ALIANÇA ABRAÂMICA
O chamado de Abraão marcou o começo da história que revelou a origem da nação israelita, através do qual o Messias o Jesus salvador, veio ao mundo. Abraão foi chamado na aliança Abraâmica por Deus e respondeu com fé o chamado, aceitando partir para longe do seu lugar de origem, de onde tinha sido criado, e seguir em direção a uma terra desconhecida.
O chamado de Abraão marcou o começo da história que revelou a origem da nação israelita, através do qual o Messias o Jesus salvador, veio ao mundo. Abraão foi chamado na aliança Abraâmica por Deus e respondeu com fé o chamado, aceitando partir para longe do seu lugar de origem, de onde tinha sido criado, e seguir em direção a uma terra desconhecida.
Abraão é mencionado pela primeira vez na Bíblia no capítulo onze do livro de Gênesis.
Já o chamado de Abraão está registrado em Gênesis 12.
Mas o restante da Escritura, em várias ocasiões, destaca a importância e as implicações desse chamado.
A nascente de profecias bíblicas começa
com a aliança Abraâmica .
Ora, o SENHOR disse a Abrão:
Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra, Gênesis 12:1-3. E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera, Gênesis 12:7. Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti. E aconteceu que, entrando Abrão no Egito, viram os egípcios a mulher, que era mui formosa.
E viram-na os príncipes de Faraó, e gabaram-na diante de Faraó; e foi a mulher tomada para a casa de Faraó, Gênesis 12:13-15. E as aves desciam sobre os cadáveres; Abrão, porém, as enxotava.
E pondo-se o sol, um profundo sono caiu sobre Abrão; e eis que grande espanto e grande escuridão caiu sobre ele. Então disse a Abrão: Saibas, de certo, que peregrina será a tua descendência em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos, Mas também eu julgarei a nação, à qual ela tem de servir, e depois sairá com grande riqueza. E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia. E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão, e eis um forno de fumaça, e uma tocha de fogo, que passou por aquelas metades. Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: « tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; E o queneu, e o quenezeu, e o cadmoneu, E o heteu, e o perizeu, e os refains,
E o amorreu, e o cananeu, e o girgaseu, e o jebuseu, Gênesis 15:1-21.
Então o anjo do Senhor bradou a Abraão pela segunda vez desde os céus,E disse: Por mim mesmo jurei, diz o Senhor: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho,
Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos; E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz, Gênesis 22:15-18.
Consideraremos agora um dos mais ilustres personagens estabelecidos diante de nós nas
páginas das Sagradas Escrituras, aquele que é expressamente designado “o amigo de
Deus:
”E cumpriu-se a Escritura, que diz:
E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus, Tiago 2:23 , e de quem o próprio Cristo deriva um de Seus títulos, “filho de Abraão”:
Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão, Mateus 1:1.
Ele não somente foi o único a partir de quem a favorecida nação de Israel
nasceu, mas ele também é chamado de “o pai de todos os que creem”:
(E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles também na incircuncisão; a fim de que também a justiça lhes seja imputada, Romanos 4:11).
Não é a desse post texto, rever aqui a vida notável deste homem; no entanto, a história
de Abraão.
De um modo geral, pelo menos está tão intimamente ligada com a aliança que o Senhor fez com ele, Que é quase impossível dar qualquer exposição deste último,
sem prestar alguma atenção à primeira.
No entanto, seremos obrigados a passar por muitos
episódios interessantes de suas experiências, se quisermos manter a nossa linha de pensamento sobre a aliança Abraâmica.
Dentro dos termos razoáveis são:
Um período de mais ou menos 300 anos se passou desde o tempo que o Senhor havia feito um pacto com
Noé, ou aliança Noiaica, depois do grande diluvio que veio sobre a terra, e o aparecimento de Abraão no cenário da história sagrada no planeta.
Podemos então dizer aqui brevemente duas coisas que ocorreram exatamente nesse período, e fazemo-lo por causa da influência
que elas têm e a luz que lança sobre nosso assunto presente.
A primeira delas é a notável
profecia proferida por Noé que se deu em Gênesis 9:25-27: E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. E disse: Bendito seja o Senhor Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.
Passando pelos tristes incidentes que imediatamente precederam e deram origem à previsão, pode se observar particularmente os seus pronunciamentos, pois ela intimou o futuro a desenrolar do propósito da graça
de Deus.
Isso é expresso pela primeira vez em:
“Bendito seja o Senhor Deus de Sem”, ou
como deveria ser traduzido mais interessantemente:
“Bendito seja [ou “Louvado seja”] Jeová,
o Deus de Sem”.
Esta é a primeira vez nas Escrituras que encontramos Deus denominando-Se o Deus de qualquer pessoa individual.
Além disso, foi como Jeová que Ele Se relacionou com Sem.
Jeová é Deus fazendo a Si mesmo conhecido em uma relação pactual, é Deus em Sua
personalidade manifesta como tomando pessoas em Seu favor livre. É Deus concedendo a
revelação de Suas instituições de redenção aos humanos visando a sua salvação.
Estes deveriam ser a porção específica de
Sem, em nítido contraste com a maldição pronunciada sobre Cão, e não sobre Sem simplesmente como um indivíduo, mas como o cabeça de uma parte distinta da raça humana dali para frente rumo a salvação da humanidade até a volta de Jesus.
Com essa fala Deus deveria estar em relação mais próxima, era uma distinção espiritual a que eles fruiriam, a relação da aliança, uma proximidade sacerdotal.
Uma participação
especial no favor Divino é o que foi indicado nesta primitiva previsão a respeito de Sem.
Seus descendentes deveriam ser uma linhagem através da qual a bênção Divina fluiria, culminando na primeira vinda de Jesus para salvar a humanidade, e era
entre eles que Jeová seria conhecido, e onde o Seu reino deveria ser estabelecido.
“Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem”.
O significado óbvio da primeira cláusula da palavra profética é que Deus daria a Jafé uma numerosa posteridade, com territórios muito extensos, o que
foi cumprido no fato de que eles não apenas obtiveram a posse realmente de toda a Europa, as
Américas do Norte e do Sul e a Austrália, mas também uma grande parte da Ásia.
A provisão de Jafé deveria ser a mais enérgica e ambiciosa dos descendentes de Noé, dando-se
a colonização a operações difusas, avançando em seu caminho e estabelecendo-se por toda parte.
Mas é com a segunda cláusula de Gênesis 9:27 que agora estamos mais preocupados:
“E habite nas tendas de Sem”.
Ele deveria gozar da comunhão nos altos privilégios espirituais de Sem.
Jafé seguiria sob a proteção Divina e seria admitido às bênçãos
que eram a porção peculiar, mas não a porção exclusiva de Sem.
Lançando a luz do Novo Testamento sobre esta antiga profecia, encontramos claramente
anunciado que foi através da linhagem de Sem que os dons da graça e as bênçãos da
salvação dos humanos, fluiriam imediatamente.
No entanto, longe de estar limitado a esta parte da família
humana, a maior porção dela (Jafé) também poderia compartilhar o seu bem.
Os Semitas
deveriam tê-la em primeira mão, mas os descendentes de Jafé também participariam nas
mesmas.
“A exaltação da descendência de Sem ao relacionamento mais próximo a Deus,
não era de forma que eles mantivessem o privilégio somente para si, mas que primeiramente o obteriam, eles deveriam admitir os filhos de Jafé, os habitantes das ilhas, no compartilhar com eles das bênçãos, e espalhá-la tão vastamente quanto a sua raça difusa pudesse se estender”.
Aqui, então, nesta previsão inicial através de Noé, podemos ver o princípio do que é depois mais
plenamente desenvolvido nas Escrituras.
Era apenas por habitar nas tendas de Sem que Jafé
poderia entrar no lugar onde a bênção Divina seria encontrada, o que, na linguagem do
Novo Testamento é apenas outra maneira de dizer que a partir dos judeus, que a salvação dos humanos, flui para os gentios.
Mas antes de desenvolver um pouco mais esse pensamento, vamos falar sobre, um ponto muito marcante expressado por um eloquente teólogo:
E. W. Hengstenberg em sua mui sugestiva obra em três volumes sobre a Cristologia do Antigo Testamento.
Em meio a suas notas
secas e técnicas sobre o texto Hebraico, ele mostra que, “como a reação contra o pecado
de Cão teria se originado com Sem (Gênesis 9:23), Jafé apenas uniu-se nela e assim, no
futuro, a rica casa da salvação e piedade estaria com Sem, a quem Jafé, em perceptível
necessidade da salvação, se aproximaria” para participar da salvação também.
A “mãe de todos as Alianças foi a de Abraão de redenção” .
As
bênçãos de Deus, a partir desta aliança,
estenderia-se por sobre toda a humanidade para a salvação da alma, através dos tempos.
A aliança abraâmica é um acordo um pacto incondicional, em que Deus revela
sua soberania ao eleger Abraão e seus descendentes e passar-lhe os seus decretos.
“Uma aliança incondicional pode ser definida como
um ato soberano de Deus, por meio do qual
Deus se obriga em caráter incondicional a
oferecer promessas, bênçãos e condições
específicas ao povo com quem a aliança é
firmada.
Este tipo de aliança é caracterizada pela fórmula :
“Eu o farei”, que declara a
determinação de Deus em fazer exatamente
como prometeu” Sem furo.
A estrutura do pacto ou o tratado, foi utilizado no segundo milênio antes
de Cristo, e destaca então a natureza incondicional
da aliança com Abraão.
A Bíblia contém três
tipos de alianças principais:
(1) O pacto de concessão
real.
(2) O tratado entre um Soberano e um
vassalo.
(3) Um pacto entre iguais.
Um a concessão real é uma aliança,
firme e incondicional, fundamentada no
desejo de um rei de um soberano, com obrigação de cumprir ou recompensar um servo leal.
Com o exemplo, podemos citar
a aliança abraâmica (G n 12.1-3; 15).
A aliança davídica (2 Sm 7.8-17).
E a aliança
do território de Israel (Dt 30.1-10).
Em Gênesis 15, poderemos ver que Deus confirmou e selou
a aliança abraâmica de uma forma muito singular.
Fez Abrão cair em um sono profundo e
comprometeu-se a manter a aliança, a despeito da resposta de Abraão.
Visto que Deus
foi o único a empenhar sua palavra neste
pacto, trata-se de uma aliança claramente
incondicional, baseada exclusivamente em
Deus na Sua palavra.
Podemos, portanto, ficar absolutamente confiantes de que Ele manterá sua
palavra e fará com que todas as cláusulas das alianças com os humanos se cumpram na história a seguir.
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