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ENSINO DE JESUS SOBRE A SUA SEGUNDA VINDA .

A segunda vinda de  Criso

Jesus instruiu seus discípulos a respeito de duas fases do advento messiânico (a realização da redenção e da restauração).
Ele disse: “Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas.
Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram.
 Assim farão eles também padecer o Filho do Homem” (Mt 17.11-12;
A resposta de Israel a João Batista prefigurou a sua resposta ao Messias e foi necessário o adiamento da sua restauração nacional.
Assim como a vinda do precursor messiânico possui duas fases, uma relacionada a João Batista (para o arrependimento) e uma relacionada ao profeta Elias (para a restauração), também a vinda do Messias possui duas fases:
uma como Salvador (para remir) e uma como Soberano (para reinar).
A rejeição a João Batista por parte da liderança de Israel fez com que o seu ministério profético terminasse sem o cumprimento do arrependimento nacional, necessitando então um futuro
precursor messiânico (representado por Messias).
Da mesma forma, a rejeição a Jesus por parte da liderança de Israel também fez com que o seu ministério messiânico terminasse sem o cumprimento da redenção e restauração nacional;
isto tornou nssessário o seu futuro retorno como o Messias que Ele sempre foi.
Jesus também reconheceu o princípio do adiamento profético da  sua vinda no uso que fez de Is61.1-2 (Lc 4.16-21).
Ele diferencia o tempo do cumprimento de dois eventos messiânicos que se sucedem imediatamente no texto.
Em Lucas 4, Jesus foi contra a tradição judaica na leitura pública, terminando abruptamente a sua passagem selecionada no meio da frase.
O resto da frase diz: “[...] o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes”.
Se o propósito do Senhor na primeira vinda foi remir em vez de reinar, então podemos entender por que Ele omitiu a segunda parte deste versículo profético , que tem o foco na segunda vinda.
Ele não a omitiu, como alguns afirmam, a fim de enfatizar a graça de Deus, porque omitiu palavras que também enfatizam a graça de Deus.
Antes, Jesus sabia que o dia do juízo gentio deveria ser adiado, e assim leu apenas a parte do versículo que dizia respeito ao cumprimento presente.
A antiga teologia cristã claramente reconhecia esta interrupção na redenção de Israel.
Em Atos 3.18, lemos a respeito da redenção e da primeira fase da vinda de Jesus nas palavras:
“Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado: que o Cristo havia de padecer”.
Esta proclamação redentora está então ligada à restauração e a segunda fase da vinda nos versículos 19- 21: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor.
E envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado, o qual convém que o céu contenha até mm tempos da restauração de tudo, dos quais
Deus falou pela boca de todos os seus servos os profetas, desde o princípio”.
As frases “tempos de refrigerio" e "tempos* da restauração de tudo"— a restaiiração,prometida a Israel.(veja IS 2.2- 41.4- 26, 11 ).
  Existem idéias  na literatura apocalíptica judaica que diz;
 Termo grego apokatastasis (“restaurado ”), em Atos 3.21, deriva-se do verbo apokathistemi (“restaurar”, a uma condição anterior) e aparece em Atos 1.6:
 “restaurando o reino a Israel".
 Em Mateus 17.11 e Marcos 9.12 (veja Ml 4.5), o termo se refere à vinda de Elias para “restaurar todas as coisas”.
Expressões paralelas deste período de restauração no N T (embora mais amplas em abrangência) incluem o uso que Jesus faz de “a regeneração” (gr.: palinenesia) em
Mateus 19.28, e a descrição de Paulo da futura era de redenção em Romanos 8.18-23. Este termo para restauração é especialmente relacionado ao arrependimento judaico nacional, porque os dois termos vêm da mesma raiz e parecem estar padronizados após a condição profética para a restauração do reino messiânico:
“Tornai para mim [com um coração restaurado], e eu tornarei para vós [com bênçãos restauradas]”(Zc 1.3; Ml 3.7; veja Mt 3.1-2; 4.17).
Esta relação entre o arrependimento nacional e o advento messiânico para a nação, especialmente com a exigência acrescentada do testemunho judaico e da inclusão gentia (At 1.8; 15.11-18), demanda um período parentético antes do juízo final Portanto, apesar da rejelçflo nacional de Israel a Jesus como o Messias, a aliança de Abraão não loi revogada.
 Isto não lhes garante a salvação separada do arrependimento (Mt 3.8-9; Rm 2.17-29), mas preserva a promessa da futura salvação da nação uma vez que esta se arrependa (Zc 12.10— 13.2; Mt 24.30; Rm 1 1.25-27).(TIM LAHAYE)

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