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Boaz e o Parente, De Rute Fez Coisas Contrárias Rute 4.3-8, As Estipulações De Deuteronômio 25.5-10? E o Casamento Por Levirato Não Feria a Lei Que Proíbe Os Incestos, Conforme Levítico 18.16?

E o casamento por levirato não fere a lei que proíbe os incestos, conforme Levítico 18.16?  Deuterônimo 25.5-10 estipula que uma viúva sem filhos deve ser tomada como esposa por um irmão do falecido marido e dele gerar um filho (se isso lhe for biologicamente possível), o qual será considerado legalmente filho e herdeiro do morto.  Isso significa que o nome do falecido será levado pelo filho que o irmão gerou, de tal modo que a linhagem do primeiro marido não se extinga.   Mas os versículos 7 e 8 deste texto, permitem que o irmão se recuse também a desempenhar o papel de esposo substituto.
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O assunto é:
Não foi a transação entre Boaz e o parente, em Rute 4.3-8, contrária às estipulações de Deuteronômio 25.5-10?
Boás como tipo de Cristo resgatou a dignidade da moça, assim com Cristo resgata a igreja.
E o casamento por levirato não fere a lei que proíbe os incestos, conforme Levítico 18.16?
Deuteronimo 25.5-10 estipula que uma viúva sem filhos deve ser tomada como esposa por um irmão do falecido marido e dele gerar um filho (se isso lhe for biologicamente possível), o qual será considerado legalmente filho e herdeiro do morto.
Isso significa que o nome do falecido será levado pelo filho que o irmão gerou, de tal modo que a linhagem do primeiro marido não se extinga.
Significa que o povo de sempre existirá até o reino milênial de Cristo.
Mas os versículos 7 e 8 deste texto, permitem que o irmão se recuse também a desempenhar o papel de esposo substituto.
Se ele assim proceder, contudo, a cunhada pode processá-lo, fazendo uma queixa contra ele no tribunal, perante o juiz; isso poderá arruiná-lo diante da opinião pública.
De modo figurado, essa desgraça é simbolizada no ato de a viúva tirar o sapato do cunhado, em público, e cuspir-lhe no rosto. Depois, dirá ela:
 "É isso que se faz com o homem que não perpetua a descendência do seu irmão" ( está no v. 9).
O versículo  10 diz  que doravante a casa daquele cidadão será conhecida como "a família do descalçado". Quando comparamos essa provisão com o interesse pela perpetuação da memória do falecido com as negociações desenroladas entre Boaz e o parente mais próximo, lá em Rute 4.3-8, notamos os seguintes fatos interessantes:
1. Se não houver um irmão sobrevivente do falecido (nesse caso, Quiliom também havia morrido, bem como o marido de Rute, Malom), a obrigação do levirato recaía sobre o primo mais próximo.
2. Além da obrigação de servir de procurador do falecido no leito conjugal, havia o dever de readquirir a propriedade do morto, que porventura estivesse prestes a ser arrematada ou vendida ou perdida por hipoteca. (Tal prática não é mencionada explicitamente com respeito à ordenança do levirato em Dt 25, mas está especificada em Lv 25.25:
"Se alguém do seu povo empobrecer e vender parte da sua propriedade, seu parente mais próximo virá e resgatará aquilo que o seu compatriota vendeu".)
3. No caso de uma estrangeira como Rute, a moabita, poderia ser mais justificável que o homem se recusasse a desempenhar o dever de segundo marido (levirato) que no caso de uma viúva israelita. Considere-se a maldição que fora anexada aos descendentes de Moabe. Deuteronômio 23.3 diz: "Nenhum amonita ou moabita ou qualquer dos seus descendentes, até a décima geração, poderia entrar na assembléia do SENHOR".
Se essa ordenança era aplicada a uma moabita casada com um israelita tanto quanto a um homem de moabe que se convertesse ao Senhor, permanece uma questão aberta a discussão.
Pelo menos, essa possibilidade levantou uma dúvida que aparentemente se resolveu pela legitimidade da conversão e dos direitos de Rute.
4. Talvez pelo fato da própria Rute não ter o menor desejo de humilhar o parente remidor (gô’ēl), visto ter já aberto o coração para Boaz, o próprio remidor teve permissão para remover seu calçado.
E foi poupado da humilhação de receber uma cuspida no rosto.
De modo algum essas quatro características especiais do caso de Rute podem ser consideradas contraditórias à lei geral do levirato, de Deuteronômio 25.
sabe porquê?
As regras básicas ali, quanto à rejeição formal do dever para com a viúva, como também quanto à aceitação pública dessa responsabilidade, foram respeitadas e cumpridas pelos dois homens. Rute não desempenhou o papel da viúva acusadora que humilha o (gô’ēl);
Ela simplesmente abriu mão do direito de executar o ritual, da vergonha à vista do fato de o propósito essencial da ordenança do levirato estar prestes a ser cumprido, de maneira muito mais desejável, e amigável por meio de seu parente benfeitor, o próprio Boaz.
Quanto à lei sobre o incesto com o irmão do marido morto ou com um homem que se deita com a esposa de seu irmão falecido (Lv 18.16), é óbvio que tal ordenança não se aplicava a uma situação em que o sobrevivente levava a viúva sem filhos para sua casa e se prontificava a agir como procurador de seu falecido irmão.
Se ele tentasse casar-se com a cunhada sob quaisquer outras circunstâncias (como, por exemplo, no caso de Herodes, o tetrarca, que seduziu a esposa de seu irmão Filipe, Herodias, e adulterou com ela), então haveria incesto, punível com a pena capital.
Caso Rute houvesse dado à luz um filho de Malom, isso a tornaria inelegível para casar-se com um irmão de seu marido; não poderia ser desposada nem por um primo-irmão, visto que teve um filho varão (aparentemente Boaz não era primo-irmão do falecido quando se examina amiúde).

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