“E FOI-ME dada uma cana semelhante a uma vara: e chegou o anjo, e disse: levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram”.
I. “...foi-me dada, uma cana semelhante a uma vara”. Os capítulos 11 a 14 deste livro marcam a última metade da semana profética da visão de Daniel (9.27). Bem como apresenta os vários personagens que estarão envolvidos, desempenhando o seu papel na história humana;Nesses capítulos há sete agentes principais, a saber:
(a) A mulher. 12.1;
(b) O Dragão. 12. e ss;(c) O menino. 12.5; (d) Miguel, o arcanjo. 12.7
(e) A descendência da mulher. 12.17;
(f) A Besta do mar. 13.1;
(g) A Besta da terra.;
Se incluirmos as “duas testemunhas” então haverá um total de nove.
Necessariamente três coisas devem ser medidas nesta secção:
(a) O Templo;
(b) Os que nele adoram:
O TEMPLO.
Realmente tem havido muitas especulações e debates sobre a hipótese do Templo que será erguido e por quem será erguido. Anticristo ou judeus?) No local onde hoje se encontram as Mesquitas de Omar e El-Aksa.Em Ezequiel capítulos 40 a 47, podemos encontrar algo semelhante, onde se descreve a medição cuidadosa do Templo, em todas as suas dimensões.
A tarefa, realizada por um mensageiro celeste, foi feita com “...um cordel de linho... e uma cana de medir”. C. Ez 40.3 cena similar aparecer em Jr 31.39 (nestas passagens, a medição é uma providência preparatória para a restauração e a reconstrução do Templo).
Em 2Rs 21.13; Is 34.11; Am 7.7, 9; Lm 2.8, observamos a palavra “medição” tem o sentido de “medido para destruição”.
Em Ez 40.1 e 41.13 e 44.31 e Zc 2.2-8, encontramos uma medição completa do Templo e de suas cortes. Já nessas passagens, medição tem o sentido de “reconstrução”.
No presente capítulo, porém, a destruição se destina apenas aos que estão no “átrio que está fora do Templo”, e não dentro do Templo.
“Quando Israel conquistou a parte velha da cidade de Jerusalém com as ruínas do Templo, em 1967, o velho historiador judeu, Israel Eldad, segundo citações da “Revista Time, teria dito:
“Agora estamos no mesmo ponto em que Davi estava, quando libertou Jerusalém das mãos dos jebuseus”
E daquele dia até o momento em que Salomão construiu o Templo passou-se apenas uma geração.
Assim também acontecerá conosco”.
Recentemente declarou um rabino judeu:
“Estamos prestes a ver o grande Templo reconstruído, isto é, o Templo da Grande Tribulação”.
E, sendo indagado:
Sobre quem o reconstruirá:
Ele respondeu:
O Templo é chamado de “...o Templo de Deus” (Dn 8.11, 14; Mt 24.15; 2Ts 2.4; Ap 11.1), e, evidentemente só os judeus serão autorizados por Deus para sua reconstrução”. Já se sabe hoje que há projeto em Israel para a construção do novo Templo. “Desde o dia 7 de junho de 1967 foram realizadas 50 tentativas violentas ou diplomáticas para devolver à posse judia o monte do Templo, onde hoje se encontram as Mesquitas de Omar e EL-Aksa, para que possa ser construído o terceiro Templo, que com estudo mais amiude, o da grande tribulação.;
No Knesset há defensores da reconstrução desse Templo, tanto entre os radicais como entre os liberais”.
A força de atração do monte do Templo judaico torna-se cada vez maior, afirma o deputado liberal Penah. Já existe uma escola para preparar jovens israelenses da tribo de Levi, instruindo-os nos rituais antigos dos holocaustos. Essa escola chamada de “YESHIVA AVODAS HAKODESH” (significa, coroa dos sacerdotes) e foi fundada pelo Rabino Hirsh Ha-Cohem.
Foi inaugurada por ocasião da Festa da Dedicação (chanuka), em dezembro de 1970.
As informações mais recentes nos dão conta que no Somete, a 430 metros do local do Templo original conforme os cálculos do Dr. A. Kaufmann, descendente de Arão, os “Kohainim” estudam os procedimentos para a construção do novo Templo, e em Jerusalém Romena David Elbaum já está tecendo as vestes de linho dos sacerdotes exatamente conforme as normas bíblica.
A organização El Harhasem (monte do Senhor), com sede na nova colônia Shilo, trabalha, em assuntos diferentes à edificação do Templo, em cooperação fraternal com o cristão evangélico Stanley Goldfoot, que com sua organização evangélica igualmente apóia ativamente a reconstrução do futuro Templo”.
O ALTAR.
No Apocalipse o Altar celestial é mencionado nas seguintes passagens (6.9; 8.3, 5; 9.13; 11.1; 14.18; 16.7).
Em 11.1, o Altar deverá ser o do sacrifício, que ficava no pátio dos sacerdotes.
No Apocalipse (ao aludir este ao Templo), aparece um único Altar, em lugar dos “dois” altares do Templo antigo, na terra, mas que incorporava as funções do “Altar do Sacrifício” (o de cobre), que ficava fora do santuário, e as funções do “Altar” do Incenso, perante o véu do Santo dos Santos, pelo lado desse véu.
O Altar do presente texto, pode ser, literalmente, aquele do “Templo reedificado”, porquanto não está aqui uma cena celeste, e, sim, terrena.
OS QUE NELE ADORAM.
A meditação nesta terceira colocação, visa à proteção física e espiritual dos fiéis durante o tempo sombrio da Grande Tribulação.
Embora os escolhidos (judeus) nesse tempo do fim tenham que sofrer, suas almas não sofrerão qualquer dano. E no que diz respeito aos 144.000 (7.1-8 e 14.1-5), será também preservada a sua integridade física, naqueles dias sombrios para os habitantes da terra.
Predições contemporâneas indicam que, por essa época, o Templo terá sido reconstruído em Jerusalém, o qual tornar-se-á, uma vez mais, o centro da adoração judaica. Sua medição significa que Deus terá novamente um remanescente para si mesmo, e a esses escolhidos será dada a proteção divina, de natureza espiritual e física.
“E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças: porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses”.I. “...o átrio que está fora do templo”. Segundo o historiador F. Josefo, o Templo construído (ou reconstruído) por Herodes ocupava à área de um estádio quadrado, isto é, aproximadamente 14 hectares.
O TEMPLO DE HERODES E SUAS PROÇÕES:
“A = Átrio dos pagãos
B = Átrio das mulheres
C = Átrio de Israel
D = Átrio dos sacerdotes
E = Pórtico
F = Lugar Santo
G = O Santos dos Santos”.
O santuário durante o tempo da Grande Tribulação será protegido de ser derribado; apenas será profanado (cf. Dn 8.14; 11.31; Mt 24.15; 2Ts 2.4); enquanto que o Átrio exterior, como o das mulheres e dos gentios, serão entregues nas mãos das nações gentílicas. No contexto de Lucas 21.24 e Ap 11.2, se depreende que o Átrio do texto em foco, compreende também, a cidade de Jerusalém: observe bem a frase “...e pisarão a cidade santa...”.
Quarenta e dois meses.
Este período que abrange o “pisar” dos gentios é dado em três formas:
(a) Quarenta e dois meses (aqui e em Ap 13.5).
Pensamos que isso aludi à “segunda metade” do tradicional período de sete anos da tribulação;
b) Mil duzentos e sessenta dias (cf. Ap 11.3 e 12.6), que reputamos apontar para o mesmo período;
(c) um tempo (um ano) tempos (dois anos), e a metade de um tempo (meio ano) como confirma Daniel 12.7.
Todas essas expressões foram tomadas por empréstimos do livro de Daniel para descrever à parte final da Grande Tribulação.
“E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco”.
“...minhas duas testemunhas”.
Segundo C. F. Wishart a ciência de numerologia, denominada gematria, desenvolveu-se vagarosamente. Quando essa ciência apareceu, os números eram usados para expressar conceitos, idéias e princípios.
Segundo conceito oriental, o número “dois”, na simbologia profética trazia a idéia de fortaleza.
Dois homens são mais fortes que um, e, se surgir um terceiro, consolida a força (Ec 4.9-12).
O número “2” é a duplicação de “1” e representa força.
No Antigo Testamento, duas testemunhas eram necessárias para confirmar qualquer fato. Jesus enviava seus discípulos de “dois em dois”, por razoes óbvias.
O número aparece no Apocalipse em referência às “duas testemunhas” (11.1 e ss) e às duas “Bestas” (13.1 e ss).
Nos dias sombrios da Grande Tribulação, Deus levantará dois grandes personagens.
Desse modo, as duas testemunhas surgirão para demonstrar um testemunho de grande poder.
Profetizarão...vestidas de saco.
O pano de saco era a vestimenta tradicional usada pelos profetas de grande poder.
Era uma fazenda de fabricação rude e tinha a cor negra (Ap 6.12).
O pano de saco usualmente era usado diretamente sobre a pele, para dar desconforto, pois simbolizava o descontentamento com as coisas como elas estavam.
“No dizer de Charles:
A vestimenta de “cilício” tipifica a natureza sombria da mensagem deles (das duas testemunhas).
Era também uma vestimenta que representava aflição. Cf. Gn 37.34; 2 Sm 3.31; 21.10; 2Rs 6.30; Et 4.1-4; Jó 16.15; Sl 30.11; 35.13; 49.11; Is 3.24; 15.3; 20.2; Jr 48.37; 49.3; Am 8.10; Jn 3.5; Mt 11.21”.
4. “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra”.
I. “...as duas oliveiras e os dois castiçais”.
As duas testemunhas que devem levantar-se dos mortos têm sido identificadas de várias maneiras. Para alguns comentadores trata-se de: Enoque e Elias (Gn 5.24; 2Rs 2.11), Moisés e Elias (Dt 34.6; Lc 9.30-31; Jd v.9), Josué e Zorobabel (Zc capítulo 4), João e Paulo (Jo 21.22-23 e Fl 1.22-25), o Antigo e o Novo Testamentos, A lei e a graça (Rm 3.21), a Igreja e ao pregador, etc.
1. Os dois castiçais. Em Zc 4.14, Deus é o “Senhor de toda a terra”, estando em foco naquela passagem a pessoa do Pai. No versículo 11 do mesmo capítulo há uma pergunta repetida, tornando-a mais específica: “...Que são as duas oliveiras à direita do castiçal e à sua esquerda?”. Existe aqui dois “raminhos de oliveira e dois castiçais”; enquanto que ali “dois raminhos de oliveira e dois tubos de ouro”.
E, nos versículos que se seguem o anjo intérprete dar o sentido dizendo: “são os dois ungidos (heb. “os dois filhos de óleo”). Por analogia com outros exemplos do emprego da expressão “filhos de”, o significado é: “cheios de óleo”; isto é uma referência à unção de reis e sacerdotes, como a visão sugere. Nesse caso, segundo se depreende do significado do pensamento, os “dois ungidos” eram, pois, Josué e Zorobabel.
Na visão contida em Zacarias, o Castiçal (a Igreja da Lei) representava Israel restaurado, e as “duas oliveiras” os dois grandes elementos na vida nacional, a Realeza e o Sacerdócio, refletidos respectivamente por Josué e Zorobabel.
2. Para aqueles que defendem Moisés e Elias como sendo as duas testemunhas, seguem o seguinte pensamento: “A “Lei” é a Luz”. Por conseguinte, Moisés é associado a um dos candeeiros (cf. Pv 6.23). Mas a profecia também é luz, o que justifica a missão de Elias. O Antigo Testamento consiste da “lei e dos profetas”, e assim a mensagem de Deus para a humanidade (cf. Lc 16.16). “Moisés e os profetas” (Jo 5.39) testificam de Cristo. E no ministério das duas testemunhas fá-lo-ão de maneira especial, cumprindo uma missão especifica. (Comp. Ec 3.15).
3. Para nós a interpretação contida no 2º ponto é muito lógica, mas não se coaduna com o argumento principal. Na passagem de Zacarias (4.12), as duas oliveiras, são os dois líderes que “vertem de si ouro”. Isso significa que eles “vertem de si azeite dourado”. O que mostra que seu testemunho será de grande “valia” (1 Sm 3.1).
Aqui, porém, as duas testemunhas serão, dois grandes vultos levantados por Deus, exemplificando: Moisés e Arão que foram usados na corte do monarca Faraó durante um período sombrio de angústia. As duas testemunhas cumprirão a vontade de Deus à risca do seu propósito, e cumprirão a sua missão durante o tempo da Grande Tribulação. O próprio Deus, as observa, protege e se utiliza delas. A missão que receberam ser;a atribuída e provada pelo Senhor eterno.
“E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto”.
“...fogo sairá da sua boca”.
No Apocalipse o fogo sempre está em foco, pois este vocábulo ocorre 17 vezes. Este versículo diz alguma coisa sobre a identidade das duas testemunhas. “Foi Elias quem teve autoridade sobre essa substância da natureza, e Moisés de igual modo. Moisés e Elias apareceram no monte da Transfiguração falando com Jesus (Mc 8.4). Mas não precisamos pensar que são eles os dois profetas retornado à terra; dois profetas escatológicos personificarão estes dois grandes profetas, assim como João Batista personificou Elias”. Mt 11.14; 17.10-13.
Os dois grandes personagens têm as mesmas características ministeriais de Moisés e Elias; mas não serão Moisés e Elias, mais sim, terão seus ministérios, em razão de o Espírito de Deus ser o mesmo (Nm 11.17, 25 2Rs 2.9, 15; 1Co 12.4).
1. “Cremos que naquela época (da Grande Tribulação) Deus levantará dois grandes profetas dentre os pregadores do “Evangelho do Reino” (um judeu e um gentio), que cheios de poder e autoridade de Deus, anunciarão a mensagem do juízo, com o mesmo poder e operação de maravilhas como aqueles dois grandes homens de Deus, no tempo em que estiveram na terra”. No Antigo Testamento, Moisés converteu as águas em sangue (Êx 7.19) e Elias fechou o céu para que não chovesse (Tg 5.17); ambos estiveram com Jesus no monte da Transfiguração (Mt 17.3); ambos tiveram seus ministérios interrompido (Nm 20.12 e 1Rs 19.16
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