A ceia de Senhor.
Pontos principais.
Define-se a Ceia do Senhor ou Comunhão como o rito distintivo da adoração cristã, instituído pelo Senhor Jesus na véspera de sua morte expiatória.
Consiste na participação solene do pão e vinho, os quais, sendo apresentados ao Pai em memória
do sacrifício inexaurível de Cristo, tornam-se um meio de graça pelo qual somos incentivados a uma fé mais viva e fidelidade maior a ele. Os seguintes são os pontos-chave dessa ordenança:
(a)É uma comemoração.
"Fazei isto em memória de mim."
Cada ano, no dia 4 de julho, o povo norte-americano recorda de maneira especial o evento que o fez um povo livre.
Cada vez que um grupo de cristãos se congrega para celebrar a Ceia do Senhor, estão comemorando, dum modo especial, a morte expiatória de Cristo que os libertou dos pecados.
Por que recordar a sua morte mais do que qualquer outro evento de sua vida?
Porque a sua morte foi o evento culminante de seu ministério e porque somos salvos, não meramente por sua vida e seus ensinos, embora sejam divinos, mas por seu sacrifício expiatório.
(b) Instrução para ceia.
A Ceia do Senhor é uma lição objetiva que expõe os dois fundamentos do Evangelho:
1) A encarnação.
Ao participar do pão, ouvimos o apóstolo João dizer:
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nos"
(João 1:14); ouvimos o próprio Senhor declarar: "Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo" (João 6:33).
2) A expiação.
Mas as bênçãos incluídas na encarnação nos são concedidas mediante a morte de Cristo. O pão e o vinho simbolizam dois resultados da morte: a separação do corpo e da vida, e a separação da carne e do sangue.
O simbolismo do pão partido é que o Pão deve ser quebrantado na morte (Calvário) a fim
e ser distribuído entre os espiritualmente famintos; o vinho derramado nos diz que o sangue de Cristo, o qual é sua vida, deve ser derramado na morte a fim de que seu poder purificador e vivificante possa ser outorgado às almas necessitadas.
(c) Inspiração.
Os elementos, especialmente o vinho, nos lembram que pela fé podemos ser participantes da natureza de Cristo, isto é, ter "comunhão com ele". Ao participar do pão e do vinho da Ceia, o ato nos recorda e nos assegura que, pela fé, podemos verdadeiramente receber o Espírito de Cristo e ser o
reflexo do seu caráter.
(d) Segurança.
Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue"! (1 Cor. 11:25).
Nos tempos antigos a forma mais solene de aliança era o pacto de sangue, que era selado ou firmado com sangue sacrificial.
A aliança feita com Israel no Monte Sinai foi um pacto de sangue.
Depois que Deus expôs as suas condições e o povo as aceitou, Moisés tomou uma bacia cheia de sangue sacrificial e aspergiu a metade sobre o altar do sacrifício, significando esse ato que Deus se havia comprometido a cumprir a sua parte do convênio; em seguida, ele aspergiu o resto do sangue
sobre o povo, comprometendo-o, desse modo, a guardar também a sua parte do contrato (Êxo. 24:3-
A nova aliança firmada por Jesus também é um pacto de sangue.
Deus aceitou o sangue de Cristo(Heb. ?);
Portanto, Deus comprometeu-se, por causa de Cristo, a perdoar e salvar a todos os que vierem a ele.
O sangue de Cristo é a divina garantia de que ele ser benévolo e misericordioso para aquele que
se arrepende.
A parte dos humanos nesse contrato é crer na morte expiatória de Cristo. (Rom. 3:25,26.) Depois, então poderemos testificar que foram aspergidos com o sangue da nova aliança.(1Ped. 1:2.)
(e) Responsabilidade.
Quem deve ser admitido ou excluído da Mesa do Senhor?
Paulo trata da questão dos que são dignos do sacramento em 1Cor. 11:20-34.
"Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber este cálice do Senhor indignamente, será culpado (uma ofensa ou pecado contra) do corpo e do sangue do Senhor."
Quer isso dizer que somente aqueles que são dignos podem chegar-se à Mesa do Senhor?
Logo então, todos nós estamos excluídos!
Pois quem dentre os filhos dos homens é digno da mínima das misericórdias de Deus?
Não, o apóstolo não está falando acerca da indignidade das pessoas, mas da indignidade das ações. Sendo assim, por estranho que pareça, é possível a uma pessoa indigna participar dignamente.
E em certo sentido, somente aqueles que sinceramente sentem a sua indignidade estão aptos para se aproximar da Mesa; os que se justificam a si mesmos nunca serão dignos.
Outrossim, nota-se que as pessoas mais profundamente espirituais são as que mais sentem a sua indignidade.
Paulo descreve-se a si mesmo como o "principal dos pecadores" (1Tim. 1:15).
O apóstolo nos avisa contra os atos indignos e a atitude indigna ao participar desse sacramento.
Como pode alguém participar indignamente?
Praticando alguma coisa que nos impeça de claramente apreciar o significado dos elementos, e de nos aproximarmos em atitude solene, meditativa e reverente.
No caso dos coríntios o impedimento era sério, a saber, a embriaguez.
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