Os seres humanos não foram criados autônomos (isto é, seres livres para seguirem sua própria lei de Deus), mas foram criados seres autônomos, ou seja, para estarem sujeitos à lei de Deus e de Cristo Jesus.
Isso não constituía uma privação para o homem sobre a lei de Deus, porque Deus o criou de tal maneira que uma obediência agradecida poderia proporcionar-lhe a mais alta felicidade hoje e na eternida pós morte.
Dever e prazer seriam coincidentes, como ocorreu com Jesus (Jo 4.34; cf. SI 112.1; 119.14,16,47-48,97-113,127-128,163-167).
O coração humano decaído odeia a lei de Deus, tanto pelo fato de ser uma lei quanto por ela vir de Deus.
Os que conhecem a Cristo por meio da lei de Deus e do Evangelho, também serão livres do inferno, contudo, descobrem não só que amam alei e querem guardá-la-tanto para agradarem a Deus e como gratidão pela graça (Rm 7.18-22; 12.1-2) mas tam-
bém que o Espírito Santo os conduz a um grau de obediência que nunca tiveram antes (Rm 7.6; 8.4-6; Hb 10.16). ·A lei moral de Deus está abundantemente exposta nas Escrituras, no Decálogo (Os Dez Mandamentos), em outros estatutos de Moisés, em trechos de escrito dos profetas, no ensino de Jesus e nas cartas do Novo Testamento.
A lei reflete o caráter santo de Deus e seu propósito para os seres humanos que criou.
Deus ordena o comportamento que lhe agrada e proíbe aquilo que O ofende.
Jesus resume alei moral nos dois grandes mandamentos:
o amor a Deus e o amor ao próximo (Mt 22.37-40). diz que desses dois dependem todas as instruções morais do Antigo Testamento.
O ensino moral de Cristo e de seus apóstolos é a velha lei
aprofundada ereaplicada anovas circunstâncias, as da vida no Reino de Deus, onde oSalvador reina, ena era pós-pentecostes
do Espírito, quando o povo de Deus é chamado a viver uma vida santificada no meio de um mundo hostil (Jo 17.6-19).A lei bíblica é de várias espécies.
As leis morais ordenam o comportamento pessoal e comunitário, que sempre são de nosso dever observar.
As leis políticas do Antigo Testamento aplicavam princípios da lei moral à situação nacional de Israel, quando Israel era uma teocracia, como povo de Deus na terra.
As leis do Antigo Testamento a respeito de purificação cerimonial, regime alimentar e sacrifícios eram estatutos temporários, com o objetivo de instruir o povo COMO SEGUIR OS CAMINHOS DE DEUS.
Essas leis foram canceladas pelo Novo Testamento, porque o seu significado simbólico foi cumprido,NA PESSOA DE CRISTO E SEU MINISTÉRIO (Mt 15.20; Me 7.15-19; At 10.9-16; Hb 10.1-14: 13.9-10).A combinação de leis morais, judiciais e rituais nos livros de Moisés comunicam a mensagem de que a vida sob a orientação de Deus não deve ser vista nem vivida em compartimentos, mas como uma unidade multifacetada.
Comunicam também que a autoridade de Deus como legislador deu força igual a todo o código. Contudo, as leis eram de diferentes espécies e tinham diferentes propósitos.
As leis políticas e cerimoniais tinham aplicação limitada, enquanto parece claro, tanto do contexto imediato quanto do ensino de Jesus, que a afirmação de Jesus a respeito da imutável força universal da lei se refere à lei moral como tal (Mt 5.17-19; cf. Lc 16.16-17).Deus exige a total obediência de cada pessoa atodas as implicações de sua lei.
Como diz o Catecismo Maior de Westminster; p. 99:
"A lei... obriga todos à plena conformidade do homem integral à retidão dela e à inteira obediência para sempre"; "a lei é espiritual e, assim, se estende tanto ao entendimento, à vontade, às afeições e a todas as outras potências da alma, quanto às palavras, às obras e ao procedimento." Em outras palavras, tanto os desejos quanto as ações devem ser retos.
Jesus condena a hipocrisia que oculta a corrupção íntima com fingimentos exteriores (Mt 15.7-8; 23.25-28).
Além disso, as decorrências da lei são parte de seu conteúdo:
"onde um dever é ordenado, o pecado contrário é proibido; e, onde um pecado é proibido, o dever contrário é ordenado".
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