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O QUE PREGA O MARXISMO
Em síntese, o marxismo prega os seguintes temas:
2.1. A GUERRA DE CLASSES
Segundo o marxismo, há no Universo inteiro um estado de oposição, de sorte que tudo o que há no mundo é fruto de forças que se opõem. Exemplo: a morte se opõe à vida, o bem ao mal, etc. É este conflito que dá dinamismo à vida. Em tudo há sempre duas forças que se opõem; a força principal chama-se "tese", e a secundária que reage chama-se "antítese". Na luta entre as duas, a tese prevalece e vence a antítese. A isto o marxismo chama "ponto crítico". O ponto crítico transforma a quantidade em qualidade, resultando daí a "síntese".
O marxismo aplica a guerra de classes à humanidade, observando o seguinte raciocínio: A humanidade está dividida em duas forças que se opõem: operários e patrões ou chefes e subordinados. O operário é a força chamada "tese"; enquanto os patrões são a força reacionária, a "antítese". Há guerra eterna entre estas duas classes. O resultado final será a tese vencer a antítese, isto é, a classe trabalhista destruir o sistema capitalista.
Alguns de nossos políticos são muito simpatizantes desta bestialidade praticada do comunismo.
2.2. O CONCEITO DE PAZ
Os marxistas sempre falam em paz.
 Mas o que entendem eles por paz?
Para o marxismo a paz só é possível com a destruição do povo capitalista pelo operariado, ou como dizem eles: "A vitória do proletariado sobre a burguesia". Está aí a fundação de ONGS e sindicatos.
Quando um marxista fala em paz, refere-se à vitória total do comunismo. Deste modo, o que chamamos de "paz" é para o marxismo um ato de guerra.
2.3. PROLETARIADO E CAPITALISMO
Na dialética materialista do marxismo, a classe operária é cha-mada proletariado; todos os demais compõem a burguesia ou ca-pitalismo. O que o marxismo chama capitalismo não são somente os ricos, comerciantes e industriais, mas o sistema democrático, todas as religiões, igrejas e organizações religiosas.
Segundo Marx, a religião é uma espécie de travesseiro sobre o qual o crente está a dormir, a fim de não se engajar na luta contra os exploradores, na esperança de ter uma vida num além, que nunca chegará. Portanto, é ensino básico do marxismo que o homem, para viver bem e dirigir seus destinos, precisa destruir primeiramente a religião e a propriedade privada.
2.4. O CONCEITO DE PROPRIEDADE
O marxismo caracteriza-se pela sistemática oposição à pro-priedade privada, à liberdade econômica, e à livre iniciativa. Marx e Engels declararam em 1848 aquilo que hoje é um diapasão do marxismo: "Os Comunistas podem resumir sua teoria nesta única expressão: 'abolição da propriedade privada'". Para o marxismo, "a propriedade privada é um roubo". Deste modo, o alvo do mar¬xismo é que toda propriedade seja administrada pelo Estado (pelo Estado comunista, evidentemente), inclusive no que diz respeito às necessidades individuais. Isto acarreta um totalitarismo absolu¬to em que o indivíduo fica absorvido pela coletividade.
III. O MARXISMO E O PROBLEMA DA LIBERDADE
Um dos sinais de enfraquecimento da fé e da democracia em nosso país é o entusiasmo simplista de alguns cristãos pelas teses marxistas. Para tanto aventam as mais estranhas interpretações dos textos bíblicos na vã esperança de uma legitimação de atitudes inaceitáveis a um autêntico seguidor de Jesus Cristo.
3.1. Os Riscos DO COMPROMETIMENTO
Aos ouvidos de cristãos incautos, soam, com doçura angelical, as seguintes palavras:
"Os cristãos devem optar definitivamente pela revolução, e especialmente no nosso continente, onde a fé cristã é tão importante entre a massa popular. Quando os cristãos se atreverem a dar um testemunho revolucionário integral, a revolução latino-americana será invencível, já que até agora os cristãos permitiram que sua dou¬trina fosse instrumentalizada pelos reacionários" (Che Guevara).
"Sugerimos uma aliança entre o Cristianismo e o marxismo. Os objetivos humanos de Cristo e Marx, cada qual com sua própria filosofia, são os mesmos.
Não podemos falar sobre o outro mundo, mas neste mundo podemos ter completa concordância, com fraternidade e solidariedade" (Fidel Castro).
Ao receber uma Bíblia, no Chile, Fidel observou: "Aqui le¬mos muitos exemplos de conduta tipicamente comunista... Cristo, multiplicando os peixes e os pães para alimentar o povo, é um belo exemplo... Nós não temos a resposta de Cristo. Mas, baseados na sua doutrina, tentamos fazer a mesma coisa: dar pães e peixes a todos!"

Mausoléu de Lenin na praça Vermelha, em Moscou: culto à criatura em lugar do Criador

3.2. MARXISMO versus IGREJA
O marxismo considera a Igreja, na melhor das hipóteses, irrelevante, e, na pior, como instituição econômica e, politicamente, opressora.
 Descreve a concepção cristã do mundo e da vida como algo anquilosado nas esferas de uma hierarquia estática, em uma concepção medieval do mundo que se esforça por impor como válida.
O marxismo é uma filosofia do homem que, conforme diz H. Bass, "pretende oferecer-nos uma resposta ao problema do homem..., sua origem..., seu destino histórico...; uma resposta ao problema da existência e da possibilidade de exercício de uma liberdade do homem".
 O marxismo, que pretende ser uma doutrina de salvação, só se satisfaz quando exerce um controle sobre todo o homem, em seu ser e seu operar, num delírio de universalidade dominante.
Bardiaeff, profundo conhecedor do marxismo, em cujas fileiras formou durante vários anos, escreve: "Pretende o marxismo ser universal, quer impor-se sobre toda a experiência, e não só sobre alguns de seus movimentos". Por isso, o marxismo é uma filosofia do homem, totalitária em sua ambição.
Nos poucos países ainda sob governo marxista ou comunista, o Estado exerce controle sobre tudo. O cidadão é vigiado e a delação é uma tradição, quase um dever.
O Estado comunista, assim como "O Grande Irmão", principal personagem do livro 1984, de George Orwell, a todos vê, patrulha e controla.
3-3- PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO
A revista Veja, de 25 de junho de 1986, mostrou que durante uma recente estada no Ocidente, Yelena Bonner, mulher do físico e dissidente soviético Andrei Sakharov, declarou que se sentia como um micróbio numa lâmina sob um microscópio, tal a vigilância a que ela e seu marido eram submetidos na cidade de Gorki, a 400 quilômetros de Moscou, para onde foram banidos por suas críticas ao regime comunista.
Prosseguindo na sua matéria, diz a Veja: "No apartamento de Gorki, o casal vive em completo isolamento dos amigos e impedi¬do de ouvir rádio, por causa de interferências provocadas pela po¬lícia. Para sintonizar estações ocidentais, Yelena revelou, recente¬mente, que eles vão até o cemitério local, onde a recepção é melhor. Para ambos, parece haver poucas esperanças de libertação a curto prazo".
Durante o regime comunista na extinta União Soviética, ao manter Sakharov confinado, os soviéticos exerciam uma prerrogativa típica das tiranias  a de libertar os adversários a seu crité¬rio, como fez o Kremlin, ao autorizar, em 1986, a emigração de Anatoly Sharansky para Israel, mas mantendo sempre um preso notável como símbolo de resistência a pressões externas e uma advertência interna para a força da repressão.
3.4. MARXISMO, O APOGEU DO HUMANISMO
O marxismo não se dá por satisfeito em formular uma determinada crença sobre o homem, mas procura impô-la, fazendo uma sondagem nas profundidades do homem para obrigá-lo a tomar consciência de suas potencialidades inimagináveis; induz o homem à crença de poder ser um deus antes mesmo de atingir a dignidade que o faça humano; quer dirigir, como um fanal seguro, o desenvolvimento, a realização do homem em seu caminho pelo mundo.
Tudo isso não é alguma coisa que o marxismo murmura debilmente e oferece como opção; é um urgente "imperativo categórico" que brada dos lábios do seu fundador.
O marxismo se propõe transformar o homem, o grande sol do Universo, em torno do qual tudo gravita.
Como pode uma filosofia arrogar-se um império sobre o homem?
 Como pode pretender ter prerrogativas que incidem sobre toda a dimensão humana, cujo santuário não se abria a não ser para a potestade da religião e da fé?
A resposta é a seguinte:
O marxismo é uma religião, uma religião do homem segundo teólogos conservadores. Porque hoje já temos muitos lideres religiosos comunistas no mundo.
 Afirmá-lo não é imprudência nossa, mas declaração de Marx: "A religião dos trabalhadores é sem Deus, porque procura restaurar a divindade do homem".
Com razão disse Bochenski:
"O conceito de valor absoluto do comunismo é um valor religioso. A dialética é o infinito e a infinita plenitude de valores.
A atitude diante dela, e em conseqüência, ante o partido, é uma postura sacral..." Ignácio Leep, convertido do marxismo, apresenta a mesma opinião a partir da sua própria experiência:
 "O marxismo não se contenta em combater as igrejas.
Quer desempenhar, na vida social e na consciência do indivíduo, o papel que anteriormente se atribuía às religiões".
IV. OPÇÃO PELA DEMOCRACIA E PELA LIBERDADE
Dizer aqui que a Igreja é perseguida nos países comunistas, para alguns simpatizantes do marxismo, não passa de sensacionalismo e mentira veiculados pela imprensa ocidental, principalmente a imprensa norte-americana. Note, porém, que não eram jornalistas ocidentais que afirmavam haver perseguição por motivos religiosos na extinta União Soviética. Há mais de quinze anos o dissidente russo Alexander Solgnytzem, no seu famoso livro Arquipélago Gulag, descreve a Rússia como uma grande prisão.
Anatoly Sharansky, outro dissidente russo, em depoimento no Congresso Americano em 1986, disse existir na época nada menos que quatrocentos mil prisioneiros na extinta União Soviética, por dissidência política ou por perseguição religiosa.
4.1. A DEMOCRACIA GARANTE A LIBERDADE DE CULTO
A garantia democrática da liberdade de culto não pertence à ordem das concessões, mas à dos reconhecimentos.
 E o reconhecimento, pelo Estado, de que o espírito se eleva às regiões do Infinito, regiões que se acham muito acima daquela em que vegetam os cobradores de impostos.
Como disse Tomas Paine, um dos grandes propugnadores da liberdade americana, o Estado não tem autoridade alguma para determinar ou conceder ao homem a liberdade de adorar a Deus, assim como não poderia conceder a Deus a liberdade de aceitar essa adoração.
Por reconhecermos a dignidade da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, esperamos que o Estado assegure a seus cidadãos o direito de viver livres de toda e qualquer coação, ou acepção, em matéria de religião. Este e qualquer outro direito inerente à dignidade do homem devem ser cuidadosamente resguardados, porque, uma vez feridos, todas as liberdades sofrem agravo.
Toda interpretação da liberdade religiosa inclui o direito de render culto a Deus conforme a consciência individual, de criar os filhos na crença de seus pais; de mudar de religião, de publicar literatura e fazer obra missionária, de associar-se a outras pessoas, de adquirir e possuir bens de raiz para estes fins.
Para salvaguardar a ordem pública e fomentar o bem-estar do povo, tanto o Estado, ao reconhecer a liberdade religiosa, como o povo, no usufruto deste direito que se lhe reconhece, devem cumprir com obrigações recíprocas.
 O Estado deve proteger todos os grupos, tanto as minorias como as maiorias, jamais permitindo qualquer limitação de direitos legais por motivos religiosos.
O povo, por sua vez, deve exercer seus direitos sentindo plenamente sua responsabilidade e vivendo numa atitude de respeito aos direitos dos outros. Estas são peculiaridades exclusivas dos Estados democráticos.
4.2. POR QUE PREFERIR A DEMOCRACIA
O povo brasileiro, principalmente o cristão, deve precaver-se diante do perigo de se deixar enfeitiçar pelo canto da sereia do comunismo. As soluções dos nossos problemas políticos e sociais não dependem da adoção do modelo político cubano em nosso país.
Um modelo político que falhou em Cuba e que também fracassou na Nicarágua jamais terá melhor sorte no Brasil.
Parte das soluções de nossos problemas sociais depende fundamentalmente do fortalecimento e aperfeiçoamento das instituições democráticas em nosso país.
A democracia é preferível ao marxismo comunista, por vários motivos, dentre os quais se destacam os seguintes:
1) O comunismo tem como bandeira a decisão de desarraigar o sentimento divino do coração dos homens, transformando ho¬mens como Marx, Lenin, Stalin, Fidel Castro, etc, em deuses.
2) O comunismo se propõe não apenas a abolir a fé e a crença em Deus, mas também persegue a Igreja, enquanto prega o ateísmo como forma de religião do Estado.
3) A pretexto de distribuir a riqueza em parcelas iguais a todos, o que o comunismo tem feito mesmo é distribuir equitativamente a pobreza.
4)  O comunismo anula a posse da propriedade privada, en¬quanto tolhe o sonho dos que nada têm de algum dia possuírem alguma coisa mais.
5) A tese do "Novo Homem" (do qual Che Guevara é apontado como modelo), propugnado pelo comunismo como resultado da manipulação feita pela dialética marxista e pelas lutas de clas¬se, constitui-se num anti-evangelho, uma vez que, de acordo com a mensagem do Evangelho, o único meio através do qual o homem pode ser feito uma nova criatura é através da aceitação do senho¬rio de Jesus Cristo sobre sua vida (Jo 3.1-8).
4.3. CONCLUSÃO
O cristão deve opor-se ao marxismo comunista não do ponto de vista do capitalismo, seja ele de que linha for, mas do ponto de vista do Reino de Deus que, ao contrário do marxismo, prega o amor entre os homens, a compreensão e a solidariedade entre os povos, pontifica a necessidade da conversão do pecado a um estado de graça diante de Deus, e enfatiza o senhorio de Cristo e o governo divino sobre o homem e a História.
Como bem disse Rui Barbosa:
 "O comunismo não é fraternidade, é disseminação  do ódio entre as classes.
Não é reconciliação dos homens, é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho; bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem.
Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador".

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