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COMO SURGIU O Hezbollah ?

Cmo surgiu o  Hezbollah?
O Hezbollah - ou Partido de Deus - é uma organização política e militar poderosa no Líbano, formada majoritariamente por muçulmanos xiitas. Seu líder é o xeque Hassan Nasrallah. -  (fonte bbc  Brasil).
O grupo surgiu com apoio financeiro do Irã no começo dos anos 1980, e começou uma campanha para expulsar tropas israelenses do Líbano.
A hostilidade em relação a Israel continuou a ser a principal plataforma do grupo mesmo depois de maio de 2000, quando as últimas tropas israelenses deixaram o Líbano, devido, em parte, ao sucesso do braço armado do Hezbollah - a Resistência Islâmica.
A popularidade do grupo chegou ao ápice nos anos 2000, mas caiu junto a libaneses pró-Ocidente quando se envolveu em uma enorme e destruidora guerra com Israel, em seguida à captura de dois soldados israelenses, em 2006.
Divisões libanesas
O Hezbollah é o grupo mais forte do bloco de oposição pró-Síria no Líbano, que se voltou contra o governo pró-Ocidente liderado por Saad Hariri.
A organização tem vários assentos no Parlamento e ministros em um governo de coalizão nacional formado no fim de 2009.
O grupo conseguiu impedir a eleição de um novo presidente, ao boicotar sessões do Parlamento repetidamente.
O impasse chegou ao fim no dia 21 de maio de 2008, quando o grupo chegou a um acordo com o governo, no qual seu poder de veto foi reconhecido.
Em janeiro de 2011, o Hezbollah e seus aliados causaram a queda do governo de coalizão libanês, ao renunciarem a seus postos.
A renúncia foi um protesto contra a investigação, feita por um tribunal apoiado pela ONU, sobre o assassinato do premiê Rafik Hariri. Estima-se que a investigação acuse integrantes do Hezbollah pelo atentado que matou Hariri em Beirute, em fevereiro de 2005.
Israel usou de forma intensa sua força militar contra o Hezbollah na guerra de 2006.
Há muito o governo dos EUA classifica o Hezbollah como um grupo terrorista, e o acusa de desestabilizar o Líbano à luz da retirada das tropas da Síria do país, em seguida ao assassinato de Hariri.
Há muito o grupo age com o beneplácito da vizinha Síria, protegendo os interesses do país no Líbano, e servindo como uma carta para Damasco em seu confronto com Israel em torno da ocupação das Colinas de Golã.
Líderes do Hezbollah continuaram a manifestar seu apoio à Síria, ressaltando sua oposição à "interferência ocidental" no Líbano como forma de tentar unificar o país.
Além de força política, o Hezbollah tem um apelo popular por fornecer serviços sociais e assistência de saúde. O grupo também tem uma influente emissora de TV, a al-Manar.
O maior teste do Hezbollah ocorreu em 2006, quando seus militantes capturaram dois soldados israelenses em um ataque além da fronteira - que deixou militares mortos.
O episódio deflagrou uma guerra de um mês com Israel, que chegou ao fim com um cessar-fogo.
Depois de sobreviver à ofensiva militar israelense, o Hezbollah declarou vitória, aumentando sua popularidade junto a muitos no mundo árabe.
Seus críticos, entretanto, o responsabilizam pela destruição que Israel causou no Líbano.
Apesar de duas resoluções da ONU conclamando ao desarmamento das milícias no Líbano, o braço militar do Hezbollah permanece intacto.
O Hezbollah foi criado em 1982 por um grupo de clérigos muçulmanos, após a invasão israelense no Líbano.
O grupo tinha um contingente de cerca de dois mil homens da Guarda Revolucionária do Irá, baseados no Vale do Bekaa, que foram enviados ao país para ajudar na resistência contra Israel.
No começo, o grupo sonhava em transformar o Líbano - onde vivem seguidores de várias religiões - em um Estado teocrático no modelo do Irã, apesar de a idéia ter sido abandonada depois, em troca de uma abordagem mais inclusiva, que sobrevive até hoje.
Em sua retórica, o partido pede a destruição do Estado de Israel e vê o país como ocupante de terra muçulmana, afirmando que não tem o direito de existir.

COMO REALISAR SONHOS ORANDO.

Realisar sonhos em oração

A Oração que Transforma Sonhos em RealidadTexto  transcrito de ;

Catherine Marshall

Uma das verdades mais estimulantes pa­ra nós, em minha opinião, é saber que cada objeto criado pelo homem, bem como a maio­ria de suas atividades, começaram com uma simples imagem mental. Minha mãe ensinou-me isto, e ao mesmo tempo demonstrou vividamente como é a oração que transforma os sonhos em realidade.Quando jovem, eu desejava ardentemente fazer um curso superior. Mas atravessáva­mos os anos da depressão econômica, e a igreja a que meu pai servia na Virgínia Ocidental tinha muitos problemas financei­ros. Eu já havia sido aceita para matrícula na Faculdade Agnes Scott, em Decatur, na Geórgia. Tinha economizado algum dinheiro de prêmios escolares. Além disso, recebera a promessa de uma bolsa de estudos para alunos que quisessem trabalhar na escola, mas ainda nos faltavam centenas de dólares.Certa noite, mamãe foi encontrar-me, dei­tada de bruços na minha cama, em prantos. Sentou-se ao meu lado para conversar comigo."Vamos orar, nós duas, por esse proble­ma", disse tranqüilamente.

Fomos para o nosso quarto de hóspedes e nos ajoelhamos junto a um velho leito doura­do de carvalho. Aquela fora a primeira cama que meus pais haviam comprado para seu lar.
"Eu sei que essa ideia de você ir para a faculdade está certa", disse mamãe. 
"Creio também que foi Deus quem colocou esse sonho em sua cabeça. 
Portanto, vamos pedir-lhe para nos dizer o que é que podemos fazer para que o sonho se transforme em realida­de."
Durante aqueles instantes de calma que passamos naquele aposento, senti nova con­fiança e uma forte determinação surgirem dentro de mim. 
Minha mãe tinha uma fé contagiante. 
A resposta viria. Como, não sabíamos.
Continuei a fazer os preparativos para ingressar na Faculdade Agnes Scott.
 Pouco tempo depois, mamãe recebeu um ofereci­mento de um departamento cultural do go­verno para que escrevesse a história de nossa comarca. 
O dinheiro que ela ganhou foi suficiente para pagar a maior parte de minhas despesas com a faculdade.
Houve um outro exemplo mais dramático de como mamãe aplicava a oração para a realização de sonhos. 
Foi o caso de Raymond Thomas, um rapaz de "Radical Hill", o bair­ro mais pobre da cidade. 
Além de pobre, ele fora criado por uma família do lugar, e nem sabia quem eram seus pais.
Aquele moço era tão pobre que não tinha um terno. 
Todas as vezes que vinha conversar com minha mãe, trajava macacão de trabalho e calçava botinas de cano alto; porém andava sempre impecavelmente lim­po.
 Nos dias quentes de verão, ele se postava no degrau superior da escadinha de nossa varanda ensombrada, e conversava... con­versava... conversava... enquanto mamãe se embalava numa cadeira de balanço, debulhando ervilhas, ou tirando a linha das va­gens, ou remendando meias. 
Em pouco tem­po, mamãe percebeu nele uma energia ilimi­tada e uma grande capacidade mental.

Certa tarde, ele deixou entrever o mesmo anseio interior que eu tivera — cursar uma escola superior. Logo que seu sonho se reve­lou diante deles, brilhante e claro, mamãe ficou encantada de ver a expressão de anelo, que se estampava nos olhos castanhos de Ray, transformar-se na chama da esperança.
"Mas como vou conseguir isto?"
___ pergun­tou o rapaz. 
"Não disponho de recursos eco­nomicos, nem vejo perspectivas de arranjar dinheiro."
Mamãe percebeu que, com Ray, a oração do sonho deveria ser mais abrangente, in­cluindo, além do curso superior, toda uma nova filosofia de vida.
"Raymond, qualquer que seja a sua ne­cessidade, Deus já possui os recursos prepa­rados para você, conquanto que você esteja pronto para recebê-los. E nossa pátria ainda é a terra da oportunidade, Raymond. 
Aqui, o céu é o limite. 
Haverá dinheiro para todo e qualquer sonho que você tiver e que for certo para você, para cada sonho pelo qual você estiver disposto a lutar."
Para uma esposa de pastor que dispunha de parcos recursos, esta maneira de pensar era um tanto audaciosa. 
Mas mamãe cria nisso, e já o provara muitas vezes. 
E aquelas verdades começaram a criar raízes na vida de Raymond.
Afinal, chegou o dia em que Ray aceitou o pensamento dela sem reservas, e mamãe pôde levá-lo a fazer a oração que transforma os sonhos em realidade. 
Depois de tê-la ouvi­do orar por mim naquela situação, posso bem imaginar como foi sua oração por ele.
"Senhor, tu concedeste a Ray uma mente privilegiada. 
Cremos ser a tua vontade que ela seja desenvolvida e que desejas usar os potenciais de Raymond para iluminar alguma região deste teu mundo. 
E como toda a rique­za que há na terra é tua, por favor, ajude o Raymond, para que ele encontre tudo de que necessita para fazer esses cursos.
"Pai, cremos também que tu tens projetos maiores para ele. Coloque em sua mente e coração imagens vividas e sonhos específicos a respeito das atividades que desejas que ele exerça após a faculdade.
 E também, Senhor, dá-lhe a alegria de sonhar .
— uma grande alegria."
E assim, com a carteira vazia, mas muita fé em seu sonho, Raymond Thomas embarcou em um ônibus com direção à faculdade. Se eu fosse relatar aqui como foi que ele conseguiu tudo de que precisava, iria alongar demasia­damente esta história. 
Mamãe arranjou uma senhora que emprestou parte do dinheiro para ele. Escreveu-lhe cartas de encoraja­mento e orou muito por ele.
 Ray se dispôs a aceitar responsabilidades e tomou a iniciati­va de conseguir trabalho. Durante os quatro anos do curso, ele trabalhou em doze empre­gos, manobrando o tempo e o dinheiro: tantas horas de aulas, tantas para estudo, igreja, lazer, etc.
 Mamãe ficou imensamente feliz e orgulhosa no dia em que Ray recebeu seu diploma de Bacharel em Ciências, com distin­ção.
Durante a Segunda Grande Guerra e nos anos que se seguiram, não mantivemos ne­nhum contato com Raymond, mas soubemos que ele fixara residência em Viena, na Áus­tria. 
Nos meados de julho de 1958, quando me preparava para fazer uma viagem à Europa, escrevi a Ray.
Quando cheguei em Roma, encontrei ali uma carta dele, à minha espera.
 "Preparei-lhe uma surpresa. Entrei em contato com a Reverenda Fabrica di San Pietro, e eles irão procurá-la. 
A questão é a seguinte: somente eles podem conce­der-lhe permissão para ver o que, a meu ver, é o ponto alto de Roma — as esca­vações da rua de túmulos, datando de mil e seiscentos anos atrás, que se a­cham sob o Altar Mor da basílica de São Pedro. 
Há dois anos atrás, visitei o local, canto por canto..."
 Depois foi em Florença; logo que me regis­trei no hotel, o encarregado da recepção entregou-me uma carta de Ray.
 "Quando visitar a cúpula do Duomo, lembre-se de que Brunelleschi levou quatorze anos para construí-la. No in­verno passado, subi à última sacada e dei a volta ao redor da cúpula..."
 A esta altura eu já ardia de curiosidade para saber mais coisas a respeito de Ray. 
O homem que escrevera aquelas cartas não parecia ter qualquer semelhança com o ra­paz lá do Radical Hill. Estava claro que ele conhecia a Europa como poucos americanos. Aquele vigor e aquele gosto pela vida que se espelhavam em suas cartas intrigavam-me.
E as cartas continuavam a chegar.
 Em Veneza  "Escrevi a um amigo da vidraçaria Salviati, e pedi-lhe que enviasse uma gôn­dola para buscá-la. Você precisa ver os sopradores de vidro trabalhando."
 E em Bad Gastein:
 "Creio que vai achar o lugar meio agres­te. Eu esquiei numa colina próximo daí."
 Em Viena, ele foi esperar-me no aeropor­to, levando-me flores.
 "As flores e a música são parte da vida de Viena", explicou. "Aqui sempre leva­mos flores para uma anfitriã, mesmo que se tenha sido convidado para um simples jantar."
 E mais tarde, quando saboreávamos sacher torte e café, ele passou a responder às minhas perguntas.
 "O fato de eu ter-me sentado na escada de sua casa e, sem ter dinheiro algum, ter sonhado com um curso superior, e ter conseguido realizar o sonho, ensi­nou-me uma coisa. Para simplificar, o que sua mãe disse era verdade; qual­quer sonho certo pode se tornar reali­dade. 
Os recursos materiais realmente estão à disposição de quem quiser so­nhar. 
A oração nos ajuda a descobrir se o sonho é certo, e ainda nos dá a força para persistir."
 Depois ele descreveu os anos de guerra: fora um dos poucos sobreviventes de um des­tróier torpedeado. Durante a convalescença, fizera projetos para o resto da vida.
 "Eu queria ser uma espécie de cidadão do mundo, para poder servir a meu país em tempos de paz. 
Queria viajar muito, falar vários idiomas muito bem, e ter um grau de doutorado."
 "É interessante notar como você tinha projetos tão específicos", comentei.
Ray sorveu o café devagarinho, parecen­do imerso em suas recordações, olhando para fora, pela janela.
 "Este processo de fazer projetos só fun­ciona se eles forem bem específicos. Isto acontece porque grande parte da ener­gia necessária para que o sonho se rea­lize deriva justamente do quadro mental que formamos. E para criar esse quadro mental, é preciso que tenhamos idéias bem claras e precisas."
 Depois, ele passou a falar-me de seus so­nhos que já haviam-se tornado realidade: viajara por sessenta países, conseguira o doutorado em Física, pela Universidade de Viena, o que significava perfeito domínio da língua alemã. Falava também espanhol, um pouco de francês e de italiano, holandês, sueco e um pouquinho de russo. Ele serve à sua pátria como funcionário do Projeto de Energia Atômica dos Estados Unidos, na Eu­ropa.
Uma história como a de Ray mostra a íntima relação que existe entre o sonho cons­trutivo e a oração. Pois, de certo modo, este tipo de sonho é uma oração. Certamente que é a vontade do Criador que os desejos e talentos que ele mesmo colocou em nós sejam concretizados. Deus está muito interessado em ver materializar-se a grande personalida­de que ele enxerga em cada um de nós. Ele quer que nos conscientizemos dos alvos que ele tem para nós. Pois é nisso exatamente que consiste a oração: os homens operando em união com Deus para trazer do céu os planos maravilhosos que ele tem para nós.
Mas, infelizmente, muitas vezes, não nos apercebemos desses planos, porque, devido a uma circunstância qualquer, nossa capa­cidade de sonhar se atrofiou, provocando em nós um complexo de pobreza. A primeira vez que notei isso foi em contato com uma ex-cole­ga de faculdade, que sofrera muito por causa da infância pobre que tivera. Dot era incapaz de visualizar seus interesses no campo voca­cional.
Entretanto, ela fora para Washington cheia de ideais com relação a um cargo público.
"Eu não quero um cargo qualquer", expli­cou-me pouco depois que ali chegara. "Eu aceito a idéia de que Deus tem um plano para a minha vida, mas acontece que eu ainda não descobri qual é. Então como é que vou orar com relação a esse problema de trabalho?"
"Qual seria a ocupação que lhe daria mais satisfação?" perguntei-lhe. "Geralmen­te, isso é um bom ponto de partida para se saber o que fazer."
Minha amiga olhou-me ligeiramente es­pantada, e abanou a cabeça.
"Você nunca sonha?" insisti. "Não existe alguma coisa que você sempre quis ser?"
"Não. Nada."
Esta jovem não tinha aspirações porque, durante os anos de sua vida em que a mãe passara por dificuldades financeiras, ela en­sinara à filha que quem não alimenta muitas esperanças nunca sofre muitas desilusões. Na realidade, isto nada mais era que uma excelente preparação para esperar pobreza. Infelizmente, minha amiga acabou ficando num serviço de arquivista pública, um tra­balho rotineiro, em que ela empregava ape­nas uma fração de suas muitas habilidades.
Hoje sei que existe uma saída para essa situação. Quando descobrimos que existem áreas afetadas em nosso subconsciente, po­demos apelar para o poder do Espírito Santo. Ele pode voltar conosco ao passado e extir­par todo o veneno, aplanar os terrenos aci­dentados, e criar uma estrada para Deus, a fim de que ele possa penetrar triunfantemen­te em nosso presente com a execução de seu plano para nossa vida, um plano muitas vezes quase esquecido e já em atraso.
Não há limites para o que essa associação de sonhos e oração pode realizar. Eu já tenho visto resultados admiráveis em diversos tipos de experiência, como: encontrar o cônjuge certo, ou o emprego mais conveniente, en­contrar a casa ideal, saber conduzir a cria­ção dos filhos, e na formação de uma empre­sa.
Fiquei conhecendo a história da Olivetti anos atrás, quando visitei as belíssimas ins­talações da sua fábrica de máquinas de escrever e equipamentos de escritório em Ivrea, no norte da Itália, uma região cercada pelos Alpes. Ali eu vi 22 hectares de terreno, belo projeto de paisagismo, com uma boa enfermaria para os funcionários, uma biblio­teca, fileiras de blocos de apartamentos pin­tados em cores claras. A empresa é notável não somente pelo seu alcance internacional, mas também pela assistência que dá aos empregados. Fiquei encantada ao descobrir que tudo aquilo nascera de um sonho...
Anos atrás, um jovem italiano que visita­va a fábrica da Underwood, em Hartford, nos Estados Unidos, deixara-se ficar no pátio da empresa olhando aqueles edifícios de tijo­los vermelhos. Um passante que visse o rapaz assim absorto teria se admirado com isso, pois não havia nada de extraordinário na­quelas instalações imensas que ele contem­plava tão atentamente: eram exatamente iguais a outros prédios de fábricas da região.
Entretanto, para Adriano Olivetti, aque­les prédios representavam o sonho de uma vida. Naquela época, Underwood era o maior nome em máquinas de escrever. Algum dia, jurou, ele possuiria uma empresa como aque­la, e o nome Olivetti teria o mesmo significa­do de qualidade que esse outro. Ao procurar fixar em seu coração e mente os edifícios que tinha diante de si, ele criava uma imagem mental que serviria de alvo para suas ora­ções.
Trinta e quatro anos depois, Adriano voltou aos Estados Unidos como Presidente da Ing. C. Olivetti & Co. Dali telefonou para um colega seu na Itália, a fim de dar-lhe a boa notícia: "Acabo de comprar uma coi­sa..." e neste ponto sua voz se embargou pela emoção, "... comprei a Companhia Underwood."
Oito milhões e setecentos mil dólares ha­viam passado de uma mão para outra. Com a aquisição do controle da velha companhia americana, Adriano Olivetti realizava um sonho que nascera havia trinta e quatro anos.
Existem pessoas que fariam objeções a esta oração que transforma os sonhos em realidade, porque têm dúvidas quanto à vali­dade de orarmos pelas necessidades mate­riais, como: o vestuário, o pão, uma pesca­ria, ou — para usarmos situações mais atuais — uma vaga para se estacionar o carro. Com toda a razão indagam: "Será que não é errado tentar utilizar o poder de Deus e os princípios espirituais para alcançarmos nossos objetivos pessoais?"
Ambas as perguntas são muito válidas e precisam ser respondidas. 
Quanto à questão de Deus querer que incluamos em nossas orações petições a respeito das coisas mate­riais, certamente Cristo estava
 interessado tanto nas necessidades materiais do homem quanto em sua alma. Ele se interessava por suas enfermidades e sua fome física. O cristianismo é uma das poucas religiões do mun­do que consideram as coisas materiais como sendo verdadeiras e importantes — tão ver­dadeiras que Cristo teve que morrer num corpo de verdade, numa cruz de verdade.
E quanto ao perigo de nossos sonhos serem resultado de nossa vontade humana e egoística, existem testes para verificarmos isto. Somente depois que nossas aspirações são aprovadas nesses testes — e assim, antes de orarmos, estivermos certos de que o anseio de nosso coração é também o de Deus — só então a oração que realiza os sonhos poderá ser feita com fé e, portanto, com poder.
Comecemos por reconhecer que as leis de Deus estão em operação em nosso univer­so, quer as aceitemos ou não. E nós temos que operar em harmonia com elas, e não desafiá-las. Por exemplo, façamos a nós mes­mos as seguintes perguntas:
 Será que a concretização desse sonho irá preencher os talentos, tempera­mento e tendências emocionais com que Deus dotou meu ser?
 Esta pergunta não é muito fácil de se responder. Ela exige bom conhecimento pró­prio, conhecimento da nossa verdadeira per­sonalidade, o que poucos de nós possuem.
  Será que meu sonho implicará em usurpar alguma coisa ou em prejudi­car alguma pessoa? Será que sua rea­lização vai magoar alguém? 
Se assim for, podemos estar quase certos de que essa aspiração não é a vontade de Deus para nós.
  Será que estou disposto a acertar meu relacionamento com outras pessoas? Se tenho ressentimentos, animosidades, amarguras — justificáveis ou não — esses sentimentos negativos e errô­neos nos separam de Deus, que é a fonte de toda a criatividade. 
Além disso, nenhum sonho pode ser reali­zado onde não haja bom   relaciona­mento humano.
 Basta um relaciona­mento errado para obstruir o canal de comunicação da oração.
    Eu desejo a realização desse sonho de todo o coração? Eles geralmente não frutificam numa personalidade dividi­da; somente um coração inteiramente dedicado a ele estará disposto a fazer integralmente a sua parte para a con­cretização da aspiração.
 Será que estou disposto a esperar pa­cientemente o tempo determinado por Deus?        
 Minhas aspirações são elevadas? Quanto mais elevado for o sonho, maior o número de pessoas que se beneficia­rão com a sua realização, e maior a possibilidade de ter-se originado nos infinitos desígnios divinos.
 Se o desejo do seu coração foi aprovado nesses testes, então só lhe falta agora dar o passo final e necessário para a oração que transforma os sonhos em realidade. Entregue o seu sonho a Deus, e deixe-o aos seus cuidados. Parece haver períodos quando o sonho é como uma semente que deve ser plantada na terra escura e deixada ali para germinar. Mas isto não significará passivida­de de nossa parte. Há muitas coisas que podemos fazer 
— fertilizá-la, irrigá-la, roçar o mato — e que implicam em muito trabalho e autodisciplina.
Mas o crescimento daquela semente, a­quela misteriosa e irreprimível germinação de vida nos recônditos da terra, em segredo, isso é a parte de Deus no processo. Nós não podemos ficar escavando o solo, a cada momento para examinar como vai indo o progresso do sonho.

AS 95 TESES DE Martin Luther

AS 95 TESES DE  Martin Luther


1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6. O papa não tem o poder de perdoar culpa a não ser declarando ou confirmando que ela foi perdoada por Deus; ou, certamente, perdoados os casos que lhe são reservados.
Se ele deixasse de observar essas limitações, a culpa permaneceria.
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11. Essa cizânia de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais quanto menor for o amor.
15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17. Parece necessário, para as almas no purgatório, que o horror devesse diminuir à medida que o amor crescesse.
18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontrem fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza disso.
20. Portanto, por remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando do purgatório para o céu.
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas, como na história contada a respeito de São Severino e São Pascoal?
30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Ele.
34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35. Os que ensinam que a contrição não é necessária para obter redenção ou indulgência, estão pregando doutrinasincompatíveis com o cristão.
36. Qualquer cristão que está verdadeiramente contrito tem remissão plena tanto da pena como da culpa, que são suas dívidas, mesmo sem uma carta de
indulgência.
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, participa de todos os benefícios de Cristo e da Igreja, que são dons de Deus,
mesmo sem carta de indulgência.
38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.
.39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar simultaneamente perante o povo a liberalidade de indulgências e a verdadeira contrição.
40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou
pelo menos dá ocasião para tanto.
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis
às demais boas obras do amor.
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser
comparada com as obras de misericórdia.
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem
indulgências.
44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se
torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as
indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa
e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao conceder perdões, o papa tem mais desejo (assim como tem mais necessidade) de
oração devota em seu favor do que do dinheiro que se está pronto a pagar.
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém,
extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a
Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem
alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a
Basílica de S. Pedro.
52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa
desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas
demais igrejas.
54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55. A atitude do Papa necessariamente é: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma
procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com
uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem
conhecidos entre o povo de Cristo.
57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente,
mas apenas os ajuntam.
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano
exterior.
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua
época.
60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem estes
tesouros.
61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos especiais, o poder do papa por si só é suficiente.
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63. Mas este tesouro é certamente o mais odiado, pois faz com que os primeiros sejam os últimos.
64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é certamente o mais benquisto, pois faz dos últimos os primeiros.
65. Portanto, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tais,
na medida em que dão boa renda.
68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade da cruz.
69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários
de indulgências apostólicas.
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios
sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos
pelo papa.
71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.
75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse
violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados venais no que se refere
à sua culpa.
77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.
78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as
graças da administração (ou da cura), etc.,como está escrito em I.Coríntios XII.
79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insigneamente erguida, eqüivale à cruz de Cristo.
80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes sermões sejam difundidos entre o povo.
81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa
contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.
82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas – o que
seria a mais justa de todas as causas –, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a
construção da basílica – que é uma causa tão
insignificante?
83. Do mesmo modo:
 Por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em
favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84. Do mesmo modo:
Que nova piedade de Deus e do papa é essa que, por causa do dinheiro, permite ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, mas não
a redime por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta por amor gratuito?
85. Do mesmo modo: Por que os cânones penitenciais – de fato e por desuso já há muito revogados e mortos – ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de
indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio
dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos
pobres fiéis?
87. Do mesmo modo: O que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à plena
remissão e participação?
88. Do mesmo modo: Que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da
mesma forma concedesse essas remissões e participações cem vezes ao dia a qualquer
dos fiéis?
89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do que o dinheiro, por que suspende as cartas e
indulgências, outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos
inimigos e fazer os cristãos infelizes.
91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções
poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92. Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!
93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!
94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno.
95. E que confiem entrar no céu antes passando por muitas tribulações do que por meio da confiança da paz.
Martinho Lutero[1517 A.D.]

OS 500 ANOS DA REFORMA.


COMO DEUS SE REVELA?

Como DEUS se revela

Atributo é uma característica essencial de um ser, aquilo  que lhe é
próprio.
Os atributos de Deus são singulares e perfeitos. Só Ele os têm de modo absoluto.
2.1. Deus é vivo! 2.1.1. "Ele mesmo é o Deus vivo" (Jr   10.10)
A  vida  é  uma  expressão  de  existência,  seja  terrestre  ou  eterna...
Quem  tem  vida,  tem  condições  de  se  comunicar  com  outros  que  têm vida. Enquanto os "deuses" feitos por mão dos homens "têm boca, mas não  falam;  têm  olhos,  mas  não  vêem;  têm  ouvidos,  mas  não  ouvem; nariz tem, mas não cheiram." (Sl  115.4-8).
 "Mas o nosso Deus está nos céus  e  faz  tudo  o  que  lhe  apraz"  (SI  115.3).  Por  isso,  os  homens  são convidados  pelo  Evangelho  a  se  converterem  dos  ídolos  para  o  Deus vivo  e  verdadeiro  (cf.  1  Ts  1.9;  At  14.15). 
E  os  que  assim  fazem pertencem à Igreja do "Deus vivente" (cf. 2 Co 6.16).
2.1.2.  Deus é  também a fonte da vida.
Ele  tem  a  vida  em  si  mesmo  (cf.  Jo  5.26),  e  "dá  a  todos  a  vida,  a respiração e todas as coisas" (At 17.25) no sentido terrestre. "E a todos que  o  conhecerem  por  único  Deus  verdadeiro  e  a  Jesus  Cristo  a  quem ele enviou, Ele dá a vida eterna" (cf. Jo 17.3; 1 Jo 5.20). E essa vida é a luz do mundo (cf. Jo 1.4).
2.2. Deus tem personalidade"Personalidade  e  o  con junto  de  características  cognitivas,  afetivas,volitivas  e físicas de um indivíduo,  distinguindo-o  de outro indivíduo e da vida animal".
A  Bíblia  fala  da  "pessoa  de  Deus".  Retrata  Jesus  como  "sendo  o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa [ Deus]" (cf. Hb 1.3; Jó 13.8).
Enquanto  várias  filosofias  agnósticas  —  entre  elas  p  panteísmo  —afirmam  que  Deus  é  somente  uma  "força  Impessoal"  ou  que  "Deus  é  a natureza" e se identifica com a sua criação, isto é, onde está  à  criação,
aí está Deus, a Bíblia revela Deus como  uma Pessoa divina que possui
todas as características de uma individualidade.
Se  Deus  não  tivesse  personalidade  com  a  qual  pudesse  comunicarse,  os  homens  não  teriam  jamais  a  sua  sede  do  Deus  vivo  saciada  (Sl 42.2), porque jamais entrariam em contato com Ele.
 Mas o nosso Deus  é vivo e tem personalidade.2.2.1 Jesus  revela o  Pai Jesus veio revelar aos homens o Pai (cf. Lc 10.22) e fazê-lo conhecido (cf.  Jo  1.14).  Vejamos  alguma  coisa  que  Jesus  revelou  a  respeito  da
personalidade de seu Pai.
•  Jesus  falou  de  Deus  muitas  vezes  como  sendo  o  seu  Pai:  Ele  disse:  "Meu  Pai  e  vosso  Pai"  (Jo  20.17).  Foi  Jesus  que  nos  ensinou  a orar: "Pai nosso" (Mt 6.9).
Quem é Pai possui uma personalidade.
 Jesus  usou,  quando  centenas  de  vezes  falou  de  seu  Pai,  um pronome  pessoal:  Ele  disse: 
"E  todas  as  minhas  coisas  são  tuas,  e  as  tuas  coisas  são  minhas.  ...Vou  para  ti"  (Jo  17.10,11).
 O  uso  de  pronomes pessoais subentende a sua personalidade. Jesus falou de atividades de seu Pai que só são atribuídas a uma pessoa:
 Ele  disse:  "Meu  Pai  trabalha"  (Jo  5.17);  "o  Pai  ama"  (Jo  3.35);  "a obra de Deus é esta: que creiais naquele que ele enviou" (Jo 6.29);
"o Pai  ama  o  Filho  e  mostra-lhe  tudo  o  que  faz"  (Jo  5.20). 
Falou  da  vontade de seu Pai (cf. Jo 6.39,40), expressão que só se atribui  a uma pessoa. Assim, necessariamente, Ele é uma Pessoa.
Jesus disse: "Meu  Pai é o lavrador" (Jo 15.1), nome que só é atribuído a uma pessoa com
personalidade. 2.2.2.
A personalidade revelada Deus falou muitas vezes de si mesmo, usando vários nomes, que por  si  revelam  a  sua  perfeita  personalidade.  Quando  Moisés  questionou sobre  qual  seria  o  seu  nome,  Deus  respondeu-lhe:  "EU  SOU  O  QUE SOU.
 Disse mais: Assim  dirás  aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a  vós" (Êx 3.14).
 É impossível imaginar uma expressão mais forte de uma  personalidade do que essa! 2.3.  Deus é eterno
"Mas  o  Senhor  Deus  é  a  verdade;  ele  mesmo  é  o  Deus  vivo  e  o  Rei eterno"  (Jr  10.10).  Em  Romanos  16.26,  lemos  a  respeito  do  "Deus eterno". Abraão plantou um bosque em Berseba e invocou lá o nome do Senhor  —  Deus  eterno  (cf.  Gn  21.33). 
Quando  Moisés,  despedindo-se,  abençoou  as  tribos  de  Israel,  usou  o  nome  de  "Deus  eterno"  (cf.  Dt 33.27).
2.3.1.
 Deus é inalterável.
Eternidade  é  o  infinito  quando  aplicado  ao  tempo.  Deus  não  tem início. "De eternidade a eternidade, tu  és  Deus" (Sl 90.2; 1 Cr 29.10; Hc 1.12). 
Ele  tem  auto-existência  um  atributo  do  eterno  Deus.  Não  deve  sua  existência   ninguém,  porque  Ele  é  o  princípio  e  o  fim,  0  Alfa  e  o  Ômega  (Cf.  Ap  1.8;  Is  44.6).  Ele  é  Jeová  (nome  usado  6.437  vezes)  "a eterna auto-existência do único Deus"2.3.2. 
Deus não está sujeito ao tempo Para Ele o passado, o presente e o futuro são um eterno presente.
O  domínio e o poder pertencem ao único Deus, "antes de todos os séculos,  agora  e  para  todo  o  sempre"  (cf.  Jd  25).  Por  isso  é  "que  um  dia  para  o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2 Pd 3.8).
Os anos  de  Deus  nunca  terão  fim  (cf.  Sl  102.27).
 Ele  é  o  Rei  dos  séculos  (cf.  1Tm 1.17). Deus  habita  na  eternidade  (cf.  Is  57.15)  e  o  seu  trono  é  desde  a eternidade (cf. SI92.2).
O eterno Deus não  se cansa (cf.  Is  40.28).
Este eterno Deus é o nosso Deus.2.3.3.
Deus é imortal (cf. 1   Tm   1.17; 6.16).
É  por  isso  que  Ele  pode  ser  eterno.  Ele  permanece  para  sempre (cf.  SI  102.12). 
Os  sacerdotes  fora   impedidos  pela  morte  de permanecer  no  seu  serviço  (cf.  Hb  7.23),  mas  Deus  é  para  sempre. 
Os deuses  deste  mundo  tiveram  um  princípio  e  um  fim,  mas  Deus  é imortal — Ele é para sempre.
2.3.4. Deus  é  imutável  (cf.  SI  102.2 7:  Ml  3.6:  Tg  1.17;  Hb
1.12; 6.17,18)
O  Senhor  é  o  mesmo  (cf.  Hb  13.8).  Nunca  pode  mudar.  Deus  não pode  melhorar,  porque  sempre  foi  perfeito. 
Ele  jamais  pode  tomar atitudes que não se harmonizem com a sua perfeita personalidade.
Ele não pode negar a si mesmo (cf. 2 Tm 2.13).
2.4.  Deus é espírito.
Jesus  veio  para  revelar  Deus  aos  homens,  afirmando  que  Ele  é espírito  (cf.  Jo  4.23).  Não  disse:  Deus  é  "um  espírito",  mas  "espírito".
Que significa isso?
2.4.1. A essência.Sendo Deus espírito, Ele não tem um corpo  de substância material, com  sangue,  carne  etc.  Ele  tem  um  corpo  espiritual  (cf.  1  Co  15.44).
Embora o corpo espiritual tenha forma, porque Jesus veio em "forma de Deus" (cf. Fp 2.6) e foi  à  expressa imagem da sua pessoa (cf. Hb 1.3; 2 Co 4.4; Cl 1.15), não podemos imaginar qual seja esta forma!
 Embora a Bíblia fale do rosto de Deus (cf. Êx 33.20) e de sua boca (cf. Nm 12.8) e de  seus  lábios  (cf.  Is  30.27),  olhos  (cf.  Sl  11.4  e  18.24),  ouvidos  (cf.  Is59.1), mãos e dedos (cf. SI 8.3-6), pés (cf. Ez 1.27) etc, não devemos por isso  procurar  materializar  Deus  e  em  nossa  mente  criar  uma  imagem divina correspondente a essas expressões, comparando-a com um corpo
humano! 
A  Bíblia  diz  que  nós  não  devemos  nos  preocupar  se  a divindade  deve  possuir  a  forma  que  lhe  é  dada  pela  imaginação  dos homens  (cf.  At  17.29). 
É  por  isso  que  Deus  adverte:  "Para  que  não  vos  corrompais e vos laçais  alguma escultura, semelhança de imagem, figura de macho ou de fêmea" (Dt 4.16).  Essa tentação provém do desejo de  procurar materializar Deus.
Deus  é  espírito  e  a  sua  natureza  é  essencialmente  espiritual.  Ele jamais  está  sujeito  à  matéria.  Nós  também  não  devemos  procurar chegar  a  alguma  imagem  ou  visão  física  de  Deus,  mas  esperar  aquele
grande dia quando nós o veremos como Ele é (1 Jo 3.2; 1 Co 13.12).
2.4.2.  Deus  é incomensurável.
Incomensurabilidade é o infinito quando aplicado ao espaço. Assim como  é  impossível  imaginar  a  forma  de  Deus,  também  é  impossível
medir,  pesar  ou  fazer  algum  cálculo  a  respeito  de  Deus.  Não  existe números  ou  expressões  que  possam  nos  fazer  compreender  Deus  (Sl 71.15,  40.5  e  139.6,17,18).  Medida  nenhuma  pode  dar  uma  ideia  da
sua grandeza  (Jó  11.9; 1 Rs 8.27).
 Nenhum cálculo de peso pode fazernos  compreender  o  seu  "peso  de  glória"  (2  Co  4.17).  Deus  é  espírito,  e na sua imensidade não está sujeito ao espaço.
2.4.3.  Deus é invisível (cf.  Rm 1.20; Cl 1. 15)
Sendo Deus espírito, a matéria não pode vê-lo. Isto não impede que Ele esteja presente no meio do seu povo. Não somente Noé (Gn 5.29) ou
Enoque  (Gn 5.24) andavam com o Deus invisível. É o privilégio de cada crente (Cl 2.6; 1 Ts 4.1), "Porque andamos por fé e não por vista" (2 Co 5.7).
2.5.   Deus é uma triunidade;
Esta é uma das grandes doutrinas da Bíblia. A palavra "triunidade" ou "Trindade"  não existe na Bíblia, mas  a verdade sobre o único Deus,
que é o Pai, ó Filho e o Espírito, se encontra em toda a Escritura, desde os  primeiros  versículos  (Gn  1.1-3)  até  o  último  capítulo  (Ap  22.3,17).
Nos  últimos  tempos  surgirão  falsos  ensinamentos  que  negarão  essa doutrina (cf. 1 Jo 2.18-23), motivo porque devemos conhecer bem o que
a Bíblia ensina sobre isso.
2.5.1.  A Bíblia afirma que há um só Deus . A Bíblia fala que "O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor" (Dt 6.4).
Jesus disse:
"Deus é o único Senhor" (Mc 12.29).
 A doutrina monoteísta(crença em um só Deus) é intocável na Bíblia.
Aparece como o primeiro  mandamento  da  Lei  (Êx  20.2,3).  Existem  muitos  deuses  e  muitos  senhores,  mas  um  só  Deus  (cf.  1  Co  8.5,6). 
A  Bíblia  usa,  em  Gênesis  1.1 e em mais 2.700 outras passagens, a palavra Elohim para expressar
Deus.
Elohim  é um substantivo na forma plural, isto é, que inclui uma  pluralidade  de  personalidades  em  uma  só  pessoa.  Também  a  palavra
"único",  ligada  a  Deus  (Dt  6.4),  vem  da  palavra  hebraica  achad,  que  indica uma  unidade composta (quando essa palavra é usada no sentido absoluto, é empregada a palavra  yacheed). 
Quando Deus fala de si, em  várias  ocasiões,  usa  a  forma  plural.  "Façamos  o  homem"  (Gn  1.26);
"Eia, desçamos" (Gn 11.7); "Quem há de ir por nós?" (Is 6.8).
2.5.2.  Três Pessoas na Bíblia são chamadas de "Deus"Três  Pessoas  são  chamadas  "Deus":  o  Pai  é  chamado  Deus  (1  Co
8.6;  Ef.  4.6);  o  Filho  (1  Jo  5.20;  Is  9.6;  Hb  1.8);  o  Espírito  Santo  (At 5.3,4).  Para  todos  três  são  usados  pronomes  pessoais:  para  Deus  Pai (cf. Is 44.6), para Deus Filho (cf. Mc 9.7) e para Deus Espírito Santo (cf. Jo  16.13).
 Os  três  são  mencionados  em  João  14.16.
 A  todos  três  são  atribuídas  características  que  só  pessoas  podem  ter.  Os  três  falam,
amam,  sentem,  chamam,  ouvem  etc.  A  todos  três  são  dados  atributos

COMO PREGAR PARA CRIANÇAS

Evangelizando crianças

"Cuide dos meus cordeirinhos"
Nem os melhores da igreja são bons demais para esta obra.
Não pense que, por você já ter outro trabalho para fazer, não deva se interessar por esta espécie de trabalho santo; ao contrário, com toda bondade, de acordo com suas possibilidades, disponha-se a ajudar os pequeninos e alegrar aqueles que têm o chamado para cuidar deles.
Para todos nós vem a mensagem:
"Cuide de meus cordeiros" (nvi), "Apascente os meus cordeiros" (ara).
 Para o pastor e para todas as pessoas que conheçam as coisas de Deus, é dada a comissão.
Cuide bem das crianças que estão em Cristo Jesus. Pedro era um líder entre os crentes, contudo, ele devia alimentar os cordeiros.
Os cordeiros são os mais novos do rebanho.
 Por isso, devemos cuidar de modo especial daqueles que são novos na graça.
Podem ser velhos em idade, mas ainda assim serem bebês na graça quanto à idade de sua vida espiritual, e por isso precisarem da tutela de um bom pastor.
Assim que uma pessoa é convertida e acrescentada à igreja, ela deve tornar-se alvo do cuidado e da bondade de seus irmãos na fé.
Ela acabou de chegar entre nós e não tem amigos conhecidos entre os santos, portanto, devemos ser amigáveis com essa pessoa.
Mesmo que seja para deixar nossos amigos mais antigos, precisamos ser bondosos para com aqueles que são recém-escapados do mundo, e que vieram encontrar refúgio no Todo-Poderoso e no seu povo.
Vigie com cuidado incessante por esses bebês recém-nascidos que são fortes em desejos, mas em nada além disso.
Eles acabam de sair das trevas, estão engatinhando, e seus olhos quase não agüentam a luz; sejamos sombra para eles até se acostumarem com a intensa claridade diurna do evangelho.
Entregue-se, "vicie-se", no trabalho santo de cuidar dos fracos e abatidos.
 O próprio Pedro naquela manhã deve ter se sentido como um recruta, pois, em certo sentido, ele havia dado fim à sua vida cristã ao negar sua fé diante de seu Senhor e seus irmãos; e, por isso, porque foi levado dessa forma a se simpatizar com recrutas, ele foi comissionado para agir como um guardião deles.
 Os novos convertidos são tímidos demais para pedir a nossa ajuda; por isso mesmo eles nos são apresentados pelo nosso Senhor que, com uma palavra enfática de comando, diz: "Cuide dos meus cordeiros." E esta será a nossa recompensa: "O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram".
Por mais novo que um crente seja,ele deve fazer uma confissão aberta, uma confissão pública da sua fé e ser arrebanhado para fazer parte do rebanho completo de Cristo.
Não estamos entre aqueles que desconfiam da piedade jovem.
Jamais podemos duvidar daqueles que se arrependem enquanto têm pouca idade tanto quanto daqueles que se arrependeram tarde na vida.
Dos dois, achamos estes últimos mais para serem questionados do que os primeiros: pois é maior a probabilidade que o medo egoísta de castigo e o temor da morte produzam uma fé falsa do que a mera infantilidade.
Quanta coisa a criança deixou de ver que poderia tê-la estragado!
 Quanto ela não conhece que, se Deus quiser, esperamos que ela nunca conheça!
Ah, quanto há de brilho e confiança em crianças quando convertidas a Deus que não é visto em convertidos mais velhos!
Nosso Senhor Jesus era profundamente solidário com as crianças, e pouco se parece com Cristo quem as olha como sendo um estorvo no mundo, e quem as trata como se fossem pequenos enganadores ou tolos e simplórios.
Você que leciona em nossas escolas tem esse privilégio alegre de descobrir onde estão os cordeiros verdadeiros que realmente são os cordeiros do rebanho de Cristo — e é para você que ele diz: "Cuide dos meus cordeiros"; isto é, dê instrução àqueles que são verdadeiramente cheios de graça, mas novos na idade.
É significativo que o verbo usado aqui para "cuide de meus cordeiros" é muito diferente do usado no preceito "cuide de minhas ovelhas".
Não vou preocupá-los com palavras gregas, mas no segundo caso "cuidar" significa exercer o ofício de um pastor, governar, regulamentar, dirigir, orientar, fazer tudo que um pastor tem de fazer com um rebanho; mas no primeiro caso, cuidar não tem todos esses significados, mas sim o de alimentar, e dirige professores a uma obrigação que eles talvez possam negligenciar , ou seja, a de instruírem crianças na fé.
Os cordeiros não precisam tanto de ser mantidos em ordem como nós, que temos tanto conhecimento e, no entanto, sabemos tão pouco, que achamos que estamos tão avançados que julgamos uns aos outros e brigamos.
As crianças cristãs necessitam principalmente aprender a doutrina, o preceito e a vida do evangelho; precisam que a verdade divina lhes seja ensinada com clareza e convicção. Por que as doutrinas mais altas lhes devem ser negadas, as doutrinas da graça? Estas não são como dizem alguns, puros ossos; ou, se são ossos, estão cheios de tutano e cobertas de gordura. Se há alguma doutrina difícil demais para uma criança, é antes por culpa do conceito que o mestre tira dela, do que por falta de capacidade do pequeno para recebê-la, contanto que a criança esteja realmente convertida a Deus.
Compete a nós tornar a doutrina simples; essa será a parte principal de nosso trabalho. Ensinar aos pequenos a verdade inteira e nada senão a verdade; pois a instrução é o grande desejo da natureza da criança. Uma criança não só tem de viver como nós, como também tem de crescer; portanto, tem dupla necessidade de alimento. Quando os pais dizem de seus meninos "Que apetites eles têm!", devem lembrar-se de que nós também teríamos grandes apetites se não tivéssemos apenas que manter o funcionamento, mas também de aumentar o seu tamanho.
As crianças na graça têm que crescer, aumentando a capacidade de saber, ser, fazer e sentir, para chegar a um maior poder recebido de Deus; portanto, acima de tudo, precisam ser alimentadas. Precisam ser bem alimentadas ou instruídas porque correm o risco de que sua fome seja satisfeita com erros, perversamente. A juventude é suscetível à má doutrina.
Quer ensinemos a verdade ou não aos jovens cristãos, o diabo com certeza lhes ensinará o erro.
Eles o ouvirão de algum modo, mesmo que sejam vigiados pelos mais cuidadosos guardiões.
 O único meio de evitar que o joio entre na pequena caneca de medidas da criança é enchê-la até transbordar de trigo bom.
Ah, sim, que o Espírito de Deus nos ajude a fazer isso!
 Quanto mais for ensinado aos jovenzinhos, tanto melhor; pois isso evitará que sejam desencaminhados.
Somos exortados especialmente a alimentar os pequenos, mesmo porque esse trabalho é muito proveitoso. Por mais que façamos com indivíduos convertidos com idade avançada, nunca podemos fazer muito por eles. Ficamos contentes com eles, mas aos 70 anos, o que lhes resta, mesmo que vivam outros dez anos? Instrua uma criança, e ela poderá ter 50 anos de serviço santo à sua frente.
Ficamos contentes de receber aqueles que entram na vinha à décima primeira hora, mas quase nem empunharam sua ferramenta de poda e sua enxada antes do pôr-do-sol e já seu curto dia de trabalho termina.
O tempo gasto com treinamento daqueles que se convertem tardiamente é maior do que o tempo que o futuro reserva para o seu trabalho.
Mas tome-se uma criança convertida e ensine-a bem. Como uma piedade cedo na vida muitas vezes chega a se tornar uma piedade em alto grau, e essa piedade eminente se estica por longos anos em que Deus pode ser glorificado e outros abençoados, tal trabalho é por demais proveitoso. Esse trabalho é também muito benéfico para você mesmo.
Nós sabemos que exercita nossa humildade e nos ajuda a permanecer mansos e humildes.
Também treina nossa paciência; que aqueles que duvidam disso façam a experiência; pois mesmo cristãos jovens põem à prova a paciência daqueles que crêem neles e que estão ansiosos por eles justificarem sua confiança.
Se você quer homens ou mulheres de alma grande, de coração dilatado, procure por eles entre aqueles que estão muito ocupados entre os jovens, suportando suas tolices e condoendo-se com suas fraquezas por amor a Jesus.

DEFININDO O QUE É MILAGRE.

Milagres

1A  diferença  entre  naturalismo  e  supranaturalismo  não  é  exatamente  a  mesma que  existe  entre  crença  em  um  Deus  e  incredulidade. 
 O  naturalismo,   sem  deixar  de ser ele mesmo,  poderia admitir certa espécie de Deus. 
O grande evento  interligado a que  se  deu  o  nome  de  natureza  poderia  produzir  em  certo  estágio  uma  grande consciência  cósmica,   um  "Deus"  residente,   surgido  de  todo  o  processo  como  surge  à mente humana  (segundo os naturalistas) dos organismos humanos.
Um naturalista não  faria  objeção  a  esse  tipo  de  Deus,   pela  seguinte  razão: 
Um  Deus  assim  não ficaria  fora  da  natureza  nem  do  sistema  total,   não  existiria  "por  si  mesmo".
Continuaria sendo "o conjunto" que era o Fato básico e tal Deus seria simplesmente
uma das coisas (embora pudesse ser a mais interessante) contidas no fato básico. 
O que  o  naturalismo  não  pode  aceitar  é  a  ideia  de  um  Deus  que  se  coloca  fora  da
natureza e que fez a natureza.
Estamos  agora  em  posição  de  estabelecer  a  diferença  entre  o  naturalista  e  o supranaturalista a  despeito  do  fato  de  que  eles  não  têm  o  mesmo  conceito  da palavra  natureza. 
O  primeiro  acredita  que  um  vasto  processo  existe  "por  si  só"  no espaço  e  no  tempo,   e  que  nada  mais  existe,   o  que  chamamos  de  coisas  e acontecimentos  particulares  sendo  apenas  as  partes  em  que  analisamos  o  grande processo  ou  as  formas  que  ele  toma  em  dados  momentos  e  pontos  no  espaço.
  Esta realidade única e total é por ele chamada de natureza.
O  supranaturalista  acredita  que  existe  uma  coisa  independente  que  produziu  a estrutura  do   espaço  e  do  tempo  e  a  sequência  de  acontecimentos  sistematicamente ligados  que  os  enche.   Esta  estrutura  e  este  recheio  ele  chama  de  natureza. 
Ela  pode ser  ou  não  a  única  realidade  que  a  Coisa  Principal,   única,   tenha  produzido.   Podem existir outros sistemas adicionais a que chamamos natureza. Nesse  sentido  pode  haver  várias  "Naturezas". 
Este  conceito  deve  ser  mantido completamente  separado  do  que  é  comumente  denominado  "pluralidade  de mundos"  i.e. ,   sistemas  solares  diferentes  ou  galáxias  diferentes,   "universo-ilha" existindo  em  partes  amplamente  distantes  de  um  único  espaço  e  tempo. 
Essas, embora  remotas,  seriam  partes  da  mesma  natureza  como  o  nosso  próprio  sol;  elas
estariam  interligadas  por  se  acharem  relacionadas  umas  às  outras,   sendo  essas relações  espaciais  e  temporais,   assim  como  causais. 
 Este  entrelaçamento  recíproco dentro  de  um  sistema  é  justamente  o  que  faz  dele  o  que  chamamos  uma  natureza.
Outras  naturezas  poderiam  não  ser  absolutamente  espaços-temporais;  ou  se algumas  o  fossem,   seu  espaço  e  tempo  não  teriam  qualquer  relação  espacial  ou temporal  com  os  nossos. 
 Esta  descontinuidade,   esta  falha  de  interligação  é  que justificaria  o  fato  de  afirmarmos  tratar-se  de  naturezas  diferentes. 
 Isto  não  significa que  não  houvesse  absolutamente  qualquer  relação  entre  elas,   pois  estariam
associadas pela sua derivação comum de uma fonte única e sobrenatural.
Neste  aspecto  elas  seriam  como  novelas  diferentes  escritas  por  um  mesmo autor;  os acontecimentos  em  uma  história  não  teria relação  com  os  de  outra  exceto terem  sido inventados  pela  mesma  mente. 
A  fim  de  descobrir  a  relação  entre  elas você  precisa  reportar-se  à  mente  do  autor;  não  existe  ligação  em  nada  que  o  Sr. Pickwick  diz  no  "Pickwick  Papers"  com  o  que  a  Sra.   Gamp  ouve  em  "Martin Chuzzlewit". 
Da  mesma  forma  não  haveria  uma  ligação  normal  entre  um acontecimento  numa  natureza  com  outro  em  outra. 
Por  "relação  normal"  entende-se  aquela  que  ocorre  em  vista  do  caráter  dos  dois  sistemas.  Temos  de  incluir  a qualificação  "normal"  porque  não  sabemos  antecipadamente  se  Deus  não  poderia fazer  duas  naturezas  entrarem  em  contato  parcial  num  dado  ponto:  isto  é,   Ele
poderia  permitir  que  eventos  selecionados  em  uma  produzissem  resultados  na outra. 
 Haveria  então,   em  determinados  pontos,   uma  interligação  parcial;  mas  isto não  transformaria  as  duas  naturezas  em  uma  única,   pois  a  reciprocidade  total  que faz  uma  natureza  continuaria  ausente,   e  as  interligações  anômalas  não  surgiriam daquilo  que  cada  sistema  era  de  si mesmo,   mas  do  ato  divino  que  os  estava  unindo.
Se  tal  coisa  ocorresse,   cada  uma  das  duas  naturezas  seria  "sobrenatural"  em  relação
à  outra.
  Mas  o  fato  de  seu  contato  seria  sobrenatural  num  sentido  mais  a absoluto,não  por  ultrapassar  esta  ou  aquela  natureza,   mas  toda  e  qualquer  natureza. 
 Seria uma  espécie  de  Milagre. 
O  outro  tipo  seria  "interferência"  divina,   não  pelo  fato  de juntar as duas naturezas,  mas simples interferência.
Tudo  isto  é  puramente  especulativo  no  momento. 
 De  forma  alguma  se  deduz  do supranaturalismo  que  milagres  de  qualquer  espécie  ocorram realmente. 
Deus  (a coisa  primária)  pode  jamais  ter  interferido  no  sistema  natural  por  ele  criado.
  Se criou  mais  do  que  um  sistema  natural,   pode  ser  que  nunca  venha  a  provocar
qualquer colisão entre eles.
Esta  é,   porém,   uma  questão  a  ser  considerada.
  Se  decidirmos  que  a natureza  não  é  a  única  coisa  que  existe,   não  podemos  então  dizer  antecipadamente se  ela  está  ou  não  a  salvo  de  milagres. 
 Existem  coisas  fora  dela,   não  sabemos  ainda se  estas  podem  entrar. 
 Os  portões  talvez  estejam  fechados,   ou  talvez  não. 
Mas  se  o naturalismo  estiver  correto,   sabemos  então  antecipadamente  que  os  milagres  são impossíveis:  nada  pode  penetrar  na  natureza  vindo  de  fora  porque  não  há  nada  que
possa  entrar  desde  que  a  natureza  é  tudo. 
 Sem  dúvida,   os  acontecimentos  que  em nossa  ignorância  poderíamos  tomar  erroneamente  como  milagres  talvez  ocorram; mas,   na  realidade  (justamente  como  os  eventos  mais  comuns),   eles  não  passaram de um resultado inevitável do caráter de todo o sistema.
Nossa  primeira  escolha,   portanto,   deve  f icar  entre  o  naturalismo  e  o supranaturalismo porque ha coisas inesplicãveis e isso é milagre

OS TEMAS DO LIVRO DE APOCALIPSE

Temas do livro de apocalipse

0 livro de Apocalipse contém os seguintes temas:
1.  Deus está no controle.
As visões de João penetram a barreira que separa o  reino celestial  do mundo terreno e revelam a realidade do
céu, que triunfará sobre a ilusão tenena.
 O conhecimento do AT é de grande auxílio para se entender o simbolismo do Apocalipse, pois os fatos do AT são vistos como padrões recorrentes na história.
2.  Jesus voltará.
A libertação final acontecerá na volta de Cristo.
Será precedida por um período de catástrofes sem  precedentes, simbolizados por imagens de nascimentos,  conflitos  militares, desastres cósmicos sobrenaturais.
A nova era não será resultado da atividade humana nem  se desenvolverá a partir do tempo presente,  mas acontecera por intervenção direta de  Deus. 
O Apocalipse aconselha seus leitores a avaliar o presente à luz da era futura, quando o Maligno será julgado e destruído, e o justo, recompensado.
3. A salvação é para todos que a receberem.A salvação não é exclusiva de um povo ou nação.
SUMÁRIO
I.  Introdução (1.1-8)
II.  Jesus e as sete igrejas (1.9— 3.22)
III.  O trono, o  rolo e o Cordeiro (4 e 5)
IV.  Os sete selos (6.1— 8.1)
V.  As sete trombetas (8.2— 11.19)
VI.  0 conflito com Satanás (12— 14)
VII.  As sete taças (15 e  16)
VIII.  A queda da Babilônia (17.1— 19.5)
IX.  0 casamento do Cordeiro (19.6-10)
X.  0 cavaleiro (19.11-21)
XI.  Os mil anos (20.1-6)
XII.  A destruição de Satanás (20.7-10)
XIII.  O julgamento do Grande Trono Branco  (20.11 -15)
XIV.  Novos céus,  nova terra, nova Jerusalém (21.1— 22.5)
XV.  Conclusão (22.6-21)

A FÉ.

Afé

Orelhas:
“O paradoxo da fé consiste em que o Indivíduo é superior ao geral, de maneira  que,  para  recordar  uma  distinção  dogmática  hoje  já raramente  usada,  o  Indivíduo  determina  sua  relação  com  o  geral tomando como referência o absoluto, e não a relação ao absoluto em  referência  ao  geral.  Pode  ainda  formular-se  o  paradoxo  dizendo  que  há  um  dever  absoluto  para  com  Deus;  porque  nesse  dever,  o  Indivíduo  se  refere  como  tal  absolutamente  ao  absoluto.
Nestas condições, quando se diz que é um dever amar Deus, exprime-se algo que  difere  do  anteriormente  dito;  porque  se  esse  dever  é  absoluto,  a moral  encontra-se  rebaixada  ao  relativo.
De  qualquer  modo  não  se segue  daí  que  a  moral  deva  ser  abolida,  mas  recebe  uma expressão muito  diferente,  a  do  paradoxo,  de  forma  que,  por  exemplo,  o  amor para  com  Deus  pode  levar  o  cavaleiro  da  fé  a  dar  ao seu  amor  para com  o  próximo  a  expressão  contrária  do  que,  do  ponto  de  vista moral, é o  dever.
Se assim não é, a  fé  não tem lugar na vida, é uma crise, e Abraão está perdido, visto que cedeu.”
KIERKEGAARD: Temor e Tremor

O LADRÃO NÃO VEM,SENÃO MATAR E ROUBAR.

O ladão vem matar roubar e destruir

Um  homem  em  Nepomuceno  (MG) a alguns tempos, foi  morto  por  um macumbeiro.
Ele  havia procurado o médium espírita que constatara que seus problemas decorriam da presença de espíritos, possivelmente em forma de cobra.
 Sob o efeito  do  álcool  e  transe,  a  mulher  da  vítima  e  as  suas  filhas  ajudaram  o feiticeiro, arrancando a língua ,(que seria a serpente) do pobre homem, que morreu em função da hemorragia.
O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que  tenham vida e a tenham com abundância (Jo 10.10)
(Missionário Lawrence Olson, Mensageiro da Paz, jul/1965)

DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO

justificação pela fé

JUSTIFICAÇÃO E MÉRITO GI 3.11
VER   GÁLATAS 3 .
A doutrina da justificação - o núcleo tormentoso da Reforma - era, para Paulo, o âmago do evangelho (Rm  1. 17;
3.21-5.21; GI 2.15-5.1), dando forma à sua mensagem (At 13.38-39)e à sua devoção (2Co 5.13-21; Fp 3.4-14).
Ainda que outros escritores do Novo Testamento afirmem a mesma doutrina em substância, os termos com que os Protestantes a têm afirmado e defendido, por quase cinco séculos, são tirados essencialmente de Paulo.
Justificação é o ato de Deus pelo qual ele perdoa pecadores e os aceita como justos por causa de Cristo. 
Por esse ato, Deus  endireita permanentemente o anterior relacionamento alienado que os pecadores tinham com ele.
 Essa sentença justificadora é a concessão por Deus de um status de aceitação de pecadores por causa de Jesus Cristo (2Co 5.21 ).
O juízo justificador de Deus parece estranho, pois declarar justificados os pecadores parece ser exatamente o tipo de ação injusta praticada por um juiz, que a própria lei de Deus proíbe (Dt 25.1; Pv 17.15).
 Contudo, é um julgamento justo, porque sua base é a justiça de Jesus Cristo.
Como o "último Adão" (1Co15.45), agindo em nosso favor, como nosso Cabeça representativo,Cristo cumpriu a lei que nos prendia e suportou o castigo que merecíamos pela desobediência à lei e, assim, "mereceu" a nossa justificação. Por isso, nossa justificação tem base justa (Rm 3.25-26; 1 Jo 1.9), com a justiça de Cristo creditada em nosso favor (Rm 5.18-19).
A decisão justificadora de Deus é, na prática, o julgamento do Último Dia, com relação ao lugar onde devemos estar na eternidade; essa decisão já é trazida para o presente e é pronunciada aqui e agora.
 É um juízo sobre o nosso destino eterno;
Deus nunca voltará atrás, por mais que Satanás possa apelar contra o veredito (Zc 3.1; Rm 8.33-34; Ap 12.10).
Estar justificado é estar eternamente seguro (Rm 5.1-5; 8.30).
O meio necessário para a justificação é a fé pessoal em Jesus Cristo como Salvador crucificado e como Senhor ressurreto(Rm 4.23-25; 10.8-13).
A fé é necessária porque o fundamento meritório de nossa justificação está totalmente em Cristo.
Ao nos entregarmos a Jesus, em fé, ele nos concede seu dom da justiça, de modo que no próprio ato de "fechar com Cristo" -como os mais antigos mestres Reformados diziam-, recebemos o perdão e a aceitação divinos, que não podemos encontrar em nenhum outro lugar (GI 2.15-16; 3.24).
A teologia católica romana histórica inclui a santificação na definição da justificação, considerada como um processo, ao invés de um único evento decisivo, e afirma que, embora a fé contribua para a nossa aceitação diante de Deus, nossas obras de satisfação e mérito devem contribuir também.
Os católicos vêem o batismo como portador da graça santificadora, que nos justifica primeiramente. Depois, o sacramento da penitência permite que mérito suplementar seja alcançado através das
obras, assegurando a justificação se a graça da aceitação inicial por Deus se perder por causa de um pecado mortal.
Esse mérito suplementar não obriga Deus a ser gracioso, embora seja o contexto normal para recebê-lo.
 Segundo o conceito católico romano, os fiéis efetuam sua própria salvação com a ajuda da graça que procede de Cristo através do sistema sacramental da Igreja.
Os Reformadores ressaltaram que esse conceito da salvação solapa o sentido de confiança que só a livre graça pode oferecer àqueles que não têm méritos.
Paulo já tinha mostrado que todos os seres humanos, seja qual for o grau de sua piedade, estão sem méritos e necessitam da livre justificação para serem salvos.
Uma justificação que precisa ser completada pelo beneficiado não oferece repouso sólido. 

O CHAMADO DO APÓSTOLO PAULO .

A conversão de Pulo

Paulo encontrou-se, obviamente, com Ananias
três dias depois da sua conversão IAt 9.10-19; 22 12-16).
 A palavra traduzida por "consultar", todavia, sugere apresentar alguma coisa perante alguém ou  submetê-la para observação e aprovação. Paulo certamente não consultou Ananias neste sentido com o qual teve o primeiro contato depois que voltou e enchergar.
O papel de Ananias foi confirmar o chamado de Paulo para pregar aos gentios e batizá-lo.
1.17 Jerusalém ... Arábia ... Damasco.
A conversão e o chamado de Paulo aconteceram perto de Damasco IAt 9.3; 22.6; 2612).
 Ele permaneceu na cidade vários dias após sua conversão [At 9.19).
Essa antiga cidade situa-se em uma planície  dois rios, de modo que o viajante que parte dali precisa literalmente "subir" até Jerusalém através da região montanhosa da Palestina.
Jerusalém era o centro cultural e religioso da Palestina e o lar de Tiago, Pedro e João,  que, em Atos e Gálatas, destacam-se como os líderes da comunidade cristã primitiva em Jerusalém 12.9).
Paulo enfatiza que o seu chamado para pregar aos gentios viera de Deus e não dos líderes da igreja de Jerusalém.
A Arábia era governada por um rei nabateu, Aretas IV, que chegou a fazer guerra contra Roma contra Roma pelo controle de Damasco. Quando da conversão de Paulo, um governador de Aretas estava no controle da cidade e aparentemente ajudou judeus enraivecidos na tentativa de matar o apóstolo Paulo  At 9.23-25; 2Co 11.32-33).