Ezequiel 38— 39 traz uma das mais importantes profecias presentes na Bíblia.
Trata-se de uma descrição da grande invasão a Israel “no fim dos anos” por uma confederação de nações.
A forma mais fácil de compreender esta profecia é fazer cinco perguntas a seu respeito:
QUEM PARTICIPARÁ NA INVASÃO? Ezequiel 38.1-6 lista dez nomes próprios que ajudam a identificar a força invasora, dentre os quais nove descrevem localizações geográficas. “Gogue” constitui a única exceção.
Quem?
Onde?
Quando?
Por quê?
O que acontecerá?
Rôs (antiga Sarmácia)
Rússia Magogue (antigos Citas)
Asia Central (repúblicas islâmicas ao sul da antiga União Soviética, com mais de 60 milhões de muçulmanos.
Este território poderia incluir o atual Afeganistão)Meseque (antiga Mogui e Moscovi, na Cilícia e Capadócia)Turquia (também o sul da Rússia e o Irã)
Tubal (antiga Tubalu na Capadócia) Turquia (também o sul da Rússia e o Irã)
Pérsia Irã (nome foi alterado para Irá em 1935)
Etiópia (antiga Cuxe,ao sul do Egito)
Sudão Líbia (antiga Pute, a oeste do Egito)
Líbia Comer (antigos cimérios que, do século VII ao século I a.C., habitaram a região centro-oeste
da Anatólia) Turquia Bete-Togarma (Tilgarimu — entre a antiga Carquemis e Harã)
Esta palavra não é um local ou um nome próprio de pessoa, mas é um título, como “Faraó”, “César” ou “Presidente”.“Gogue” significa uma montanha elevada,
um ápice, algo supremo ou um monte.
Gogue será o líder desta invasão.
Ele também é chamado de príncipe.
Os nomes apresentados por Ezequiel são denominações antigas, pertencentes a nações que existiam em sua época.
Eram nações conhecidas em seus dias,e totalmente estranhas pura nós. Nossa tarefa é determinar que países, hoje em dia, habitam aquelas antigas terras.
A lista que espomos compara as nações da antigüidade com as fronteiras políticas da atualidade para dar interpretação a profecia. Os nomes das nações podem ter mudado, mas sua localização geográfica ainda é a mesma.
A lista mostra que pelo menos seis aliados fundamentais formarão uma aliança para a derradeira invasão de Israel: Rússia, Turquia, Irã, Líbia, Sudão e as nações
da Ásia Central.
ONDE SERÁ A INVASÃO?
Ezequiel 38.7-9 explica que eles invadirão as terras de Israel e que virão a partir dos “montes de Israel”.
QUANDO SE DARÁ A INVASÃO?
Ezequiel dá três pistas importantes a respeito do momento da invasão. Em primeiro lugar, ele afirma claramente que a invasão
acontecerá “no fim dos anos” (Ez 38.8). Em todo o AT, somente aqui vemos esta frase.
Outra frase semelhante aparece em Ezequiel 38.16: “Nos últimos dias, hei de trazerte contra a minha terra” (grifo meu).
Esta expressão é utilizada no AT em relação ao fim da tribulação de Israel ou à derradeira restauração de Israel no reino messiânico (Is 2.2; Jr 23.20; 30.24; Os 3.5; Mq 4.1).
Semelhantemente, a frase “nos últimos dias”, em Ezequiel 38.16, é um termo técnico que se refere ao tempo do fim.
Ezequiel, portanto, afirma aqui que tal invasão acontecerá nos momentos finais da história, em preparação para o estabelecimento do Reino messiânico de Cristo.
Além disso, sabemos que esta invasão é um evento futuro, pois nunca ocorreu no passado nada que seja remotamente semelhante ao que está descrito em Ezequiel 38— 39.
Em segundo lugar, Israel precisa estar reunido em sua terra para que a invasão aconteça. Obviamente, temos isso acontecendo
desde a fundação do moderno Estado de Israel, em 1948.
Em terceiro lugar, Israel estaria desprevenido para esta invasão — fato que é salientado por três vezes em Ezequiel 38:“[...] aquela terra foi tirada dentre os povos, e todos eles habitarão seguramente.” (v. 8)
“[...] virei contra os que estão em repouso, que vivem seguros, que habitam, todos, sem muros e não têm ferrolhos nem portas;” (v. 11)
“Assim diz o Senhor Jeová: Não o saberás, naquele dia, quando o meu povo de Israel habitar com segurança?” (v. 14)
Desde 1948, Israel jamais desfrutou de um momento de paz e segurança, no qual pudesse baixar sua guarda. A nação de Israel moderna nunca teve realmente um
tempo de paz, mas apenas pequenas tréguas sem guerras. Quando contemplamos a volátil situação do Oriente Médio em nossos dias, podemos refletir: “Quando Israel desfrutará de um tempo de paz e segurança tal qual o descrito em Ezequiel 38?”
A Bíblia menciona apenas dois momentos no futuro de Israel em que a nação terá paz. Há o período de três anos e meio que perfaz a primeira parte da Grande Tribulação — período que terá início quando o anticristo firmar um tratado-de paz com Israel (Dn 9.27).
O segundo momento de paz virá quando o Príncipe da Paz, o Senhor Jesus, retornar do céu para a terra a fim de destruir os inimigos de Israel e inaugurar seu reino
milenial de regozijo e paz a partir de Israel.
Isaías 2.4 afirma de forma explícita que aquele será um tempo de paz: “E ele exercerá o seu juízo sobre as nações e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas e as suas lanças, em foices; não levantará espada nação contra nação, nem aprenderão mais a guerrear”.
Ao reunirmos todos estes indícios, o único período que se encaixa no cenário descrito em Ezequiel 38 é a primeira metade da Grande Tribulação.
Naquele tempo,após a Igreja ter sido arrebatada aos céus,Israel viverá sob a paz e proteção de seu tratado com o Anticristo (Dn 9.27).
POR QUE OCORRERÁ A INVASÃO?
A Rússia e seus aliados invadirão Israel com quatro objetivos:
1. Tomar posse das riquezas de Israel(Ez 38.11-12);
2. Controlar o Oriente Médio;
3. Exterminar Israel (as nações islâmicas mencionadas nas Escrituras odeiam Israel);
4- Desafiar a autoridade do Anticristo (Dn 11.40-45).Estas quatro razões são as justificativas humanas para a invasão, mas o propósito
de Deus no acontecimento é sua santificação aos olhos das nações (Ez 38.14-16).
0 QUE ACONTECERÁ QUANDO OCORRER
TAL INVASÃO?
Esta invasão será o maior fiasco da história. Ela eclipsará completamente as invasões árabes de 1967 e 1973. Quando a Rússia reunir sua força de ataque, parecerá
o fim de Israel, mas Deus estará no controle de toda a situação. Ele liberará sua fúria e destruirá os invasores infiéis: “Naquele dia, quando Gogue vier contra a terra de Israel,
diz o Senhor Jeová, a minha indignação subirá às minhas narinas” (Ez 38.18).
Deus virá para resgatar seu povo indefeso e lançará mão de quatro recursos para
destruir a Rússia e seus aliados:
1. Deus trará um grande terremoto(38.19-20);
2. Haverá conflitos entre as tropas das várias nações (38.21). No caos que se seguirá ao terrível terremoto, os exércitos das nações lá reunidas voltar-se-ão uns contra os outros. Será
o maior número de mortes por fogo amigo na história humana;
3. Pestes se alastrarão (38.22);
4. Cairão chuvas torrenciais, com granizo, fogo e enxofre (38.22). Em junho de 1967, houve a Guerra dos Seis Dias em Israel. Esta será a Guerra de Um
Dia, ou a Guerra de Uma Hora, quando Deus sobrenaturalmente destruir a horda russo islâmica. Quatro importantes acontecimentos ocorrerão na esteira desta invasão:
1. A carnificina resultante de tal massacre proporcionará um grande banquete para os pássaros e os animais do campo (Ez 39.4-5,17-20; Ap 19.17-18). Deus refere-se a esta
matança como “meu sacrifício” e minha mesa”, à qual Ele convida os pássaros e as bestas do campo.
2. Equipes de limpeza colocarão marcadores nos locais em que perceberem um osso humano. Quando vierem os sepultadores, percorrerão os marcadores e levarão todos os restos mortais para serem enterrados no Vale das Forças de Gogue.
O trabalho de limpeza será tão extenso que surgirá uma cidade para acomodar os trabalhadores.
O nome da cidade será Hamoná (Multidão) (Ez 39.11-12,14-16). O trabalho de limpeza perdurará por sete meses.
3. Isto acontecerá durante a primeira metade da Grande Tribulação e os Israel continuará queimando armas três anos e meio (Ez 39.9-10).
4. Em meio a sua fúria e ira, Deus também derramará de sua graça e misericórdia. Ele utilizará esta demonstração de seu imenso poder contra
a Rússia e seus aliados para trazer muitos judeus e gentios à salvação.[...] e subirás contra o meu povo de Israel, como uma nuvem, para cobrir a terra; no fim dos dias, sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra, para que as nações me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti os seus olhos, ó Gogue. [...] Assim,
eu me engrandecerei, e me santificarei, e me farei conhecer aos olhos de muitas nações; e saberão que eu sou o Senhor. [...] E enviarei um fogo sobre Magogue e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou o Senhor.
E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo de Israel e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e as nações saberão que eu sou o Senhor, o Santo
em Israel. [...] E eu porei a minha glória entre as nações, e todas as nações verão o meu juízo, que eu tiver executado, e a minha mão,
que sobre elas tiver descarregado. E saberão os da casa de Israel que eu sou o Senhor, seu Deus, desde aquele dia em diante.” (Ez 38.16,23; 39.6-7,21-22) Muitos daqueles que, em virtude de tal demonstração, voltarem-se para o verdadeiro Deus, certamente estarão entre o enorme grupo de redimidos em Apocalipse 7.9-14. Ezequiel 38—39 é uma das mais formidáveis profecias em toda a Escritura, e tudo parece estar caminhando para seu cumprimento em um futuro próximo, A e as nações islâmicas radicais que cercaram Israel são fundamentais nesta profecia, À
proporção que o decorrer do tempo nos aproxima do retomo de Cristo, estes são os
lugares que devemos vigiar.
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