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A NOVA JERUSALÉM

E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete praga, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro”. “...a mulher do Cordeiro”. Uma introdução particularmente solene (21.9-10) prepara a verdadeira descrição da Jerusalém celeste.

E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete praga, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro”. “...a mulher do Cordeiro”.
Uma introdução particularmente solene (21.9-10) prepara a
verdadeira descrição da Jerusalém celeste. 

Numa perspectiva literária que se reporta a Oséias (2.19  21),e Isaías (44.6; 54.1 e ss; 61.10), e Ezequiel (capítulo 16), desenvolve-se gradualmente a imagem da nova Jerusalém.
 Na presente era, a Igreja, como uma virgem, é a noiva de Cristo conforme (2Co 11.2; Ef 5.22); Após o arrebatamento, ela é contemplada como sendo a “esposa, a mulher do Cordeiro” (19.7; 21.9; 22.17). É curioso observar duas expressões significativas do anjo a João; 
a) a primeira é descrita no capítulo 17.1.
 b) a segunda no capítulo 21.9: (“Vem, mostrar-te-ei...”). 
Embora estes versículos e o trecho sejam paralelos em sua forma de expressão, aquilo que é mostrado em segunda é bastante diferente. O primeiro mostra uma “mulher poluída” (Babilônia), o segundo uma“mulher pura” (a Igreja). 
Notemos o entrelaçamento entre a esposa do Cordeiro e a cidade amada; uma é contemplada como sendo a outra, visto que no reino eterno e na glória infinda, tudo é de Cristo e Cristo de Deus. 10. 
“E levou-me em espírito a uma grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu”.
I. “...a santa Jerusalém”. 

Devemos observar que no versículo 2, deste capítulo, essa cidade é chamada de (“nova”), enquanto que agora no presente versículo de (“santa”). 
 Bom a diferença é apenas em relação ao tempo. Tudo sugere uma cidade literal: ouro, ruas, dimensões, pedras. Ela desce do céu, pois é impossível construir uma cidade santa aqui. O versículo 10 desta secção tem uma ação retrospectiva; enquanto que o versículo 2, prospectiva; no versículo 2, João contempla esta nova cidade já na (“eternidade”) como capital do “Novo Céu e da Nova Terra”. Porém, o nome será o mesmo que o Senhor lê deu durante o Milênio: “Jerusalém-Shammah” – isto é, O Senhor está ali (Ez 48.35). 
A frase no texto e contexto: “...de Deus descia do céu”, significa: desceu para a terra no início do Milênio (v.10); enquanto que no versículo 2, o significado do pensamento deve ser: desceu para a nova terra já na Eternidade. A concebida como algo encobria o monte, mas como algo que descia o local próximo, conforme se ve descrito em Ez 40.2.
11.
“E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente”.“..semelhante a uma pedra preciosíssima”. A glória da cidade do senhor, do presente texto, é comparada a uma pedra (“preciosíssima”). 
Por igual modo, a salvação que os homens recebem de Cristo não tem descrição em palavras, não podendo ser calculado o seu valor. 
Isso envolve até mesmo a obtenção de “toda a plenitude de Deus”. Isso indica também particularmente, a presença de Deus, e não somente sua manifestação ocasional como acontecia no antigo tabernáculo montado no deserto (Êx 40.34). Essa situação fará a glória divina a “Shekinah”, vir habitar permanentemente com os santos, pois a frase em si: “...o Senhor está ali” (Ez 48.35) no seu equivalente ocorre três vezes aqui (vs. 3, 22; 22.3). 
No deserto a nuvem especial servia de sombra, aqui, porém, só de luz da cidade, como já ficou demonstrado, compara-se ao ofuscar do jaspe, como cristal resplandecente, isto é, tem uma glória como a do Criador, cuja aparência se diz ser como a de pedra jaspe (4.3). 12. 
“E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel”. I. “...com doze portas”.
O número (“12”), com seus cognatos, ocorre mais de 400 vezes na Bíblia e é extremamente importante.
 Neste livro ocorre cerca de (“20”) vezes, e permeia o governo patriarcal, apostólico e nacional. 
Temos, assim: 
“As 12 estrelas (12.1); 
os 12 anjos (12.12); as 12 tribos (21.12); 
os 12 fundamentos (21.14); 
os 12 frutos (22.2); 
as 12 portas (21.12, 21); 
as 12 pérolas (21.21); 
Entre os múltiplos de 12 temos: 
12.000 estádios (21.16); 
12.000 selados (7.5-8); 
144.000 é um número formado de 12 vezes 12.000 (14.1); 
24 anciãos e 24 tronos (4.4; 11.16), são também especiais”. 
Todos esses números se relacionam agora com a Jerusalém celestial, na qual se viam 12 portões como sendo 12 pérolas, 3 de cada lado do quadrado (21.21). 
Em cada portão havia a gravação do nome de uma das 12 tribos de Israel. Em Ez 48.31-34, há uma descrição semelhante da nova Jerusalém durante o Reino Milenial de Cristo.
13.
“Da banda do levante tinha três portas, da banda do norte três portas, da banda do sul três portas, da banda do poente três portas”.“...tinha três portas, etc”.
Na antiga cidade de Jerusalém terrestre, havia também 12  portas, sendo, por assim dizer, uma cópia da Jerusalém celestial (cf. Hb 8.5 e 9.23); essas portas estavam também nas cardeais; ladeavam toda a cidade de Davi: 
A porta do gado (Ne 3.1); 
A porta do peixe (Ne 3.3); 
A porta velha (Ne 3.6); 
A porta do vale (Ne 3.13); 
A porta do monturo (Ne 3.14); 
A porta da fonte (Ne 3.15); 
A porta da casa de Eliasibe: sumo-sacerdote (Ne 3.20); 
A porta das águas (Ne 3.36); 
A porta dos cavalos (Ne 3.28); 
A porta oriental (Ne 3.29); 
A porta de Mifcade (Ne 3.31); 
A porta de Efraim (Ne 8.16).
“Isso pode ser comparado também ao acampamento de Israel, onde havia o arranjo das tribos de acordo com direções dos pontos cardeais: 
A leste ficava Judá, Issacar e Zebulom; Ao sul, Rúben, Simeão e Gade; 
A oeste, Efraim, Manassés e Benjamim; E ao norte, Dã, Asser e Naftali. Números capítulo 2. 14. 
“E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”.
I. “...doze apóstolos do Cordeiro”.
Devemos observar que, cada vista da cidade se menciona o (“Cordeiro”), e a referência sétupla a ele (21.9, 14, 22, 23, 27; 22.1, 3) indica que embora Cristo entregue o reino ao Pai, não obstante partilha-o com os remidos. 
Os Apóstolos do cordeiro, mostram nisso sua importância, tanto naquilo que eram como naquilo que faziam.
 Porém, Cristo Jesus é quem dá por empréstimo o seu valor àqueles, o que significa que eram grandes somente por sua causa. Não obstante, os Apóstolos e profetas são grandes, tal como todos os
homens o são, uma vez que sejam transformados segundo a imagem de Cristo, já que participação
da sua natureza divina. Na nova Jerusalém o divino se combinará com o humano, da mesma maneira que o número três, multiplicado pelo número do mundo “quatro”, resulta em doze. 

Assim cumpre-se a frase: “...para o humano se tornar divino, foi necessário que o divino torna-se humano”. 
Na cidade do Deus vivo, o humano se encontra com o divino absorve o humano, menos
a individualidade (2Co 5.4).
15.
“E aquele que falava comigo tinha uma cena de ouro, para medir a cidade, e as
suas portas, e o seu muro”.
I. “...para medir a cidade”.
O texto em foco, mostra-nos um anjo que trazia “...uma cana
de medir” para medir a grandeza da cidade do senhor. “Neste ponto, a cidade, ao ser medida, dá a
entender a sua total importância e consagração, em todas as suas partes, trazida ao padrão exato
das exigências de Deus; outrossim, fica entendido o cuidado de Deus, dali por diante, cada
partícula de sua Santa Cidade, para o mal não a atinja”. 
É a medição que exibe a beleza e as proporções da cidade, a qual agora viverá em paz. O ouro é uma das grandes características dessa cidade; as ruas são de ouro; isso pode representar o rico resplendor da cidade real (cf. 1Rs 10.14-
21; Sl 77.15); mas a riqueza daquela cidade será o amor. Essa “medição”, sem dúvida, denota o

caráter e ideal da Igreja eterna, o conhecimento e a nomeação divina da mesma (Ez 42.16; Ap
11.1). 16. 

“E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios: e o seu comprimento,largura e altura eram iguai“...doze mil estádios”. Segundo os rabinos, o estádio era uma oitava da milha romana, ou seja, cerca de 185 metros. Portanto, doze mil estádios correspondem mais ou menos a 2.200
quilômetros. Porém, devido à ambigüidade das conforme é observada no grego, os intérpretes
diferem imensamente no que se refere ao seu formato tencionado. “Os judeus dizem acerca de
Jerusalém que, no porvir, ela será tão grande e ampliada que atingirá os portões de Damasco, sim, até ao trono da glória”. Cremos que realmente a nova Jerusalém terá, sem dúvida, essas dimensões em foco nesta secção, isto é, 12.000 estádios. “Doze mil estádios multiplicados por cento e oitenta e cinco metros, e o resultado elevado à terceira potência dará a medida cúbica da cidade: (“dez bilhões, novecentos e quarenta e um milhão e quarenta e oito mil quilômetros”). A grandeza da cidade assegura lugar para todos!”.

17.
“E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme à medida de homem, que é a dum anjo”. I. “...à medida de homem”.
Essa expressão (“à medida de homem, que é a dum anjo”) tem deixado alguns teólogos perplexos. Provavelmente isso deriva do fato de que o côvado era uma medida tomada com base na estrutura do corpo humano, o comprimento entre a ponta do dedo médio da mão e a junção do cotovelo. Para ocidentais, o côvado mais conhecido é o francês: 66 centímetros, mas o côvado mencionado na Bíblia é o hebraico: 50 centímetros, aproximadamente. 
Apesar da cidade ter aproximadamente 555 quilômetros de altura, o seu muro é bastante baixo
(cerca de 72 metros) para nós aqui na terra; mas, segundo se diz que, no céu ele é bastante alto.
Pois é importante lembrarmos que lá não existe ladrão! Há outras possíveis interpretações sobre a
medida do anjo, vista nesta secção. 

“Supõe-se que esse “côvado” é uma medida angelical, não do mesmo comprimento do côvado humano, sendo antes cerca de 180 centímetros, isto é, da altura de
um homem. Mas essa opinião é extremamente improvável”. 
É evidente que 144 côvados, refere-se a medida estabelecida acima, isto é, cerca de 72 metros.
 
“E a fábrica do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro”.I. “...a cidade de ouro”. O livro do Apocalipse traz muitas alusões ao “ouro”. Para o leitor curioso, esta lista é provida: (1.12, 13, 20; 2.4; 3.18; 4.4; 5.8; 8.3; 9.7, 13, 20; 14.14; 15.6, 7; 17.4;
18.12, 16; 21.15, 18, 21). 
Mas a maioria das referências aludi ai ouro de qualidade celestial. Será um ouro transparente, de qualidade metafísica, o da cidade do Senhor! Presumivelmente de uma qualidade desconhecida na terra. será um “ouro” celeste, de origem divina. 
“O ouro é emblema da natureza divina (Jó 22.25), difundido por todo o mundo, por causa da fusibilidade desse metal”.
Alguns intérpretes instem aqui em um material literal, mas a maioria deles vê o ouro como símbolo
de dignidade, valor, pureza e natureza exaltada do caráter da Noiva. Mas essa opinião não se
coaduna com a natureza do argumento principal. Seja como for, importantíssimo aparece aqui, e,
evidentemente, refere-se mesmo ao “ouro”, mas de natureza celestial. 19.
“E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de todas a pedra preciosa. 
O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda”.
I. “...os fundamentos”. 

Notemos que as várias pedras preciosas mencionadas são essencialmente paralelas às pedras do peitoral do Sumo Sacerdote, conforme se depreende em Êx 28.17 e ss; 39.10 e ss; 
Na Septuaginta (LXX) feita do hebraico para o grego essas pedras também são vistas no adorno das vestes do rei de Tiro: literalmente, o monarca Itobal II. Ez 28.13.
No livro do Êxodo, cada pedra recebeu a gravura do nome de uma tribo, mas no Apocalipse, cada pedra tem o nome de um Apóstolo do Cordeiro. 
No versículo 14 do presente capítulo, é dito que o “...muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”; é evidente que estas pedras correspondam aos nomes desses personagens respectivamente. 2 Pe 2.5:
(a) Jaspe (Pedro). 
Isso pode ser confrontado com Ap 4.3, onde o Deus supremo aparece em
uma manifestação visível com a aparência de jaspe. A simbologia aqui empregada mostra sua
natureza divina; será verdadeiramente, uma habitação apropriada para Deus, para Cristo e para
seu povo. Esse jaspe é como uma pedra luminosa, “cristalina” que refletirá por assim dizer, a glória
de Deus, tal como os remidos são a “imagem de Deus” em Cristo. “O jaspe oriental é
extremamente duro, quase indestrutível. 
As colunas feitas dessa pedra têm perdurado alguns
milênios, e parecem nada ter sofrido dos estragos do tempo”. O material da muralha, portanto, se
reveste de igual importância com a sua altura, valor infinito e duração infinita, qualidades que
pertencem às pedras mais preciosas;
(b) Safira (André). 
Podemos comparar o presente texto, com Is 44.11 e Ez 1.26. 
Talvez se trate do (“láios lazúli”), ao passo que a moderna safira talvez seja o “jacinto” do vigésimo versículo .
Plínio descreve a pedra aqui mencionada (sappheiros) como uma pedra opaca e rajada com
tracinhos de ouro... procedia da Média, Pérsia e Bocara, essa pedra era opaco azulada:
(c) Calcedônia (Tiago). 

Assim chamada por proceder da Calcedônia, onde era encontrada nas
minhas de cobre. Provavelmente era uma esmeralda de qualidade superior à que conhecemos
atualmente. Plínio informa-nos que ela era pequena e quebradiça e que era furta-cor. Não
possuímos maiores detalhes sobre esta pedra, calcedônia: este é o único lugar onde essa palavra
figura em todas as Escrituras:
(d) Esmeralda (João). 
Essa palavra aparece em Ap 4.3. 
Dentre todos os escritores antigos que conhecemos, Heródoto foi o primeiro a mencionar essa pedra. Ele visitou um templo dedicado a Hércules certa feita, em Toro, adornado de esmeralda. Havia ali duas colunas, uma de ouro puro e a outra de esmeralda, que “brilhava com grande fulgor à noite”. 
A que foi vista por João na muralha da cidade celeste, ultrapassa todas as perspectivas daquela contemplada por Heródoto, em Tiro.
“O quinto sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista”.
I. “...o quinto e ss”. 
O presente versículo, é a continuidade da lista das pedras iniciada no versículo anterior.
Seguiremos aqui a ordem anterior do versículo 19 deste capítulo:
 (e) Sardônica (Filipe). 
Era uma bela e rara forma de Ônix, assim chamada devido à sua semelhança com as veias brancas e amarelas da unha humana. (No grego: “onuks”). 
Em tempos antigos, evidentemente essa pedra era chamada “Ônix”, quanto a pedra era rajada ou salpicada de branco.
(f) Sárdio (Bartolomeu). 
Essa pedra também é encontrada em Ap 4.3. 
Era de cor vermelha, usualmente rebrilhante. Sua cor vermelha se aplicava à pessoa de Cristo, como a vitima da expiação no holocausto da cruz:
(g) Crisólito (Tomé). 
O termo grego subentende uma pedra de cor dourada. 
Plínio a descreve como “translúcida e com um tom dourado”. 
Está em foco o topázio, que é um quartzo amarelo: 
(h) Berilo (Mateus). 
De acordo com Plínio, essa pedra se assemelhava ao verde mar.
Talvez tenha sido uma espécie de esmeralda, embora muitos eruditos pensem que era uma espécie de
pedra inferior àquela; mas em sentido natural é esmeralda. Ez 1.16; 10.9; 28.13: 
(I) Topázio (Tiago, filho de Alfeu). 
Essa é a nossa pedra “peridot”.  Alguns estudiosos afirmam que o topázio era desconhecido dos antigos, mas isso parece impossível. A pedra aqui mencionada era de cor verde-amarelado. Jó 38.19; Ez 28.13: Crisópraso (Lebeu, apelidado Tadeu). 
Devida-se do grego que significa “alho de ouro”. Essa pedra era de cor verde-dourado e translúcido, e se assemelhava a um alho, do formato do (“mundo ocidental”). Plínio pensava que essa pedra era uma variedade de berilo; uma pedra bastante conhecida de todos:
(l) Jacinto (Simão Cananita). Essa pedra, segundo os antigos, era usada para lembrar um belo
jovem, que segundo a mitologia grega, foi morto durante um jogo de disco. O termo grego aqui
empregado indica a pedra preciosa que leva esse nome. Sua cor podia ser vermelha, vermelhoescuro, azul-escuro ou púrpura:
Ametista (Matias). O termo grego significa “não estar bêbado de vinho” por causa da noção de que a pedra evitava a intoxicação alcoólica. Essa pedra é a quartzo ametistino, ou cristal de rocha, que pode receber um tom purpurino, devido ao manganês ou do ferro. 

É evidente que estas doze pedras preciosas, são responsáveis por cada cor durante um (“mês”) na cidade celestial (22.2).
21.
“E as doze portas eram doze pérolas: cada uma das portas era uma pérolas; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente”. I. “...as doze portas eram doze pérolas”. Há uma promessa para a Jerusalém terrestre durante o período milenial. 
Em Is 54.12, diz: “E as tuas janelas farei cristalinas, e as tuas portas de rubins...”. 
A pérola é a única joia que a arte humana não consegue aprimorar. Instrumentos podem dar lustro a outras pedras. Mas a perfeição da pérola deve ser algo original e inerente a ela mesma. As bênçãos mais profundas de Deus, na Nova Jerusalém, não poderão ser melhoradas, porquanto, participam da perfeição da própria perfeição de Deus.
 Ainda sobre essa jóia tão importante, encontramos em Mt 13.45, 46 a parábola da pérola de grande valor que em uma interpretação comum representa a Igreja comprada pelo “precioso sangue de Cristo”. No presente texto, a pérola significa unidade, pureza e amor. 
Uma porta de pérola conforme o tamanho das portas daquela cidade! Só Deus e mais ninguém possui tal riqueza! Mas ali tudo é dele e para ele
“E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro”.
I. “...nela não vi templo”.
Cada um desses versículos traz particularidades que distinguem o
estado eterno do Reino Milenial. 
As sombras aqui agora dão lugar à substância (cf. Hb 8.5 e 9.23).
No Milênio havia o sol e a lua que iluminava. Havia também templo, por mão humana (Ez
capítulos 40-48). Mas na nova Jerusalém celestial não são necessários. Em algum sentido todos os
templos, (isto é, o de Salomão. 

1Rs capítulo 6; o de Esdras. Ed capítulo 6; o de Herodes. Jo 2.20;
esse que será construído pelos judeus (Dn 9.27; Mt 24.15; 2Ts 2.4), e o templo escatológico de
Ezequiel (usado no Milênio). Ez capítulos 40 e ss, todos são tratados como uma só casa: (“a casa de
Deus”), visto que todos professaram ser isso). Aqui, porém, no texto em foco, não haverá mais
templo: “porque o seu templo (da cidade) é o Senhor”. 

A cidade inteira será então um só santo templo de Deus. 
Como observa Lang;
 “A nova Jerusalém não terá lugar para abrigar ao Senhor, porquanto ela mesma será abrigada por ele. Ele armará tabernáculo sobre eles (7.15). 
Seus habitantes habitarão sob sua luz manifesta e abrigadora”.“E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada”.
I. “...não necessita de sol nem de lua”.
No versículo anterior João viu que a cidade não precisa de santuário, isso equivale a dizer que toda a cidade é o próprio santuário, pois Deus e o Cordeiro são seu próprio santuário (Jo 2.21). A cidade brilha desde seu interior, não precisando de qualquer iluminação externa. 
A luz de Cristo atravessa em todas as direções, por tratar-se de ouro transparente, e nada pode impedir a difusão dos raios luminosos de Cristo. Assim fica demonstrado que, a cidade celeste não necessita de luz, nem mesmo de sol. Entretanto, na cidade terrestre (na era milenial) haverá necessidade de luz, como podemos ver em Is 30.26, pois haverá noite e haverá
dia: fatores da vida física (cf. Is 24.23-30). 
Agora na presente era, os remidos andam por fé, vêem as coisas celestes “...refletindo como um espelho” (2Co 3.18); mas ali tudo será alterado.
24.
“E as nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e
honra”.
I. “...as nações”. 
Cronologicamente falando, a última vez que lemos neste livro sobre (“nações terrenas”), é em 20.8; aqui, portanto, e, nas secções que se seguem (21.26 e 22.2); trata se de (“nações celestiais”). 
Por três vezes são mencionadas as nações aqui. 
O Milênio aqui já é passado (obedecendo a ordem cronológica dos acontecimentos). É verdade que palavra “nação” empregada nos versículos (24, 26; 22.2), não contenha certos elementos que lhe pertencem quando se refere às “nações gentílicas”, mas o sentido de “nação” lhe é inerente. Assim podemos depreender que essas nações não soa mais os convertidos da era milênial, a menos, que trate-se de uma secção (“tópica”) e não (cronológica”). 
Mas, se assim for, esses versículos estariam deslocados de suas posições. Essas nações, portanto, devem ser “nações santas” já numa forma de vida (cf. 1Pd 2.9; Ap 5.9; 7.9-14). 
A menos que numa ação retroativa sejam as nações mileniais que aqui são contempladas (Zc 14.16). Mas dificilmente isso se harmoniza com o argumento principal.
“E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite. “...suas portas não se fecharão”. 
O Dr. J. A. Sei diz aquilo que segue: 
“A hospitalidade da cidade santa será suprema em todos os seus aspectos. 
Há uma rica e calorosa cidade de portões abertos. Ela oferecerá o dom das portas abertas a todos os peregrinos da luz. Onde quer que os homens tenham visto estrelas de esperança no firmamento noturno e tenham querido viajar para a pátria da expectação, têm pertencido à companhia daqueles que foram acolhidos pelas portas abertas da cidade de luz. 
Em paz durante o dia, as portas da cidade estarão abertas; e nem haverá noite ali”. 
Uma cidade é um centro de cooperação, harmonia e governo, e, colocada sobre um monte, é bem evidente (Mt 5.14; Ap 21.10). Na capital do céu, tudo será paz,
pois o oxigênio espiritual nela existente será o amor. 
Não haverá nela trevas, nem pecado, nem egoísmo, nem violência, coisas que encobrem os corações dos homens como uma noite tenebrosas.
Mas, seja como for, “ali não haverá noite!”.
“E a ela trarão a glória e honra das nações”. I. “...glória e honra”. 
Na era presente e honra e a glória que pertencem a Deus, em muitas das vezes, têm sido dedicadas a outras criaturas (cf. Is 42.8; Rm 1.19 e ss). Porém, na cidade do Senhor, isso não acontecerá, pois ali toda a honra e toda a glória e todo o louvor, só serão dados a
Deus e ao Cordeiro, porque merecem (5.12, 13). 

A cidade será o objeto especial e eterno da riqueza das nações. Assim essa linda cidade denominada “nova Jerusalém”, não é a mesma Jerusalém do mundo atual; “a Jerusalém deste mundo pode penetrada por quem quiser nela entrar; mas a do mundo vindouro não poderá ser penetrada por ninguém, exceto por aqueles que estiverem preparados e foram nomeados para ela”.
 As Escrituras nos levam a entender que, na
Nova Jerusalém celeste não poderá sobreviver seres humanos, mas, só celestiais. As nações
convertidas durante o Milênio, serão (“transformadas”) quando “o céu e a terra” passarem (20.11);
enquanto que os mortos da era milenial, serão ressuscitados numa nova forma de vida (cf. Dn 12.2;
Jo 5.29). 

E, assim num contexto demonstrativo do significado do pensamento diz Paulo: “...assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial”.27. 
“E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”. I. “...não entrará nela coisa alguma que contamine”. O presente texto nos faz lembrar
das palavras de Platão, quando dizia: “Na vida presente, penso que nos aproximamos mais do
conhecimento quanto menor for a nossa comunhão e ligação com o corpo (o corpo do pecado),
não sendo infectados pela natureza do corpo (que é má), mas antes permaneceremos puros até a
hora em que o próprio Deus agradar-se em libertar-nos... nenhuma coisa impura (há não ser por
meio de Jesus) terá licença de aproximar-se do puro”.
1. Só os que estão inscritos.
 O contexto seguinte diz: “...no livro da vida do Cordeiro”. 
Entre os livros escritos com tintas e outras não, encontramos os seguintes:
(a) O livro da consciência. Rm 2.15; 
(b) O livro da natureza. Sl 19.1-14; 
(c) O livro da lei. Rm 2.12; 
(d) O livro do evangelho. Rm 2.16; (e) O livro das memórias. Lc 16.25; 
(f) O livro(s) das obras humanas. Ap 20.12; 
(g) O livro da vida. O livro da vida do Cordeiro é o livro que dá admissão ao
mundo eterno. 

A missão plena de Jesus Cristo, derramando o seu sangue, foi para conduzir-nos a Deus, em sua real presença. 
Seu título, “Cordeiro”, faz subentender tudo isso. 
O livro da vida é o livro de uma infinita compaixão, porque contem, exclusivamente, nomes de ex- pecadores. 
Está aberto para todos e, no entanto, muitos desprezam as suas promessas.

IDENTIFICANDO A BESTA DO APOCALIPSE


Apocalipse 13.18. “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta;porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”.
I. “...calcule o número da besta”. O número denota uma pessoa específica, e sua identificação deve ser descoberta em alguma espécie de cálculo numérico, mediante o qual o número é transformado em um “nome”.
De acordo com a numerologia pitagoreana, o “666” é o
CXXIIIchamado número triangular, sendo a soma dos números de “1”a “36”, inclusive; além disso, o“36” é, em si mesmo, a soma dos números de “1” a “8”. Portanto, o “666” se reduz ao “8”; e esse
é o número significativo em Ap 17.11: “é ela (a Besta) também o oitavo”.
1. “666”. O número “666” é o número de “um homem mal”, sendo a unidade de “6”impressa sobre ele em sua criação e me sua história subseqüente. Observemos pois:
a) O homem foi criado no sexto dia. Gn 1.26, 27, 31, e deve trabalhar também seis dias. Êx 20.9, e seis anos em sete. Lv 25.2. O escravo hebreu deve servir por seis anos. Dt 15.12. A sexta cláusula do Pai Nosso, trata da causa do pecado. Mt 6.12; o sexto mandamento: “Não matarás” fala do pecado mais horrendo no campo moral. Êx 20.13. Golias, o  general filistino, tinha de altura seis côvados e um palmo, sua lança pesava seiscentos siclos de ferro, e sua armadura era composta
de seis peças. 1Sm 17.4-7; 21.9.
b) No campo espiritual: “T (grego, tau)
E (grego, epsilon)
I (grego, iota)
T (grego, tau)
A (grego, alpha)
N (grego, nu)
Vale 300 Teitan = Satanás (dragão, antiga serpente)
Vale 5
Vale 10
Vale 300
Vale 1
Vale 50 666”
(c) No campo social: “O rei Salomão amou muitas mulheres estranhas, e isso além de filha de Faraó, moabitas, amonitas, iduméias, sidônias e heteias” (1Rs 11.1).
Na segunda epístola de Paulo a Timóteo diz: “...deste número (666) são”: “...homens amantes de si mesmos. Avarentos,
presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães...” (6).“...ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes...” (6).“...cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos
deleites do que amigos de Deus” (6).
Assim sua somatória é: “666”. O Dr. Wim Malgo salienta que“o número 6 é o número dos dias da semana sem o sábado, ou também o número da criação sem o Criador; o número do mundo sem Deus”.
(d) Nas monarquias:
Nas passagens de (Jr 39.1-2; 52.4-6; comp. 2Rs 25.1-3) está escrito:“...era o ano nono...no mês décimo... era o undécimo ano... no quarto mês, aos nove do mês...”
Isso são exatamente: “3 x 6 meses: 666”. Segundo os Anais da História, a dinastia fundada por Sinaqueribe, durou 666 anos.
A estátua do rei Nabucodonosor, erigida no “campo de Duna”, tinha
de altura 60 côvados e de largura 6, enquanto que a banda de música era composta de seis peças(Dn 3.1, 7, 10).
O império romano pisou a cidade de Jerusalém 666 anos, da batalha de Actium,31 a.C. a conquista sarracena, 635 d.C.
O pacto Stálin – Hitler para tomar e dividir a Polônia, deu se
em 20 de agosto de 1939. Deste Pacto resultou a segunda guerra mundial, que terminou em 22 de junho de 1941. Exatamente 666 dias.
CXXIV(e) Na forma numérica: “D. Smith Quando o nome de “Nero Caesar” passa para o equivalente hebraico é “Nrom Ksr”.
Nas línguas primitivas comumente usavam-se letras para a numeração e contas, como era o caso do sistema romano.
O V valia 5; o X, 10 o C, 100 etc.
Assim, no hebraico o equivalente numérico seria: N igual a 50; R, 200; O, 6; N, 50; K, 100; S, 60 e R, 200. O total dava 666”.
(f) No contexto profético: Lendo a passagem de Ed 2.13, nos deparamos com a expressão repentina: “Os filhos de adonição, seiscentos e sessenta e seis”.
O nome deste cativo significa: “que é senhor dos meus inimigos”: tem sentido especial na terminação do sufixo (“cão”). NO Novo
Testamento, o versículo (“666”), Mateus 20.18, traz o terceiro anúncio de sofrimentos com as palavras:
“Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão à morte”.
g) No alfabeto inglês, a começar com a letra A valendo 100; com o B valendo 101; o C, 102; e assim por diante, as letras seguintes terão valor certo. Assim, H será 107; I, 108; T, 119; L, 111; E,
104; R, 117.
Total (Hitler) dará 666. No dizer do vidente João em sua 1 epístola 2.18: “...muitos se têm feito anticristos...” Isso nos leva a entender que, todos esses homens e sistemas, em algum
significado do pensamento, foram representantes do Anticristo. Tudo nos leva a crer, que o Anticristo será o governante “666” de um sistema político mundial, partindo de Ninrode até o “filho
da perdição”, quando então terminará esse sistema político-gentílico-mundial.

JESUS CHEGA A JERUSALÉM EM UM JUMENTINHO


Conscientemente ou não, a vida de Jesus vem cumprindo à risca as profecias judaicas. Ele é judeu de nascença. É descendente direto de Davi. Uma grande estrela surgiu pela manhã no céu no momento de seu nascimento, em Belém.  Pode-se argumentar que, depois de adulto e já versado nas Escrituras, ele tenha passado a planejar suas atitudes e seus pronunciamentos para que eles estivessem de acordo com as previsões dos profetas.
Agora é o momento do símbolo definitivo: se Jesus escolher ir a Jerusalém durante a Páscoa montado em um jumento, ele estará transmitindo uma mensagem poderosa. Conforme escreveu o profeta Zacarias: “Alegre-se muito, cidade de Sião! Exulte, Jerusalém!
Eis que o seu rei vem a você, justo e vitorioso, humilde e montado num jumento, um jumentinho, cria de jumenta.  Ele proclamará paz às nações e dominará de um mar a outro e do Eufrates até os confins da terra.”Cumprir a profecia de Zacarias seria fácil. Há jumentos por toda parte na Judeia. Jesus só precisaria pedir a algum discípulo que lhe trouxesse um.
Aos 36 anos, ele é inteligente o bastante para encenar qualquer profecia que seja. Sua compreensão da fé é profunda e seu conhecimento das Escrituras é enciclopédico. Mas seria uma insensatez se Jesus chegasse a Jerusalém montado em um jumento.
Ele estaria assinando sua sentença de morte. Pois, da mesma forma que os profetas foram muito específicos quanto à maneira como o rei dos judeus viria ao mundo e viveria sua vida, eles também foram claros quanto aos detalhes da sua morte. Ele será falsamente acusado por crimes que não cometeu.
Será castigado fisicamente. As pessoas irão cuspir nele.Ele será despido e os soldados jogarão dados para sortear suas roupas. Ele será crucificado, suas mãos e pés pregados à cruz – e ainda assim nem um só osso de seu corpo será quebrado.E aqueles que o amam assistirão a tudo com pesar, mas não poderão fazer nada para impedir seu sofrimento.
É domingo, dia 2 de abril de 30 d.C. Pôncio Pilatos acabava de voltar a Jerusalém e estáva hospedado no palácio de Herodes, o Grande.
Quando chega à cidade, Herodes Antipas, o tetrarca, hospeda-se a um quarteirão de distância, no Palácio dos Asmoneus. Enquanto isso, no palácio onde mora na Cidade Alta,Caifás se prepara para o maior festival do ano. A semana da Páscoa está prestes a começar.
Os discípulos começam a procurar um jumento.
Jesus de Nazaré tem mais seis dias de vida.  O processo de purificação éra fundamental para poderem celebrar a Páscoa de maneira adequada. Ele cria um estado físico e emocional que prepara o fiel para acolher a santidade de Deus – daí a necessidade de chegar a Jerusalém uma semana antes do dia sagrado.
Os homens se banharão no mikvah e deixarão de fazer sexo com suas esposas até depois da Páscoa por acreditarem que o ato da ejaculação os tornaria seus corpos impuros. Da mesma forma, mulheres menstruadas não poderão se banhar no mikvah e também ficarão proibidas de entrar nas dependências do Templo.
Tocar um réptil também torna o corpo impuro, e qualquer um que entre em contato com um cadáver, mesmo que apenas sua sombra chegue a tocá-lo, é imediatamente considerado impuro e impossibilitado de celebrar a Páscoa.
 Isso, é claro, também se aplica a qualquer um que mate alguém.
Assim, antes mesmo de os peregrinos chegarem a Jerusalém, eles já vêm se preparando mentalmente para a semana que está por vir.
 Têm em mente a necessidade do mikvah e evitam qualquer contato íntimo que possa despertar desejos sexuais. Antecipando o cheiro de cordeiro assado que irá pairar por toda a
cidade de Jerusalém enquanto os banquetes da Páscoa são preparados nos fornos, os peregrinos contam seu dinheiro, preocupados, sem saber como pagarão não só pela comida como também pelos impostos inevitáveis a que estarão sujeitos na cidade.
Apesar de terem os pés e as pernas doloridos após caminharem por quilômetros e quilômetros de terreno hostil, os peregrinos se sentem transformados pelo magnetismo de Jerusalém.
Já não pensam em suas fazendas que ficaram para trás, ou na cevada que deverá ser colhida logo que eles chegarem de viagem, mas sim na santidade e na pureza.
Logo subirão a colina conhecida como o Monte das Oliveiras e, ao olharem para baixo, verão Jerusalém em toda a sua glória.
 O Templo reluzirá, branco e dourado, sob a luz do sol, e os muros imponentes do Monte do Templo os deixarão perplexos como sempre.  O esplendor do Tempo lhes lembrará de que eles chegaram ao centro da vida judaica. Já faz quase 50 anos que o Templo foi renovado e expandido, e a primeira Páscoa moderna,
celebrada em seus pátios. Mas até para aqueles que são velhos o suficiente para terem estado ali naquele dia, esta Páscoa promete ser a mais memorável da História. E sua chegada a Jerusalém será diferente de   qualquer outra antes – ou depois – dela.
– Estamos subindo para Jerusalém – diz Jesus aos seus discípulos enquanto eles se preparam para partir –, e o Filho do homem será entregue aos chefes dos sacerdotes e aos mestres da lei.
 Eles o condenarão à morte e o entregarão aos gentios para que zombem dele, o açoitem e o crucifiquem. No terceiro dia ele ressuscitará!
Se essas palavras perturbam os discípulos, eles não deixam transparecer. Pois a jornada deles já dura vários meses, e não meros dias, como para a maioria dos peregrinos.Após a Festa dos Tabernáculos seis meses atrás, Jesus e os discípulos não voltaram à Galileia. Em vez disso, deram início a uma viagem tortuosa.
Sua primeira parada, o vilarejo de Efraim, ficava a apenas 24 quilômetros de Jerusalém. De lá, eles viajaram em grupo para o norte, na direção oposta de Jerusalém, até as fronteiras da Samaria e da Galileia.  E então, chegada a época da Páscoa, deram meia-volta e marcharam para o sul, seguindo o rio Jordão e juntando-se à longa caravana de peregrinos a caminho da Cidade Sagrada.
Os discípulos agora tentam se posicionar da melhor forma possível em seu caminho para Jerusalém.
Tiago e João perguntam ao Nazareno se podem ser seus principais assessores no novo regime, fazendo o seguinte pedido: “Permite que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda.”
Ao ouvirem isso, os outros 10 ficam furiosos. Eles vinham seguindo Jesus como um grupo coeso há mais de dois anos, abandonando seus trabalhos, suas esposas e qualquer coisa remotamente parecida com a vida que tinham antes.
Todos os discípulos esperam poder colher os frutos da glória que virá depois que o novo Messias derrubar o governo romano. Pedro está tão seguro de que Jesus liderará uma ofensiva militar que planeja comprar uma espada. Mas Jesus não tem planos de travar guerra nem de formar um novo governo.
Em vez de repreender Tiago e João, ele se esquiva calmamente do pedido. Então chama os discípulos para junto de si, implorando que eles se concentrem em servir uns aos outros em vez de entrar em disputas por posições e status.
– Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
Mais uma vez, ele está prevendo sua morte.
Os discípulos, no entanto, estão de tal forma concentrados no momento glorioso em que Jesus se revelará como o Cristo que ignoram o fato de que ele está lhes dizendo que morrerá em breve. Os romanos não serão derrubados do poder.
Não haverá um novo governo.Porém a insistência dos discípulos em ignorar isso é compreensível. Jesus geralmente fala na forma de parábolas, e o frenesi em torno do Nazareno é agora fenomenal.
A adoração dedicada a Jesus torna qualquer menção à morte inconcebível. A multidão compacta de peregrinos o trata como um membro da realeza, atenta a cada palavra sua e recebendo-o com entusiasmo e reverência.
No vilarejo de Jericó,
dois homens cegos se referem a ele como “Senhor, Filho de Davi”, alcunha que só pode ser atribuída ao Cristo. Quando Jesus não repreende esses cegos, os discípulos sentem-se encorajados.
Jerusalém fica a apenas 40 minutos de caminhada do vilarejo de Betânia, onde eles param para
passar a noite.
 Hospedam-se na casa de Lázaro e suas irmãs, Maria e Marta, preferindo não se arriscar a viajar após o pôr do sol e no começo do sábado. Essa será a base do grupo durante a semana de Páscoa,
e Jesus e seus discípulos planejam voltar para lá quase todas as noites com a promessa de uma refeição quente e descanso.
O sábado é o dia mais sagrado da semana. Os judeus o chamam de Shabbat, mas o nome romano faz
referência ao planeta Saturno.
 É um dia de descanso obrigatório na religião judaica, em homenagem ao descanso de Deus após a criação do Universo. Jesus e os apóstolos usam esse tempo para relaxar, preparando-se para a semana que está por vir. Na manhã seguinte, Jesus escolhe dois discípulos e lhes atribui uma tarefa muito especial.
– Vão ao povoado que está adiante de vocês – ordena ele –; logo encontrarão uma jumenta amarrada,
com um jumentinho ao lado. Desamarrem-nos e tragam-nos para mim. Se alguém perguntar algo, digamlhe que o Senhor precisa deles e logo os enviará de volta.
Então Jesus e os outros 10 discípulos seguem viagem. Sabendo que voltarão à casa de Lázaro à noite,
levam pouca bagagem, não havendo necessidade de carregar o saco de mantimentos ou os cajados
exibidos pela maioria dos peregrinos.
Multidões se reúnem em volta de Jesus no caminho e suas vozes trazem o sotaque da região de onde
cada um vem. Os peregrinos estão entusiasmados com o fato de que sua jornada esteja quase chegando ao fim, muitos deles exultantes por estarem na presença de Jesus de Nazaré.
Logo na outra ponta de Betfagé, os dois discípulos estão à espera. Um deles segura as rédeas de um
jumento que nunca serviu de montaria antes.
O animal não está selado.
Um discípulo retira seu manto quadrangular e o deposita sobre as costas do animal à guisa de sela. Os outros discípulos também despem seus mantos e os estendem no chão num gesto de submissão, formando um tapete sobre o qual o jumento possa passar. Seguindo o exemplo, muitos peregrinos tiram o próprio manto e o estendem no chão.
 Outros reúnem folhas de palmeiras ou galhos partidos de oliveiras e ciprestes e os balançam no ar
com alegria. Este é o sinal que todos vinham esperando. O cumprimento da profecia de Zacarias.
– Bendito é o rei! – grita um discípulo. Os demais presentes se juntam a ele, aclamando Jesus e chamando seu nome.
– Hosana – cantam eles. – Hosana nas alturas.
Jesus segue em frente montado no jumento e as pessoas se curvam.

A Morte De Acazias



A profecia da morte d e Acazias
2 Reis 1.4,16,17.Em 2 Reis há numerosas profecias cujo cumprimento
também é registrado. Elias profetizou que Acazias morreria, por ter enviado mensageiros para consultar Baal-Zebube, ídolo dos filisteus, ao invés do Deus verdadeiro (v. 4). Sua morte foi registrada como profecia cumprida nos versículos 16 e 17.

APOCALIPSE 21 / OS NOVOS CÉUS, A NOVA TERRA E A NOVA JERUSALÉM

APOCALIPSE 21 .Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo” (v. 2). Esta cidade é diferente da Jerusalém atual e foi criada para ser o centro da população na nova Terra. Sem explicar o porquê, João afirma que a Nova Jerusalém desce das moradas celestiais, da parte de Deus. Então embora o novo Céu e a nova Terra sejam criados nessa ocasião, aparentemente esta nova cidade já existia.  Uma vez que ela n

OS NOVOS CÉUS, A NOVA TERRA E A NOVA JERUSALÉM
Descrição geral veja;
Apocalipse 21.1-8. Depois de revelar a destruição da velha Terra e do velho Céu, João escreveu o que contemplou: 
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (v. 1).
A revelação bíblica fornece pouca informação sobre o novo Céu e a nova Terra, exceto pela inferência de que serão muito diferentes dos atuais. A única característica importante mencionada aqui é que não mais haverá mar, em contraste com a atual situação, em que a maior parte do nosso planeta é coberta pela água.
Pela maneira como segue a narrativa, julgasse que a nova Terra será esférica, porque haverá as direções norte, sul, leste e oeste como no  (v. 13), mas não há indicação de que ela será maior ou menor do que a atual. Em vez de focalizar sua atenção no novo Céu e na nova Terra, Apocalipse fala da Cidade Santa, a Nova Jerusalém. João escreve:
“Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo” (v. 2). 
Esta cidade é diferente da Jerusalém atual e foi criada para ser o centro populacional na nova Terra. 
Sem explicar o porquê, João afirma que a Nova Jerusalém desce das moradas celestiais, da parte de Deus. 
Então embora o novo Céu e a nova Terra sejam criados nessa ocasião, aparentemente esta nova cidade já existia.
 Uma vez que ela não foi construída na nova Terra, alguns se supões a possibilidade de que será uma espécie de satélite  pairando sobre  o nosso planeta durante no Milênio de Cristo e, como tal, seria o lar dos santos ressurretos que foram trasladados que estarão em uma dimensão muito superior dos que estiverem na terra do milênio, porque não pertencerá a igreja quem não foi arrebatado.
 Estes poderiam ir da Nova Jerusalém à Terra milenar, assim como hoje pessoas moram em regiões consideradas rurais e trabalham nos grandes centros urbanos. 
Isso resolveria o problema de onde viveriam os milhões de pessoas ressurretas e trasladadas durante o Milênio, quando na Terra ainda haverá uma população que vivendo em seus corpos naturais, e nenhum cenário da Terra milenar leva em conta os milhões de pessoas que não estão em seus corpos naturais, mas servem ao Senhor. 
O fato dessa proposta ter pouca aceitação indica que tal doutrina não deve ser ensinada dogmaticamente por dificuldades de entendimento até de alguns pastores como eu mesmo tenho presenciando.
A Nova Jerusalém é mencionada nas Escrituras em algumas passagens (Is 65.17; 66.22; 2 Pe 3.13; Ap 3.12). 
Várias dessas predições sobre esta cidade acham-se em contextos que tratam do Milênio, e isso confundiu muitos  expositores quanto à relação entre a Nova Jerusalém e o período milenar. A resposta é que, ao tratar de acontecimentos futuros, muitas vezes certos eventos separados pelo tempo são unidos como se acontecessem simultaneamente.
 Isso é especialmente verdade, por exemplo, com respeito à primeira e à segunda vinda de Cristo que, no Antigo Testamento, muitas vezes são mencionadas no mesmo versículo, daí a dificuldade que se tem de interpretar (Is 61.1,2; cf. Lc 4.17-19). 
De maneira semelhante, em Daniel 12.2, as ressurreições dos justos e dos ímpios são mencionadas no mesmo versículo, mas a revelação posterior demonstra que haverá um intervalo de 1.000 anos entre o ressurgimento dos crentes e o dos incrédulos.
Em Malaquias 4.5, o retorno de Cristo é seguido no v. 6 por uma referência à sua primeira vinda. Também no Novo Testamento eventos semelhantes são reunidos, embora estejam separados no tempo, como em 2 Pedro 3.10-13, que se refere ao começo do dia do Senhor, mas, depois, relata eventos como a destruição dos céus e da Terra, que acontecerá no final do dia do Senhor, ou seja, no término do Milênio. (O milênio e o dia do Senhor) 
A ausência do mar na nova Terra também deixa claro que Apocalipse 21 não trata do Milênio, como alguns resolveram argumentar, pois há várias referências a mares em passagens que descrevem o reino milenar (SI 72.8; Is 11.9,11; Ez 47.10, 15,17,18, 20; 48.28; Zc 9.10; 14.8).
A tendência de alguns estudiosos contemporâneos de tentar encontrar o cumprimento do Milênio no novo Céu e na nova Terra ignora essas importantes diferenças de descrição entre o novo e o atual planeta.
A revelação que João recebeu sobre a nova Terra, o novo Céu e a Nova Jerusalém lembramos que o apóstolo vê profeticamente o que acontecerá no futuro, não o que existia enquanto ele estava na Terra.
 João foi projetado ao futuro na história do mundo até o tempo que se segue ao final do Milênio, quando esta importante mudança de cenário acontecerá. Alguns estudiosos também ficam confusos porque a cidade é descrita como “ataviada como noiva adornada para o seu esposo” (Ap 21.2).
Alguns tentaram espiritualizar a Nova Jerusalém, ao apresentá-la como se fosse apenas um grupo de pessoas.
À medida que a visão do Apocalipse se desenrola, João contempla uma cidade real, e a referência “ataviada como noiva adornada para o seu esposo”, é apenas uma maneira de indicar sua
beleza e novidade.
O contexto da Nova Jerusalém na nova Terra é a provisão divina de um lar abençoado para os santos de todas as dispensações. Embora não seja revelada em detalhes no Antigo Testamento, Abraão, que esperava o cumprimento da promessa divina com respeito ao Milênio, também aguardava uma cidade celestial (Hb 11.10-16; cf. 12.22-24).
Na Nova Jerusalém, Deus estabelecerá a sua residência; na verdade, ela será o seu templo. João escreveu: “E [Deus] lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21.4).
Ao fazer esta declaração, João não quis dizer que vamos chorar no Céu e Deus fará que nosso pranto cesse, e, sim, que a simples idéia de choro será totalmente estranha ao ambiente celestial de onde todo sofrimento nã existirá.
 Será um tempo de regozijo na graça de Deus e uma oportunidade e privilégio de adorar e servir ao Senhor. Essa situação será uma ordem totalmente nova, conforme João registrou:
“E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou:
Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras” (v. 5).
Em outro resumo da natureza do Céu e da Nova Jerusalém, João escreveu: “Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.
O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho. Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (w. 6-8).
Ao referir-se a si mesmo como “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim” (v. 6), Cristo afirmou que ele é o primeiro e o último, já que a primeira e a última letras do alfabeto grego são mencionadas, definindo-se ainda como o princípio e o fim. Jesus é o Eterno, e as verdades que ele fala são palavras que durarão para sempre.
A maravilha da salvação pela graça e pelo usufruir da fonte da água da vida são parte da maravilhosa provisão que Deus fez para os que põem nele a sua confiança.
Isso se refere a quão abundante é a nossa nova vida em Cristo, conforme indicado no convite de Isaías 55.1 e de Jesus, em João 4.10,13,14.
 A promessa de que todas as coisas serão herdadas pelos vencedores, os que confiam em Cristo, bem como a certeza de que o Senhor será seu Deus e eles serão seus filhos são ilustrações da graça abundante que os crentes encontram em Jesus e de quão maravilhosa é a nossa herança (cf. Mt 5.5; 19.29; 25.34; 1 Co 6.9,10; Hb 1.14; 9.15; 1 Pe 1.4; 3.9; 1 Jo 5.5).
Vencer pela fé também é mencionado como base de galardão nas mensagens de Cristo às sete igrejas (Ap 2 e 3) e é destacado por Paulo como sua esperança e expectativa:
“Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso: seja Paulo, seja Apoio, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras,
tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo, de Deus” (1 Co 3.21-23).
Aqueles cujas vidas são caracterizadas pelo descaso em relação a Deus e aos seus mandamentos morais serão excluídos.
Esta revelação não significa que as pessoas que em algum ponto de suas vidas envolveram-se com tais atos não possam ser salvas, e sim que, se a qualidade de suas existências como um todo for caracterizada por tais pecados, seu destino será o lago de fogo.
 Nas Escrituras, como na vida cotidiana, pessoas com os mais sórdidos históricos de vida foram salvas, perdoadas,justificadas e destinadas ao Céu.
Os que não respondem pela fé o chamado de  Cristo enfrentarão o fato de que seu destino será a segunda morte, o lago que arde com fogo e enxofre. Vamos ver a Nova Jerusalém Apocalipse 21.9-27. Depois de examinar o caráter geral da nova Terra e da Jerusalém celestial, João obteve revelações sobre a Santa Cidade, Jerusalém, mencionada no v. 2.
 Eruditos que em outros pontos concordam na interpretação profética fazem a pergunta se esta seção, a qual começa com o v. 9, não é uma recapitulação que os leva de volta ao reino milenar, ou se ela está em ordem cronológica e é uma descrição do novo Céu, nova Terra e da Nova Jerusalém que virão depois do Milênio.
Embora eruditos de renome se achem em ambos os lados desse debate, como todo o material posterior a 19.11 surge em ordem cronológica, parece mais lógico que a narrativa continue na seqüência dos acontecimentos, com a apresentação da Nova Jerusalém e sua descrição detalhada a seguir.
Depois de apresentar o assunto em 21.2-8, passagem que a
maioria dos estudiosos admite como uma descrição do estado eterno, seria mais lógico que o v. 9 também se referi se  à eternidade, e não ao reino milenar.
Vejamos bem, a medida que os detalhes sobre a cidade são revelados, fica claro que não se trata de uma situação milenar, pois não há lugar para uma cidade tão grande como a celestial, a Nova Jerusalém, ser colocada na Terra Santa durante o reino milenar.
As Escrituras descrevem a Jerusalém do Milênio em termos bem diferentes (Ez 40 a 48).
 A revelação fornecida nesses versículos finais do livro de Apocalipse nos oferece um panorama para compreendermos a beleza do estado eterno do qual os crentes participarão, na Nova Jerusalém e na nova Terra.
Um dos problemas interpretativos é até onde a interpretação simbo­lica é permitida na compreensão desta passagem. Como regra geral, a melhor interpretação é aquela que oferece uma visão literal do que é revelado, mas permite que o conteúdo do que é visto tenha um significado espiritual além do material.
João escreveu:
“Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus” (Ap 21.9-10).
 O problema mencionado no v. 2 sobre como uma cidade pode ser uma noiva está presente mais uma vez aqui. Na verdade, a Eleita de Cristo é composta de pessoas que aceitaram a Jesus na presente dispensação e formam a Igreja.
Na apresentação da Santa Cidade a João, há um relacionamento com a noiva, por causa da beleza de Jerusalém ser semelhante à beleza da noiva.
É óbvio que, em sentido literal, ela não pode ser ao mesmo tempo uma cidade e uma noiva, de modo que uma das descrições deve complementar a outra. João prossegue em sua descrição: “...a qual tem a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina” (v. 11). Começando com este versículo, uma lista de pedras preciosas é mencionada como característica da Nova Jerusalém.
 Às vezes, todavia, é difícil precisar exatamente de que pedra preciosa se trata.
 A cidade toda é como a pedra preciosa jaspe, clara como cristal, segundo João.
Em nossa presente dispensação, a referida pedra não é transparente, mas opaca; isso indica que, embora se assemelhe ao jaspe, provavelmente trata-se de outro tipo de pedra preciosa.
 A descrição que se segue retrata a Nova Jerusalém como uma jóia gigantesca, brilhante com a glória do Senhor e um cenário maravilhoso para deixar evidente a gra­ça de Deus nas vidas dos que creram nele.
João descreveu a cidade: “Tinha grande e alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel. Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três, ao sul, e três, a oeste” (w. 12,13). A cidade descrita por
João é impressionante até mesmo para os padrões modernos.
Embora alguns digam que não se trata de uma cidade literal, e sim um mero símbolo da Igreja, o corpo de Cristo, parece-me melhor considerá-la uma realidade que, em seus elementos, representa a Igreja em algumas de suas qualidades.
A muralha da cidade é descrita como alta e grande, o que ilustra o fato de que nem todos estão qualificados a entrar nela e desfrutar de suas bênçãos.
O número “doze” é muito proeminente na descrição da cidade, conforme observamos nos doze portões, doze anjos, doze tribos de Israel (v. 12), doze alicerces (v. 14), doze apóstolos (v. 14), doze pérolas (v.21) e doze tipos de fruto (22.2).
 Além disso, as dimensões da cidade incluem 12.000 estádios de lado e 144 côvados para a largura de sua muralha (144=12x12).
O fato de os doze portões terem os nomes das doze tribos de
Israel deixa claro que Israel fará parte da população desta cidade.
Em Ezequiel 48.31-34, os doze portões do templo milenar são mencionados: Rúben, Judá e Levi, no lado norte, na direção oeste para o leste; José, Benjamim e Dã, no lado leste, na direção norte para o sul; Naftali, Aser e Gade, no lado oeste, na direção sul para norte; Simeão, Issacar e Zebulom, no lado sul, na direção leste para o oeste. Nada se fala aqui sobre os nomes das doze tribos em relação a portões específicos. Pode ou não acontecer que a mesma ordem de Ezequiel para o templo milenar seja seguida aqui.
João continua a descrição da cidade: “Três portas se achavam a leste, três, ao norte, três, ao sul, e três, a oeste. A muralha da cidade tinha doze.

JOÃO BATISTA ENCONTRA-SE COM JESUS AS MARGENS DO JORDÃO.

Como José sendo carpinteiro habilidoso, ele pode pagar seus impostos. E, na realidade, a maioria das pessoas alí na Galiléia consegue fazer o mesmo, mas com muito esforço. Muitos galileus eram subnutridos por não lhes sobrar comida suficiente para se alimentarem direito. E enquanto sofrem de fome, seus cabelos caem e tanto seus músculos quanto sua esperança definham, uma raiva silenciosa cresce dentro deles.

Como José sendo carpinteiro habilidoso, ele pode pagar seus impostos. E, na realidade, a maioria das pessoas alí na Galiléia consegue fazer o mesmo, mas com muito esforço. Muitos galileus eram subnutridos por não lhes sobrar comida suficiente para se alimentarem direito. E enquanto sofrem de fome, seus cabelos caem e tanto seus músculos quanto sua esperança definham, uma raiva silenciosa cresce dentro deles.
Porém, em vez de culpar Roma ou César Augusto, o povo da Galileia começa a dirigir seu ódio uns contra os outros, deixando de emprestar grãos ou azeite a seus amigos e parentes por medo de que seu próprio estoque não lhes chegue e ignorando a tradição judaica de perdoar as dívidas.
A comunidade camponesa unida que se sustentara por tantas gerações, passando pelo domínio dos gregos, dos persas e dos assírios, começa a ruir sob o controle de Augusto e Antipas.
As grandes lendas do povo judeu falam sobre heróis de sua fé erguendo-se para derrotar invasores estrangeiros.
 O povo anseia pelos dias gloriosos do rei Davi, tantas centenas de anos atrás, quando os judeus eram seus próprios mestres e Deus era a força incontestável e mais poderosa de todo o cosmos. Os habitantes da Galileia são livres pensadores. Sua crença inabalável em que no final eles irão controlar seu próprio destino é um dos motivos pelos quais a exortação de Judas de Gamala para que eles se sublevassem contra Roma teve um impacto tão profundo.
Nessa crença há esperança. As atribulações na região e a crueldade de Roma fizeram ressurgir a fé no poder do Deus judeu, ao qual eles oram, pedindo que lhes traga salvação, força e alívio. Esse era  o mundo em que vivia um certo  jovem Jesus de Nazaré chamado Jesus.
Essas são as orações que ele ouve todos os dias. A promessa da libertação provinda de Deus é um raio de luz que consola o povo oprimido da Galileia. Um dia, se eles resistirem, Deus irá enviar alguém para fazer justiça, como o fez com Abraão, Moisés, Daniel, Sansão e Davi. Dez anos após a morte de Herodes, o Grande, os habitantes de Nazaré, o vilarejo de Jesus, assim como os de toda a região, esperam ansiosamente um novo rei dos judeus.
Não se sabe até que ponto Jesus é afetado por toda essa turbulência em sua cidade. Ele cresce e se torna um homem forte, que respeita seus pais. José morre em algum momento em meado  dos 13 e os 30 anos de Jesus, deixando o responsável  da família.
 Jesus continua dedicado à mãe, e ela ao filho. Porém, ao completar 30 anos, Jesus de Nazaré sabe que não pode mais  ficar em  silêncio.
É chegada a hora de cumprir o seu destino é uma decisão que irá mudar o mundo  que inevitavelmente  também levará Jesus à sua dolorosa morte.
Se vê a beira Rio Jordão, Pereia era 26 d.C. por volta  meio-dia um homem batisava seus dicípilos. João Batista está submerso até a cintura no rio frio e turvo, esperando pacientemente que o próximo peregrino atravesse a água e chegue ao seu lado. Ele olha para o litoral, onde um grande número de fiéis faz fila às margens lamacentas do rio Jordão, ignorando o calor enquanto esperam passar pela imersão ritual que irá lavar seus pecados segundo a pregação do último dos profetas.
Os fiéis são em sua maioria trabalhadores pobres. Estão encantados com João e seus ensinamentos radicais. O jovem de cabelos longos, pele queimada de sol e barba desgrenhada disciplinou-se a viver sozinho no deserto, sobrevivendo com uma dieta de gafanhotos, que lhe dão proteína, e mel, que lhe dá energia. Sua roupa não é a toga elaborada dos fariseus arrogantes que o observam da margem do rio, mas uma túnica grosseira feita de pele de camelo, presa com firmeza em volta da cintura por um cinto de couro simples.
 João é celibatário; sua paixão é dedicada a Deus e somente a Deus.
 Alguns o consideram excêntrico, outros um rebelde, e muitos acham ríspida sua forma direta de falar, porém todos concordam que ele é profeta e  teve a ousadia de lhes prometer algo que nem Roma nem os sacerdotes podem oferecer: esperança. Assim, os fiéis vieram cobrar essa promessa. O fim do mundo como o conhecemos está próximo, prega João. Um novo rei virá fazer justiça.
Entrem  na água e limpe-se de seus pecados, ou esse novo governante ungido – esse “Cristo” – irá puni-los da forma mais horrenda possível. É uma mensagem ao mesmo tempo religiosa e política, que desafia diretamente o Império Romano e a hierarquia do Templo judeu. João estende o braço ao próximo peregrino que se aproxima. Mas antes que possa batizar o homem, um coletor de impostos exclama na margem:
– Mestre, o que devemos fazer?
Ele fala em nome de sua profissão, sabendo muito bem que é desprezado por extorquir dinheiro judeu para um rei pagão em Roma.
– Não coletem nada além do que foi estipulado – responde João. Há pouca sombra às margens do Jordão, e os fiéis vinham esperando pacientemente pela oportunidade de serem submergidos na água fria do rio. Mas, apesar do desconforto, todos ouvem com atenção o que João tem a dizer.
– E nós, o que devemos fazer?
– Pergunta um soldado.
É do conhecimento de todos que muitos soldados cometeram atos condenáveis em nome de Tibério, o pervertido e odiado novo imperador.
A resposta de João, entretanto, não é condenatória.
– Não pratiquem extorsão nem acusem ninguém falsamente; contentem-se com o seu salário. Batista torna a voltar sua atenção para o homem parado ao seu lado no rio. Ele ouve atentamenteenquanto o homem confessa seus muitos pecados. Então, ora para ele:
– Eu os batizo com água.
Mas virá alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno seguer de desamarrar as correias das suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo.
Apenas um escravo receberia a tarefa de desamarrar as sandálias de um homem, de modo que essas palavras são poderosas, uma imensa demonstração de respeito.
Enquanto o peregrino assente, João pousa uma das mãos no centro das costas do homem e o faz baixar lentamente em direção à água, mantendo-o submerso por alguns segundos e erguendo seu tronco em seguida. O peregrino, aliviado, seus pecados agora perdoados, atravessa a correnteza lenta de volta à margem. Antes de ele alcançar a beira do rio, outro fiel já se aproxima para experimentar a mesma sensação.
– Quem é você?
 – Indaga com firmeza uma voz vinda da margem.
João estava esperando por isso. A pergunta feita em tom arrogante vem de um sacerdote, enviado de Jerusalém para avaliar se João estaria cometendo heresia. O homem santo não está sozinho, tendo feito a viagem em companhia de outros fariseus, saduceus e levitas.
– Eu não sou o Cristo –
_Exclama João em resposta.
Os sacerdotes sabem que ele se refere ao novo rei judeu, um homem como Saulo e Davi, os grandes  governantes de gerações passadas que foram escolhidos por Deus para liderar os israelitas.
– E então, quem é você?
 – Pergunta um deles.
 – É Elias?
João já havia ouvido essa comparação antes. Assim como ele, Elias era um profeta que pregava que o fim do mundo estava próximo.– Não – responde João com firmeza.
– Quem é você? – torna a perguntar o sacerdote. – Dê-nos uma resposta, para que a levemos àqueles que nos enviaram. João prefere invocar as palavras do profeta Isaías, um homem cujo nome significa “o Senhor salva”.
Ele vivera 800 anos antes e diz-se que seu martírio foi ser serrado ao meio por conta das muitas profecias audaciosas que fez. Em uma dessas previsões, Isaías disse que um homem viria contar ao povo sobre o dia em que o mundo chegaria ao fim e Deus surgiria na Terra. Esse homem seria “a voz do que clama no deserto”, pedindo que “façam um caminho reto para o Senhor”.
João havia orado e jejuado por vários dias. Ele acredita piamente que é o homem sobre quem Isaías escreveu. Mesmo que sofra uma morte terrível, ele se sente obrigado a viajar de cidade em cidade,
contando a todos que o fim do mundo está próximo e que, para se preparar, eles devem ser batizados. – Quem é você? – voltam a perguntar os sacerdotes, elevando o tom de voz, ficando mais irritados e insistentes.
– Eu sou a voz que clama no deserto – responde João.
Os sacerdotes do Templo não são os únicos oficiais que observam João Batista de perto. Da nova capital Tiberíades, construída em uma escala ainda mais grandiosa do que Séforis, Herodes Antipas enviou espiões ao rio Jordão para vigiar cada passo dele. João Batista éra o principal assunto na Galileia, e Antipas teme que esse evangelista carismático acabe levando o povo a se rebelar contra ele.
Antipas está preparado para lidar com João da mesma maneira que lidou com Judas de Gamala há quase 20 anos. Mas a mensagem não violenta de João o torna uma ameaça muito maior. A vida na Galileia se tornou ainda mais difícil desde a execução de Judas.
A decisão de erguer Tiberíades às margens ensolaradas do mar da Galileia uma década depois de reconstruir Séforis aumentou o fardo tributário dos galileus. Como em todos os projetos arquitetônicos de Antipas, ele não poupou gastos. Os camponeses da Galileia têm que pagar ainda mais impostos para cobrir esses custos da obra.
O nome Tiberíades foi dado à nova cidade em homenagem ao imperador romano que sucedeu o falecido César Augusto. Tibério havia sido um grande general no passado, defendendo Roma dos bárbaros germânicos. Mas uma vida de infortúnios pessoais o transformou em um homem horrível. Ele não conhece limites.
Um de seus divertimentos é nadar com “peixinhos” escolhidos a dedo, meninos nus cuja função é persegui-lo pela piscina imperial e mordiscá-lo entre as pernas.
Dentre as inúmeras depravações do imperador, essa é a menos grave, mas Antipas sabe que não está em posição de condená-lo moralmente. Mesmo após mais de duas décadas de poder, ele governa unicamente segundo as ordens de Roma. E, além disso, Antipas tem seu próprio histórico de depravações.
Ele se divorciou de sua esposa e se casou com a esposa do irmão, uma atitude abominável aos olhos do povo judeu. De modo que, além de planejar matar João Batista – um homem cujo único crime é falar abertamente de sua paixão pela vinda do Senhor –, Antipas batizou a capital da devota província judaica em homenagem a um pagão de 68 anos que realiza orgias em sua casa particular e elimina seus inimigos atirando-os de cima de um penhasco de 300 metros de altura.
E, embora Antipas se recuse a condenar moralmente Tibério, o homem cruel que controla seu destino, Batista não possui os mesmos pudores.
Em Jerusalém há uma aliança inquietante entre fé e política, e essa relação profana também segue os passos de Batista. Desde que Augusto declarou Arquelau, filho de Herodes, o Grande, incapaz de governar 20 anos atrás, quatro outros governadores romanos estiveram no controle da Judeia. O quinto acaba de chegar. Seu nome é Pôncio Pilatos.
Enquanto João Batista prega às margens do rio Jordão e Jesus de Nazaré está prestes a quebrar os anos de silêncio autoimposto a respeito de sua identidade, Pôncio Pilatos desembarca na cidade fortificada de Cesareia para ocupar o cargo recentemente vagado por Valério Grato.
Pilatos vem da Itália central e é membro da classe equestre e ex-soldado. Corpulento e arrogante, é casado com Cláudia Prócula, que o acompanha até a Judeia. Trata-se de uma nomeação desanimadora, porque  a Judeia é conhecida por ser muito difícil de governar. Mas, caso seu marido se destaque nesse posto diplomático remoto, os poderosos de Roma talvez possam garantir a transferência de Pilatos para um lugar melhor.
Pilatos não é amigo dos judeus. Um de seus primeiros decretos oficiais é ordenar que  tropas romanas em Jerusalém decorem os estandartes com bustos do imperador Tibério. Quando o povo
protesta contra essas imagens, que são ídolos proibidos pela lei judaica, Pilatos toma a decisão de ordenar que seus soldados cerquem os manifestantes e desembainhem a espada como se pretendessem começar um ataque.
Os judeus nem sequer cogitam recuar. Em vez disso, inclinam-se para a frente e estendem o pescoço, deixando claro que estão dispostos a morrer por tudo aquilo em que acreditam.
É a primeira vez que Pilatos vê com os próprios olhos o poder da fé judaica. Ele ordena que seus homens retrocedam e os estandartes são removidos.
Pilatos então desenvolve uma nova estratégia para lidar com os judeus: decide formar uma complicada aliança com o sacerdote mais poderoso do Templo de Jerusalém. Caifás vem de uma família de sacerdotes e vive em uma casa luxuosa na Cidade Alta. Ele possui total poder sobre a vida religiosa em Jerusalém, inclusive no que diz respeito à aplicação da lei judaica – mesmo que isso signifique condenar um homem ou uma mulher à morte.
É claro que, embora ele possa proferir esse tipo de sentença, é o governador romano quem decide se ela será executada ou não.
Pilatos é um romano pagão. Caifás é judeu. Eles adoram deuses diferentes, comem comidas diferentes, têm diferentes expectativas para o futuro e falam línguas diferentes. Pilatos está sob o
comando de um imperador divino, enquanto Caifás está sob o comando de Deus. Mas os dois dominam a língua grega e acreditam que têm o direito de fazer tudo o que for preciso para permanecerem no poder.
Dessa forma, a política e a fé mantêm a Judeia numa camisa de força. E agora é Caifás quem desempenha o seu papel nessa parceria, enviando um grupo de autoridades religiosas para avaliar com um olhar crítico o ministério de João Batista.
E João prega .
– Raça de víboras!  Para os sacerdotes do Templo que vieram até a beira do rio para questioná-lo. – O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será
cortada e lançada ao fogo. Todos os olhos se voltam para as autoridades religiosas estupefatas e depois fitam João novamente, à espera do que ele dirá em seguida.
 Embora todos saibam que alguns desses homens eruditos são extremamente hipócritas, ninguém ousa criticá-los em público. Porém João, de forma desafiadora, exige que os fariseus e saduceus sejam batizados ou queimem no fogo eterno.
Os clérigos ficam chocados com as palavras de João, mas não dizem nada.
João volta a dar atenção aos numerosos fiéis que vieram para ser batizados. Camponeses, artesãos, coletores de impostos e soldados – todos respeitam seu estilo de vida monástico, assim como sua franqueza e seu vigor.
Há uma independência destemida em seu comportamento que muitos querem imitar. Ele parece imune às ameaças de Roma. Alguns na multidão estão curiosos para saber se João paga seus
impostos – e, se não, o que acontecerá com ele.
Acima de tudo, o que cada um dos presentes se pergunta no fundo do coração é se o próprio João não seria o Messias sobre o qual ele prega.
A resposta vem no dia seguinte. João está mais uma vez parado nas águas do Jordão. O vilarejo de Betânia está atrás dele, na margem oposta. Como de hábito, o dia está quente e os fiéis aguardam em longas filas para serem batizados.
 Ao longe, João nota que um homem vem andando em direção ao rio. Assim como ele, Jesus de Nazaré tem cabelos longos e barba. Ele usa sandálias e uma túnica simples. Seus olhos são claros, e seus ombros, largos como os de um trabalhador. Ele parece mais jovem que João, mas não muito.
De repente, uma pomba pousa no ombro de Jesus.
Ele não faz menção de espantá-la, e a pompa parece contente em permanecer ali.
Essa pomba muda tudo. Neste momento, a ira que tantas vezes parece alimentar as palavras de Batista desaparece. Ela é substituída por seu assombro ao perceber que sua visão se tornara realidade.
Sob os olhares da multidão de peregrinos, João se aproxima de Jesus, boquiaberto. – Vejam! É o Cordeiro de Deus. Eu vi o Espírito descer dos céus como pomba e permanecer sobre
ele. Eu não o teria reconhecido se aquele que me enviou para batizar com água não me tivesse dito: “Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer, esse é o que batiza com o Espírito Santo.”
Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus. Os fiéis se colocam de joelhos e pressionam o rosto contra a terra. Jesus não reage a esse gesto de adoração, mas também não faz nada para desencorajá-lo. O Nazareno simplesmente entra na água e se coloca ao lado de João, esperando para ser batizado.
João está perplexo.
 – Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?
Jesus não esclarece sua identidade. É um simples carpinteiro, um construtor que trabalhou a vida inteira. Ele memorizou os salmos e as Escrituras, paga seus impostos e toma conta de sua mãe. Para o observador comum, ele não passa de um entre tantos trabalhadores judeus. Não há nenhum sinal óbvio de sua divindade.
Na cultura judaica, autoproclamar-se Deus é um crime capital. Então, falando baixinho com João
Batista, Jesus declara sua identidade. Inclinando a cabeça para aceitar a água do batismo, Jesus diz a João:
– Deixe assim por enquanto; convém que assim façamos, para cumprir toda a justiça. João pousa uma das mãos nas costas de Jesus e o submerge lentamente na água.
– Eu o batizo com água para arrependimento – diz João ao mergulhar Jesus na correnteza.
Ele então o ergue.
– Eu vi e testifico que este é o Filho de Deus – grita João. “Filho de Deus” é um título de realeza, indicativo de que aquele assim chamado é o Messias. Trata-se do título que foi atribuído ao rei Davi. Acredita-se que, quando o Messias voltar, ele será o rei dos
judeus, assim como Davi, o monarca perfeito. As pessoas ao redor compreendem “Filho de Deus” como
um título davídico, o ungido, que vem assumir o papel de governante e rei.
A multidão permanece ajoelhada enquanto Jesus volta à margem e segue seu caminho. Ele se dirige ao deserto para jejuar por 40 dias e 40 noites.
 Essa é uma jornada que ele faz espontaneamente, sabendo que precisa confrontar e derrotar toda e qualquer tentação para purificar sua mente e seu corpo antes de pregar publicamente sua mensagem de fé e esperança.
O trabalho de João Batista está concluído. Mas, junto com isso, seu destino foi selado.

EXISTE HABITANTES EM OUTROS PLANETAS?


Habitantes de outros planetas?
Tal hipótese, conforme era difundida pelos antigos povos, não encontra respaldo bíblico ou mesmo científico. Se os habitantes de outros planetas são realmente felizes, como eles afirmavam, não podem invadir a Terra para se fixarem aqui, como ensina a fantasia dos que acreditam ser os Discos Voadores provenientes de outros planetas povoados. Se vêm aqui
para conquistar a Terra é prova de que por isso não são tão felizes como os tais profetas nos fazem crer; ou se o são, também seriam bem mais curiosos do que nós.
O que certamente seria contrário à revelação da Palavra de Deus. Se realmente esses aparelhos são veículos naturais de outros mundos, então teremos que rever toda a nossa Ciência física e teológica, uma vez que esses "discos" fossem vindos de qualquer planeta do nosso sistema ou de outro, deitariam por terra as afirmações de toda a Ciência e até da Religião.
O que é impossível! O reverendo Francis Cannel, reitor da Universidade Católica de Teologia de Washington, comentando o aparecimento dos Discos Voadores, foi forçado a apresentar o velho ponto de vista que a Teologia Liberal tem quanto à pluralidade dos mundos habitados.
O reverendo esclarece que esses habitantes extraterrenos não são precisamente filhos de Adão e Eva. Se fossem, afirma ele. tudo seria tremendamente complicado no Universo inteiro. Para aclarar porém, a existência de seres (tais como anjos e demônios) que habitam noutra dimensão, lançou quatro hipóteses e somente uma delas corresponde à verdadeira realidade teológica. As outras três varreriam a Deus do mundo da natureza e nos deixariam em eterna confusão.
 "Os seres dos outros mundos receberam de Deus um 'destino', do mesmo modo que Adão e Eva, antes do pecado. Por ocasião da sua criação foram dotados de qualidades sobrenaturais, como, por exemplo, a imortalidade do corpo e um espírito puro (essa afirmação não é do autor: É do sr. F. Cannel).
 Mas como Adão e Eva pecaram, e eles perderam os atributos naturais. Seria o problema (segundo essa teoria) dos seres  humanos transplantados puros e simplesmente para os outros planetas. De ser isto possível, faria contradizer a harmonia de todo o universo".
 "As criaturas extraterrenas foram criadas por Deus em estado de 'natureza', o que quer dizer, com a diferença de Adão e Eva antes do pecado, sem nenhuma das atribuições sobrenaturais contidas na primeira hipótese. "Depois de sua morte conheceriam a felicidade eterna, sem, todavia, terem a possibilidade de ver a Deus face a face (essa teoria é um tanto absurda).
Seria uma tremenda injustiça e absurdo maior ainda, pelos motivos a seguir: "Primeiro: Esses seres teriam de morrer sem ter pecado?
 Nenhuma teologia aceita semelhante resultado; "Segundo: Depois da ressurreição esses seres teriam de fixar toda a eternidade esperando ver o autor da 'felicidade' que gozavam e jamais o
poderiam ver. Seria esse estado feliz?"
Pergunta o dr. Francis Cannel em seu argumentei;
 "Esses seres extraterrenos recebem os mesmos dons sobrenaturais que Adão e Eva, mas não pecaram. Vivem em condições paradisíacas    podem muito bem ter dominado todas as ciências há muito tempo. É razoável supor que estão muito adiantados sobre nós e as viagens interplanetárias não lhes apresentam nenhum problema. Se considerarmos de que dispõem, como Adão e Eva antes do pecado, da imortalidade do corpo, é absolutamente inútil atacá-los com nossas armas ou aviões a jato.Também seria razoável pensar que sendo puros, nada tenham contra
nós e sua intenção seja a melhor possível;"O reverendo admite implicitamente que não devemos depositar nossa confiança (no sentido de nossa integridade) nesses seres vindos do mundo
além, porque pode tratar-se de seres racionais que pecaram contra Deus e perderam a sua graça, ficando sem a possibilidade de redenção".
 Este ponto de vista, portanto, deve ser exatamente aquele que se harmoniza com a natureza dos tais Discos Voadores e do pensamento das Escrituras, pois, como sabemos, jamais suas aparições trouxeram benefícios para aqueles seres por eles visitados.
Os primeiros a serem vistos Os ufologistas têm fixado diversas datas para o aparecimento do "primeiro Disco Voador". Sendo que, segundo se afirma, o maior e talvez o primeiro Disco Voador que a História Mundial nos apresenta apareceu cerca de 1034 de nossa era nos céus da China. Era um verdadeiro Disco, maior que as estrelas e tão brilhante que chegava a ser visível durante o dia. Ficou ali alguns dias; depois desapareceu rapidamente como tinha chegado.
Assustou todo o povo, que lhe deu a interpretação mais chegada à mentalidade daqueles tempos. Nos céus do Brasil por exemplo, o primeiro aparecimento destes seres estranhos já tem mais de 100 anos, pois data de 1846.
Foi o capitão de fragata Augusto Leverger, quem presenciou o fenômeno numa viagem entre Cuiabá (Capital do Estado de Mato Grosso) e Assunção (Capital Federal da República Paraguaia) e o descreveu na GAZETA OFICIAL de novembro de 1987.
A narração completa, entretanto, só foi transcrita no JORNAL DO COMÉRCIO de 7/9/1922. Em todos os séculos, observaram-se fenômenos estranhos no céu, às vezes parecidos com discos, outras vezes com o que hoje chamamos de charuto, ou com outros objetos. Porém, é evidente que essas aparições eram observadas paulatinamente e não incessantemente como na época atual.
Por tal razão frisa o dr. F. Biraur: "O caso multiplicado por um grande número gera a certeza". Em nossos dias os casos de Discos Voadores são tão frequentes por todas as partes que Michel Corrouges (1963), a propósito da "vaga" que tocou a França, em setembro e outubro de 1954, "vaga" que foi caracterizada pelas observações de inúmeras aterragens, faz o seguinte comentário:
"Parece normal que os pilotos de discos se tenham aproximado, cada vez mais da Terra e até das cidades e dos habitantes para os observar de mais perto". Grandes "vagas" destes
seres desconhecidos têm chegado até nós. Se fôssemos anotar estas aparições, formaríamos, sem dúvida, uma lista interminável.
As "vagas". Chama-se "vaga" ao recrudescimento notório das observações de OVNIs.  Só nos apercebemos destes fenômenos pela multiplicação inusitada dos relatórios. Mas precisamente, as "vagas" são constituídas pelo maior número de relatórios de observação que não puderam ser explicados em termos naturais ou convencionais.
Os homens sempre davam a esses objetos desconhecidos nomes conforme sua semelhança com os objetos conhecidos na terra.
E conforme as diferentes crenças e opiniões dos vários povos. Também deram a tais fenômenos celestes explicações 130 que lhes pareciam mais verossímeis. A Bíblia, se estudada cuidadosamente, revela qual a origem e natureza dos tais fenômenos (cf. Is 34.16). Há dois mil anos atrás, por exemplo, apareceram corpos semelhantes aos Discos Voadores de hoje, nos céus do antigo Império Romano.
Dois dos maiores sábios e escritores de então, Plínio e Séneca, descreveram-nos em seus livros, conforme relata o periódico do Vaticano LATINITAS.
 Naquele tempo, não os chamaram Discos Voadores, mas Escudos Voadores. Segundo os testemunhos obtidos da Imprensa Mundial, a partir de 9/2/1978, dia-a-dia avistam-se em todo o mundo objetos voadores não identificados que foram denominados UFOS, famosos a cerca de 30 (para outros 100) anos, tendo seu "boom" a partir do ano citado. Os testemunhos mais vívidos, entretanto, só tiveram seus pontos sistematizados a partir de 1947 - ano em que Kenneth Arnold alegou ter sido quase destruído em 26/7/1947, perto do monte Rainier, em Washington, USA, por um Objeto Voador de vidros iluminados, que passou raspando seu avião e que tinha a forma de um pires - afirma o piloto acima citado.
De acordo também com as informações das testemunhas, os ocupantes de tais aparelhos são descritos assim: "Todos tinham cabelos longos e soltos, olhos brilhantes, grandes e arredondados, etc". Há uma outra descrição que os descrevem assim:
 "Estes Discos Voadores são ripulados por minúsculas criaturas, menos altas de estatura do que a maioria dos habitantes do pequeno planeta de onde provém. Medem, em
geral, 30 centímetros de altura. São assim, fisicamente, porque não precisam de corpos grandes. Porque não precisam de usar o esforço físico.
Bastam-lhes pequenos corpos" -  Conclui o relatório.
 Àluz da Bíblia quem são eles?
Com efeito, os anjos e os demônios maus sempre estiveram ativos no mundo desde o raiar da História da Humanidade; mas, quando tiveram oportunidade, tornaram-se mais ativos de vez em quando.
A presença do Senhor da glória no mundo, o seu Criador e Aquele contra o qual eles se rebelaram no passado, como já tivemos ocasião de ver em uma outra secção deste livro, parece que despertou uma manifestação de oposição até então desconhecida. Até o próprio Satanás, depois de tentar  por três vezes o Filho de Deus para que se tornasse independente do Pai,
cuja vontade Ele veio realizar, esperando assim levá-lo a participar da mentira, abandonou o Salvador apenas nestas condições: "E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo" (Lc 4.13).
O combate final aconteceu na Cruz onde foi esmagada a cabeça daquele que, segundo a predição, teve permissão de ferir "o calcanhar" do Salvador prometido (Gn 3.15).
 Devemos, portanto, ter em mente que o mundo espiritual, especialmente o mundo das trevas, aumentará seu potencial assustadoramente nos ultimos tempos. Um aumento semelhante de atividade dos demônios foi predito para o final desta dispensação e na Grande Tribulação; isso se dará em grau supremo (2 Ts 2.2; Ap 9.1 e ss). Tudo isso alcançará a sua consumação
suprema quando Satanás e seus sequazes forem expulsos dos lugares siderais que agora ocupam e ficarem confinados à Terra. Então será
pronunciado o destino da terra e do mar e uma alegria será ouvida no Céu (Ap 12.12). Em nossos dias todos sabem que uma onda negra de encantamentos, magias e espiritismo em todas formas tem invadido o mundo enganando pessoas.
 Nos dias do poderoso caçador, em oposição à face do Senhor, Ninrode, já se começou a sentir-se esta influência daninha entre a humanidade. Babilônia nasceu
quando Ninrode (cujo nome significa "nós nos revoltaremos"), que foi o primeiro "poder mundial", edificou a cidade na Planície de Sinear, com o objetivo de construir seu império (Gn 10.8-10).
A expressão referente a Ninrode "este começou a ser poderoso na terra" define, provavelmente, o estabelecimento de um primeiro Estado organizado autocraticamente.
Babel, conhecida popularmente como Babilônia, e cuja existência histórica é indubitavelmente comprovada, foi o centro do poder autocrático de Ninrode. A imposição do seu poder sobre
outros povos cujos membros devem ter afluído à Babilônia, quer livremente, quer como escravos, 139 originou o episódio referente à torre de Babel, símbolo do primeiro centro de ocultismo mundial.
O autor sagrado (Moisés) dá uma explicação popular do nome Babel, que é a capital das cidades com torres: o nome Babel com sentido de confusão está aproximado, em razão da raiz "balai", que significa "confundir".
Na realidade Babel, etimologicamente vindo do acádico, significa "porta de Deus" "Bâb-ili" (Babilônia provém do plural "bâb-ilâni", porta dos deuses). A esposa deste monarca rebelde chamava-se Semíra-mis, figura bastante conhecida na história secular, uma prostituta.
 "Quando seu marido foi assassinado, ela assumiu a posição de imperatriz do governo. Para manter-se no poder... ela criou um mito ao redor da figura do seu marido, Ninrode, atribuindo-lhe o nome de Zoroastrita, que quer dizer "A semente da mulher".
 A partir daí, tudo quanto está ligado direta ou indiretamente a Babilônia e seus derivados, é sempre ligado ao ocultismo, magia, espiritismo, etc. Lendo o livro do profeta Daniel, já percebemos como estes poderes do mundo invisível predominavam. As palavras "...magos, astrólogos, encantadores e caldeus" já eram proeminentes (cf. Dn 2.2 e ss). De acordo  com o professor de línguas semíticas, estas palavras traziam em si os seguintes resultados:
Os magos. Esta primeira classe, traduzida por "magos", significa os escribas sagrados - uma ordem de sábios que tinham a seu cargo os escritos sacros, que vieram passando de mão em mão desde o tempo da Torre de Babel.
Algumas literaturas, das mais primitivas que se conhecem na terra, eram constituídas desses livros de magia, astrologia, feitiçaria, etc (Cf. At 19.19).
Os encantadores. A outra palavra é "encantador", e significa murmurador de palavras - de onde vem "esconjurar", "exorcismar". Eram encantadores que usavam fórmulas mágicas, atuadas por espíritos médiuns.
Simão, o mágico, de Samaria, e Elimas, o "encantador", da Ilha de Pafos, pertenciam a essa classe (cf. At 8.9; 13.8). Esses "escravos da iniquidade" usavam até cantarolas, em som baixo, e o profeta Isaías informa que neste momento os espíritos se apresentavam falando fraco de "debaixo da terra" (Is 29.4).
Os feiticeiros. Este terceiro grupo é dos denominados "feiticeiros"; eram dados à magia negra. A mesma palavra emprega-se a respeito dos encantadores egípcios Janes e Jambres que resistiram a Moisés na corte de Faraó (Êx 7.11; 2 Tm 3.8).
Por magia negra, reproduziram vários milagres operados por Moisés naquele país. Só depois é que Deus capacitou Moisés para realizar milagres que eles não puderam reproduzir e assim fracassaram diante do supremo poder pessoal de Deus (Êx 8.28,29). Os caldeus. A última palavra, "caldeus", denominava a casta sacerdotal deles todos; onde se vê a palavra "caldeu" (menos a exceção dos nascidos na Caldeia) pode-se traduzir igualmente por "astrólogo".
Vários lingüistas de renome concordam unanimemente neste ponto, a saber, que os caldeus estudavam o dia do nascimento de uma pessoa, indagando até a hora, então lançavam o horóscopo do seu destino.
 A prática foi levada para Roma, onde os Césares consultavam os águres (peritos em magia negra, espiritismo e astrologia) Nos dias de Jesus na terra, a prática tinha se desenvolvido em toda a
Ásia Menor (hoje, atual porção da Turquia Asiática) e, atualmente, tem-se proliferado no mundo inteiro.
Com efeito, esta linha da atividade demoníaca se vê no mais Ismo da raça humana, que a Bíblia chama de posse de "espíritos familiares". Atualmente, tem sido apropriadamente chamado de espiritismo.
 É demonismo na Bíblia que os condena (cf. Lv 20.6-27; Dt 18.11-14; Is 8.19, etc).

COMO VIVER ETERNAMENTE ?


A Eternidade Ao Nosso Alcance
Deus criou os humanos para viverem eternamente  E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.  E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele. Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; e da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos  meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Gênesis 2. 7,18,21 a 23,  fomos feitos como os anjos,só  que com corpo diferente,e propenso a pecar ;  Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.
Hebreus 2:9.  Vamos viver eternamente. E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? João 11:26 . E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. João 6:39 . Mas e a morte? A morte vem com resultado do pecado  Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. Romanos 5:12 . Mas vamos ressuscitar como  Cristo e o conheceremos como Ele é .  Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. 1 Coríntios 15:20-22. Para vivermos ao seu lado eternamente, e isso só depende de uma coisa da parte humana.O reconhecer como salvador da nossa alma.

JESUS,O PROFETA QUE FOI CAÇADO O TEMPO TODO.

O maçacre dos bebês

O massacre dos inocentes de Herodes.
Belém, Judeia Março, 5 a.C. Manhã
A criança que viverá apenas 36 anos segundo um estudo amiúde das datas,está sendo caçada.
Soldados fortemente armados da capital Jerusalém estão marchando em direção a essa pequena cidade, determinados a encontrar e matar o pequeno menino. Trata-se de um grupo composto de mercenários estrangeiros vindos da Grécia, da Gália e da Síria. O nome da criança, que eles desconhecem, é Jesus, e seu único crime é o fato de alguns acreditarem que ele será o próximo rei do povo judeu.
 O monarca atual – um déspota à beira da morte, metade judeu, metade árabe, chamado Herodes – está tão decidido a garantir a morte desse bebê que deu ordens para seu exército executar todas as crianças do sexo masculino com menos de 2 anos em Belém.Nenhum dos soldados sabe quem são os pais da criança ou a localização exata de sua casa, daí a necessidade de matar todos os bebês na pequena cidade e nas áreas vizinhas.
Somente isso poderá assegurar o extermínio do potencial rei.
É primavera na Judeia, o auge do período de reprodução das ovelhas. A estrada de terra sinuosa conduz o exército através de bosques cerrados de oliveiras e pastores cuidando de seus rebanhos. Os soldados calçam sandálias, trazem as pernas nuas e usam saiotes chamados de pteruges para cobrir seus quadris.
Os jovens suam em bicas debaixo das placas de armadura que cobrem o peito e dos elmos de bronze que protegem a cabeça e as laterais do seu rosto. Os soldados conhecem muito bem a notória crueldade de Herodes e sabem que ele está disposto a matar qualquer um que tente ameaçar o seu trono. Mas não há nenhum questionamento moral a respeito do assassinato de crianças.
Os soldados tampouco se perguntam se terão coragem de arrancar um bebê aos prantos dos braços da mãe e executá-lo. Quando chegar a hora, cumprirão as ordens e farão o trabalho caso contrário, serão mortos imediatamente por insubordinação.É com a lâmina da espada que eles planejam matar os bebês. Todos os soldados estão armados com as versões judias das armas afiadas preferidas pelas legiões romanas, Pugio e Gladius, e trazem-nas presas à cintura.
O método de execução, no entanto, não se limitará a punhais e espadas. Se quiserem, os soldados de Herodes também poderão usar uma pedra para esmagar a cabeça dos bebês, atirá-los em massa de um precipício ou simplesmente fechar os punhos em volta de seu pescoço e estrangulá-los.
A causa da morte não faz diferença.
A única coisa que importa é que, rei dos judeus ou não, o bebê deve morrer. Enquanto isso, em Jerusalém, o rei Herodes olha por uma janela do palácio em direção a Belém,aguardando ansiosamente a confirmação do massacre. Nas ruas calçadas de pedras abaixo dele, o rei nomeado pelos romanos vê os mercados lotados, onde comerciantes vendem de tudo, desde água e tâmaras até quinquilharias para turistas e cordeiro assado.
A cidade murada com cerca de 80 mil habitantes aglomerados em menos de 2,5 quilômetros quadrados é um ponto de interseção no Mediterrâneo Oriental. Com um simples olhar à sua volta, Herodes consegue ver camponeses da Galileia em visita, mulheres sírias em trajes suntuosos e os soldados estrangeiros que ele paga para lutarem suas batalhas.
Esses homens são combatentes excepcionais, mas não são judeus nem falam uma só palavra em hebraico.
Herodes suspira.
Em sua juventude, jamais teria ficado parado diante de uma janela preocupado com o futuro. Um grande rei guerreiro como ele teria ordenado que seu cavalo de batalha preferido fosse selado para ele mesmo cavalgar até Belém e matar a criança.  Mas não, ele agora é um homem de 69 anos. Obeso e com incontáveis problemas de saúde, encontra-se fisicamente impossibilitado de sair do palácio, quanto mais montar a cavalo.
Seu rosto inchado é emoldurado por uma barba que se estende desde a base do queixo até o pomo de Adão.  Hoje, ele veste um manto real roxo em estilo romano sobre uma túnica de seda branca com mangas curtas. Normalmente, Herodes prefere perneiras de couro macio tingidas de roxo. Mas, no momento, até o roçar do mais suave tecido em seu dedão do pé inflamado poderia fazê-lo gritar de dor.
Assim, o homem mais poderoso da Judeia mancava pelo palácio descalço. Mas esse é o menor de seus problemas. O rei dos judeus como gosta de ser chamado, esse convertido não praticante  também sofria de doença pulmonar, disfunção renal, vermes, problemas cardíacos, doenças sexualmente transmissíveis e um tipo terrível de gangrena que fez seus órgãos genitais apodrecerem, deixando-os pretos e infestados de larvas . O que explica por que ele não pode montar em um cavalo, quanto mais cavalgá-lo.
Herodes aprendeu a viver com seus incômodos e dores, mas esses alertas sobre um novo rei em Belém o estão deixando temeroso. Desde que os romanos o instituíram como governante da Judeia mais de 30 anos atrás, ele frustrou inúmeros complôs para tirá-lo do poder e travou muitas guerras para defender seu reinado. Assassinou todos os que tentaram tomar seu trono e chegou a mandar matar aqueles de que apenas suspeitava.
Seu poder sobre os súditos é absoluto. Ninguém na Judeia está a salvo das execuções de Herodes. Ele já ordenou mortes por enforcamento, apedrejamento, estrangulamento, fogo,espada, animais ferozes, serpentes, espancamento e uma espécie de suicídio público em que a vítima é forçada a se jogar de algum edifício alto.
A única forma de execução que nunca usou é a crucificação, a mais lenta e humilhante das mortes, na qual o condenado é açoitado e depois pregado nu em uma cruz de madeira diante das muralhas da cidade, ao alcance da vista de todos.
Os romanos eram mestres dessa arte brutal e a utilizam quase que exclusivamente.
 Herodes nem sonharia em enfurecer seus superiores em Roma se apropriando de sua forma favorita de assassinato.
Herodes tem 10 esposas – ou, melhor, tinha, antes de executar a impetuosa Mariana por supostamente tramar contra ele. Para não deixar por menos, também ordenou a morte da mãe da esposa e de dois filhos seus, Alexandre e Aristóbulo.
Dali a um ano, ele viria a matar mais um filho homem. Não é de espantar que corressem boatos de que o grande imperador romano César Augusto teria dito abertamente: “É melhor ser um porco de Herodes do que seu filho.”
Mas essa nova ameaça, embora venha na forma de uma simples criança, é a mais perigosa de todas.
Há séculos os profetas judeus vêm assinalando  a chegada de um novo rei para governar seu povo.Eles profetizaram cinco acontecimentos específicos que confirmarão o nascimento do novo Messias.
O primeiro é uma grande estrela que vai despontar no céu.
O segundo é o fato de que o bebê nascerá em Belém, a pequena cidade em que o grande rei Davi nasceu há mil anos.
A terceira profecia é que a criança também deve ser descendente direta de Davi, o que pode ser facilmente comprovado graças aos meticulosos registros genealógicos do Templo.
A quarta é que homens poderosos virão de longe para adorá-lo.
Por fim, a mãe da criança deve ser uma virgem. O que mais perturba Herodes é que ele sabe que as duas primeiras profecias são verdadeiras. Ficaria ainda mais aflito se soubesse que todas as outras  cinco já se cumpriram.
 A criança é da linhagem de Davi;
Homens poderosos vieram de longe para adorá-la e sua mãe adolescente, Maria, jura que ainda é virgem apesar da sua gravidez. Ele também não sabe que o nome da criança é Yeshua ben Yosef, ou Jesus, que significa “o Senhor é a salvação”. Herodes foi  informado do nascimento de Jesus pelos viajantes que vieram adorar o bebê.
 Esses homens são chamados de Magos e passam pelo castelo para prestar homenagens ao rei antes de seguirem caminho e fazer o mesmo com Jesus. São astrônomos, adivinhos, sábios, estudiosos dos textos religiosos e sabem muito das coisas  importantes do mundo.
Entre  livros estudado por eles está o Tanakh,uma coleção de narrativas, proféticas , poemas e cânticos que contam a história do povo judeu. Os estrangeiros atravessam quase 1.600
quilômetros de um deserto hostil, seguindo uma estrela de brilho extraordinário que desponta no céu todos os dias antes do amanhecer.
Onde está o recém-nascido rei dos judeus?
Indagam eles com firmeza logo que chegam à corte de Herodes. – Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo. Espantosamente, os Magos carregam baús repletos de ouro e das resinas aromáticas mirra e olíbano. Esses sacerdotes são homens cultos, eruditos, que enxergam a vida de forma analítica e racional.
Herodes só pode concluir que ou os Magos enlouqueceram, por se arriscarem a ter tamanha riqueza que poderia ser roubada no deserto vasto e sem lei da Pátria, ou realmente acreditam que essa criança é o novo rei. Furioso, Herodes convoca seus conselheiros religiosos.Como um homem laico, conhece pouco as profecias judaicas e insiste em que esses sacerdotes e professores da lei religiosa lhe digam exatamente onde encontrar o novo rei.
A resposta é imediata:
Se tiver certo, em Belém, na Judeia.
Os professores que Herodes interroga são homens humildes que vestem toucas e túnicas simples de
linho branco.  Já os sacerdotes barbudos do Templo são muito diferentes. Vestem trajes elaborados, compostos de toucas de linho branco e azul com bainha dourada sobre a testa e túnicas azuis adornadas com franjas e borlas vistosas. Sobre essas túnicas usam capas e algibeiras enfeitadas de ouro e pedras preciosas. Suas vestimentas normalmente os distinguem do restante da população de Jerusalém.
No entanto, mesmo em seu estado lamentável, o rei Herodes é de longe o homem mais imponente do recinto. Ele continua a pressionar os professores e os sacerdotes, pedindo uma resposta:
– Onde está este suposto rei dos judeus?
– Em Belém majestade,  na terra de Judá.
Eles então citam textualmente as palavras do profeta Miqueias, proferidas cerca de sete séculos antes:
– Pois de ti virá o líder que, como pastor, conduzirá Israel, o meu povo.
Herodes manda que os Magos sigam seu caminho. Seu último decreto real antes de eles partirem é que os viajantes encontrem a criança, voltem a Jerusalém e revelem sua exata localização, para que ele possa ir até lá adorar pessoalmente esse novo rei.
Os Magos, no entanto, não se deixam enganar. Após encontrar Jesus menino, eles não voltam ao palácio. Então o tempo vai passando e Herodes percebe que precisa tomar uma atitude. Das janelas de seu palácio fortificado ele pode ver toda a cidade de Jerusalém. À sua esquerda ergue-se o grande Templo, o edifício mais importante e sagrado de toda a Judeia. Posicionado sobre uma plataforma de pedra maciça que lhe dá a aparência de uma cidadela, em vez de um simples local de adoração, o Templo é o símbolo materializado do povo judeu e de sua fé ancestral. Construído originalmente por Salomão no século X a.C., foi derrubado pelos babilônios em 586 a.C.
O Segundo Templo foi erguido por Zorobabel e outros sob o domínio dos persas cerca de 70 anos depois. Herodes havia renovado todo o complexo, expandindo o Templo até que tomasse proporções épicas e se tornasse muito maior que o de Salomão.
O Templo e seus pátios agora são um símbolo não só do judaísmo, mas do próprio rei cruel. Por isso é uma ironia que, enquanto Herodes olha aflito em direção a Belém, Jesus e seus pais já
tenham viajado duas vezes a Jerusalém para visitar essa grande fortaleza de pedra construída sobre o local em que o patriarca judeu Abraão quase sacrificou seu filho Isaque.
 A primeira visita ao Templo se deu oito dias após o nascimento de Jesus,para que ele pudesse ser circuncidado. Nessa ocasião, a criança foi registrada com o nome Jesus, de acordo com a profecia. A segunda visita foi quando ele tinha 40 dias de idade. O menino Jesus foi levado até lá para ser apresentado formalmente a Deus, em observância às leis da fé judaica. Seu pai José, um carpinteiro, comprou um par de jovens pombas para serem sacrificadas por conta dessa ocasião tão especial pois era pobre.
Algo muito estranho e místico ocorreu quando Jesus e seus pais entraram no Templo naquele dia algo que sugeria que o menino talvez fosse mesmo muito especial. Dois completos estranhos, um idoso e uma idosa sendo que nenhum dos dois sabia nada a respeito daquele bebê chamado Jesus ou do fato de a vinda dele ser o cumprimento de uma profecia, o viram no outro lado do local de adoração cheio de gente e foram até ele.
Maria, José e Jesus estavam viajando no mais completo anonimato, evitando qualquer coisa que pudesse chamar atenção para eles. O velho, cujo nome era Simeão, acreditava que não iria morrer antes de ver o novo rei dos judeus. Ele pediu para segurar o recém-nascido e Maria e José permitiram. Quando tomou Jesus nos braços, Simeão ofereceu uma prece a Deus, agradecendo-lhe pela chance de ver o novo rei com os próprios olhos.
Então entregou o menino de volta a Maria com as seguintes palavras: Este menino está destinado a causar a queda e o surgimento de muitos em Israel, e a ser um sinal de contradição, de modo que o pensamento de muitos corações será revelado.Quanto a você Maria, uma espada atravessará a sua alma. Nesse exato momento, uma mulher chamada Ana também se aproximou. Ela era uma profetisa de 84 anos, viúva, que passava todas as horas do dia no Templo, jejuando e orando. As palavras de Simeão ainda ecoavam nos ouvidos de Maria e José quando Ana se aproximou e também louvou Jesus.
 Ela agradeceu a Deus em voz alta por trazer aquele menino tão especial ao mundo. Então disse algo inusitado, afirmando aos pais da criança que seu filho libertaria Jerusalém do domínio romano.
Maria e José ficaram maravilhados com as palavras de Simeão e Ana, lisonjeados com a atenção deles, como quaisquer pais de primeira viagem ficariam, mas também sem saber o que realmente significava toda aquela conversa sobre espadas e redenção.
Eles acabaram o que tinham a fazer e saíram do Templo em direção à fervilhante cidade de Jerusalém, ao mesmo tempo entusiasmados e temerosos quanto à vida que seu filho parecia estar destinado a ter. Se ao menos Herodes soubesse que Jesus estivera tão próximo,  literalmente a cerca de 600 metros do salão do trono, seu tormento teria chegado ao fim.
Mas Jesus e seus pais eram apenas mais três rostos que cruzavam os mercados ruidosos e as ruas estreitas e sinuosas a caminho do Templo naqueles  dias.Esse é um templo que permanecerá erguido para sempre como um monumento à grandeza de Herodes, ao menos assim ele acredita. Por ironia, ele nem sequer é bem-vindo entre as suas paredes, graças à sua total falta de devoção ou fé e à crueldade com que subjuga o povo judeu.
Além do Templo, do outro lado do vale do Cédron, ergue-se o Monte das Oliveiras, onde os pastores cuidam de seus rebanhos nas encostas cobertas de pedras calcárias. A festa da Páscoa se aproxima, trazendo dezenas de milhares de peregrinos hebreus, vindos de todo o reino de Herodes, dispostos a pagar um bom preço por aqueles carneiros para que sejam oferecidos em sacrifício no grande Templo.
Em muitos aspectos, o massacre dos bebês em Belém não é foi diferente. Eles foram  pelo bem do reinado de Herodes, o que é o mesmo que dizer que estão sendo assassinados em nome do Império Romano. Sem Roma, Herodes não é nada, apenas um fantoche que deve seu poder unicamente àquela república brutal e onipotente. É seu direito e dever disseminar a opressão romana, pois esse reino não é como nenhum outro sob o punho de ferro de Roma.
O povo judeu é uma civilização milenar fundada a partir de um sistema de crenças contrário ao romano, que adora várias divindades pagãs em vez de um deus único.
Herodes é o mediador desse relacionamento instável. Os romanos o responsabilizarão por qualquer problema causado por um suposto novo rei dos judeus. Não irão tolerar um governante que não tenha sido escolhido por eles.
 E se os seguidores desse novo “rei” incitarem uma revolução, os romanos, sem dúvida, intervirão imediatamente para esmagar com brutalidade essa voz dissidente. É melhor Herodes
cuidar pessoalmente disso.
Ele não consegue ver Belém do palácio, mas a cidade fica a menos de 10 quilômetros de distância, do outro lado de algumas colinas verdes. Herodes não pode enxergar o sangue que banha suas ruas nesse exato instante nem ouvir o choro das crianças aterrorizadas e seus pais. Enquanto olha pela janela do palácio, sua consciência está tranquila. Que os outros o condenem pelo assassinato de mais de uma dezena de bebês.
 Ele dormirá sossegado à noite, sabendo que a matança é pelo bem de seu reino, pelo bem da Judeia e pelo bem de Roma. Se César Augusto for informado do massacre, ele certamente entenderá: Herodes está fazendo o que precisa ser feito.  Jesus e sua família escapam por pouco de Belém. José desperta de um sonho apavorante e tem uma visão do que está por vir. Ele acorda Maria e Jesus na calada da noite e eles fogem.
Os soldados de Herodes chegam tarde demais e massacram os bebês em vão, cumprindo a profecia feita 500 anos antes pelo profeta contestador Jeremias.
As Escrituras trazem muitas outras profecias sobre a vida de Jesus. Pouco a pouco, mas de forma incontestável, à medida que a criança se torna um homem, essas previsões também se confirmam.
O comportamento de Jesus fará com que ele seja considerado um revolucionário, conhecido em toda a Judeia por seus discursos surpreendentes e ensinamentos fora dos padrões. Ele será adorado pelo povo judeu, mas irá se tornar uma ameaça para aqueles que lucram às custas da população menos favorecida:
Os sacerdotes, os escribas, os anciãos, os governantes da Judeia que não passam de marionetes de Roma e, sobretudo, o Império Romano.
E Roma não tolera ameaças. Graças aos exemplos de impérios como os dos macedônios, dos gregos e dos persas, que vieram antes deles, os romanos aprenderam e dominaram as artes da tortura e da perseguição.
 Revolucionários e qualquer um que arranje problemas são tratados com rigor e crueldade para que outros não se sintam tentados a imitá-los.
O mesmo acontecerá com Jesus e também será a confirmação de uma profecia.
Porém todas essas coisas ainda estão por vir. Por ora, Jesus ainda é um bebê, criado e amado por Maria e José. Ele nasceu em um estábulo, foi visitado pelos Magos e recebeu seus presentes suntuosos, mas agora está fugindo de Herodes e do Império Romano.