Pesquisar este blog

On-line agora

Total de visualizações de página

(Wikipedia) Pesquise Aqui

Resultados da pesquisa

Translate

JESUS CRISTO NOSSO SUMO SACERDOTE

Jesus como Sumo Sacerdote

Além de atuar como nosso Sumo Sacerdote celestial, Jesus também prepara o nosso futuro eterno.
 A Bíblia descreve o Senhor como nosso Sumo Sacerdote que.
 Inculpável e sem mácula (Hb "Portanto, pode também salvar os que por ele se chegam a Deus,vivendo sempre para interceder por todos," (Hb 7.25) .
Ele também é descrito como nosso “sumo sacerdote dos bens futuros" (Hb 9.11) e “Mediador de um novo testamento” (Hb 9.15).
Cumprindo sua grande profecia sobre Mediador da sua Igreja, Jesus continua militando, como seu Senhor durante a dispensação da graça(Ap 1.10-20).
 Ensina que o Cristo ressurreto está ativamente envolvido na vida de seus santos e do crescimento e do desenvolvimento de sua lgreja (At 1.4-5; 2.47; 3.6; 4.12; 7.59; 9.5; V, 17; 16.31). Quando Jesus se encontrou com os discípulos no cenáculo, na noite anterior à crucificação, explicou que partria para a casa do Pai a fim de lhes “preparar lugar” (Jo 14.1-6).
Esta promessa foi feita apenas aos discípulos Judas já havia deixado o local para preparar sua traição.
 Jesus, então, prometeu preparar um lugar no céu para os crentes e,um dia, voltar para buscá-los.
Esta é a primeira menção ao arrebatamento no NT. Nesse meio tempo,Jesus segue preparando sua noiva, a Igreja.
 Também, descreve a relação espiritual entre Cristo e sua Igreja como semelhante à existente entre um marido e sua esposa.
O apóstolo Paulo disse: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa santa e sem defeito” (Ef 5.25, 27).
 Apocalipse 19.7-9 descreve as Bodas do Cordeiro no céu.
 Cristo é descrito como o Noivo, cuja esposa (a Igreja) se aprontou para o casamento, como noiva de Cristo.
Jesus Cristo continuará a edificar sua Igreja até que o arrebatamento nos chame de volta para a casa do Pai (Mt 16.18; 24-14; Jo 14.1-6).
 Relatando,diversos aspectos do futuro ministério de Cristo que estão relacionados a sua segunda vinda:
O Arrebatamento da Igreja.
O primeiro evento relevante relacionado à segunda vinda de Jesus é o arrebatamento da Igreja.
 Quando aquele momento chegar, Cristo descerá dos céus “com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens,a encontrar o Senhor nos ares” (1 Ts 4.16-17).
 Esta promessa profética é acompanhada por palavras de conforto, bênçãos e incentivo.
 Daí ser chamada de “a bendita esperança” (Tt 2.13).
O Tribunal de Cristo.
Todos os crentes deverão comparecer perante o tribunal (gr.: bema) de Cristo a fim de serem recompensados (2 Co 5.10).
 Jesus disse: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (Jo 5.22).
 Paulo acrescenta:
 “[O] Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino” (2 Tm 4.1).
 O julgamento perante o Grande Trono Branco será apenas para os ímpios e ocorrerá ao fim do Milênio, enquanto que o Tribunal bema é para os fiéis e ocorre antes do Milênio.
E este julgamento que determina as coroas e os galardões dos crentes, preparando a noiva de Cristo para reinar com Ele na terra .
 As Bodas do Cordeiro.
 Cristo, no céu, irá casar-se com sua noiva, a Igreja (Ap 19.7-9).
Esta união espiritual está descrita nas Escrituras como um casamento, seguido por um banquete na terra.
 Os 24 anci­ões em Apocalipse 4.4,vestidos de branco, simbolizam a Igreja arrebatada no céu.
 Ao longo de todo o livro de Apocalipse, os anciões,servem como uma representação da Igreja remida, que foi recompensada com coroas de ouro e vestes brancas.
A Manifestação Gloriosa.
A segunda vinda de Cristo é descrita como uma manifestação gloriosa (gr.: epiphaino)(Estou transcrevendo aqui,alguns verbetes grego,mas não sou erudito) ou epifania.
 Em 2 Tessalonicenses 2.8, lemos sobre “o esplendor da sua vinda”.
 Jesus aludiu a este mesmo evento quando disse:
 “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem” (Mt 24-30). Ele explicou que todas as tribos da terra o veriam vindo “logo depois da aflição daqueles dias” (24.29).
A manifestação gloriosa, que ocorre ao fim do período da Grande Tribulação, é um evento totalmente separado do arrebatamento da Igreja, que ocorre logo no início daquele período,é bom frisar isso,porque muitos estão misturando os dois eventos
 O Retomo Triunfante.
 A segunda vinda de Cristo envolve tanto a sua manifesta­ ção gloriosa como o seu retorno triunfante.
Apocalipse 19.11-16 descreve este incrível acontecimento, em que Jesus aparecerá sobre um cavalo branco, com vestes salpicadas de sangue e olhos flamejantes.
 Ele virá conduzindo sua noiva, a Igreja triunfante, em seu retorno à terra para estabelecer seu reino milenial como Rei dos reis e Senhor dos senhores.
 Pela força da sua palavra, Ele dizima o exército do Anticristo. Em seguida,lança a Besta e o Falso Profeta no lago de fogo (Ap 19.19-21.
A Salvação de Israel.
 No NT, a volta de Cristo está associada à salvação e libertação de Israel.
Conforme Mateus 24-22-31, os dias da Grande Tribulação são abreviados,os eleitos são poupados e as nações, salvas.
 As nações gentílicas (gr.: ethnos) são reunidas perante Cristo e julgadas conforme o tratamento dispensado a seus “irmãos” (Mt 25.31-46).
 Nenhum desses eventos teve lugar em 70 d.C., quando Jerusalém foi destruída pelos romanos. São inúteis todas as tentativas de enxergar tal evento como cumpridos no passado.
 As profecias simplesmente não correspondem aos fatos.
 Estes acontecimentos, portanto, ainda estão por acontecer.
O Aprisionamento de Satanás.
 Apocalipse 20.1 -3 claramente afirma que, no futuro, Satanás será aprisionado de uma forma jamais vista na história.
 Em primeiro lugar, a descrição profética do aprisionamento de Satanás vem logo após o retorno triunfante de Cristo em Apocalipse 19.
 Isto não aconteceu na primeira vinda de Cristo.
 Em segundo lugar, o aprisionamento de Satanás em Apocalipse 20 deixa-o completamente imobilizado.
 Ele é “lançado no abismo” (gr.: abysos), onde é trancado, selado e impossibilitado de enganar as nações.
 Argumentos de que Satanás já se encontra preso pelo poder da cruz são risíveis à luz de claras declarações bíblicas contrárias a esta posição.
 Pedro recomendou cautela aos cristãos, pois o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8).
Paulo comenta que Satanás o esbofeteia com “um espinho na carne” (2 Co 12.7) e atrapalha seu ministério (1 Ts 2.18).
 Os escritores do N T dão diversas indicações de que Satanás é um inimigo ativo a quem devemos resistir até a volta de Cristo, que o amarrará e imobilizará no abismo.

OS MILAGRES NO CALVÁRIO

O brado de Jesus no Calvário

OS MILAGRES NO CALVÁRIO:
TREVAS Lucas 23.44

Podemos dividir o assunto em quatro temas:
1 -Trevas (Lc 23.44)
2 - Véu rasgado (Mt 27.51)
3 - Terremoto (Mt 27.51)
4 - Os mortos ressuscitados (Mt 27.52)

I. Trevas Sobre a Terra
A Bíblia diz que houve trevas sobre toda a Terra.
Alguns acham que pode ter sido um eclipse total do Sol na região, mas cremos que não.
Um eclipse dura apenas alguns minutos, e nesse caso as trevas duraram três horas.

1. Trevas versus luz (Mc 15.33).
Desde a hora sexta (meio-dia), até a hora nona (três horas da tarde),as trevas suplantaram a luz.
2. Trevas repentina.
O dia estava claro, Jesus agonizava e o povo zombava.
O reinado das trevas seria curto, a Luz do mundo se extinguiria por pouco tempo (Jo 12.31).
3. Trevas espessas.
Nenhum raio de luz.
Toda torrente de pecado da humanidade escureceu o Sol naquele momento.
 Era a separação entre Deus e Jesus, que se fazia pecado por nós  humanos Is 59.2; Rm 8.3; 2 Co 5.21).
Jesus sentiu-se desamparado, era a dor do silêncio do Pai (Mc 15.34)!

II. O que o Milagre das Trevas Ensina?
1. A verdadeira identidade de Jesus.
Ele era o Filho de Deus em forma humana (Fp 2.7,8).
Sua missão era aquela: destruir o império das trevas (1 Jo 3.8).
Os judeus pediram um sinal a Jesus (Mt 12.38-40), agora Deus lhes dava o sinal.
 Até o centurião romano reconheceu a divindade de Jesus (Mc 15.39).
2. Enfatizam a morte de Jesus.
Sua morte desfez as trevas do pecado que envolviam o homem.
Seu sangue nos purifica de todo pecado (1 Jo 1.7).
 Que pode ter maior importância do que isto?
3. As trevas simbolizavam o sofrimento do Pai e do Filho.
 Elas ocultaram dos olhos do povo o intenso sofrimento e a angústia de Cristo na cruz. Onde estavam Pedro e Tiago e os demais discípulos que o acompanharam no Getsêmani?
Só João e Maria, mãe de Jesus e a outra Maria e a Madalena estavam ali (Jo 19.25-27).
4. Simbolizavam a crueldade e a negridão da alma humana, personificadas naqueles que crucificaram
a Cristo.
Para aqueles que reconhecem a Jesus, as trevas do Calvário já passaram.
Tudo se fez luz.
Cristo é a Luz do mundo (Jo 9.5; 12.35,36). Deixa as trevas, vem para a Luz.
OS povos da terra devem se voltar para Cristo o mais rápido possível.

ARQUEOLOGIA EM BELÉM

Arqueologia em Israel

S Í T I OS  A R Q U E O L Ó G I C O S
BELEM
Situada oito quilômetros ao sul de Jerusalém à margem da rota da principal cadeia uma montanhosa , Belém ("casa de pão") era uma cidade insignificante na época do AT, exceto por ser o local de nascimento de Davi, que também foi ungido ali por Samuel (1Sm 16).
 A história de Rute,por exemplo, cujo livro conta a vida dos antepassados paternos de Davi, passa-se quase toda nessa aldeia. Entretanto, o AT registra outros detalhes históricos sobre Belém.
 Miqueias profetizou que o Messias viria dessa comunidade insignificante (5.2-5), mas era apropriado que o "filho messiânico de Davi" nascesse na cidade natal de Davi.
Arqueologicamente, pouco é conhecido da antiga Belém.
Durante certo tempo, uma guarnição militar filisteia  controlou a cidade (2Sm 23.14-16),.
 A maioria das pesquisas arqueológicas  realizadas em Belém, na realidade,concentra-se na Igreja da Natividade concentra-se na Igreja da Natividade e na igreja da natividade.
0 local era habitado desde tempos pré-históricos (algumas pedras de sílica pré-históricas e fragmentos de ossos de animais foram descobertos ali).
Parece haver uma referência a Belém numa das Cartas de Amarna, mas essa conclusão é história local através dos períodos bizantino e islâmico e da época dos cruzados.
0 nascimento de Jesus em Belém é registrado nos Evangelhos, nas duas narrativas da infância (Mt 2.1; Lc 2.4),3 de testemunho de que os líderes judeus conheciam a profecia de Miqueias, segundo a qual o Messias nasceria ali, é muito claro (Mt 2.4- 6; Jo 7.42).
Embora a matança dos meninos recém-nascidos da cidade, decretada por Herodes, o Grande, não seja atestada em outras fontes antigas, o relato combina com o caráter desse "rei" paranoico.
A pequena aldeia ao pé da colina existente na época em que a Igreja da Natividade foi construída
indica que apenas algumas dezenas de meninos foram mortos como resultado da fúria irracional de Herodes.
Apesar de odioso, um infanticídio dessas proporções provavelmente não teria atraído a atenção
dos historiadores antigos.
Tradições muito antigas da Igreja situam o nascimento de Jesus numa caverna de Belém, sobre a qual o imperador Adriano construiu um santuário a uma deidade romana.
Mais tarde, o imperador  Constantino construiu uma igreja sobre a mesma caverna.
Destruída parcialmente pelos samaritanos no século VI d.C., a Igreja da Natividade foi reconstruída pelo imperador Justiniano e permanece como uma das igrejas mais antigas ainda existentes
 A história local através dos períodos bizantino e islâmico e da época dos cruzados.
aponta,o nascimento de Jesus em Belém e é registrado nos Evangelhos, nas duas narrativas
da infância de Jesus(Mt 2.1; Lc 2.4),haja visto a a profecia de Miqueias, segundo a qual o Messias nasceria ali (Mt 2.4- 6; Jo 7.42).
.

A GRANDE TRIBULAÇÃO

Grande tribulação

Apocalipse 7.14
GRANDE TRIBULAÇÃO.
A cena nos céus: João vê uma grande multidão diante do trono e do Cordeiro, trajando vestidos
brancos e empunhando palmas; símbolo de vitória (Ap 7.9-17).
I. O que É a Grande Tribulação?
É o período em que Deus exercerá o juízo sobre todos os habitantes da Terra, predito no Antigo
Testamento como “o Dia do Senhor” (Sf 1.14; Zc 14.1-4); “a angústia de Jacó” (Jr 30.7); “a grande
angústia” (Dn 12.1); “o dia da vingança” (Is 63.1-4), etc. Jesus disse que seria um período de grande
aflição como nunca houve. Compare Apocalipse 7.14 com Mateus 24.21.
II. Quem São os Salvos da Grande Tribulação?
1. Não são os salvos das tribulações ocorridas em todos os séculos. Estes não passarão pela Grande
Tribulação. Já estarão com Cristo.
2. São os que durante a Grande Tribulação não aceitarem adorar a Besta e aceitarem o Evangelho
Eterno (Ap 14.6). São os que estiverem cobertos com o manto de justiça (Is 61.10; Rm 1.16; 3.21).
Veja o contraste com Is 64.6.
III. Como Saíram da Grande Tribulação?
1. Lavando seus vestidos no sangue do Cordeiro (Ap 7.14). A linha escarlate através da Bíblia
começou no Éden, quando Deus fez as vestes de peles de animais inocentes (Gn 3.21), passando
pelos sacrifícios veterotestamentário até o de Jesus no Calvário.
2. Purificação constante e eficaz (1 Jo 1.7): No passado, no presente e no futuro (Hb 13.8). O sangue
de Jesus nos lava e nos purifica completamente. Veja Efésios 6.27; Hebreus 12.14.
IV. Como não Entrar na Grande Tribulação?
1. Como escapar? (Lc 21.34-36)
2. Guardando o coração (v.34).
3. Vigiando (v.36). Como a águia vigia seus filhotes.
4. É melhor não entrar na Grande Tribulação, porque muitos não sairão (Ap 9.18-20).
Judas andou com Jesus, mas Satanás entrou em seu coração. Manchou seu vestido e foi para a
perdição. De que vale andar com vestido rico, mas manchado pelo pecado? De que adianta ser católico,
batista, presidente de igreja pentecostal e estar com as vestes manchadas de pecado?
Queres salvar-te da Grande Tribulação? Lava o teu vestido no sangue de Jesus. Aceita-o, hoje, e
estarás livre dela e do inferno (14.9-11).

QUANDO ACONTECERÁ O MILÊNIO?


O milênio de Cristo

Quando será o Milênio?
  Logo depois da e de se cumprirem todos os acontecimentos preditos para a AS SETENTA SEMANAS PROFÉTICAS DE DANIEL
, Jesus descerá sobre o Monte das Oliveiras e inaugurará o seu reinado na Terra
A pergunta do texto nós a ouvimos constantemente: em nossas palestras diárias, em nossas Escolas Dominicais e mesmo por correspondência.
Há os que materializam tanto o Milênio que este chega a perder o sabor espiritual; outros há que o espiritualizam tanto que o alvo doutrinário torna-se em miragem.
 O Milênio, reino dos céus ou reinado de Cristo são palavras usadas para expressar o período dispensacional.
Há também os que, com grande número de citações bíblicas, torcem a doutrina e invertem os papéis, não dando o verdadeiro lugar à revelação bíblica sobre o assunto.
 Devemos ter cuidado para que os inúmeros textos referentes aos judeus não se confundam com os que se referem aos gentios.
Quando será o Milênio então?
  O Milênio se dará depois da setuagésima semana de Daniel, ou seja, depois da Grande Tribulação, que é o período conhecido como a angústia de Jacó, Jr 30.7.
 Daniel, ao interpretar o sonho do rei Nabucodonosor, viu a pedra sem mãos rolando dos altos, vindo a bater na magnífica estátua.
Isso acontecerá justamente quando o Anticristo estiver no seu apogeu de glória.
Dar-se-á no segundo advento de Cristo, rio qual haverá duas fases.
 Na primeira Ele virá buscar os seus, a Igreja, composta dos crentes já falecidos e dos militantes. Aqueles serão ressuscitados e estes arrebatados, Mt 24.41; lTs 4.16,17; Ap 3.10.
Há outros textos que confirmam este ponto doutrinário.
Na segunda fase, isto é, após o arrebatamento e a ressurreição dos santos, como a respeito já foram citados alguns versos, haverá um período de falsa paz, lTs 5.3; quando os homens andarão dizendo: "Há paz e segurança".
Segundo esse texto, podemos crer que no abrir do primeiro selo, Ap 6.10, haverá um tempo de falsa paz e de falsa segurança.
 Não confundamos esse OS CAVALEIROS DO APOCALIPSE. do primeiro selo com o do capítulo 19 do mesmo livro.
Muito embora haja os que interpretam que o cavaleiro branco do primeiro selo é o triunfo do evangelho após o rapto da Igreja, isso está fora do contexto.
Muitos vão aderir ao Anticristo, aceitando-o como mediador e conselheiro espiritual, como está escrito:
"Ele (o Anticristo) fará um concerto com muitos por uma semana (sete anos) e, na metade da semana (três anos e meio), fará cessar o sacrifício e a oblação", Dn 9.27.
 Certamente é nessa época que haverá um tempo de falsa paz.
O Senhor, instruindo seus discípulos, disse:
 "Logo depois da aflição daqueles dias o sol escurecerá...
"Logo depois daqueles dias" quer dizer que o Milênio será depois da Grande Tribulação, no fim, quando se dará a guerra do Armagedom, então o Senhor porá seus pés no Monte das Oliveiras, Zc 14.4 e aparecerá em glória, Mt 24.30.
Isso concorda com Ap 19.11, quando o Senhor descerá do céu com seus santos para ser glorificado, 2 Ts 1.10, e destruir os poderes do Anticristo com o sopro de sua boca, 2Ts 2.8.
 Antes de Cristo estabelecer o seu reino, haverá um período de preparação, como é predito por Daniel.
 Esse período é de duas mil e trezentas tardes e manhãs;
É o período que vai da quebra do concerto até o Milênio, Dn 8.14.
Devemos comparar este verso com 12.12 do mesmo livro, o qual diz:
"Bem-aventurado é o que espera e chega aos mil trezentos e sessenta e cinco dias."
 Isso naturalmente se refere aos que esperavam ver o reino milenar,
o estabelecimento do reino dos céus e o julgamento das nações, Mt 25.31.
Com isso, a pergunta está respondida, pois o Milênio só será estabelecido depois da Grande Tribulação, com a volta de Cristo, como foi anunciado pelos anjos, At 1.11.
 Houve um período na história eclesiástica que muitos julgaram ser a época do Milênio.
 Essa época foi especialmente a dos séculos VI a XVI, quando parecia que a Igreja estava com todos os poderes sobre os governadores e reis da terra.
Mas foi, antes, a época do obscurantismo.
 Uns têm a ideia de que no Milênio serão feitas diversas reformas, como a agrária e outras, tudo num melhoramento sucessivo.
Há, ainda, os que julgam que o Milênio será nos céus, e que Satanás andará na terra sobre corpos mortos. 
Assim pensam interpretando mal Is 66.22-24.
Essas doutrinas não passam de um amontoado de deturpações da palavra Milênio.
Paulo diz:
"Convém que Ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo de seus pés, e a morte será o último a ser destruído, lCo 15.25,26.
 Isso se dará no fim do Milênio, quando Satanás for solto e sair a seduzir as nações contra Israel, o povo santo, e contra a cidade amada.
Primeiramente o Senhor descerá do céu e batalhará contra a Besta e o Falso Profeta, 2Ts 2.8; Ap 19.11-20.
Então Satanás, nessa época, será aprisionado,Ap 20.1,2.
 Por mil anos, depois será culminado o plano de Deus, Ap 20.7-10.
O Armagedom será uma batalha terrível, quando sangue será derramado sem precedência na história, Ap 14.20; 16.16; 19.10; Jl 3.12-14.
Que o Senhor nos dê graça para, nessa época, estarmos na glorificação do Senhor! Amém.
Colaboração Pastor JOÃO DE OLIVEIRA.

ILUSTRAÇÃO PARA ORADORES. (COELHO)

Os coelhos são um povo débil; e, contudo, fazem a sua casa
na rocha (Pv 30.26).
                                                       Coelho:
Ilustrção para oradores


Embora considerado um animal frágil, o coelho constrói sua casa na
rocha, e nela se protege de predadores

ILUSTRAÇÃO PARA ORADORES.

Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas
forças (Ec 9.10).
Peixes como;
                                                          O bagre;
Peixe bagre

                                                           A traíra; 
Peixe traíra

                                                             O cascudo;
Peixe cascudo


 são mais resistentes à ausência de oxigenação na água.
 São espécies que vivem no lodo ou em águas barrentas, onde o índice de oxigênio fica bem abaixo do aceitável para rios, que é entre 5ml e 7ml por litro de água são muito resistentes.

ILUSTRAÇÕES PARA ORADORES SOBRE A ÁGUIA.

Ilustrações para oradores

A águia vive até 70 anos. E a ave de maior longevidade da espécie.
Entretanto, quando chega aos 40 anos, ela passa por uma verdadeira metamorfose. Suas condições físicas dão-lhe duas alternativas: renovação completa ou morte. Muito sábia, a águia procura um intransponível ninho, bem alto, em cima de um penhasco, e lá passa por um processo de
renovação que dura cerca de cinco meses. E um processo longo e dolorido.
Durante esse período, suas atividades cessam por completo.
Com essa idade as suas unhas estão compridas e flexíveis, o que a faz perder sua presa.
 Como o bico também se alonga e torna-se curvo, e não tem mais a habilidade necessária para derrotar suas presas, a águia passa a bater com o bico em uma parede rochosa até arrancá-lo. Depois de arrancá-lo, ela espera nascer e crescer o novo, para com ele arrancar suas velhas garras.
Assim que isso começa a acontecer, ela dá início ao processo seguinte:
arrancar as velhas, grossas e pesadas penas, que não permitem mais ter a mesma habilidade em seus vôos.
Suas asas estão direcionadas ao peito,atrofiadas. Passado todo esse tempo e o dolorido processo, a águia está renovada e dá o mergulho da renovação para viver mais 30 anos.
A águia tem características interessantes que a tornam ímpar entre as aves.
Sua forma de vida é usada pela Bíblia por meio de inúmeras ilustrações:
1. Voa alto, em até dez mil metros (Pv 30.18,19),está na Bíblia.
2. Não voa em bando.
3. É veloz. Pode voar na velocidade entre 160 e 300km/h,dependendo de sua espécie (2 Sm 1.23).
4. Há varias espécies de águias a cinzenta, a imperial, a pescadora, etc.
5. Constrói seu ninho em picos de montanhas intransponíveis (Jó.39.27,28)está na Bíblia.
6. Visão aguçada. Seus olhos ocupam um terço do seu crânio.Portanto, pode ver uma pequena caça a centenas de metros.
Dizem que ela pode enxergar à distância de dois mil metros em linha reta (Jó 39.28,29).
7. Tem apetite (Jó 9.26)veja a Bíblia.
8. Quando precisa de alimento, desce às partes mais baixas, no mar por exemplo, para buscar suas presas.
9. Trabalha durante o dia.
10. Forte. Sua estrutura óssea em forma cilíndrica dá-lhe estabilidade.
11. Possui equilíbrio impressionante. Suas imensas asas mais as penas do rabo, que se movimentam, dão-lhe maior estabilidade.
12. Mesmo com grandes presas movimentando-se em suas garras,ela não perde o equilíbrio do vôo, mantendo-se firme (2 Pe.1.10).
13. Nunca deixa a presa escapar. Suas garras são pontiagudas e côncavas, facilitando a prisão da caça, desde um liso peixe a um coelho.
14. Cuida de seus filhotes (Dt 32.11).
15. Quando velha, renova suas penas, bico e garras.
16. Renova-se. Em determinada fase da vida, ela vai para o mar, e depois de voar o máximo que pode para cima, desce para um mergulho, e conseqüente renovação (Sl 103.5).
A partir daí estará pronta para viver o mesmo tempo que viveu até então.
Alguns dizem que isso não passa de lenda.
Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão (Is 40.31),é isso que o profeta quis dizer

CALENDÁRIO HEBREU

Calendário Judeu

Sistema de divisão do tempo do ano civil.
 Os 12 meses do ano judaico iniciavam com a lua nova e seguiam assim:
1) abibe (Êx 13.4) ou nisã (Ne 2.1), de meados de março a meados de abril;
2) zive (1Rs 6.1), abril-maio;
3) sivã (Et 8.9), maio-junho;
4) tamuz, junho-julho;
5) abe, julho-agosto;
6) elul (Ne 6.15), agosto-setembro;
7) etanim ou tisri (1Rs 8.2), setembro-outubro;
8) bul ou marquesvã (1Rs 6.38), outubro-novembro;
9) quisleu (Ne 1.1), novembro-dezembro;
10) tebete (Et 2.16), dezembro-janeiro;
11) sebate (Zc 1.7), janeiro-fevereiro;
12) adar (Ed 6.15), fevereiro-março. 
Destes, apenas tamuz (junho-julho) e abe (julho-agosto) não são mencionados na Bíblia. 

A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO SOBRE OS PRIMEIROS CRENTES.

A descida do Espírito Santo sobre os crentes

O Espírito Santo Desce no O Espírito Santo .
A história da igreja primitiva era muito mais complexa do que Lucas nos induz a crer.
Todavia, ainda podemos aceitar a ideia de que a igreja começou com um.
"Pentecoste determinativo em Jerusalém", que deu à igreja seu ímpeto e caráter.
A historicidade essencial desse evento tem sido firmemente estabelecida .
 Para um observador externo, poderia parecer que o começo foi uma explosão de entusiasmo dentro da seita dos nazarenos,era muito barulho.
Para os crentes, foi um episódio de importância crucial na história da salvação visto que se contemplou o cumprimento das promessas do Pai nas profecias de Isaías 32:15 e como indicação segura de que o novo tempo havia sido inaugurado, e que o reino de Deus havia chegado .
O Pentecoste era a segunda das três grandes festas anuais dos judeus, sendo a Páscoa a primeira e a dos Tabernáculos a terceira (veja Deuteronômio 16:16).
Um número bem maior de peregrinos chegava para a festa de Pentecoste, visto que essa época do ano era a melhor para as viagens .
 Sem dúvida isto constituiu fator decisivo na ordenação providencial dos eventos.
Neste Pentecoste em particular (não há certeza em que ano ocorreu: o ano 30 d.C. é uma data como outra qualquer) estavam todos (os crentes) reunidos no mesmo lugar.
Por todos podemos presumir que pelo menos aqueles cento e vinte de 1:15 estavam incluídos aí, mas poderia ter havido outros, provenientes da Galiléia e de outras partes, que haviam vindo a Jerusalém para esse festival .
Não ficamos o local exato, onde os discípulos estão reunidos,se no meio na tribuna ?
 O número de crentes envolvidos, especialmente se agora sobrepujava os cento e vinte, torna menos provável que o grupo se reunia numa casa particular, mas talvez num local público, ou ao ar livre, conquanto não se possa excluir outra possibilidade (veja as notas sobre 1:13).
Por outro lado, o fato de a multidão ficou rapidamente a par do que estava acontecendo (cp. v. 6) sugere que o lugar onde estavam os  discípulos reunidos podia ser visto, como  no pátio externo do templo (veja a disc. acerca de 3:11; 21:27).
O uso da palavra "casa" no v. 2 não elimina esta hipótese embora pudéssemos esperar que o templo fosse mencionado se, de fato, a reunião se realizasse nele. 2:2-3 .
Todavia, de uma coisa podemos ter absoluta certeza: algo aconteceu naquele dia que convenceu os discípulos do fato de que o Espírito de Deus havia descido sobre eles.
 — Que eles haviam sido "batizados com o Espírito Santo", como Jesus havia dito que o seriam (1:5; cp. 2:17; 11:15ss.).
Lucas descreve a cena:
 De repente veio do céu um som, como de um vento impetuoso (v. 2).
O comentário de Lucas de que "veio do céu" reflete sua intenção de descrever um acontecimento sobrenatural, e não algo natural,uma coisa tremenda.
Observe as palavras como que.
Não se tratava de um vento,mas algo de que o vento servia de símbolo, a saber, a presença e o poder divinos (cp. 2 Samuel 5:24; 22:16; Jo 37:10; Salmo 104:4; Ezequiel 13:13; .
Visto que vento sugere vida e poder, transformou-se no hebraico e também no grego a palavra para "espírito", sendo que aqui a palavra significa especialmente o Espírito de Deus.
E com o som semelhante ao do vento também apareceram línguas repartidas, como que de fogo (v. 3). Mais uma vez, a expressão como que é importante, porque novamente o nome de algo natural é empregado a fim de representar o sobrenatural.
As palavras de João Batista em Mateus 3:1 ls. nos da  uma pista para o significado do fogo, pois o profeta se refere ao Espírito ao mencionar o fogo e o julgamento.
Outra vez temos um significado para o Espírito de Deus, agora no simbolismo do fogo (cp. Êxodo 3:2; 19:18; Ezequiel 1:13), com a implicação de que o fogo veio a fim de purificar o povo de Deus (cp. Malaquias 3:1ss.).
Notemos mais um simbolismo aqui: aquela semelhança de língua de fogo repousou sobre cada um deles (v. 3).
 Esses discípulos representavam a igreja toda, e é nessa categoria que todos participam da dádiva de Deus. Todavia, até que ponto aquele som e aquela aparição eram fenômenos objetivos?
No capítulo 10, em que a experiência de Cornélio é assemelhada à dos discípulos neste capítulo, não se faz nenhuma menção a aparições, nem a sons.
É por isso que muitos argumentam dizendo não ter havido nem som nem visão alguma nessa ocasião, e que Lucas apresenta algo que foi pura experiência íntima, pessoal, como um fenômeno auditivo e visual.
Todavia, permanece o fato de que Lucas nos apresenta dois incidentes bem diferentes entre si, insistindo que aqui houve algo passível de observação
 — Eles viram (v. 3).
Após cuidadoso exame das evidências, chega-se à conclusão de que "o que chegou a eles não lhes chegou das profundezas de seu subconsciente individual ou coletivo; foi algo que veio de longe dali, de fora deles mesmos.
Aquela foi uma experiência do poder divino inesperado, poder que lhes era entregue, poder em forma de dádiva, com suas características inerentes" (Jesus, p. 148). 2:4 .
Todavia, essa também foi uma experiência subjetiva. Lucas afirma isso com a expressão todos foram cheios do Espírito Santo.
"Tornar-se cheio" (diferente de "estar cheio", veja a disc. acerca de 6:3) expressa a experiência consciente do momento (veja a disc. acerca de 4:8).
 Os discípulos sentiram, bem como viram e ouviram, e deram expressão a seus sentimentos ao falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia.
Este verbo especial "falar" ( é peculiar a Atos, no Novo Testamento (cp. v. 14; 26:25), mas é empregado noutras passagens do grego bíblico para significar a expressão dos profetas ( 1 Crônicas 25:1; Ezequiel 13:9; Miquéias 5:12).
Esse fenômeno de os discípulos falarem em outras línguas parece significar algo diferente de outras referências semelhantes, de outras passagens.
É que "língua" aqui é empregada intercambiavelmente com uma palavra que significa "linguagem" ou "dialeto" (dialectos, vv. 6, 8); o que estava sendo dito aparentemente era inteligível e, por isso, devemos supor que os discípulos falavam línguas reconhecíveis.
 Entretanto, não há razões para julgarmos que o mesmo aconteceu em outras ocasiões em Atos, quando algo parecido ocorreu (10:44ss.; 19: lss.), e temos todas as razões para entender que 1 Coríntios 12-14 trata de um fenômeno inteiramente diferente do de Pentecoste, pois, ali toda a argumentação de Paulo repousa em "línguas" ininteligíveis, além do entendimento, necessitando de "interpretação" (e não de tradução).
Parece, portanto, que na igreja de Corinto e talvez em Atos 10 e 19, as "línguas" constituíam uma espécie de expressão enlevada, aquilo que chama de "línguas do êxtase" (1 Coríntios 14:2), e que Paulo, em certa ocasião, chamou de "a língua dos anjos" (1 Coríntios 13:1), e em outra (talvez) "gemidos inexprimíveis" (Romanos 8:26).
Entretanto, seria admissível que houvesse dois fenômenos diferentes?
Presumindo que não, que não se trata de dois fenômenos, Lucas tem sido acusado de entender mal ou de reinterpretar uma tradição anterior em que as "línguas" de Atos 2 foram as mesmas expressões de êxtase das demais passagens. Se isso não aconteceu, a tradição é que chegou a Lucas distorcida: os discípulos teriam realmente falado em "línguas" (no sentido usual desta palavra), mas as pessoas julgaram ouvir os crentes louvando a Deus nas próprias línguas deles.
 "Talvez a mais impressionante característica do pentecostalismo, para esta discussão presente, seja o número de afirmações sobre uma "língua desconhecida" que era, na verdade, uma língua estrangeira desconhecida para quem nela falou...
Se tais afirmações podem ser feitas com tão grande convicção no século vinte, é muito mais concebível que teriam sido feitas na época do primeiro Pentecoste cristão" .
Sugere -se que muitas daquelas pessoas ali presentes identificaram alguns daqueles sons pronunciados pelos discípulos como sendo as línguas de suas terras de origem.
A impressão de que os discípulos estavam falando
nessas línguas ficou mais fortalecida ainda pelo poderoso impacto espiritual dos discípulos, sendo essa a história que teria chegado a Lucas.
De sua parte Lucas tratou do fato com maior precisão ao esclarecer a glossolália como emergindo das línguas estrangeiras propriamente ditas.
  "Não há nenhuma razão para duvidarmos de que os discípulos experimentaram uma linguagem de êxtase no dia de Pentecoste.
 E há boas razões para crermos, tanto pelo texto como pelos paralelismos históricos religiosos, que a glossolália e o comportamento dos discípulos foram de ordem tal que muitas daquelas pessoas, que tudo observavam, julgaram ter reconhecido palavras de louvor a Deus em outros idiomas"
 Logo se tornou do conhecimento público em geral que algo extraordinário havia acontecido.
Se os discípulos haviam estado em seu próprio alojamento quando o Espírito foi derramado sobre eles ( v. 1), a esta altura teriam saído para a rua.
É até possível que tenham ido ao templo, "andando e saltando e louvando a Deus" à semelhança do coxo curado do próximo capítulo.
 É natural, pois, que se reunisse uma multidão.
 Entre o povo estavam alguns judeus da Diáspora.
 (Isto é, de todas as nações que estão debaixo do céu, v. 5) .
Que fizeram de Jerusalém sua cidade;
 — Ou pelo menos parece que é isso que Lucas quer dizer.
 Sabemos que muitos judeus haviam regressado de outras paragens ou para estudar , ou simplesmente para passar seus últimos dias dentro das muralhas de Jerusalém, havendo muitas mulheres neste caso, a julgar-se pelos nomes encontrados em ossuários gregos.
 Seja como for, havia no meio da multidão algumas pessoas capazes de identificar em que línguas os discípulos estavam pronunciando palavras de louvor, dentre uma grande variedade de idiomas.
Havia também alguns judeus palestinos que podiam assegurar aos demais que os que falavam assim eram todos galileus.
A natureza condensada da narrativa de Lucas faz parecer que a multidão toda é que fazia essa observação, mas só podiam fazê-la aqueles dentre o povo que conheciam os discípulos, ou conseguiam detectar-lhes o sotaque nortista (cp. Mateus 26:73). O fato de estarem comentando esse fato talvez revele sua surpresa. Os da Judéia tendiam a desprezar os da Galiléia. 2:11b-13.
 Enquanto isso, os discípulos relatavam em "línguas" as grandes coisas que Deus tinha feitol, enquanto os ouvintes se maravilhavam e estavam perplexos (v. 12).
De modo especial a segunda destas expressões, em grego, exprime a total confusão do povo.
 —As pessoas simplesmente não sabiam o que fazer diante daquele comportamento (cp. 5:24; 10:17), embora alguns emitissem a sugestão perversa de que os discípulos talvez estivessem bêbados (cp. Efésios 5:18).
Tudo isso nos parece tão real, um retrato da vida, e Lucas nos relata estes fatos com muita e extrema singeleza e clareza!

OS PRIMEIROS DIAS DOS APÓSTOLOS DEPOIS DA ASCENSÃO DE JESUS CRISTO.

Ascensão de Cristo

 ( Atos 1.1 Jesus Sobe aos Céus ( Atos 1.1 -11)11) .
Atos e o terceiro evangelho certamente nasceram da mesma mão.
A dedicatória comum, e também os interesses comuns e a unidade de linguagem e estilo eliminam toda dúvida.
 Além do mais, a maneira como ambos os livros são apresentados.
 — O evangelho com seu prefácio relativamente minucioso, e Atos com sua introdução mais breve, mas fazendo eco da linguagem do primeiro livro
 — Salienta o fato de que não se trata apenas de dois livros escritos pelo mesmo autor, mas dois volumes de um único livro.
 Essa disposição de uma obra em certo número de "volumes" com o mesmo prefácio, e outros livros sendo publicados mais tarde com suas próprias introduções breves, não eram novidade na editoração antiga (cp. p.e., Josefo [Contra Apião], 2.1-7; veja BC, vol. 2, p. 491). 
Diferentemente do evangelho, em Atos não há uma linha demarcadora que separe a introdução da narrativa.
O que se inicia em Atos como referência ao prefácio do outro livro torna-se resumo breve do conteúdo total do evangelho
— Uma narrativa conducente ao novo material da seção seguinte.
O famoso satírico grego Luciano (nascido cerca de 120 d.C.) diz-nos sob forma de máxima que a transição entre o prefácio de um livro e a narrativa propriamente dita deve ser gradual e suave "segundo o autor"(On Writing History 55 [Escrevendo a História]).
 Lucas atende aos preceitos de Luciano. 1:1 .
 O livro é dedicado a Teófilo, um homem de certa posição, segundo o cumprimento no evangelho, "Sua Excelência que o chama" (Lucas 1:3, GNB; ECA: "ó excelente Teófilo").
Explica Lucas que no primeiro tratado
__ É evidente que se refere ao evangelho
— Lucas se propusera fornecer "uma narração dos fatos que entre nós se cumpriram... desde o princípio..." (Lucas 1:2-3), "tudo o que Jesus começou, não só a fazer, mas também a ensinar, até o dia em que foi recebido em cima no céu..." (Atos 1:1-2). Estas palavras revelam como é que Lucas entendia o escopo de seu primeiro volume.
Esse primeiro livro interessava-se apenas pelo começo do trabalho de Jesus, ficando a implicação de que tal obra prosseguiu "até o dia em que [Jesus] foi recebido em cima".
 A tese de Lucas é a seguinte:
Jesus continua ativo.
 O que mudou foi seu método de trabalho.
Agora ele não está mais na carne; ele prossegue "a fazer, mas também a ensinar" mediante seu "corpo",a igreja (veja disc. acerca de 9:5).
Essa é a história de Atos. 1:2 .
Antes de encetar a narração de sua história, Lucas recorda brevemente os eventos que encerraram o primeiro livro(o seu Evangelho).
Antes da ascensão, Jesus havia dado mandamentos... aos apóstolos que escolhera.
No evangelho, o título "apóstolos" limita-se aos Doze (Lucas 9:10; 17:5; 22:14; 24:10; cp. Mateus 10:2ss; Marcos 6:30), e segundo o próprio Lucas, foi Jesus quem o concedeu pessoalmente aos Doze (Lucas 6:13).
Em Atos também a referência primordial desse título cabe aos Doze, embora os versículos 21 e 22 sugiram que outros discípulos poderiam ter sido incluídos e que, com toda certeza,apesar de muitos hoje ostentar este titulo,e na época, outras pessoas partilharam as experiências dos apóstolos (veja ainda as notas sobre o v. 26).
 Como vemos do v. 5, as instruções de Jesus relacionavam-se em parte ao dom do Espírito Santo. Todavia, o Espírito já se envolvera na obra que o Senhor realizava.
 É que Jesus os ensinava agora pelo Espírito Santo.
Alguns comentaristas preferem aplicar essa expressão à escolha que Jesus fizera dos Doze; todavia, a leitura mais natural do texto grego leva-nos a aplicá-la à declaração de que o Senhor havia "dado mandamentos" e a entendê-la com o sentido de que Jesus, em seu magistério, estivera investido de poder e autoridade divinos.
Seja como for, somos informados aqui de que na história prestes a ser narrada, o Espírito Santo desempenha papel de suma importância.
O Espírito é mencionado quatro vezes só neste capítulo (vv. 2, 5, 8 e 16). 1:3 .
 Durante quarenta dias após sua morte, Jesus apareceu a seus discípulos.
O grego diz literalmente:
"por espaço de quarenta dias", o que parece não significar que o Senhor estivera com eles continuamente, mas que aparecia de tempos em tempos durante esse período de tempo.
Quarenta era usado com freqüência como número arredondado, mas neste caso específico parece referir-se ao número exato de dias, constituindo um período menor do que os cinqüenta dias entre a Páscoa e o Pentecoste (veja disc. sobre 2:1).
A mais extensa relação de que dispomos das aparições de Jesus inicia-se em 1 Coríntios 15:5, embora até mesmo esta lista, como o demonstram os evangelhos, está longe de ser completa.
A expressão "muitas vezes" usada por  (não existe correspondente no grego) pode ser hipótese aceitável.
 É evidente que quanto mais vezes os discípulos vissem a Jesus, menores seriam as probabilidades de que estivessem enganados.
Observe como Lucas sublinha a realidade da experiência mediante repetições: "aos quais... se apresentou vivo;" "sendo visto por eles".
Estas expressões não dizem tudo, porque o Senhor também falou aeles, e como ficamos sabendo mediante outra passagem, comeu e bebeu com eles, da maneira como o fizera nos primeiros dias (veja 10:41; Lucas 24:30, 42s; cp. Lucas 22:17-20).
O resultado final disso tudo foi que os discípulos ficaram com uma convicção irredutível de que Jesus estava vivo, e havia estado com eles.
Lucas emprega expressões fortes, e poderia ter dito: "ficou comprovado sem sombra de dúvidas". Não tivessem eles estas muitas e infalíveis provas os eventos descritos neste livro jamais teriam ocorrido.
O Senhor lhes falara a respeito do reino de Deus.
Desde o começo esse havia sido o assunto de Jesus, e passaria a ser o assunto de seus discípulos também (veja 8:12; 14:22; 19:8; 20:25; 28:23, 31), conquanto o pregassem de uma perspectiva diferente.
É que o reino havia "chegado com poder" através da salvação pela morte de Jesus, e na seqüência de eventos (Marcos 9:1).
Ainda assim, o que eles pregavam não era o ensino deles mesmos acerca destes acontecimentos, ou uma doutrina que eles próprios haviam criado, mas o que lhes fora ensinado pelo próprio Jesus a respeito de sua morte (veja Lucas 24:25s., 45ss.) e, nos anos vindouros, pelo ministério do Espírito de Jesus (veja, p.e., 1 Coríntios 2:10).
Na frase depois de ter padecido, Lucas emprega uma palavra que, mais do que a maioria, traz-nos à lembrança o custo mediante o qual nossa salvação foi alcançada (cp. 17:3; 26:23). 1:4 .
 Além deste tema, outro assunto em particular encontrou lugar de destaque nas instruções de Jesus: os apóstolos não deveriam sair de Jerusalém, mas aguardar o dom do Espírito Santo, a promessa que o Senhor lhes fizera, a saber, a dádiva que viria do Pai (cp. Isaías 32:15; Joel 2:28-32; Atos 2:33, 39; Gálatas 3:14; Efésios 1:13, e quanto ao ensino de Jesus, Mateus 10:20; João 14:16s., 25; 15:26; 16:7s., 13-15).
Os versículos 4 e 5 parecem referir-se a algo que Jesus havia dito numa ocasião específica, o que pode ser real.
 É possível que tenhamos nesses versículos um lembrete do último encontro que tiveram com o Senhor (cp. vv. 6-8; Lucas 24:48s.).
Contudo, o uso do vocábulo (particípio presente) sugere, em vez disso, que a referência se aplica a várias ocasiões em que estiveram reunidos, nas quais essas instruções foram dadas (cp. João 20:22). Fica bem claro que para Jesus era questão de suma importância que os discípulos estivessem prontos para receber o dom que o Pai lhes havia prometido.
O fato de os discípulos estarem prontos, e haverem expressado essa prontidão pela oração cheia de expectativa, pode ter sido a condição que lhes possibilitou receber o dom do Espírito.
 Parece que o local também tinha grande importância.
A tendência dos discípulos teria sido voltar à Galiléia (veja João 21), mas Jesus enfatizou que deveriam permanecer em Jerusalém .
— Depois de ter dado mandamentos... ordenou-lhes (vv. 2, 4); este verbo que Lucas emprega com freqüência quando quer dar ênfase especial.
No entanto, não sabemos por que Jerusalém;
 Sabemos, porém, que Isaías havia falado de um novo ensino que procederia dessa cidade, e de uma nova obediência que se seguiria (Isaías 2:3), e tudo quanto se profetizou veio a cumprir-se.
 Seja como for, havia algo bem apropriado em o dom do Pai ser concedido naquele mesmo lugar onde, bem pouco tempo atrás, um povo rebelde e desobediente havia sentenciado Jesus à pena de morte (cp. 7:51; Neemias 9:26).
 E aqui, evidentemente, um maior número de pessoas haveria de receber o testemunho inicial dos apóstolos a respeito de Cristo. 1:5 .
 Jesus lhes havia prometido o poder para testemunhar tão logo fossem batizados com o Espírito Santo (cp. v. 8).
Esta expressão também havia sido usada por João Batista (veja Mateus 3:11, etc), e deriva do batismo com água.
Sendo metáfora do dom do Espírito, essa expressão não comunica tudo que o dom representa e contém, mas infunde a consciência exigida para uma experiência arrebatadora.
A promessa haveria de ser cumprida não muito depois destes dias (veja disc. sobre 2:4; cp. 2:17; 11:15). 1:6 .
Lucas considerou tão importante o ensino desses poucos dias anteriores à ascensão, que nos deixou três relatos diferentes a seu respeito: um no evangelho (Lucas 24:44-49), outro no prefácio de Atos, e um terceiro nos versículos 6 a 8 desta seção.
Embora o texto possa basear-se na memória de uma ocasião particular, talvez o último encontro de Jesus com seus discípulos seja considerado típico das instruções que o Senhor lhes deu durante todo o período pós-ressurreição.
Os demais versículos desta seção (9-11) relatam o acontecimento que encerrou esse período. Constituem o relato mais completo, talvez o único em todo o Novo Testamento, sobre a ascensão, visto que os textos de Marcos 16:19 e Lucas 24:51 talvez não sejam originais.
Dada a singularidade dessa passagem, seu valor histórico tem sido questionado, e Lucas acusado de trasladar um evento puramente espiritual para o mundo material.
Todavia, ainda que tal acontecimento não seja descrito noutras passagens, certamente a ascensão fica subentendida nas freqüentes referências a Cristo à mão direita de Deus (p.e., 2:33s.; 3:21; João 6:62; Efésios 4:8-10; 1 Tessalonicenses 1:10; Hebreus 4:14; 9:24; Apocalipse 5:6) sendo claramente afirmada duas vezes, uma vez por Pedro (1 Pedro 3:21s.), e outra por Paulo (1 Timóteo 3:16), que talvez estivesse citando um hino cristão primitivo.
É bem difícil imaginar que Lucas escreveria uma história fictícia desse teor, e ainda assim ficasse impune, estando vivos os apóstolos (mencionados como testemunhas oculares dos fatos) e seus sucessores.
 É certo que o Novo Testamento não oferece nenhuma explicação para o súbito fim nas aparições pós-ressurreição de Cristo. No entanto, visto que Lucas está descrevendo um evento que transcende este mundo, tendo que usar termos deste mundo, não se pode dar-lhe uma interpretação literal.
Não devemos, todavia, perder de vista o fato de que algo sobrenatural aconteceu .
— Um fato que convenceu os apóstolos de que Jesus havia sido "recebido em cima no céu"; teria sido um evento inefável (podemos supor) cuja melhor descrição humana seria vazada nesses termos.
A pergunta feita neste versículo pelos apóstolos poderia ter sido formulada em qualquer época, durante aqueles quarenta dias em que Jesus esteve com eles, visto ter-lhes o Senhor falado várias vezes a respeito do reino de Deus (cp. v. 3).
De fato, o verbo no tempo imperfeito sugere que a pergunta fora formulada mais de uma vez. Contudo, se tal pergunta foi levantada na última reunião com Jesus, prevalece a mágoa dolorosa da incapacidade de os discípulos (até o fim) entenderem que seu reino não é deste mundo (cp. João 18:36) mas do âmbito do Espírito, um reino em que se entra mediante o arrependimento e a fé. Seria injusto afirmar que os discípulos nada aprenderam com Jesus.
Em alguns aspectos, haviam caminhado uma longa jornada (veja a disc. sobre o v. 2; cp. Lucas 24:45).
Mas fica bem claro que esses apóstolos ainda estavam acorrentados à noção popular de um reino de Deus eminentemente político, que sua vinda traria a reunião de todas as tribos (veja a disc. sobre 3:21 e as notas sobre a disc. de 26:7), a restauração da independência de Israel e o seu triunfo sobre todos os inimigos.
Neste campo eles não haviam feito muito progresso, e ainda se prendiam à esperança primitiva de vir a ocupar lugares de proeminência num reino material (Marcos 10:35ss.; Lucas 22:24ss.).
Todavia, em vista de suas esperanças, e considerando o contexto geral da ressurreição de Jesus e as declarações dele concernentes ao Espírito, a pergunta dos apóstolos, conquanto errada, era bastante natural.
No pensamento judaico, a ressurreição e a vinda do Espírito pertenciam ao novo reino. Na verdade, a profecia de Joel, que Jesus com toda probabilidade os fez lembrar, poderia ter sido a causa da pergunta que agora os apóstolos apresentam a Jesus, visto que o profeta falara do derramamento do Espírito de Deus (Joel 2:28ss.), e de Deus restaurando o reino de Israel (Joel 2:18ss.;3: lss.).
A tensão da expectativa expressa-se no tempo presente do verbo grego. Não temos ali "restaurares tu neste tempo", mas "Senhor, neste tempo tu restauras o reino de Israel?
 (1:7-8 )
Não foi esta a primeira vez que os discípulos perguntaram a Jesus o que estava por vir e, como das outras vezes, o Senhor não lhes deu resposta.
Em vez disso, Jesus lhes focalizou a atenção nas obrigações atuais (cp. João 21:21s.).
O futuro está nas mãos de Deus, e não lhes competia saber o que o futuro lhes traria, pelo menos não em minúcias (cp. Marcos 13:32).
A obrigação dos discípulos era a de serem testemunhas (v. 8).
Tal comissão obviamente representou uma referência especial aos apóstolos que autenticariam de modo singular os fatos principais do evangelho
___ A vida, a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus. 
Neste sentido eles eram os alicerces e pilares da igreja (cp. Mateus 16:18; Gálatas 2:9).
 Mas a igreja edificada sobre tais alicerces se tornaria em si mesma "a coluna e esteio da verdade" (1 Timóteo 3:15).
É aqui que se aplica a referência secundária das palavras de Jesus.
 Nem todos são apóstolos, mas todos estão comissionados para testemunhar a verdade que estabeleceram.
A todos, pois, é feita a promessa: recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo (v. 8).
As declarações deste versículo devem ser entendidas como causa e efeito.
 Só pode haver testemunho eficaz onde estiver o Espírito e, onde estiver o Espírito, seguir-se-á testemunho eficaz em palavras, em obras (milagres), e na qualidade de vida daqueles que o receberam (veja a disc. acerca de 2:4).
A ordem do Senhor tem um escopo universal. Partindo de Jerusalém, os discípulos deveriam sair até os confins da terra (v. 8).
 Estas palavras contêm o corretivo para a pergunta individualista dos apóstolos no v. 6, embora se possa duvidar que eles tenham entendido dessa maneira na época.
 No máximo talvez entendessem que Jesus lhes estaria ordenando que testemunhassem aos judeus da diáspora (veja as notas sobre 2:9ss.) e apenas nesse sentido é que pregariam "o arrependimento e a remissão de pecados, a todas as nações" (Lucas 24:47; veja a disc. acerca de Atos 10:10ss.).
 A idéia de incluir os gentios jamais lhes passaria pela cabeça, e só foi aceita mais tarde com grande dificuldade.
 O nacionalismo judaico da igreja primitiva demorou muito a morrer.
Todavia, à época em que Lucas estava escrevendo, esse nacionalismo extremado em grande parte já era coisa do passado, e a frase "até os confins da terra" havia assumido sentido mais amplo.
 Abrangia agora o império romano, representado pela própria Roma e, nessa base, Lucas adotou o programa resumido nesse versículo como estrutura de sua narrativa.1:9 .
Terminados os quarenta dias de instrução, Jesus foi recebido em cima no céu.
O grupo havia tomado o caminho familiar através do ribeiro do Cedrom, indo ao monte das Oliveiras (cp. v. 12), e em algum ponto nessa área a vida terrena de Jesus chegou ao fim.
Visto que os judeus pensavam no céu como estando "lá em cima" e a terra como sendo "aqui em baixo", o desaparecimento de Jesus a caminho do céu, partindo do mundo visível para o invisível, expressa-se num "subir".
É linguagem que pode não parecer muito apropriada para nós, mas era bastante coerente para os judeus, e encontra-se noutras passagens do Novo Testamento, em conexão com a exaltação de Jesus (cp., p.e., Efésios 1:20; Filipenses 2:9; Hebreus 1:3; 2:9).
Esse pensamento exprime-se nas palavras: uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos, visto que na linguagem bíblica a nuvem com freqüência é símbolo de glória divina (cp. p.e., Êxodo 16:10; Salmo 104:3).
Trata-se de linguagem pitoresca, o evento deve ser retratado mediante imagens; no entanto, Lucas tem certeza de que ocorreu um fato objetivo.
Observe a ênfase do autor na visão:
 Jesus foi tomado de diante dos olhos dos apóstolos: vendo-o eles... ocultando-o a seus olhos; "e estando eles com os olhos fitos no céu enquanto ele subia" (v. 10).
Aqui estava um fato importante, porque aqueles homens deveriam testemunhar a ascensão de Cristo, bem como sua vida, morte e ressurreição. 1:10-11 .
 A longo prazo a apreciação dos apóstolos acerca da ascensão de Jesus deve ter vindo de uma combinação de visão natural e visão sobrenatural (inspirada), esta última decorrente do ensino primitivo de Jesus.
Todavia, deve ter havido concessão suficiente a seus sentidos físicos, de modo que ficassem convencidos de que aquela despedida de Jesus fora final
— Do Jesus que haviam conhecido corporalmente.
Lucas expressa a experiência dos apóstolos em termos dramáticos.
 Ele se refere a dois homens vestidos de branco que de repente junto deles apareceram (v. 10; cp. 10:30; 12:7; Lucas 2:9; 24:4).
 Eles são apresentados com uma exclamação: "olhai" (que não aparece em ECA, mas tem a intenção de transmitir uma ideia de surpresa diante de um fato providencial (cp. esp. 7:56; 8:27, 36; 10:30; 16:1), visto que Lucas deseja que entendamos que os "dois homens" eram anjos (cp. Mateus 28:2s; João 20:12).
 Não ficou claro o que Lucas entende por "anjos".
É possível que tudo que ele queria transmitir fosse um estarrecedor senso da presença de Deus em tudo que estava acontecendo (veja disc. acerca de 5:19s.; 12:6ss.; cp. 7:30; 8:26; 10:3; 12:23; 27:23, de tal modo que os apóstolos se convenceram de que Jesus haveria de voltar da mesma forma como havia partido
 — Visivelmente.
 — E manifestando.
Glória de Deus (tudo isso, é evidente, havia sido objeto do ensino de Jesus, cp., p.e., Marcos 13:26; 14:62).
Entretanto, algum tempo haveria de decorrer antes de seu retorno. Daí a pergunta: por que estais olhando para o céu (v. 11)?
 Que acatassem as instruções recebidas.
No presente, deveriam permanecer em Jerusalém (v. 4), a seguir deveriam sair como testemunhas (v. 8).
 A ênfase aqui, como em geral por todo o Novo Testamento, está nos deveres atuais dos crentes em vez de nas especulações a respeito da volta de Cristo.
 Todavia, sabendo que ele haveria de voltar, os apóstolos se empenharam em sua tarefa do momento "com grande júbilo" (Lucas 24:52s.).
Esta passagem é uma das poucas referências em Atos à Parousia (cp. 3:20s.; 10:42; 17:31; 23:6; 24:25.Colaboração Pr  David J. Williams.

DIFERENÇA ENTRE ALMA E ESPÍRITO

Originalmente a alma veio a existir em resultado do sopro sobrenatural de Deus.  Podemos descrevê-la como espiritual e vivente, porque opera por meio do corpo.No entanto, não devemos crer que a alma seja parte de Deus, pois a alma peca.É mais correto dizer que é dom e obra de Deus. (Zac. 12:1.)

A natureza da alma.
A alma é aquele princípio inteligente e vivificante que anima o corpo humano, usando os sentidos físicos como seus agentes na exploração das coisas materiais e os órgãos do corpo para se expressar e comunicar-se com o mundo exterior.
Originalmente a alma veio a existir em resultado do sopro sobrenatural de Deus.
Podemos descrevê-la como espiritual e vivente, porque opera por meio do corpo.No entanto, não devemos crer que a alma seja parte de Deus, pois a alma peca.É mais correto dizer que é dom e obra de Deus. (Zac. 12:1.)
Devem-se notar quatro distinções:
1. A alma distingue a vida humana e a vida dos irracionais das coisas inanimadas e também da vida inconsciente como a vegetal. 
Tanto os homens como os irracionais possuem almas (em Gên. 1:20, a palavra "vida" é "alma" no original). Poderíamos dizer que as plantas têm alma (no sentido de um princípio de vida), mas
não é uma alma consciente.
2. A alma do homem o distingue dos irracionais. Estes possuem alma, mas é alma terrena que vive somente enquanto durar o corpo. (Ecl. 3:21.)
A alma do homem é de qualidade diferente sendo vivificada pelo espírito humano.
Como"toda carne não é a mesma carne", assim sucede com a alma; existe alma humana e existe alma dos irracionais. Evidentemente, os homens fazem o que os irracionais não podem fazer, por muito
inteligentes que sejam; a sua inteligência é de instinto e não proveniente de razão. Tanto os homens como os irracionais constroem casas.
Mas o homem progrediu, vindo a construir catedrais, escolas e arranha-céus, enquanto os animais inferiores constroem suas casas hoje da mesma maneira como as construíam quando Deus os criou. Os irracionais podem o papagaio);
mas somente o homem produz a arte, a literatura, a música e as invenções cientificas. O instinto dos animais pode manifestar a sabedoria do seu Criador, mas somente o homem pode conhecer e adorar a seu Criador.
 Para melhor ainda ilustrar o lugar elevado que ocupa o homem na escala da vida, vamos observar os quatro degraus da vida, que se elevam em dignidade um sobre o outro, conforme a independência sobre a matéria. Primeiro, a vida vegetal, que necessita de órgãos materiais para assimilar o alimento; segundo, a vida sensível, que usa os órgãos para perceber as coisas materiais e ter contato com elas;
terceiro, a vida intelectual, que percebe o significado das coisas pela lógica, e não meramente pelos sentidos; quarto, a vida moral,que concerne à lei e à conduta.
Os animais são dotados de vida vegetativa e sensível; o homem é dotado de vida vegetativa,
sensível, intelectual e moral.
3. A alma distingue um homem de outro e dessa maneira forma a base da individualidade.
 A palavra "alma" é, portanto, usada freqüentemente no sentido de "pessoa". Em Êxo. 1:5
"setenta almas" significa "setenta pessoas". Em Rom.13:1 "cada
alma" significa "cada pessoa".
Atualmente dizemos, " não havia nem uma alma presente", referindo-nos às pessoas.
4. A alma distingue o homem não somente das ordens inferiores, mas também das ordens superiores dos anjos, porque estes não têm corpos semelhantes aos dos homens.O homem tomou-se um "ser vivente", quer dizer, a alma enche um corpo terreno sujeito às condições terrenas.
Os anjos se descrevem como espíritos (Heb. 1:14), porque não estão sujeitos às condições ou
limitações materiais. Por essa mesma razão se descreve Deus como "Espírito".
 Mas os anjos são espíritos criados e finitos, enquanto Deus é o Espírito eterno e infinito.
(b) A origem da alma. Sabemos que a primeira alma veio a existir como resultado de Deus ter soprado no homem o sopro de vida.
Mas como chegaram a existir as almas desde esse tempo?
 Os estudantes da Bíblia se dividem em dois grupos de idéias diferentes:
(1) Um grupo afirma que cada alma individual não vem proveniente dos pais, mas sim pela criação Divina imediata.Citam as seguintes escrituras: Isa. 57:16; Ecl. 12:7; Heb. 12:9; Zac. 12:1 fato de que a transmissão da natureza pecaminosa de Adão à posteridade milita contra a criação divina de cada alma; também o
fato de que as características dos pais se transmitem à descendência.
Citam as seguintes passagens: João 1:13; 3:6; Rom.5:12; 1 Cor.15:22; Efés. 2:3; Heb. 7:10. A origem da alma pode explicar-se pela cooperação tanto do Criador como dos pais.No princípio duma nova vida, a Divina criação e o uso criativo de meios agem em cooperação.
O homem gera o homem em cooperação com "o Pai dos espíritos".O poder de Deus domina e permeia o mundo (Atos 17:28; Heb. 1:3) de maneira que todas as criaturas venham a ter existência segundo as leis que ele ordenou.
Portanto, os processos normais da reprodução humana põem em execução as leis da vida fazendo com que a alma nasça no mundo.A origem de todas as formas de vida está encoberta por um véu de mistérios (Ecl. 11:5; Sal. 139:13-16; Jo 10:8-12), e esse fato deve servir de aviso contra a especulação sobre as coisas que estão além dos limites das declarações bíblicas.
(c) Alma e corpo.
 A relação da alma com o corpo pode ser descrita e ilustrada da seguinte maneira:
1. A alma é a depositária da vida; ela figura em tudo que pertence ao sustento, ao risco, e à perda da vida.É por isso que em muitos casos a palavra "alma" tem sido traduzida "vida". (Vide Gên. 9:5; 1 Reis 19:3; 2:23; Prov. 7:23; Êxo. 21:23,30; 30:12;Atos 15:26.) .
A vida é o entrosamento do corpo com a alma.Quando a alma e o corpo se separam, o corpo não existe mais; o que resta é apenas um grupo de partículas materiais num estado de rápida decomposição.
2. A alma permeia e habita todas as partes do corpo e afeta mais ou menos diretamente todos os seus membros. Este fato explica por que as Escrituras atribuem sentimentos ao coração e
aos rins (Sal. 73:21; Jo 16:13; Lam. 3:13; Prov. 23:16; Sal. 16:7; Jer. 12:2; Jo. 38:36); às entranhas (File. 12; Jer. 4:19; Lam. 1:20; 2:11; Cânt. dos Cânt. 5:4; Isa. 16:11); e ao ventre (Hab. 3:16; Jo
20:23; 15:35; João 7:38).
 Esta mesma verdade, de que a alma permeia o corpo, explica porque em muitas passagens se descreve a alma executando atos corporais. (Prov. 13:4; Isa. 32:6; Num.21:4; Jer. 16:16; Gên.44:30; Ezeq. 23:17, 22, 28.)
"As partes  internas" ou "entranhas" é a expressão que geralmente descreve o entrosamento da alma com o corpo. (Isa. 16:11; Sal. 51:6; Zac.12:1; Isa. 26:9; 1 Reis 3:28.) .
Essas passagens descrevem as partes internas como o centro dos sentimentos, de experiência espiritual ede sabedoria. Mas notemos que não é o tecido material que pensa e sente, e, sim a alma operando por meio dos tecidos. Corretamente falando, não é o coração de carne, mas a alma, por meio do coração, que sente.
3. Por meio do corpo a alma recebe suas impressões do mundo exterior.
 Essas impressões são percebidas por todos os sentidos: vista, audição, paladar, olfato e tato, e são transmitidas ao cérebro por via do sistema nervoso.Por meio do cérebro a alma elabora essas impressões pelos processos do intelecto, da razão, da memória e da imaginação.
 A alma atua sobre essas impressões enviando ordens às várias partes do corpo por via do
cérebro e do sistema nervoso.
4. A alma estabelece contato com o mundo por meio do corpo, que é o instrumento da alma.
O sentir, o pensar, o exercer vontade e outros atos, são todos eles atividades da alma ou do "eu".
É o "eu" que vê e não somente os olhos; é o "eu" que pensa e não meramente o intelecto; é o "eu" que joga a bola e não meramente o meu braço; é o "eu" que pede e não simplesmente a língua ou os membros.Quando um membro é ferido, a alma não pode funcionar bem por meio dele; em caso de lesão cerebral pode resultar a demência. A alma então passa a ser como um músico com um instrumento danificado ou quebrado.
(d) A alma e o pecado.
A alma vive a sua vida natural através dos instintos, termo que vamos empregar por falta de outro
melhor.Esses instintos são forças motrizes da personalidade, com as quais o Criador dotou o homem para fazê-lo apto a uma mais importantes.O primeiro é o instinto da auto-preservação que nos avisa de perigo e nos capacita a cuidar de nós mesmos.O segundo, é o instinto de aquisição (conseguir), que nos conduz a adquirir as provisões para o sustento próprio.
O terceiro, é o instinto da busca de alimento, o impulso que leva a satisfazer a fome natural.
O quarto é o instinto da reprodução que conduz à perpetuação da espécie.O quinto, é o instinto de domínio que conduz a exercer certa iniciativa própria necessária para o desempenho da vocação e das responsabilidades. O registro desses dotes (ou instintos) do homem concedidos pelo Criador acha-se nos primeiros dois capítulos de Gênesis.
O instinto de autopreservação implica a proibição e o aviso: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás porque no dia em que dela comeres certamente morrerás."
 O instinto de aquisição aparece no fato de ter Adão recebido da mão de Deus o lindo jardim do Éden. O instinto da busca de alimento percebesse nas palavras:
"Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão sementes, as quais se acham sobre a face de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente ser-vos-á
para alimento."Ao instinto de reprodução referem-se estas declarações:
 "Homem e mulher os criou."Deus os abençoou e lhes disse: frutificai, multiplicai-vos." Ao quinto instinto, domínio, refere-se o mandamento:
"Enchei a terra, e sujeitai-a;dominai."Deus ordenou que as criaturas inferiores fossem governadas
primeiramente pelos instintos, mas o homem foi elevado à dignidade de possuir o dom de livre arbítrio e a razão, com os quais poderia disciplinar-se a si mesmo e tornar-se árbitro do seu próprio destino. Como guia para o regulamento das faculdades do homem, Deus impôs uma lei.
O entendimento do homem quanto a essa lei produziu uma consciência, que significa literalmente "com conhecimento".
Quando o homem deu ouvidos à lei, teve a consciência esclarecida; quando desobedeceu a Deus, sofreu, pois a consciência o acusava.No relato da tentação (Gên. 3) lemos como o homem cedeu à concupiscência dos olhos, à cobiça da
carne, e à vaidade da vida. (1 João 2:16), e usou os seus poderes de modo contrário à vontade de Deus.
A alma consciente e voluntariamente, usou o corpo para pecar contra Deus.
Essa combinação de alma pecaminosa e corpo humano constituem o que se conhece como "o corpo do pecado" (Rom. 6:6), ou "a carne" existência terrena (assim como o dotou de faculdades espirituais
para capacitá-lo a uma existência celestial).
 Chamamo-los instintos porque são impulsos inatos, implantados na criatura a fim de capacitá-la a fazer instintivamente o que é necessário para originar e preservar a vida natural.
Assim escreve o Dr. Leander Keyser:"Se no inicio de sua vida o infante humano não tivesse certos instintos, não poderia sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno e médico.
" Vamos considerar os cinco instintos outras coisas semelhantes.
" Paulo considerou tais coisas tão sérias que acrescenta as palavras, "os que tais coisas praticam, não herdarão o reino de Deus".Colocada sob o poder do pecado, a alma toma-se "morta em delitos e pecados" (Efés. 2:1).
Colocada entre o corpo e o espírito, entre o mais elevado e o inferior, entre o terreno e o espiritual, a alma fez uma escolha má.Mas da escolha não surgiu proveito, e, sim, perda eterna (Mat. 16:26).
 Foi feita a má "barganha" de Esaú
 — a troca da bênção espiritual por uma coisa terrena e perecível. (Heb.12:16.) .Ao morrer, a alma ter que passar para o outro mundo, "manchada pela carne". (Jud. 23.)
Felizmente existe um remédio
— A cura dupla, tanto para a culpa como para o poder do pecado,
(1) Porque o pecado é uma ofensa a Deus, é exigida uma expiação para remover a culpa e purificar a
consciência.A provisão do Evangelho é o sangue de Jesus Cristo.
(2) Visto que o pecado traz doença à alma e desordem no ser humano, requere-se um poder curativo e corretivo.Esse poder é justamente aquele provido pela operação interna do Espírito Santo que endireita as coisas tortas da nossa natureza e põe em movimento certo as forças da nossa vida.
 Os resultados (os frutos) são "amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,fidelidade, mansidão, temperança" (Gál. 5:22, 23).
Em outras palavras, O Espírito Santo faz-nos justos, palavra que no hebraico significa "reto".O pecado é tortuosidade da alma; a justiça é sua retidão.
(e) A alma e o coração.
 Tanto nas Escrituras, como na linguagem comum, a palavra "coração" significa o centro mesmo
duma coisa.(Deut. 4:11; Mat. 12:40 Êxo. 15:8; Sal. 46:2; Ezeq. 27:4,25,26,27.) O "coração" do homem é, portanto, o verdadeiro centro da sua personalidade. É o centro da vida física. Nas
palavras do Dr. Beck:"O coração é a primeira coisa a viver, e seu primeiro movimento é sinal seguro de vida; seu silêncio é sinal positivo de morte." é também a fonte e o lugar onde se encontram as correntes da vida espiritual e da alma.Podemos descrevê-lo como a parte mais profunda do nosso ser, a "casa das máquinas", por assim dizer, da personalidade, donde procedem os impulsos que determinam o caráter e a conduta do homem.
1. O coração é centro da vida, do desejo, da vontade e do juízo.
O amor, o ódio, a determinação, a vontade e o gozo (Sal. 105:3) unem-se com o coração.
 O coração sabe, compreende (1Reis 3:9), delibera, calcula; está disposto, é dirigido, presta atenção, e inclina-se para as coisas.Tudo o que impressiona a alma se diz estar fixado, estabelecido, ou escrito no coração.O coração é o depósito de tudo quanto se ouve ou se experimenta (Lu. 2:51).
O coração é a "fábrica", por assim dizer, em que se formam pensamentos e propósitos, sejam bons ou maus. (Vide Sal.14:1; Mat. 9:4; l Cor. 7:37; 1Reis 8:17.)
2. O coração é o centro da vida emocional.
Ao coração atribuem-se todos os graus de gozo, desde o prazer, (Isa. 65:14) até ao êxtase e exultação (Atos 2:46); todos os graus de dor, desde o descontentamento (Prov. 25:20) e a tristeza (Joao14:1) até ao "ai" lacerante e esmagador (Sal. 109:22; Atos 21:13); todos os graus de má vontade desde a provocação e ira (Prov. 23:17) até à cólera incontrolável (Atos 7:54) e o desejo vingativo ardente (Deut. 19:6); todos os graus de temor desde o tremor reverente (Jer. 32:40) até ao pavor (Deut. 28:28).
O coração derrete-se e se retorce em angústia (Jos. 5:1); torna-se fraco pela depressão (Lev. 26:36);
murcha sob o peso da tristeza (Sal. 102:4); quebra-se e fica esmagado pela adversidade (Sal. 147:3), é consumido por um ardor sagrado (Jer.20:9).
3. O coração é o centro da vida moral.
 Concentrado no coração pode haver o amor de Deus (Sal. 73:26) ou o orgulho blasfemo (Ezeq. 28:2, 5). O coração é a"oficina" de tudo quanto é bom ou mau nos pensamentos, nas palavras ou nas ações. (Mat. 15:19.)É onde se reúnem todos os impulsos bons ou as cobiças más; é a sede dum tesouro bom ou ruim.Do que tiver em abundância ele fala e opera.(Mat. 12:34, 35.) É o lugar onde originalmente foi escrita a lei de Deus (Rom.2:15), e onde a mesma lei é renovada pela operação do Espírito Santo. (Heb.8:10.)É sede da consciência (Heb. 10:22) e a ele atribuem-se todos os testemunhos da consciência, (1 João 3:19-21.) .
Com o coração o homem crê (Rom. 10:10) ou descrê (Heb. 3:12). É campo onde se semeia a Palavra divina (Mat. 13:19).Segundo as suas decisões, está sob a inspiração de Deus (2 Cor. 8:16) ou de Satanás (João 13:2). É a morada de Cristo (Efés. 3:17) e do Espírito (2 Cor. 1:22);
da paz de Deus (Col. 3:15). é o receptáculo do amor de Deus (Rom. 5:5), o lugar da aurora celestial (2 Cor. 4:6), a câmara da comunhão secreta com Deus (Efés.5:19). É uma grande
profundidade misteriosa que somente Deus pode sondar. (Jer. 17:9.) Foi em vista das imensas possibilidades implícitas no coração do homem que Salomão proferiu esta admoestação:
"Guarda com toda a diligência o teu coração, pois dele procedem as fontes da vida" (Prov. 4:23).
(f) A alma e o sangue. 
"Porque a vida (literalmente "alma") da carne está no sangue" (Lev. 17:11).
 As Bíblia ensinam que, tanto no homem como no irracional, o sangue é a fonte e o
depositário da vida física. (Lev. 17:11; 3:17; Deut. 12:23; Lam. 2:12; Gên. 4:10; Heb. 12:24; Jo 24:12; Apoc. 6:9,10; Jer. 2:34; Prov. 28:17.) .
Vamos citar as palavras de Harvey, médico inglês, descobridor da circulação do sangue:
"é o primeiro órgão a viver e o último a morrer; é a sede principal da alma. Ele vive e nutre-se de
si mesmo, e por nenhuma outra parte do corpo.
" Em Atos 17:26 e João 1:13 o sangue se apresenta como a matéria original de onde surge o organismo humano.Usando o coração como bomba, e o sangue como meio da vida, a alma envia vitalidade e nutrição a todas as partes do corpo.
O lugar que a criatura ocupa na escala da vida determina o valor do seu respectivo sangue.
Primeiro vem o sangue dos animais; porém de valor maior é o sangue do homem, porque o homem tem a imagem de Deus. (Gên. 9:6).De estima especial é o sangue dos inocentes e dos mártires. (Gên. 4:10; Mat. 23:35.);
 O mais precioso de todos é o sangue de Cristo (1 Pedro 1:19; Heb. 9:12), de valor infinito por estar unido com a Divindade.Pelo plano benigno de Deus, o sangue tomou-se o meio de expiação, quando aspergido sobre o altar de Deus "Pelo que vo- lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma"
(Lev. 17:11).
Colaboração Pastor   Myer Pearlman.

UR DOS CALDEUS NA MENSAPOTAMIA

Ur dos caudeus

UR (dos caldeus), atualmente conhecida como Tell Mugheir [Montículo de
Betume], situa-se 224 km ao sul do local da antiga Babilônia e 240 km a noroeste do
golfo Pérsico. As ruínas principais, que cobrem uma superfície de 61 ha, foram
escavadas por J. E. Taylor (1854), H. R. Hall (1919) e C. Leonard Woolley (1922-
1934)
1934).Taylor desenterrou porções de uma grande torre-templo ou zigurate, que ascendia em três pisos à altura de 21 m. 
Em cada uma de suas quatro esquinas, havia um nicho com cilindros inscritos (registros dos fundamentos) que traziam o nome da cidade, de seu fundador e dos que trabalharam nas reconstruções periódicas do zigurate.
Na sala de um templo próximo, entre o lixo acumulado, havia uma coleção de tabuinhas cuneiformes. Em uma delas, o rei Nabonido (556-536 a.C.) faz referência à edificação e aos reparos periódicos do grande zigurate. Há também uma oração a Nannar, o deus-lua, a favor do próprio rei e de seu filho Belsazar, para que fosse “guardado do pecado” e “estivesse satisfeito com a abundância da vida”. Essas e outras inscrições confirmam o relato bíblico sobre Belsazar de Ur dos caldeus.
Hall explorou o lado sudoeste do imponente zigurate e deixou ainda mais exposta a área do templo. Woolley completou as escavações em torno do grande zigurate e dos templos, na área sagrada, prosseguindo até deixar  expostos 10 km2 da cidade do tempo de Abraão.
O arqueólogo encontrou largos dezembocadouros, muitos edifícios comerciais e numerosas casas de dois pisos, com pátios, fontes, chaminés e sistema sanitário em escavações de Ur dos caldeus.
 Havia capelas de adoração espalhadas por toda a área residencial, bem como edifícios escolares com livros de argila, indicando que os caldeus ensinavam leitura, escritura, aritmética, gramática e história.
Um grande arquivo de registros do templo revelava que a religião,de Ur terra de Abraão, inclusive os serviços do templo, eram sustentados com ofertas do povo e pelo comércio de Ur.
Foram realizadas sensacionais descobertas nos cemitérios.
 As tumbas reais continham em abundância objetos de ouro, prata, lápis-lazúli e materiais de menor valor.
Algumas tumbas guardavam até 68 esqueletos de pessoas que faziam parte da comitiva: guardas, músicos e criados que haviam marchado ao fosso da morte, em sacrifício, para acompanharem seu rei ou sua rainha na outra vida.
Para os estudiosos da Bíblia, a descoberta mais importante foi um estrato de argila e areia limpas, depositado pelas águas, de 2,5 m de espessura, com indícios de ocupação em cima e em baixo, mostrando “uma ruptura definitiva na continuidade da cultura local em Ur dos caudeus”.
 Segundo o arqueólogo, “nenhuma subida comum dos rios deixaria atrás de si algo que sequer se aproximasse do volume dessa terraplenagem de argila [...]
 A inundação que depositou esses restos deve ter sido de magnitude sem paralelo na história local [...] Não há dúvida de que essa inundação foi o dilúvio das histórias e lendas sumérias, no qual se baseia a história de Noé”.