QUAL A FINALIDADE DO EXILIO BABILÔNICO

Finalidade do exílio A Bíblia afirma que o cativeiro babilônico veio ao povo judeu como consequência imediata do pecado. Desde Moisés o povo era instruído a obedecer ao Senhor. A permanência na Terra Prometida dependia diretamente de sua fidelidade a Deus. O mandamento era claro:

Finalidade do exílio.
A Bíblia afirma que o cativeiro babilônico veio ao povo judeu como consequência imediata do pecado. Desde Moisés o povo era instruído a obedecer ao Senhor. A permanência na Terra Prometida dependia diretamente de sua fidelidade a Deus.
O mandamento era claro:
―Não terás outros deuses além de mim‖ (Êx 20.3). A ordem mais recomendada pelo grande legislador era a ―obediência‖. Josué, sucessor de Moisés, também advertiu os  SAMPEY J. R. O coração do Velho Testamento. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, p. 228-229.
Israelitas a não servirem aos deuses dos cananeus.
Se fossem fiéis em observar a Lei, as bênçãos seriam numerosas, mas se não a observassem, sofreriam consequências desastrosas. Esse aviso foi reiterado muitas vezes ao povo. Eis o que Deus declarou a Salomão na dedicação do templo de Jerusalém:
Mas, se vós e vossos filhos vos desviardes de algum modo e não me seguirdes, nem guardardes os meus mandamentos e os meus estatutos que vos tenho proposto, mas decidirdes cultuar e adorar outros deuses, então exterminarei Israel da terra que lhe dei e lançarei longe da minha presença este templo que santifiquei para meu nome; e Israel será motivo de zombaria entre todos os povos. Todo aquele que passar por este templo tão exaltado ficará admirado e zombará, dizendo:
Por que o SENHOR fez assim a esta terra e a este templo?
 E lhe responderão:
 Eles abandonaram o SENHOR seu Deus, que tirou seus pais da terra do Egito, e se apegaram a deuses estranhos, os adoraram e os cultuaram; por isso o SENHOR trouxe sobre eles todo este mal (1Rs 9.6-9).  Os profetas proferiram mensagens idênticas e advertiram ao povo para que se abstivessem da idolatria, fugissem da injustiça e que andassem com inteireza de coração nos retos caminhos do Senhor. Deus lhe mandou repetidas admoestações: fome, praga, peste, seca etc.
A finalidade era converter os israelitas dos maus caminhos.
Mas eles não se arrependeram. Ao contrário, na sua presunção entregaram-se a toda sorte de idolatria, injustiças e maldades; desprezaram o Senhor e sua palavra; perseguiram os profetas e encheram de sangue a terra. Agarraram-se ao templo e entregaram-se a uma religiosidade exterior e vazia. Em decorrência dessas atitudes iníquas, veio o terrível
 ―Dia do Senhor‖, um tempo de julgamento e purificação. De acordo com Claudius Lamar McGinty, Deus visava a duas coisas em relação ao seu povo:
 ―punição e educação‖.
 Nesse sentido, Nabucodonosor foi um instrumento do Senhor para corrigir a idolatria dos judeus. McGinty prossegue: Israel deveria ser purificado pelo isolamento. A liberdade espiritual conquistada pela servidão política; a nação sacerdotal ser consagrada pelo sofrimento.
Deste processo, deste peneiramento, bem como os desajustes espirituais; estabelecer-se-ia um novo ideal de fé e santidade e a preparação para a tarefa que aguardava o ―restante santo‖, de cujo seio sairia o Salvador do mundo.18
Mesmo que os exilados judeus não tivessem sido duramente maltratados na Babilônia como na escravidão egípcia do tempo de Moisés, cativeiro sempre é cativeiro. Lá, eles aprenderam uma grande lição. A nostalgia dominava o coração da pobre gente.
Lembraram-se da sua terra, de sua Jerusalém, de seu templo, do sepulcro de seus antepassados e de suas gloriosas tradições de liberdade. Daí nasceu o sofrimento e, com este, o desânimo e a profunda tristeza. Foram à Caldeia por causa da idolatria, e na metrópole dos deuses afligiam-se por causa dos ídolos. Na distância e na solidão lembraram-se do.
 ―Não terás outros deuses diante de mim‖. A lembrança os levou ao reconhecimento de que só o Senhor é Deus, e esse reconhecimento os conduziu a deplorar os ídolos e a voltar-se com fidelidade ao Senhor. A finalidade principal do exílio babilônico, portanto, foi ―punir‖ e ―educar‖ o povo de Deus, reintegrá-lo no caminho do Senhor e prepará-lo para o advento do Messias.
Embora uma minoria de judeus tenha ingressado no paganismo à época do exílio na
MCGINTY, C. L. From Babylon to Bethlehem. Nashville, Tennessee: S.S.B. of the Southern Baptist Convention.  MCGINTY, C. L. From Babylon to Bethlehem, p. 52.
Babilônia, o restante se manteve firme em Deus e às tradições do seu povo e voltou para Jerusalém com fé inabalável no Deus de Jacó. Profetas do exílio Dos três ofícios da teocracia israelita — profeta, sacerdote e rei —, apenas a voz da profecia sobreviveu.
 A responsabilidade da liderança recaiu sobre o profeta. Os fenômenos, graças à providência divina, são recíprocos: para grandes necessidades, grandes homens são levantados. Eles transmitiram ao povo mensagens de consolação e esperança. Os profetas animaram e fortaleceram os exilados!
No escuro céu da Babilônia começaram a brilhar Ezequiel, Daniel, Jeremias, Isaías, entre outros. Ezequiel Levado para a Babilônia em 605 a.C., ele foi comissionado por Deus para o ministério profético entre 593 a.C. Seu ministério anterior à queda de Jerusalém é cheio de visões e admoestações ao povo, para ver se conseguia evitar a catástrofe que ameaçava pôr a perder a sua pátria. Posteriormente, quando o templo em Jerusalém não mais existia, o profeta anuncia a restauração de Israel e um futuro feliz para a nação (caps. 33 a 38).
Ezequiel é chamado o profeta da esperança, pois anuncia que a graça de Deus operará a restauração do seu povo (cap. 37). Deus promete fazer com eles um concerto de paz e de pôr o seu santuário no meio deles para sempre (veja 37.25-26).
 Assim, das orlas do Quedar, sai a voz de conforto e esperança que ecoa no coração de todos os exilados judeus. Daniel Esse sábio servo do Senhor esteve em evidência na corte babilônica. Chegou à elevadíssima posição de vice-rei.
 Por meio dele, o Senhor revelava sua providência sobre Babilônia e seu rei. Além de sábio estadista, Daniel foi um grande administrador, conselheiro do rei e orientador dos negócios da corte. Ele também confortou o seu povo. Jeremias Depois de exortar os israelitas ao arrependimento antes da queda de Jerusalém, ele dedica parte do livro a confortar os cativos da Babilônia, além de lhes dar bons conselhos (29.5-14).
Suas palavras são esperançosas, pois o povo saberia quanto tempo duraria o exílio: 70 anos. No fim desse período, Deus voltaria sua atenção ao seu povo e lhe daria a glória de outrora. Mudaria sua tristeza em alegria. Isaías A segunda parte de Isaías (caps. 40—66) é escrita para edificar os abatidos de coração que se achavam no cativeiro. O Senhor é o verdadeiro Deus. Sua promessa a Abraão é real, tendo sido reiterada à posteridade do patriarca. A esperança messiânica renasce. Os ídolos que até então os atormentam não passavam de mera vaidade humana. O cativeiro era de caráter provisório. Logo viria o ―Senhor Sofredor‖ e carregaria no seu corpo as enfermidades de todos, curando-os ―por suas pisaduras‖. Maquete de Jerusalém
A contribuição profética desses homens de Deus para conservar a esperança dos desterrados foi imensa. Suas mensagens, gloriosas e vivas, animaram o povo.
Esse ânimo fez que mantivessem sua fé naquele que tudo pode.
Essa fé foi o fundamento das futuras realizações de Deus, não só para os judeus, mas para toda a humanidade. A função profética durante o exílio foi decisiva na vida dos judeus. Os profetas do cativeiro são os sustentáculos de todo o edifício do povo de Deus.

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