Em 2 Tessalonicenses 2.4, Paulo começa a explicar sobre a profanação do Templo afirmando que o homem da iniquidade “exalta a si mesmo”. Que templo é este?
Ele se levanta “contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto”. Embora isto possa indicar uma extraordinária blasfêmia contra Deus, como em Apocalipse 13.6, o cenário é o futuro Templo de Jerusalém (reconstruído).
Os “objetos de culto”, portanto, são os vasos sagrados (2 Cr 5.5-7; Hb 9.2-5), e a desolação acontece na parte mais interna do Templo (O Santo dos Santos), onde a presença de Deus anteriormente se manifestava (Êx 25.22; 30.6; Ez 43.1-7).
A abominação, no entanto, é o ato do Anticristo de entronizar-se no lugar de Jesus, “ostentando-se” (gr. apodeiknunta) como se fosse o próprio Deus (lit., “que ele? é Deus”).
Tal ato de blasfêmia cumpre a profecia de Daniel de que o anticristo “|...| se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis blasfêmias[...]” (Dn 11.36).
No contexto satânico de Apocalipse 12.9,12- 17 e 13.4-10, a abominação faz alusões aos textos de Isaías 14-13-14 e Ezequiel 28.2-9, onde usurpadores “acima das estrelas de Deus [exaltarão] seu[s] trono[s]”, querendo ser "[serão] semelhante[s] ao Altíssimo” e declararão: “Eu sou Deus e sobre a cadeira de Deus me assento”.
Apesar do precedente estabelecido na interpretação literal do discurso no monte das Oliveiras, que claramente alude à profanação do Templo histórico em Jerusalém, alguns intérpretes acham que 2 Tessalonicenses 2.4 veem o “santuário de Deus” como uma metáfora da igreja, em uma expressão alegórica, isto é, alguns mestres modernos.
Veem o ato da profanação do “homem da iniquidade” como apostasia no meio da igreja de hoje, mas não pode ser.
O texto de Paulo, contudo, foi dirigido as pessoas do primeiro século.
Em uma época em que o segundo Templo ainda estava de pé, sua referência ao “santuário de Jesus” só poderia significar um lugar:
O Templo judeu em Jerusalém.
Temos ainda outras razões para rejeitar a interpretações simbólicas e aplicar a profecia ao Templo físico (considerando, portanto, uma literal abominação da desolação que ocorrerá):
(1) Segundo O PASTOR TIM LAHAYE em seu livro O MANUAL DA PROFECIA BÍBLICA, nas poucas vezes em que Paulo usou a palavra grega (“templo”) para se referir a algo que não fosse o verdadeiro como o Santuário em Jerusalém (1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; Ef 2.21), ele sempre explicou o que queria dizer, a fim de que seus leitores pudessem compreender a metáfora,
(2) A palavra “templo", em 2 Tessalonicenses 2,4, vem acompanhada de um artigo definido ("o templo”), ao contrário do uso metafórico de Paulo, quando “templo” é, via de regra, artigo indefinido (“um templo”).
(3) A expressfio “no templo de Deus” complementa o sentido de “se assentará” (gr. kathisai), verbo este que sugere um local específico, não uma instituição (como a igreja).
Temos ainda outras razões para rejeitar a interpretações simbólicas e aplicar a profecia ao Templo físico (considerando, portanto, uma literal abominação da desolação que ocorrerá):
(1) Segundo O PASTOR TIM LAHAYE em seu livro O MANUAL DA PROFECIA BÍBLICA, nas poucas vezes em que Paulo usou a palavra grega (“templo”) para se referir a algo que não fosse o verdadeiro como o Santuário em Jerusalém (1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; Ef 2.21), ele sempre explicou o que queria dizer, a fim de que seus leitores pudessem compreender a metáfora,
(2) A palavra “templo", em 2 Tessalonicenses 2,4, vem acompanhada de um artigo definido ("o templo”), ao contrário do uso metafórico de Paulo, quando “templo” é, via de regra, artigo indefinido (“um templo”).
(3) A expressfio “no templo de Deus” complementa o sentido de “se assentará” (gr. kathisai), verbo este que sugere um local específico, não uma instituição (como a igreja).
Se Paulo estivesse se referindo à apostasia no seio da igreja, teria preferido outros verbos, como “entronizar” ou “usurpar”, e não um verbo que fosse literalmente “sentar”.
Os pais da igreja anteriores ao Concilio de Nicéia compreendiam essa passagem de forma literal. Irineu (185 d.C.), por exemplo, escreveu:
“Pois quando esse Anticristo tiver devastado tudo que há neste mundo, reinará por três anos e seis meses e sentar-se- á no Templo em Jerusalém.
Os pais da igreja anteriores ao Concilio de Nicéia compreendiam essa passagem de forma literal. Irineu (185 d.C.), por exemplo, escreveu:
“Pois quando esse Anticristo tiver devastado tudo que há neste mundo, reinará por três anos e seis meses e sentar-se- á no Templo em Jerusalém.
Então o Senhor virá por entre as nuvens, coberto pela glória do Pai.
Ele enviará esse homem e seus seguidores para o lago de fogo, mas inaugurará a era do reino para os justos”. A interpretação de Irineu, um dos pais da igreja, que contempla uma profanação literal do Templo, é tanto escatológica como pré-milenista.
A interpretação simbólica ou “espiritual” do “templo” como sendo a igreja, em contrapartida, não aparece detalhadamente desenvolvida até o século 3, com Orígenes, que foi influenciado pela interpretação alegórica da escola helenista e idealista de Philo.
Podemos, portanto, verificar que a interpretação escatológica da abominação da desolação é respaldada tanto pelo texto como pelo testemunho dos apologistas da Igreja Primitiva.
Isto serve para alertar-nos quanto ao dia do engano e da desolação.
A interpretação simbólica ou “espiritual” do “templo” como sendo a igreja, em contrapartida, não aparece detalhadamente desenvolvida até o século 3, com Orígenes, que foi influenciado pela interpretação alegórica da escola helenista e idealista de Philo.
Podemos, portanto, verificar que a interpretação escatológica da abominação da desolação é respaldada tanto pelo texto como pelo testemunho dos apologistas da Igreja Primitiva.
Isto serve para alertar-nos quanto ao dia do engano e da desolação.
Ele virá no meio da tribulação, preconizando o juízo de Deus e culminando no retorno do Senhor em gloria.
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