariam idade nem sexo.

 Os habitantes das terras seriam impiedosamente massacrados pelos invasores, ou, na melhor das hipóteses, forçados à escravidão. 
As colheitas seriam devoradas, os rebanhos tomados ou destruídos, as vilas ou fazendas
incendiadas, a região toda tornada um espetáculo de desolação.

Não estariam os citas modernos ensaiando mais uma destruidora ocupação armada do Médio
Oriente, ainda mais pavorosa do que a acima descrita e que foi a ruína de Judá?
Hal-Lindsey e C. C. Carlson, em
A agonia do grande planeta Terra, citam Lowth, Chamberlain,
Cumming e o sábio judeu Gesenius para provar que não é recente a identificação da Rússia como
sendo a Gogue da Bíblia. Aqueles eruditos viveram nos séculos XVIII e XIX, quando a vasta Rússia jazia mergulhada na miséria e em grande atraso industrial, parecendo impossível que dali pudesse surgir uma potência, mas eles se firmaram na palavra dos profetas “como a uma luz que alumia em
lugar escuro, até que o dia esclareça” (2 Pe 1.19).
Para Lindsey e Carlson, Etiópia ou Cuxe são as nações da África negra, onde a influência russa
tem sido muito acentuada. Líbia ou Pute são as nações árabes do Norte da África, cuja inclinação
ideológica tem sido cada vez mais hostil a Israel. Gômer e todas as tropas, os países da excortina de
ferro; Togarma e seu bando, a Rússia Meridional e os cossacos.
Escrevendo antes das crises políticas ocorridas no continente africano, os autores citados
acertaram em sua previsão, pois Angola e Moçambique durante muitos anos se tornaram satélites da 
Rússia. 
Riquíssima em diamantes, petróleo, ferro e café, Angola ocupa uma posição estratégica para
o domínio do Atlântico Sul e poderia facilitar aos russos avanços para outras nações, tanto da
África como da América do Sul. Moçambique, por sua vez, esteve praticamente perdido para o
Ocidente. Na África do Sul, a onda de violência decorrente do cruel regime racista foi explorada em todos os seus aspectos pelos russos. 

Enfim, não fosse a derrocada do comunismo no Leste Europeu,
a África negra estaria ainda nas garras do marxismo.
Synésio Lira, autor de vários trabalhos sobre escatologia bíblica, dá sua opinião acerca de
Gogue:
Que a Rússia e seus satélites invadirão o Oriente Médio, e em particular as terras de
Israel, em cumprimento às profecias, não resta a menor dúvida. Basta para isto que sejam
lidos com atenção os capítulos 38 e 39 de Ezequiel e outras indicações proféticas [...]
Em outras palavras, o profeta apresenta a árvore genealógica desse comandante do
Norte, de modo a podermos seguir a trilha das migrações das tribos que ele refere até à
nação que hoje conhecemos. Gogue é o nome que simboliza o chefe dessa nação, e
Magogue é a sua terra. É também o príncipe dos antigos povos que se chamam Roxe,
Meseque e Tubal. Esses nomes são mencionados no capítulo da Bíblia comumente
chamado pelos eruditos de
Índice das nações (veja-se Gênesis 10). 
São apresentados
como netos de Noé, através de seu filho Jafé, com exceção de Roxe (Gênesis 10.1,2).
Magogue é o segundo filho; Tubal é o quinto; e Meseque é o sexto.
A conclusão a que chegamos é que Gogue representa o governante russo.

Vejamos, finalmente, o interessante testemunho do escritor norte-americano H. L. Heijkoop:
Os capítulos 38 e 39 dão-nos a resposta concreta a esta pergunta.

 Em 38.6, 15 e 39.2
está escrito que vem do Norte. Literalmente, do extremo Norte, conforme lemos nas mais
recentes traduções. 

Para podermos determinar este lugar temos que sair forçosamente da
Palestina. Estes dois capítulos tratam da Palestina, e este país é também o centro, ou o
umbigo da terra, como traduz literalmente o versículo 12 do capítulo 38. Logo, não pode
tratar-se de outro país que não seja a Rússia, visto que ao norte da Palestina existe
somente uma parte da Ásia Menor, e depois segue-se o imenso reino russo [...]
Os nomes confirmam também que se trata da Rússia. 

A palavra empregada em muitas traduções por chefe é, na realidade, um nome próprio e deve, pois, ficar sem tradução.
Neste caso devemos ler
Gogue, príncipe de Ros, de Mesech e Tubal.
As traduções mais antigas do Antigo Testamento seguem esta versão a qual é, aliás, aceita também pelos melhores tradutores e hebraístas contemporâneos.
Nas palavras Ros, Mesech e Tubal reconhecemos claramente os Russos, Moscovo e Tobolsk.
Vemos aqui, pois, a Rússia com seus aliados nos últimos dias. São chamados seus
aliados: persas, etíopes (em hebraico Cuxe) e líbios (descendentes de Pute). Cuxe e Pute
são filhos de Cam, uma parte de cujos descendentes habita o Eufrates (Gênesis 10).
Gômer é o progenitor dos Celtas.

 A casa de Togarma são os armênios. Estes são os países
que se encontram submetidos a Gogue ou ligados a ele.

  Para a expressão “o príncipe e chefe de Meseque”, dos versículos 2 e 3 de Ezequiel 38, a Nova
Versão Internacional da Bíblia, em inglês, traz como nota de rodapé: “príncipe de Rosh”. Expressão
similar foi mantida no rodapé da NVI (Nova Versão Internacional) em português: “príncipe de Rôs”.

O norte-americano Frank Boyd, conhecido por suas conferências sobre profecias
bíblicas, e que em 1958 previu a tomada por Israel dos territórios a leste do Jordão e da
parte velha de Jerusalém então em poder da Jordânia,

 — o que efetivamente se cumpriu em 1967 — também conclui que os etimologistas têm identificado Mesech e Tubal como Moscou, capital da Rússia, e com Tobolsk, antiga capital da Sibéria. 
Moscou está situada na margem do rio Moscova (subafluente do Volga), e Tobolsk é banhada pelo rio Tobol.
Assim temos aqui os mesmos nomes dados aos rios, às cidades e aos povos, sob a bem
conhecida lei da toponímia; não há dúvida que as tribos com esses nomes vieram e
estabeleceram-se nos vales que ainda os mantém.

Boyd salienta que as formas modernas desses nomes podem ser facilmente explicadas pela
transformação por que passam as línguas humanas na sua história. 

Depois de notar que essas nações
invasoras da Terra Santa virão de regiões localizadas
na banda do Norte, ele pergunta: “Há algum
país que ocupe o extremo Norte, e com direto acesso à Palestina, conforme mencionado pela
profecia, a não ser a União Soviética? ( Abrão de Almeida)
 

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