Apocalipse 17
17:1-12. Três são os grupos a serem identificados neste parágrafo inicial do apocalipse;
A besta, que tem sete cabeças e dez chifres;
A meretriz assentada sobre a besta;
e aqueles que são chamados de muitas águas mais tarde
E enominados de "povos, e multidões, e nações, e línguas" (v. 15).
Os dez chifres, somos depois informados, são dez reis no(v.12), certamente contemporâneos;
E as sete cabeças são sete montes (vs. 9, 10), que também representam reinos no caso.
Não devemos nunca nos esquecer que qualquer confederação de reis no V.T., e aqui, está sempre em oposição a Deus e ao povo de Deus (Gn. 15:18-21; Dn. 2:41, 42; 7:7, 20, 24; Sl. 2:1-3; 83:1-8; Ap. 12:3; 13:1; 16:12-16).
Esta mulher, chamada de MÃE DAS PROSTITUIÇÕES (17:5), prostituiu-se com os reis da terra (v. 2), e durante algum tempo os dominou. A quem ou a que se refere esta mulher?
A maior parte dos comentadores mestres da Bíblia, desde os tempos da Reforma, identificam-na com o papado, tal como o fizeram Lutero, Tyndale, Knox, Calvino (Institutes, IV, 2.12), Alford, Elliott, Lange, e muitos outros.
A Igreja Católica Romana ja identifica esta mulher com Roma - mas com a Roma pagã e não roma de Constantino, é claro, já no passado.
Ela é definidamente algum vasto sistema espiritual que persegue os santos de Deus, traindo aquilo para o que foi chamada. Ela entra em relações com os governos desta terra, e por algum tempo os governa. Tem se achado que o mais perto que possamos chegar de uma identificação é compreender que esta prostituta é um símbolo de um grande poder espiritual que se levantará no fim dos tempos, o qual o Apocalipse diz e estabelecerá uma aliança com o mundo e assumirá compromissos com as forças do mundo o poderio militar.
Em vez de ser espiritualmente verdadeira ela é espiritualmente falsa, e assim exerce uma influência maligna em nome
da religião (versos 13-18). Agora, os reis da terra, tendo uma só mente, confederados, concedendo sua autoridade a este grande inimigo de Deus, a besta, saem para fazer guerra contra o Cordeiro (vs. 13,14).
Quando esta hora chegar, a besta, com o poder dos reis da terra, vira-se contra a prostituta, sua força pseudo-espiritual, e a destrói (v. 16).
A declaração do versículo 17 é muito confortadora "Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma idéia . . . até que se cumpram as palavras de Deus", aqui no capítulo 18 parece ter uma definição geográfica, a qual não encontramos no capítulo 17.
Aqui nós temos a declaração que a Babilônia se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo (v. 2).
A maior parte do capítulo está ocupada com a descrição da riqueza da cidade, a mercadoria trazida para ser vendida, a tristeza dos mercadores que enriqueceram com o seu comércio, quando olham para a cidade agora desolada pelo fogo.
Nos versículos 4-8 anuncia-se o juízo; nos versículos 9-20 temos a lamentação dos reinos da terra; e em 21-24 conta-se o destino final da Babilônia.
Agora temos de retornar ao problema da interpretação.
Alguns insistem aqui em uma identificação geográfica. Aqueles que adotaram o esquema histórico de interpretação fazem Babilônia se referir geralmente à Roma pagã.
Alguns, tais como Weidner, Kiddle, etc., têm afirmado que Babilônia aqui deve significar Jerusalém, mas isto parece ser
inteiramente impossível.
Tenho lido livros que defendem que esta cidade é Londres ou Paris.
Até Alford disse uma vez, embora admitisse que sentia que a dificuldade continuava "sem solução", que "certamente os detalhes desta lamentação comercial aplicam-se muito mais a Londres do que a Roma, em qualquer período de sua história"
Uma coisa não se pode negar:
O barrento rio Tigre, que corre através da cidade de Roma, não poderia transportar o enorme tráfego marítimo descrito no capítulo 18; mais ainda, Roma pagã jamais foi famosa como centro de câmbio ou venda de mercadorias.
Alguns têm defendido que esta profecia só poderá ser cumprida quando a cidade de Babilônia for restaurada. A "Scofield Bible" repudia isto especificamente, mas muitos dos seus editores crêem pessoalmente que isto é verdade, tais como Gray e Moorehead; também Seiss, Govett, Pember, G.H. Lang e muitos
outros.
Aqueles que adotam a interpretação eclesiástica, como já observamos, acham que Babilônia representa o papado, e grande é o
apoio que tem sua opinião. Entretanto, eu acho que aqui tem mais coisas implicadas do que o papado somente. Esta é a Cristandade apóstata, uma religião mundana que traiu o Cristianismo e está entrelaçada com os governos pagãos e ímpios do mundo.
Muitos crêem e pode se concordar que há de vir o dia quando a própria Igreja Romana, de alguma maneira misteriosa, vai assumir um compromisso com o Comunismo ateu mundial. (Uma pesquisa sobre este assunto encontra-se em The Antichrist, Babylon, and
the Coming o f the Kingdom, de G.H. Pember, 1886).
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