Mateus 19, Ensinamentos De Jesus sobre o Divórcio. 19:1-12.
Além do Jordão. Da palavra grega peran (além) veio o nome "Peréia" para o distrito do lado oriental do rio Jordão.
É lícito ao marido repudiar sua mulher por qualquer motivo?
A severa escola de Shammai defendia a legalidade do divórcio só quando a conduta da esposa for discutível. Isto é, ela for leviana.
Hillel, entretanto, interpretou Dt. 24:1 da maneira mais ampla possível, e permitiu o divórcio por todas
as causas concebíveis.
Então a pergunta feita a Jesus foi acerca do casamento:
"Você concorda com a mais prevalecente interpretação (de Hillel)?"
Os versos 4-6. Em vez de se colocar ao lado de qualquer posição, Jesus cita o propósito divino na criação (Gn. 1:27; 2:24). Considerando que o propósito de Deus exigia que o homem e a mulher fossem uma só carne, qualquer ruptura no casamento contraria a vontade de Deus. Versos 7,8.
Por que mandou então Moisés?
A citação que fizeram de Moisés (Dt. 24:1) e a carta de divórcio, em oposição a Jesus, provou que não sabiam interpretar esse regulamento.
Pois a provisão era uma proteção às mulheres contra os caprichos dos homens, o sofrimento e não uma autorização para os maridos se divorciarem à vontade. Os versos 9, 10.
Não sendo por causa de relações sexuais ilícitas(conf. com Mateus 5:31). Se fornicação deve ser entendido também como adultério (uma identificação bem incerta no N.T.), então nosso Senhor permitiu o
divórcio só em caso de infidelidade da mulher.
(Entre os judeus, só os maridos podiam se divorciar. Marcos, escrevendo para leitores gentios, declara também o oposto, Mc. 10:12). Entretanto, se fornicação tem de ser tomada no seu sentido costumeiro, referindo-se aqui à falta de castidade da noiva durante o compromisso (conf. com suspeitas de José,
Mt. 1:18, 19), então Cristo não deixou lugar a qualquer tipo de divórcio
entre pessoas casadas.
Assim ele não concordou nem com Shammai nem com Hillel.
Um tão alto e restrito padrão para o casamento teria sido o responsável pelo protesto dos discípulos, não convém casar. Não parece
provável que os discípulos, depois de se embeberem com os ideais de Jesus, sentissem que limitar o divórcio aos casos de adultério fosse um fardo intolerável.
Nem todos são aptos para receber este conceito, isto é, a declaração dos discípulos. Ainda que às vezes o casamento possa não ser o ideal nem todos os homens são constituídos de forma a poderem se
abster.
Alguns são incapazes para o casamento por causa de defeitos congênitos; outros por causa de danos ou restrições impostas pelos homens. Outros ainda podem prescindir do privilégio do casamento a
fim de se devotarem mais completamente ao serviço de Deus (Paulo, por exemplo, I Co. 7:7, 8, 26, 32-35).
Esta declaração certamente não se restringe ao casamento, antes, finaliza uma conversa na qual o
casamento foi exaltado ao seu original estado de pureza que sempre deve ser respeitado.
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