Muitas vezes os autores escreveram: "Veio a mim a palavra do Senhor" (Jr 1.4; Mq 1.1; Is 1.2 etc).
A Bíblia diz a respeito de Moisés: "Recebei as palavras da vida para no-las dar" (At 7.38).
Isaías menciona 120 vezes que o Senhor lhe falou, Jeremias 430 vezes e Ezequiel 329 vezes. Outros registraram acontecimentos, assim como se escreve memória histórica (Êx 17.14).
Outros examinaram minuciosamente aquilo sobre o qual receberam a direção para escrever (Lc 1.3).
Outros receberam a mensagem por revelação (At 22.14-17; Gl 1.11,12,15,16; Ef 3.1-8; Dn 10.1 etc), e alguns receberam sonhos e
visões (Dn 7.1; Ez 1.1; 2 Co 12.1-3), mas todos escreveram o que receberam pela inspiração do Espírito Santo, e podiam dizer:
"Porque eurecebi cio Senhor o que também vos ensinei" (1 Co 11.23; 15.3).
A INSPIRAÇÃO PLENÁRIA DAS ESCRITURAS
Deus deu a Palavra e providenciou o modo de garantir a autenticidade daquilo que os homens de Deus haveriam de escrever.
Deus não escreveu nenhuma parte da Bíblia
Uma só vez Ele escreveu com o seu dedo os dez mandamentos em
tábuas de pedra (cf. Êx 32.15,16). Porém, Moisés, quando viu o bezerro de ouro que os que os israelitas haviam feito, arremessou as tábuas,
quebrando-as ao pé do monte (cf. Êx 32.19).
Jesus escreveu uma só vez na terra, mas os pés que andaram por cima daquele lugar apagaram
aquela escrita (cf. Jo 8.8).
2.2.A escolha divina
Quando Deus quis dar aos homens o Livro Divino, escolheu e preparou para isto servos seus, aos quais deu uma plena inspiração
pelo Espírito Santo (1 Pe 1.10-12; 2 Pe 1.21; 1 Tm 3.16; Jó 32.18-20
etc).
Cada autor escreveu conscientemente conforme o seu próprlo estiloe vocabulário e a sua maneira individual de se expressar, mas todos sob ainfluência e inspiração do Espírito Santo.
Assim, as palavras com que registraram o que receberam de Deus, foram-lhes ensinadas pelo
Espírito Santo (cf. 1 Co 2.13).
Davi, que era rei e profeta, disse: "O Espírito do Senhor falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca" (2 Sm 23.2).
Dessa maneira ficou toda a Bíblia inspirada pelo Espírito Santo. É realmente um milagre! O mesmo Espírito que inspirou
Moisés a escrever os primeiros cinco livros da Bíblia (Êx 24.1-4; Nm 33.2), cerca de 1.550 anos antes de Cristo, inspirou o apóstolo João a
"escrever o seu evangelho, as suas três epístolas e o Apocalipse, no ano 90.
A inspiração plenária
Esta inspiração plenária atinge as palavras usadas, inclusive a sua fojrna gramatical.
Temos vários exemplos na Bíblia que mostram como a forma gramatical adequada, que os autores aplicaram, serviu para
explicar grandes e importantes doutrinas.
Veja, por exemplo, Mateus 22.32, onde Jesus empregou o verbo "ser" na forma do presente: "Eu sou o Deus de Abraão", para provar a real existência de vida após a
morte.
Em Gálatas 3.16, vemos como a forma singular do substantivo "posteridade" foi usada para dar um importante ensino sobre como a
promessa, dada a Abraão, se cumpriu na pessoa de Jesus.
O mesmo podemos ver também em Hebreus 12.27, João 8.57 e em muitos
outros exemplos.
A inspiração plenária é sinônimo de infalibilidade
A teologia modernista não aceita a doutrina sobre a inspiração plenária da Bíblia.
Eles concordam em aceitar que àsldéias ou pensamentos da Bíblia podem ser inspirados, mas que as palavras usadas no texto são um produto dos autores, os quais estavam sujeitos
a erros.
Outros concordam em reconhecer a Bíblia como autoridade em assuntos meramente espirituais, porém, em tudo que se relaciona com
a cíencia, biologia, geologia, história etc., a Bíblia não pode ser considerada uma autoridade.
Eles dizem abertamente: "Errar é humano", para dar uma aparência de piedade e respeito às coisas de Deus, eles dizem:
"A Bíblia contém a palavra de Deus, mas não é a Palavra de Deus". Infelizmente, essa crítica materialista contra a veracidade da
Bíblia tem espalhado muito, e aonde ela chega, leva consigo
mortandade — como a geada com as plantas. A falsamente chamada
"ciência" faz que aqueles que a professam se desviem da fé (1 Tm
6.20,21).
2.5. A inspiração plenária tem base na própria Bíblia.
Para os crentes convictos da sua salvação, que vivem a comunhão com Deus e sentem a operação do Espírito Santo em suas vidas, aquela
crítica não gera problemas. Eles simplesmente rejeitam terminantemen-te qualquer afirmativa contrária à Bíblia.
Eles o fazem com convicção.
A base dessa rejeição é segura.
Vejamos: 2.5.1.O testemunho de Jesus Em primeiro lugar, rejeitam toda a crítica contra a Palavra de Deus, porque Jesus considerou as Escrituras como "a Palavra de Deus" (Mc
7.13).
E o apoio dele vale mais que as idéias e afirmativas de quem quer que seja
A evidência interna Rejeitam a crítica modernista contra a veracidade da Bíblia, porque seria uma ofensa contra Deus, que é perfeito (Mt 5.48), afirmar que a
sua Palavra contém erros e mentiras. A Bíblia afirma:
"A Lei do Senhor é perfeita" (Sl 19.7). "É provada" (Sl 18.30), e "fiéis, todos os seus mandamentos" (Sl 111.7).
2.5.3.A ciência
A palavra da "ciência" também nunca é a "última palavra". O que hoje se afirma em nome da ciência, amanhã outros o desfazem.
Um grande teólogo alemão, A. Luescher, constatou em uma de suas obras que, no ano de 1850, os críticos contra a Bíblia apresentaram setecentos argumentos científicos contra a veracidade da mesma.
Hoje, seiscentos destes argumentos já foram deixados por descobertas mais atualizadas.
Mas o que a Bíblia afirma é como uma rocha
— que não muda por causa das ondas do mar que se lançam contra ela.
A evidência da fé Não queremos trocar a nossa fé na Palavra de Deus por consideração a homens que consideram a sua sabedoria maior do que
a de Deus. Queremos que a nossa fé se apoie, não na sabedoria humana, mas no poder de Deus (I Co 2.5).
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