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A Primeira Epístola de Paulo CORÍNTIOS / INTRODUÇÃO

Praticamente todos os estudiosos do Novo Testamento aceitam a autoria paulina de 1 Coríntios, isto é, autoria de Paulo apóstolo.
A atribuição quase que unânime a Paulo é expressa por Robertson e Plummer da seguinte forma:
“Tanto a evidência externa como a interna para a autoria de Paulo são tão fortes que aqueles que tentam mostrar que o Apóstolo não a escreveu são bem sucedidos principalmente em provar a sua própria incompetência como críticos”.
 Visto que há uma concordância geral, deve-se sugerir apenas brevemente a natureza da evidência interna e externa para a autoria paulina.
A evidência interna aponta para Paulo como o autor. A forma geral da carta, com as suas saudações de abertura, o tratamento de problemas práticos e doutrinários, e Uma bênção calorosa no encerramento que no caso  seguem o padrão familiar das Epístolas de Paulo.
O estilo também é paulino, combinando persuasão cortês, exortações apaixonante, confrontação direta e afeição fraternal. A linguagem também é típica de Paulo. Frases como “(Jesus Cristo, nosso Senhor)”, “(em Cristo)”, “(o homem espiritual)”, “(justificado)”, e “o corpo de Cristo” são todas expressões paulinas. A carta também associa Paulo com a igreja de Corinto de uma forma que não é totalmente lisonjeira para com os coríntios.
Portanto a carta deve ter sido uma descrição exata da situação em Corinto ou estas pessoas não teriam permitido que esta descrição permanecesse sem refutação. A evidência externa também apóia a autoria paulina. Em 95 d.C., Clemente de Roma referiu-se a 1 Coríntios como uma carta do Apóstolo Paulo. Este é “o exemplo mais antigo na literatura de um escritor do Novo Testamento sendo mencionado pelo nome”.
 O cânon Muratório, que provavelmente surgiu no final do século II, lista 1 Coríntios como uma das cartas de Paulo.
 Tertuliano, o pai da teologia latina, em sua obra Prescriptions Âgainst Heretics, usa 1 Coríntios como um apoio paulino para a doutrina da ressurreição. Orígenes, em uma discussão sobre a tentação, também cita 1 Coríntios, e de forma bastante natural se refere a Paulo como o autor.
A autoria de Paulo de 1 Coríntios se coloca acima de qualquer desafio sério e pode ser aceita sem reservas. Nas palavras de um notável estudioso e historiador do Novo Testamento: “... 1 Coríntios formava o início das epístolas paulinas na coletânea mais antiga”.
A CIDADE DE CORINTO
Paulo foi a Corinto por volta de 50 d.C.7 para iniciar uma campanha missionária de 18 meses nas casas.
Ele se encontrava em um próspero centro comercial. Tanto o tráfego por terra como pelo mar convergiam para Corinto. A cidade foi construída sobre um estreito desfiladeiro de terra que unia o norte e o sul da Grécia (ver o mapa ).
Todo o tráfego do norte para o sul era afunilado através de uma estreita faixa de terra dominada por Corinto. Além disso, Corinto tinha instalações portuárias naturais e uma localização estratégica que a tornou um próspero centro de navegação. A maior parte do tráfego norte - sul vinha para a cidade para economizar tempo, ou para evitar uma viagem longa e perigosa perto das águas traiçoeiras do sul da Grécia que permabece até hoje.
A carga podia ser carregada, arrastada através dos seis quilômetros e meio do estreito desfiladeiro de terra, recarregada, e enviada em um tempo muito mais curto do que viajar por várias centenas de quilômetros perto do pico sul da Grécia.
 Cerca de 200 anos antes de Paulo chegar a Corinto, um general romano chamado Lúcio Múmio havia pilhado e saqueado a cidade em 146 a.C. Em 46 a.C., Júlio Céskra reconstruiu como um posto militar avançado e como um centro comercial do império. A cidade atraía negociantes, vagabundos, caçadores de dotes e os que buscavam prazer.
Um escritor descreve a população nas seguintes palavras:
A gentalha do mundo estava lá... Canalhas que achavam a vida desconfortável em suas próprias cidades se dirigiam a Corinto. O porto agitado era notoriamente mais imoral do que qualquer outro no Império Romano; e esta tendência foi estimulada por causa do templo de Vênus (Afrodite), a deusa sensual grega que ainda dominava a nova cidade romana.
Aqui Paulo Apóstlo, outra vez enfrentou o pensamento grego, como havia feito em Atenas. Em Corinto, porém, “o intelecto grego não era dedicado à ciência, eloqüência ou literatura... mas era dado à luxúria aberta e efeminada”.O edifício mais destacado de Corinto era o templo de Vênus, “erigido em sua acrópole, e colocado no alto, acima da cidade, como representação do gosto e do caráter dos coríntios”.
Em Corinto, o cristianismo entrou em contato “com toda aquela arte que se poderia arquitetar para o prazer da vida; com tudo o que foi adaptado para nutrir os hábitos da volúpia, com tudo que era refinado ou indecente, que poderia servir aos prazeres dos sentidos”. Corinto era uma das mais “luxuriantes, efeminadas, ostentadoras e dissolutas cidades do mundo”.
 Era um lugar de imoralidade excepcional e licenciosidade aberta que eram estimuladas pelo culto a Afrodite, com uma centena de prostitutas do templo. Escavações recentes descobriram 33 tavernas atrás de uma colunata de apenas 30 metros de extensão.A cidade continha um teatro com capacidade para 18.000 pessoas sentadas.A depravação de Corinto era tão notória e grande que o nome da cidade “tinha na verdade passado a fazer parte do vocabulário da língua grega; e a própria palavra ‘corintianizar’ significava ‘agir de forma leviana’ ”,
Hoje, exceto por sete colunas dóricas que ainda estão de pé, e algumas ruínas de alvenaria espalhadas, não há nada (além de entulho) que tenha restado desta cidade que fora tão orgulhosa. Ela possui um memorial perpétuo nas cartas que o Apóstolo Paulo lhe escreveu.
 A IGREJA QUE SE EM CORINTO.
A graça de Deus é suficiente para redimir integralmente e sustentar continuamente.
Muitas igrejas espirituais compostas de santos devotos e dedicados atingiram um alto grau de espiritualidade em ambientes pecaminosos e desfavoráveis. Mas, infelizmente, a igreja em Corinto não era uma igreja assim, porque “havia muitas complicações na tentativa dos primeiros cristãos de se separarem da sociedade pecadora em Corinto”. A igreja em Corinto era uma igreja problemática. Nesta carta, Paulo foi levado a “denunciar os pecados que haviam corrompido a igreja de Corinto, e quase anulado o seu direito de se intitular cristã”.
 Ao escrever aos coríntios, Paulo os fez lembrar que eles foram separados, “chamados santos” (1.2); ele elogiou aqueles que foram enriquecidos “em toda a pálavra e em todo o conhecimento” (1.5); o apóstolo os louvou por sua variedade de dons (1.7). Mas Paulo também expressou uma séria preocupação por eles. Ele lhes rogou què chegassem a um acordo entre si (1.10); ele estava angustiado pelas divisões ocorridas entre eles (1.11).
O apóstolo desenhou um retrato minucioso da incapacidade do homem natural de entender os conceitos espirituais (1.18-26). Ele apresentou a Cristo como o objeto supremo da lealdade e da devoção cristãs (1.30-31). Paulo fez uma análise detalhada do estado espiritual deles. E este foi um retrato sórdido. A lista de acusações que Paulo dirigiu contra os coríntios ia desde divisões carnais até à negação da ressurreição de Cristo.
Uma alma inferior à de Paulo teria abandonado a igreja em desespero ou a teria condenado com indignação. Paulo não fez nenhuma destas coisas - ele lhes pregou a Cristo. Paulo podia ousadamente desafiar os coríntios, porque ele tinha sido o instrumento de Deus para fundar a igreja. A sua chegada a Corinto, perto da metade do século I, não foi uma questão de antecipação triunfante nem de confiança baseada em sucessos do passado.
Ele havia fugido da Macedônia tendo a sua vida em perigo (At 17.13-14). De Tessalônica, na Macedônia, Paulo tinha ido para Atenas, onde alcançou pouco sucesso tanto entre os judeus como entre os gregos (At 17.16-33). Partindo de Atenas, Paulo viajou para Corinto (At 18.1), onde ficou por 18 meses (At 18.11).
Em Corinto, a fossa do mundo antigo, Paulo conseguiu ganhar vários convertidos importantes. Primeiro Áqüila e Priscila foram convencidos e convertidos. Timóteo e Silas vieram da Macedônia para ajudar Paulo, e logo Crispo, um principal da sinagoga, foi convertido. Sua mudança de vida espiritual foi seguida de várias outras conversões. Entre estes convertidos estavam algumas pessoas de elevada estatura social, como Tito Justo, cuja casa tornou-se um local de reuniões para a igreja. Áqüila e Priscila, já mencionados, eram pessoas de caráter forte e imensa atividade.
Também havia Gaio, “que era um homem de posses e grande hospitalidade, recebendo Paulo e toda a igreja”.19 Erasto, o tesoureiro da cidade, converteu-se. Pode ter havido outros homens de nível elevado, mas como D. A. Hayes escreve: "... a maior parte da igreja era composta por pessoas pobres e incultas. Havia algumas da classe média, porém um grande número fazia parte da população de escravos”.20 Após 18 meses em Corinto, Paulo foi para Éfeso (At 18.19). Ele deixou para trás de si uma das maiores congregações da Igreja Primitiva.
D. OCASIÃO E PROPÓSITO DA CARTA
Depois que Paulo partiu de Corinto, o trabalho de edificar e consolidar a nova e próspera igreja foi dado a Apoio (At 19.1). Ele era um judeu de Alexandria, um homem eloqüente e culto (At 18.24). Ele havia tido o seu aprendizado em Éfeso, e havia pregado o batismo de João com notório fervor (At 18.25). Em Éfeso, a sua educação teológica foi destacada pelo ensino que recebeu de Áqüila e Priscila (At 18.26).
Partindo de Éfeso,
Apoio foi para Corinto. Sem dúvida alguma, ele retornou a Éfeso para relatar as condições da igreja em Corinto. Nos três anos que se passaram desde que Paulo deixara Corinto, os membros da igreja não se desenvolveram bem, em termos espirituais.
 O apóstolo havia escrito uma carta para a igreja anteriormente; em 1 Co 5.9 ele escreve: “Já por carta vos tenho escrito que não vos associeis com os que se prostituem”. Aparentemente a carta original, chamada pelos estudiosos de “A Carta Anterior”, se perdeu. Paulo recebeu a informação de que a situação em Corinto estava piorando. Ele mencionou várias fontes de informação.
1. A família de Cloe. Em 1 Coríntios 1.11, Paulo declara:
“Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloe que há contendas entre vós”. Este relatório não foi solicitado ou autorizado, contudo era verdadeiro. Um escritor se refere a ele como se segue: “Tanto pelo fato de ser dito que a informação vinha destas pessoas, em vez da igreja de Corinto... quanto por causa da natureza desfavorável desta notícia, é seguro presumir que estas pessoas não foram enviadas pelos coríntios para levar esta notícia, e que o seu relatório, portanto, não era oficial”.21 Deissmann sugere que Cloe pode ter sido uma mulher que possuía alguns recursos financeiros.22
2. Anotícia da situação em Corinto também chegou ao seu conhecimento como resultado de uma visita de Estéfanas, Fortunato e Acaico a Éfeso (1 Co 16.17).
3. A notícia mais direta veio da própria igreja. A situação de rápida deterioração alarmou alguns dos membros, e estes enviaram uma carta a Paulo. Em 1 Coríntios 7.1 ele escreveu: “Quanto às coisas que me escrevestes...
” Portanto, uma combinação de fatores levou o apóstolo a escrever uma carta para a igreja. Ela foi redigida com a finalidade de lidar com seus problemas, e direcionar os seus membros a uma vida de santidade em Cristo. Na carta enviada a Paulo pelos coríntios, havia questões sobre casamento e celibato, sobre alimentos oferecidos aos ídolos, sobre o culto público, e provavelmente algumas sobre dons espirituais.
 Mas Paulo também estava preocupado com outros problemas que atormentavam esta igreja, tais como divisões, um espírito de contenda, impureza sexual e um espírito não-cristão. Paulo escreveu uma carta em que apresentava as exigências do cristianismo de uma completa renovação de caráter e conduta - uma nova moralidade baseada no poder redentor de Cristo.
Como Hurd salientou: “Pode-se dizer agora que há uma clara evidência de que 1 Coríntios é o quarto estágio em uma troca que ocorreu entre Paulo e a igreja de Corinto”.Estas fases do relacionamento de Paulo com a igreja são as seguintes:
Fase 1: A primeira visita de Paulo a Corinto e o estabelecimento da igreja.
Fase 2: A “Carta Anterior” de Paulo para a igreja em Corinto.
Fase 3: Esta fase consiste de duas partes. Primeiro, a informação relatada a Paulo sobre Corinto por Estéfanas, Fortunato e Acaico e pela família de Cloe.
Além dos relatórios verbais dos visitantes de Corinto havia a carta escrita a Paulo pela própria igreja. Esta carta pedia que ele os aconselhasse sobre alguns problemas que haviam ocorrido. Fase 4: A composição de 1 Coríntios. Nesta primeira carta Paulo tratou das questões que a igreja lhe havia dirigido. Mas ele foi além, e discutiu longamente as questões mais sérias que haviam sido levadas à sua atenção pelos relatórios verbais sobre a situação em Corinto.

O PRECIOSO SANGUE DE CRISTO, O LIQUIDO DA LIBAÇÃO PELO PECADO

O PRECIOSO SANGUE DE CRISTO, O LIQUIDO DA LIBAÇÃO PELO PECADO
"A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis" (Gên. 9:4).  O homem tinha "tudo o que se move sobre a terra" (Gên. 9:3) para lhe servir de alimento, porém, de modo algum, poderia comer o sangue com a carne.  Os animais sufocados deviam ser considerados impróprios para consumo, visto que Deus não queria que o homem se familiarizasse com o sangue, comendo-o ou bebendo-o de nenhuma forma.  Desse modo, mesmo o sangue de touros e bodes tinha algo de sagrado que lhe foi conferido pelos decretos de Deus.


..não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados... mas com o precioso sangue de Cristo..." (I Ped. 1:18-19).
Desde o princípio o sangue tem sido considerado por Deus como algo muito precioso. Ele delimitou esta fonte de vitalidade com as mais solenes sanções.
 Veja;
O Senhor assim ordenou a Noé e a seus descendentes:
"A carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis" (Gên. 9:4).
O homem tinha "tudo o que se move sobre a terra" (Gên. 9:3) para lhe servir de alimento, porém, de modo algum, poderia comer o sangue com a carne.
 Os animais sufocados deviam ser considerados impróprios para consumo, visto que Deus não queria que o homem se familiarizasse com o sangue, comendo-o ou bebendo-o de nenhuma forma.
Desse modo, mesmo o sangue de touros e bodes tinha algo de sagrado que lhe foi conferido pelos decretos de Deus.
Quanto ao sangue dos humanos, lembremo-nos de como Deus é ameaçador:
"Certamente requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também da mão do homem, sim, da mão do próximo de cada um requererei a vida do homem. Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será
derramado; porque Deus fez o homem conforme a Sua imagem" (Gên. 9:5).
É verdade que o primeiro homicida não teve seu sangue derramado pelo homem, mas por outro lado, o crime era algo novo e a penalidade ainda não havia sido estabelecida e proclamada, e por isso o caso foi claramente excepcional e único; e mais, provavelmente a sentença de Caim foi muito mais terrível do que se ele tivesse sido morto naquele instante.
Foi-lhe permitido dar vazão a sua iniqüidade, ser um fugitivo e vagabundo sobre a face da terra, para então receber a terrível herança da ira, a qual foi, sem dúvida, grandemente acrescentada pela sua vida de pecado.
 Sob a dispensação teocrática, na qual Deus era o Rei e governava Israel, o homicídio era punido da maneira mais exemplar, e nunca havia nenhuma tolerância ou desculpa aceitável. Olho por olho, dente por dente, vida por vida, era a inflexível e inexorável lei. Está expressamente escrito:
 "não tomareis expiação pela vida do homicida que é culpado de morte: antes certamente morrerá". Mesmo nos casos onde a vida era tirada acidentalmente ou por uma fatalidade, o ocorrido não era tolerado. O assassino fugia imediatamente para a cidade de refúgio, onde, após ter seu caso devidamente processado, era-lhe permitido residir; mas não havia segurança para ele em lugar algum até a morte do sumo sacerdote. 
A lei geral para todos os casos era:
 
"Assim, não profanareis a terra em que estais; porque o sangue faz profanar a terra: nenhuma expiação se fará pela terra por causa do sangue que se derramar nela, senão com o sangue daquele que o derramou.. Não contaminareis pois, a terra na qual vós habitareis, no meio da qual eu habitarei, pois eu, o Senhor, habito no meio dos filhos de Israel". (Num. 35:33-34).
Está claro, portanto, que o sangue sempre foi precioso aos olhos de Deus, e Ele quer que o seja também aos nossos. Ora, se em casos comuns o tirar a vida é tão importante, poderão imaginar o que está no coração de Deus quando Ele diz: "preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos"?
 (Sal. 116:15). Se a morte de um rebelde é importante, o que dizer da morte de um filho? Se Ele não contempla o derramamento do sangue de Seus próprios inimigos e daqueles que O ofenderam sem proclamar vingança, o que vocês pensam sobre Seus eleitos, a respeito dos quais Ele diz: "Precioso é o sangue destes aos meus olhos"?
Ele não os vingaria ainda que demore em fazê-lo? A meretriz de Roma cuja taça foi cheia com o sangue dos santos, permanecerá muito tempo sem punição? Os mártires do Piedmont e dos Alpes, e da nossa Smithfield, e das montanhas da Escócia não terão de Deus a vingança devida por tudo o que sofreram, e pelo sangue que derramaram na defesa de Sua causa?
Eu os tenho trazido do animal para o homem, e do homem para os homens escolhidos de Deus, os mártires. Tenho ainda outro lance para lhes apresentar: é o maior de todos eles - é o do sangue de Jesus Cristo. Aqui o poder da expressão poderia falhar em transmitir-lhes a idéia da preciosidade! Eis uma Pessoa inocente, sem nenhuma contaminação ou imperfeição; uma Pessoa digna, que magnificou a lei e tornou-a honrosa uma Pessoa que serviu tanto a Deus como ao homem, mesmo até a morte. E não somente isto, mas aqui temos uma Pessoa divina - tão divina que em Atos dos Apóstolos Paulo chama Seu sangue de "o sangue de Deus". Coloquemos inocência, mérito, dignidade, posição e até mesmo deidade numa escala e então imaginemos quão inestimável é o valor do sangue vertido por Jesus Cristo.
Anjos devem ter presenciado aquele inigualável derramamento de sangue com admiração e espanto, e mesmo o próprio Deus viu o que nunca antes havia sido visto na criação ou na providência; Ele viu a Si mesmo muito mais gloriosamente apresentando do que o faz todo o universo. Aproximemo-nos do texto para tentar demonstrar a preciosidade do sangue de Cristo. Vamos limitar-nos a enumerar algumas propriedades desse sangue precioso. Enquanto estudava este assunto, senti que teria tantos itens que alguns de vocês comparariam meu sermão aos ossos secos da visão de Ezequiel. Eles eram muitos e
estavam realmente muito secos; mas creio que o Espírito Santo descerá sobre os ossos do meu sermão, os quais, ainda que secos, serão agitados e cheios de vida, e vocês vão admirar o extraordinariamente grande exército de pensamentos de amor e benevolência de Deus para com Seu povo, expresso no sacrifício do Seu próprio Filho amado.
O precioso sangue de Cristo é útil ao povo de Deus de muitas maneiras. Pretendemos falar a respeito de doze delas. Afinal, a verdadeira preciosidade de algo vai depender de sua utilidade para nós em tempos de aflições e provas.
 Um saco de pérolas seria para nós muito mais precioso do que um saco de migalhas de pão, porém, vocês devem ter ouvido a história do homem no deserto que, já cambaleando, quase morto, tropeçou num saco e abrindo-o esperançoso de que pudesse ser a mochila de algum viajante com alguma comida, encontrou nele apenas pérolas! Quanto mais valioso teria sido para ele se se tratasse de pedaços de pão! Eu digo, na hora da necessidade e do perigo, o uso que podemos fazer de alguma coisa constitui sua verdadeira preciosidade. Isto pode não estar de acordo com a política econômica, mas está de acordo com o bom senso.
 1. O precioso sangue de Cristo tem um  PODER REDENTOR ele redime da lei.
 Todos nós estávamos sob a lei, que diz: "Faça isto, e viva".
 Éramos escravos dela;
Cristo pagou o preço do resgate e a lei não é mais o nosso mestre tirano.
Estamos completamente livres dela. A lei tem uma terrível maldição: qualquer que violar um de seus preceitos deve morrer. "Cristo nos redimiu da maldição da lei, tendo sido feito maldição em nosso lugar" (Gal. 3:13). Pelo temor de sua maldição, a lei infligia um contínuo pavor àqueles que estavam debaixo dela; eles sabiam que a tinham desobedecido, e permaneciam todo o tempo de suas vidas sujeitos à escravidão, temendo que a morte e a destruição viessem sobre eles a qualquer momento.
Nós, porém, não estamos sob a lei, mas sob a graça, e consequentemente "não recebemos o espírito da servidão novamente para temer, mas recebemos o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba, Pai" (Rom. 8:15).
Nós não tememos a lei agora; seus piores trovões não podem nos atingir porque não são proferidos contra nós! Seus mais tremendos raios não podem nos tocar, porque estamos protegidos sob a cruz de Cristo, onde o trovão perde seu terror e o raio sua fúria. Agora lemos a lei de Deus com prazer; nós a vemos como na arca, coberta com o propiciatório, e não trovejando tempestuosamente
como se procedesse do monte Sinai. Feliz é o homem que conhece a completa redenção da escravidão à lei, de sua maldição, de sua penalidade e do seu terror.
Meus irmãos, a vida de um judeu poderia ser considerada feliz se comparada à dos gentios, porém era a perfeita escravidão quando a comparamos com a sua vida e a minha. Ele estava cercado por centenas de mandamentos e proibições, suas formalidades e cerimônias eram muitas, e seus detalhes minuciosamente arranjados.
  Ele estava sempre em perigo de se tornar impuro. Se se sentasse numa cama ou num banco poderia se contaminar, se bebesse água de uma vasilha ou mesmo se tocasse as paredes de uma casa, onde antes um homem leproso tivesse também tocado, ele Ficaria contaminado. Milhares de pecados por ignorância eram como muitas armadilhas preparadas em seu caminho; ele deveria viver perpetuamente temendo, se não quisesse ser cortado do povo de Deus.
   Quando ele fazia o melhor no seu dia-a-dia, sabia que ainda não terminara; nenhum judeu poderia considerar sua obra terminada.
  O novilho fora oferecido mas ele deveria trazer outro; o cordeiro fora imolado pela manhã, mas outro deveria ser oferecido à tarde e outro amanhã, e ainda outro no dia seguinte.
  A Páscoa é celebrada com ritos sagrados, isto deveria se repetir da mesma maneira a cada ano. O sumo sacerdote havia entrado além do
véu uma vez, mas deveria entrar lá novamente; a coisa nunca terminava, pelo contrário, estava sempre recomeçando. Ele nunca estava próximo de um fim. "A lei nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem". (Heb. 10:1). Mas, vejamos nossa posição. Somos livres dessas coisas. Nossa lei está cumprida, pois Cristo é o fim da lei para a justiça; nosso cordeiro pascal foi imolado, pois Jesus morreu: nossa justiça está terminada, pois somos completos nEle; nossa vítima está morta, nosso sacerdote entrou além do véu, o sangue foi aspergido, estamos limpos e livres de qualquer contaminação, "Porque (Ele) aperfeiçoou para sempre os que são santificados" (Heb. 10:14). Valorizem este precioso sangue, meus amados, porque foi assim que Ele os redimiu da escravidão e de cativeiro que a lei impôs sobre Seus seguidores.
 2. O valor do sangue está principalmente em sua EXPIAÇÃO EFICAZ

 Em Levítico somos alertados que "é o sangue que fará expiação pela alma" (17:11).
No regime da lei Deus nunca perdoou pecado à parte do sangue. Isso era uma constante: "sem o derramamento de sangue não há remissão" (Heb. 9:22).
 Farinha e mel, temperos doces e incensos, de nada valiam sem o derramamento do sangue.
Não havia promessa de remissão baseada em esforço futuro ou profundo arrependimento; sem o derramamento de sangue o perdão nunca viria. O sangue, e somente o sangue, tirava o pecado e permitia ao homem chegar-se ao trono de Deus para O adorar, porque o sangue o tornara um com Deus.
O sangue é a grande expiação. Não há esperança de perdão para o pecado de qualquer homem, a não ser que sua punição seja sofrida totalmente. Deus precisa punir o pecado. A punição do pecado não e um arranjo arbitrário, mas faz parte da constituição de um governo moral. Deus nunca Se desviou disso e nunca o fará. "Ele, de modo algum, inocentará o culpado" (Ex. 34:7).
 Cristo, portanto, veio e foi punido no lugar de todo o Seu povo. Incontáveis são as almas pelas quais Jesus derramou Seu sangue.
 Ele fez uma expiação completa pelos pecados de todos os eleitos. \Por cada homem nascido de Adão que crê ou irá crer nisso, como também por aqueles levados para a glória antes que sejam capazes de crer, Cristo fez uma expiação perfeita; e não há outro plano pelo qual os pecadores possam se tornar um com Deus, exceto pelo sangue, pelo precioso sangue de Jesus.
Eu posso oferecer sacrifícios, mortificar meu corpo, ser batizado, participar das ordenanças, orar de joelhos até que endureçam; posso ler palavras devocionais e até decorá-las, celebrar missas, adorar
em uma língua ou em cinqüenta línguas; porém não posso ser reconciliado com Deus a não ser pelo sangue de Cristo, pelo "precioso sangue de Cristo".
Meus queridos amigos, muitos de vocês já sentiram o poder redentor do sangue de Cristo; não estão mais sob a lei, mas debaixo da graça; vocês também sentiram o poder expiatório do sangue e sabem que foram reconciliados com Deus pela morte do Seu Filho, sabem que Ele não é uni Deus que está irado com vocês, e sim que os ama com imutável amor. Isso, porém, não acontece com todos aqui. Oxalá acontecesse! Eu oro para que neste dia vocês possam conhecer o poder expiatório do sangue de Cristo. Criaturas, não desejam se identificar com o seu Criador? Homens insignificantes, não teriam um Deus Todo-poderoso para ser seu amigo? Não poderiam estar de bem com Ele exceto através da expiação. Deus apresentou Cristo para ser a propiciação pelos nossos pecados. Oh, recebam a propiciação pela fé no Seu sangue e estejam em paz com Deus.
 3. O precioso sangue de Cristo tem também um PODER PURIFICADOR  Em I João 1:17 lemos "
...e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado".
A conseqüência direta do pecado é a contaminação do
pecador, daí a necessidade da purificação. Suponha que Deus, o Santo, quisesse ser reconciliado com o pecador, o que não poderia ser suposto, ainda que os olhos do Altíssimo se fechassem para o pecado, mesmo assim, enquanto continuarmos impuros nunca poderemos sentir em nossos corações algo como alegria, descanso e paz. O pecado é uma praga para o homem que o comete e uma coisa para Deus que o aborrece, Eu preciso ser purificado, preciso ser lavado das minhas iniqüidades, ou nunca poderei ser feliz.
 A primeira misericórdia mencionada no Salmo 103 é: "...que perdoa todas as tuas iniqüidades" (v.3). Agora sabemos que é pelo precioso sangue que o pecado é purificado. Homicídio, adultério, roubo, seja qual for o pecado, há poder em Cristo para tirá-lo de uma vez e para sempre. Não importa quantas sejam, ou quão arraisadas nossas ofensas possam estar, o sangue clama, "Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve, ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã" (Is. 1:18).
Este é o refrão do céu: "Temos lavado nossas vestes no sangue do cordeiro e tornado-as brancas". Esta é a experiência na terra, pois ninguém jamais foi limpo exceto nesta fonte, aberta para a casa de Davi para o pecado e a impureza. Vocês têm ouvido isto tão freqüentemente que talvez não se interessariam ainda que um anjo lhes
revelasse o mesmo, a não ser que por experiência própria tivessem conhecido o horror da impureza e a benção de terem sido purificados. Amados, este é um pensamento que deve fazer nossos corações dispararem dentro de nós, que através do sangue de Jesus nenhuma mancha, ruga ou algo parecido, foi deixado sobre qualquer crente. Oh, sangue precioso que remove as manchas infernais da abundante iniqüidade, permitindo-me ser aceito no Amado, não obstante as muitas maneiras pelas quais em me rebelei contra meu Deus.
 4. Outra virtude do sangue de Cristo é seu  PODER DE PRESERVAÇÃO
 Vocês compreenderão melhor isto ao se lembrarem da terrível noite no Egito, quando o anjo da destruição estava do lado de fora para destruir os inimigos de Deus. Um grito amargo subiu de cada casa, quando os primogênitos de todo o Egito, desde o trono do Faraó até o primogênito da mulher operária e do escravo no calabouço, caíram mortos num momento.
 O anjo percorreu com asas silenciosas rua por rua das muitas cidades do Egito; mas havia algumas casas nas quais ele não podia entrar. Ele embainhou sua espada e não feriu ninguém ali. O que preservou aquelas casas? Os moradores dali não eram melhores do que os outros,
suas habitações não eram mais elegantes, não havia nada ali exceto a mancha de sangue nos umbrais e na verga da porta, onde estava escrito:
"Quando eu vir o sangue passarei por vós" (Ex. 12:13).) Nada havia ali que pudesse ter ganho o livramento para Israel, senão o aspergir do sangue. O chefe da família havia tomado um cordeiro e o sacrificara recolhendo o sangue em uma bacia, e enquanto se assava o cordeiro para ser comido por todos os moradores da casa, ele tomou um maço de hissopo, molhou-o na bacia de sangue e foi para o lado de fora com seus filhos e começou a marcar os umbrais da porta e a verga, e tão logo isto foi feito todos estavam seguros, bem seguros; nenhum anjo poderia tocá-los, nem os próprios demônios do inferno poderiam se aventurar por lá.
 Amados, vejam, somos preservados em Cristo Jesus. Não viu Deus o sangue antes que vocês e eu o tivéssemos visto? E não foi por esta razão que Ele separou nossas vidas arruinadas quando como figueiras secas não produzíamos frutos para Ele? Lembremo-nos de que, quando vimos o sangue, não fomos salvos porque o vimos; a visão do sangue nos trouxe paz, mas foi o Tato de Deus tê-lo visto primeiro que nos salvou. "Quando eu vir o sangue passarei sobre vós". E hoje, se meus olhos da fé forem obscurecidos, e me for difícil ver o precioso sangue ou mesmo regozijar-me por ter sido lavado nele, ainda assim Deus pode ver o sangue, e
enquanto a visão clara de Deus contempla o sacrifício expiatório do Senhor Jesus, Ele não pode destruir ou castigar nenhuma vida que esteja coberta com este manto escarlate.
Oh, quão precioso é este escudo vermelho! Minha alma curva-se sob ele quando os dardos do inferno estão sendo lançados. Esta é a cobertura que é feita de púrpura; deixe a tempestade vir e o dilúvio se levantar, deixe até mesmo o granizo abrasador descer, debaixo deste pavilhão carmesim minha alma pode descansar segura, pois, o que poderá tocar-me quando eu estou coberto com Seu precioso sangue? Permita-me, amigo, pedir-lhe que venha para debaixo do abrigo da cruz. Sente-se agora à sombra da cruz e sinta "eu estou seguro, estou seguro, oh, sim demônios do inferno, oh, sim anjos de Deus. Eu posso desafiá-los e indagar: "Quem me poderá separar do amor de Deus em Cristo Jesus, ou quem irá acusar-me, visto que Cristo morreu por mim"?
 Quando o céu estiver em chamas, quando a terra começar a tremer, quando as montanhas tremerem e Deus separar o justo do ímpio, felizes serão aqueles que encontraram abrigo debaixo do sangue. Mas onde estará você quem nunca confiou no poder purificador do sangue? Você clamará às rochas que o escondam e as montanhas que o cubram, porém será em vão. Ou Deus o ajuda agora ou nem mesmo o sangue poderá ajudá-lo naquele dia.
 5. O sangue de Cristo é precioso por causa de seu APELO PREDOMINANTE
 No capítulo 12 de Hebreus, versículo 24, o autor sagrado diz que "fala melhor do que o de Abel".
 O sangue de Abel apelou e prevaleceu; seu grito era ** vingança" e Caim foi punido. O sangue de Jesus apela e prevalece; seu grito é * "Pai, perdoar-lhes''!
 — e os pecadores são perdoados por causa dele. Quando eu não posso orar como deveria, quão doce é lembrar-me de que o sangue ora! Não há voz em minha língua, mas há sempre uma voz no sangue. Quando me curvo diante do meu Deus e não posso ir além de dizer:
"Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador", ainda assim meu Advogado diante do trono não está mudo, embora eu o esteja, e Seu apelo não perde poder pelo fato de minha fé no mesmo ter diminuído.
O sangue, semelhantemente, sempre prevalece com Deus. As feridas de Jesus são as muitas bocas para apelar a Deus a favor dos pecadores — e eu até posso dizer que elas são as muitas correntes com as quais o amor é levado cativo e a soberana misericórdia é obrigada a abençoar todos os filhos agraciados. E se eu disser que as feridas de Jesus tornaram-se doadoras da graça através da qual o amor divino vem para o mais vil dos homens, e portas através das quais nossos desejos sobem para
Deus e suplicam-Lhe de modo que Ele Se apraz em atendê-los — estou dizendo demais?
Na próxima ocasião que vocês não puderem orar, quando estiverem chorando, gemendo, lutando em seu quarto de oração, louvem o valor do precioso sangue que intercede por vocês diante do trono eterno.
 6. O sangue é precioso por causa de sua INFLUÊNCIA COMOVEDORA no coração humano.
 "E olharão para mim, a quem transpassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele como se chora amargamente pelo primogênito" (Zac. 12:10).
Há uma grande lamentação entre os pecadores quando são meio despertados e sentem seus corações tão endurecidos. O sangue comove profundamente.
 Não há natureza, por mais obstinada que seja, que diante da visão do amor de Deus em Cristo Jesus não possa ser amolecida, se a graça lhe abrir os olhos para ver a Cristo. O empedernido coração humano derrete-se quando ele é mergulhado no sangue divino. Será que não concordariam, caros amigos, que Toplady estava certo quando disse:
 Lei e terrores apenas endurecem Enquanto operam sozinhos, Mas um senso de perdão comprado por
sangue Logo dissolve o empedernido coração.
 Pecadores, se Deus os levar hoje a crerem em Cristo, se vocês confiarem suas almas às Suas mãos para serem salvas, esses duros corações de pedra se derreterão de vez. Vocês pensariam de modo diferente a respeito do pecado, meus amigos, se soubessem o que Cristo sofreu por causa dele. Oh, se soubessem que por trás daqueles queridos olhos estava o coração amoroso de Jesus olhando para vocês, eu sei que diriam:
"Eu odeio o pecado que O fez prantear, e O pregou naquela maldita cruz"
Eu não creio que a pregação da lei possa amolecer o coração do homem. Se o golpeássemos com martelo poderíamos juntar ainda mais suas partículas, e tornar o ferro ainda mais duro: mas, oh, pregar o amor de Cristo! — Seu grande amor com que nos amou, mesmo estando nós mortos em nossos pecados, e dizer aos pecadores que há vida em olhar para o Crucificado — certamente isso irá provar que Cristo foi exaltado para dar arrependimento e remissão de pecados. Venham para o arrependimento se vocês não puderem vir arrependidos.
Venham para receber um coração compungido se não puderem vir com corações compungidos. Venham paia ser comovidos se ainda não o estão. Venham para ser feridos se vocês não o estiverem.
 7. O mesmo sangue que comove tem um AFÁVEL PODER DE PACIFICAR
 John Bunyan fala da lei como vindo para varrer o quarto semelhante a uma criada com uma vassoura; e quando ela começa a varrer levanta uma grande poeira que quase sufoca as pessoas além de entrar em seus olhos; mas depois vem o evangelho com suas gotas de água e assenta a poeira, e então a vassoura pode ser usada de modo muito melhor,
Ora, às vezes acontece que a lei de Deus levanta tal poeira na alma do pecador que nada além do precioso sangue de Cristo pode fazer tal poeira assentar.
Nós somos  pecador é inquietado de tal maneira que nada pode trazer-lhe nenhum alívio senão o conhecimento de que Jesus morreu por ele.
 Quando senti o fardo do meu pecado, eu confesso que todas as pregações que ouvi não trouxeram sequer um pingo de consolo.
Fui instruído fazer isto e mais aquilo, e quando fiz o que me aconselharam eu não havia avançado um centímetro. Eu pensei que deveria sentir alguma coisa, ou fazer algumas orações, e quando o fazia, a carga ficava ainda mais pesada. Mas, no momento em que percebi que não havia absolutamente nada para eu fazer que Jesus já não o tivesse feito há muitos anos atrás, que todos os meus pecados foram colocados sobre Seus ombros e que Ele sofreu tudo o
que eu deveria ter sofrido, então meu coração teve paz com Deus, paz por crer, paz através do precioso sangue. Dois soldados estavam de serviço no forte de Gibraltar, e um deles tinha recebido paz através do precioso sangue de Cristo;
o outro estava em grande aflição mental. Aconteceu estarem de guarda, os dois, de sentinela na mesma noite; e havia grandes fendas nas rochas que foram adaptadas para transmitir a voz à grande distância.
O soldado deprimido mentalmente estava a ponto de se desesperar; ele sentia que havia se rebelado contra Deus e não sabia como ser reconciliado com Ele, quando subitamente ouviu o que lhe parecia uma voz vinda do céu, dizendo estas palavras:
"O precioso sangue de Cristo".
Num instante ele entendeu tudo; foi isto que nos reconciliou com Deus, e então se regozijou com alegria indizível e cheia de glória. Pergunto: aquelas palavras vieram diretamente do céu?
Não. Elas vieram, quanto ao efeito que produziram, do Espírito Santo. Quem havia dito aquelas palavras? Curiosamente, a outra sentinela do outro lado da fenda estava parado e meditando, quando um oficial aproximou-se e pediu-lhe que dissesse a senha da noite, e com a prontidão de um soldado ele o fez, mas não corretamente, pois, estando tão embebido em sua meditação, ao invés de dizer a senha combinada, ele
disse ao oficial: "O precioso sangue de Cristo".
Imediatamente ele se corrigiu, no entanto suas palavras foram através da fenda e alcançaram os ouvidos para os quais Deus as destinara, e o homem encontrou paz e viveu sua vida no temor de Deus, sendo nos anos seguintes o instrumento usado por Deus para completar uma de nossas excelentes traduções da Bíblia na língua hindi.
 Quem pode dizer, queridos amigos, quanta paz vocês podem transmitir somente em contar a história de nosso Salvador. Se eu soubesse que iria morrer e tivesse tempo para dizer apenas algumas palavras eu diria: "Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores" (I Tim. 1:15).
 A doutrina da substituição é a essência e a força do evangelho, e se vocês puderem pregar isto vão provar o valor do precioso sangue e seu poder de dar paz.
 8. Podemos tomar apenas um minuto agora para falar sobre a INFLUÊNCIA SANTIFICADORA do sangue.
 O autor de Hebreus nos diz no capítulo 9, versículo 14, que Cristo santificou o povo pelo Seu próprio sangue. Certamente que sim, o mesmo sangue que justifica, retirando o pecado, age subseqüentemente sobre a nova natureza e leva
avante o cristão para subjugar o pecado e seguir os mandamentos de Deus. Não há motivo tão grande para ã santidade quanto aquele que flui da pessoa de Jesus. Se vocês querem saber porque devem ser obedientes à vontade de Deus, meus irmãos, olhem para.
 Aquele que suou grandes gotas de sangue, e o amor de Cristo os constrangerá, e vocês assim julgarão: "... que se uni morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou". (2 Cor. 5:14-15).
 9. Ainda outra magnífica virtude do sangue de Jesus é seu PODER DE DAR ACESSO
 Está escrito que o sumo sacerdote nunca entrou além do véu sem sangue; e certamente nós nunca poderemos entrar no coração de Deus, nem no segredo do Senhor, que está com aqueles que O temem, nem em qualquer relação familiar com nosso grande Pai e amigo, exceto pelo aspergir do precioso sangue de Jesus.
"Temos acesso com confiança em Sua graça", mas nunca ousaremos dar um passo em direção a Deus, exceto se aspergidos com este precioso sangue. Estou persuadido de que alguns de nós não nos aproximamos de Deus porque nos esquecemos do sangue. Se tentarem ter um
relacionamento com Deus, baseado em seus próprios méritos, suas experiências, suas crenças, vocês falharão; mas se tentarem se aproximar de Deus estando em Jesus Cristo, terão êxito fazê-lo, e por outro lado, Deus irá ao seu encontro quando Ele os vir na presença do Seu Ungido. Oh, podermos estar junto de Deus! Mas não há proximidade de Deus, a não ser quando estamos próximos da cruz. Louvem o sangue, então, pelo poder que tem de aproximá-los de Deus. 
10. O sangue é realmente precioso pelo seu PODER CONFIRMADOR
Sabemos que nenhum testamento jamais foi válido sem que vítimas tenham sido imoladas e sangue aspergido; e é o sangue de Jesus que ratifica a Nova Aliança, tornando suas promessas em benção para todos os salvos. Daí ser chamado de "o sangue da aliança eterna". O autor de Hebreus muda a figura e diz que o testamento não tem força a não ser quando o testador morre. O sangue é a prova de que o testador morreu, e agora a lei distribui os bens a cada herdeiro; porque Jesus Cristo assinou isso com Seu próprio sangue. Amados, regozijemo-nos em que as promessas são o sim e o amém, por nenhuma outra razão além desta, porque Cristo Jesus morreu e ressuscitou. Se não tivesse acontecido o curvar a
cabeça na cruz, o dormir no sepulcro, o levantar do túmulo, então as promessas seriam incertas, falsas, e não imutáveis pelas quais "é impossível que Deus minta" e conseqüentemente nunca propiciaria grande consolação àqueles que fogem para se refugiarem em Cristo Jesus. Considerem como é precioso o poder confirmador do sangue de Jesus.
11. Já estou terminando, mas resta outra virtude do precioso sangue a considerar — SEU PODER RENOVADOR
Se vocês querem conhecer este poder, devem vê-lo manifestado, como nós geralmente fazemos, quando cobrimos a mesa com a toalha branca e colocamos sobre ela o pão e o vinho. O que significa para nós esta ordenança? Significa que Cristo sofreu por nós e que já havendo sido lavados em Seu precioso sangue, e assim limpos, vimos à mesa para tomar o vinho como um símbolo da maneira pela qual vivemos e nos alimentamos de Seu corpo e de Seu sangue. O apóstolo João registra: "... se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue não tereis vida em vós mesmos" (6:53). Nós portanto, de um modo espiritual, bebemos Seu sangue, e Ele diz: "O meu sangue é verdadeira bebida". Bebida superior, bebida transcendente, bebida fortalecedora! — aquela que os anjos nunca provarão — embora bebam diante do trono eterno.
Oh, amados, quando desfalecerem em seus espíritos, esse vinho os confortará; quando suas tristezas forem muitas, bebam e esqueçam suas misérias, e não se lembrem mais de seus sofrimentos. Quando vocês estiverem muito fracos e abatidos, por amor às suas almas, não tomem somente um pouco mas bebam para satisfazer-se bastante do vinho bem amadurecido, o qual fluiu do próprio coração de Cristo. "Bebei fartamente, oh amados" diz Cristo à noiva; e não vos demoreis quando Ele convida. Vejam: o sangue tem poder para limpar exteriormente como também tem para fortalecer interiormente. Oh, precioso sangue, quantas são as suas virtudes! Possa eu prová-las todas!
12. Finalmente, o sangue tem um PODER VENCEDOR
Está escrito no Apocalipse: "Eles venceram por causa do sangue do cordeiro" (Apoc. 12:11). Como poderia ser de outra maneira? Aquele que luta com o precioso sangue de Jesus o faz com uma arma que atravessará alma e espírito, juntas e medulas, uma arma que faz o inferno tremer, e torna os céus submissos, e a terra obediente à vontade do homem que pode empunhá-la. O sangue de Jesus! O pecado morre em sua presença, a morte deixa de ser morte e o próprio inferno seria drenado, ressequido, se este sangue pudesse operar lá. O sangue de Jesus! As
portas do céu são abertas, barras de ferro são recuadas. O sangue de Jesus! Minhas dúvidas e temores fogem, meus problemas e desastres desaparecem.( O sangue de Jesus! Não irei eu conquistando e a conquistar enquanto puder reivindicar isso! No céu esta será a jóia escolhida que brilhará sobre a cabeça de Jesus — que Ele dá ao Seu povo. "Vitória, vitória, através do sangue do Cordeiro!". E agora, poderíamos usufruir deste sangue? Pode ser alcançado? Sim, é gratuito, tanto quanto cheio de virtudes, gratuito para toda alma que crê! Quem quiser vir e crer em Jesus encontrará a virtude deste sangue em sua vida neste dia. Afaste-se de seus próprios feitos e atos. Volte seus olhos à completa expiação que foi feita, ao maior resgate já pago; e se Deus o capacitar, pobre ouvinte, a dizer hoje neste lugar: "eu tomo este precioso sangue para ser minha única esperança" você será salvo, e poderá cantar conosco:
Alvo mais que a neve Alvo mais que a neve Eis nesse sangue lavado Mais alvo que a neve serei!
Que Deus conceda que assim o seja, por amor de Seu nome. Amém.
 O PRECIOSO SANGUE DE CRISTO
"... o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado". "... sem derramamento de sangue não há remissão...". Qualquer ministério que deixe de anunciar o sangue de Cristo não pode ser considerado bíblico, pois o sangue de Cristo é indispensável ao perdão dos nossos pecados. É exatamente isso que Spurgeon proclama neste sermão.

SOCIALISTAS PCICOPATAS


O QUE PREGA O MARXISMO
Em síntese, o marxismo prega os seguintes temas:
2.1. A GUERRA DE CLASSES
Segundo o marxismo, há no Universo inteiro um estado de oposição, de sorte que tudo o que há no mundo é fruto de forças que se opõem. Exemplo: a morte se opõe à vida, o bem ao mal, etc. É este conflito que dá dinamismo à vida. Em tudo há sempre duas forças que se opõem; a força principal chama-se "tese", e a secundária que reage chama-se "antítese". Na luta entre as duas, a tese prevalece e vence a antítese. A isto o marxismo chama "ponto crítico". O ponto crítico transforma a quantidade em qualidade, resultando daí a "síntese".
O marxismo aplica a guerra de classes à humanidade, observando o seguinte raciocínio: A humanidade está dividida em duas forças que se opõem: operários e patrões ou chefes e subordinados. O operário é a força chamada "tese"; enquanto os patrões são a força reacionária, a "antítese". Há guerra eterna entre estas duas classes. O resultado final será a tese vencer a antítese, isto é, a classe trabalhista destruir o sistema capitalista.
Alguns de nossos políticos são muito simpatizantes desta bestialidade praticada do comunismo.
2.2. O CONCEITO DE PAZ
Os marxistas sempre falam em paz.
 Mas o que entendem eles por paz?
Para o marxismo a paz só é possível com a destruição do povo capitalista pelo operariado, ou como dizem eles: "A vitória do proletariado sobre a burguesia". Está aí a fundação de ONGS e sindicatos.
Quando um marxista fala em paz, refere-se à vitória total do comunismo. Deste modo, o que chamamos de "paz" é para o marxismo um ato de guerra.
2.3. PROLETARIADO E CAPITALISMO
Na dialética materialista do marxismo, a classe operária é cha-mada proletariado; todos os demais compõem a burguesia ou ca-pitalismo. O que o marxismo chama capitalismo não são somente os ricos, comerciantes e industriais, mas o sistema democrático, todas as religiões, igrejas e organizações religiosas.
Segundo Marx, a religião é uma espécie de travesseiro sobre o qual o crente está a dormir, a fim de não se engajar na luta contra os exploradores, na esperança de ter uma vida num além, que nunca chegará. Portanto, é ensino básico do marxismo que o homem, para viver bem e dirigir seus destinos, precisa destruir primeiramente a religião e a propriedade privada.
2.4. O CONCEITO DE PROPRIEDADE
O marxismo caracteriza-se pela sistemática oposição à pro-priedade privada, à liberdade econômica, e à livre iniciativa. Marx e Engels declararam em 1848 aquilo que hoje é um diapasão do marxismo: "Os Comunistas podem resumir sua teoria nesta única expressão: 'abolição da propriedade privada'". Para o marxismo, "a propriedade privada é um roubo". Deste modo, o alvo do mar¬xismo é que toda propriedade seja administrada pelo Estado (pelo Estado comunista, evidentemente), inclusive no que diz respeito às necessidades individuais. Isto acarreta um totalitarismo absolu¬to em que o indivíduo fica absorvido pela coletividade.
III. O MARXISMO E O PROBLEMA DA LIBERDADE
Um dos sinais de enfraquecimento da fé e da democracia em nosso país é o entusiasmo simplista de alguns cristãos pelas teses marxistas. Para tanto aventam as mais estranhas interpretações dos textos bíblicos na vã esperança de uma legitimação de atitudes inaceitáveis a um autêntico seguidor de Jesus Cristo.
3.1. Os Riscos DO COMPROMETIMENTO
Aos ouvidos de cristãos incautos, soam, com doçura angelical, as seguintes palavras:
"Os cristãos devem optar definitivamente pela revolução, e especialmente no nosso continente, onde a fé cristã é tão importante entre a massa popular. Quando os cristãos se atreverem a dar um testemunho revolucionário integral, a revolução latino-americana será invencível, já que até agora os cristãos permitiram que sua dou¬trina fosse instrumentalizada pelos reacionários" (Che Guevara).
"Sugerimos uma aliança entre o Cristianismo e o marxismo. Os objetivos humanos de Cristo e Marx, cada qual com sua própria filosofia, são os mesmos.
Não podemos falar sobre o outro mundo, mas neste mundo podemos ter completa concordância, com fraternidade e solidariedade" (Fidel Castro).
Ao receber uma Bíblia, no Chile, Fidel observou: "Aqui le¬mos muitos exemplos de conduta tipicamente comunista... Cristo, multiplicando os peixes e os pães para alimentar o povo, é um belo exemplo... Nós não temos a resposta de Cristo. Mas, baseados na sua doutrina, tentamos fazer a mesma coisa: dar pães e peixes a todos!"

Mausoléu de Lenin na praça Vermelha, em Moscou: culto à criatura em lugar do Criador

3.2. MARXISMO versus IGREJA
O marxismo considera a Igreja, na melhor das hipóteses, irrelevante, e, na pior, como instituição econômica e, politicamente, opressora.
 Descreve a concepção cristã do mundo e da vida como algo anquilosado nas esferas de uma hierarquia estática, em uma concepção medieval do mundo que se esforça por impor como válida.
O marxismo é uma filosofia do homem que, conforme diz H. Bass, "pretende oferecer-nos uma resposta ao problema do homem..., sua origem..., seu destino histórico...; uma resposta ao problema da existência e da possibilidade de exercício de uma liberdade do homem".
 O marxismo, que pretende ser uma doutrina de salvação, só se satisfaz quando exerce um controle sobre todo o homem, em seu ser e seu operar, num delírio de universalidade dominante.
Bardiaeff, profundo conhecedor do marxismo, em cujas fileiras formou durante vários anos, escreve: "Pretende o marxismo ser universal, quer impor-se sobre toda a experiência, e não só sobre alguns de seus movimentos". Por isso, o marxismo é uma filosofia do homem, totalitária em sua ambição.
Nos poucos países ainda sob governo marxista ou comunista, o Estado exerce controle sobre tudo. O cidadão é vigiado e a delação é uma tradição, quase um dever.
O Estado comunista, assim como "O Grande Irmão", principal personagem do livro 1984, de George Orwell, a todos vê, patrulha e controla.
3-3- PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO
A revista Veja, de 25 de junho de 1986, mostrou que durante uma recente estada no Ocidente, Yelena Bonner, mulher do físico e dissidente soviético Andrei Sakharov, declarou que se sentia como um micróbio numa lâmina sob um microscópio, tal a vigilância a que ela e seu marido eram submetidos na cidade de Gorki, a 400 quilômetros de Moscou, para onde foram banidos por suas críticas ao regime comunista.
Prosseguindo na sua matéria, diz a Veja: "No apartamento de Gorki, o casal vive em completo isolamento dos amigos e impedi¬do de ouvir rádio, por causa de interferências provocadas pela po¬lícia. Para sintonizar estações ocidentais, Yelena revelou, recente¬mente, que eles vão até o cemitério local, onde a recepção é melhor. Para ambos, parece haver poucas esperanças de libertação a curto prazo".
Durante o regime comunista na extinta União Soviética, ao manter Sakharov confinado, os soviéticos exerciam uma prerrogativa típica das tiranias  a de libertar os adversários a seu crité¬rio, como fez o Kremlin, ao autorizar, em 1986, a emigração de Anatoly Sharansky para Israel, mas mantendo sempre um preso notável como símbolo de resistência a pressões externas e uma advertência interna para a força da repressão.
3.4. MARXISMO, O APOGEU DO HUMANISMO
O marxismo não se dá por satisfeito em formular uma determinada crença sobre o homem, mas procura impô-la, fazendo uma sondagem nas profundidades do homem para obrigá-lo a tomar consciência de suas potencialidades inimagináveis; induz o homem à crença de poder ser um deus antes mesmo de atingir a dignidade que o faça humano; quer dirigir, como um fanal seguro, o desenvolvimento, a realização do homem em seu caminho pelo mundo.
Tudo isso não é alguma coisa que o marxismo murmura debilmente e oferece como opção; é um urgente "imperativo categórico" que brada dos lábios do seu fundador.
O marxismo se propõe transformar o homem, o grande sol do Universo, em torno do qual tudo gravita.
Como pode uma filosofia arrogar-se um império sobre o homem?
 Como pode pretender ter prerrogativas que incidem sobre toda a dimensão humana, cujo santuário não se abria a não ser para a potestade da religião e da fé?
A resposta é a seguinte:
O marxismo é uma religião, uma religião do homem segundo teólogos conservadores. Porque hoje já temos muitos lideres religiosos comunistas no mundo.
 Afirmá-lo não é imprudência nossa, mas declaração de Marx: "A religião dos trabalhadores é sem Deus, porque procura restaurar a divindade do homem".
Com razão disse Bochenski:
"O conceito de valor absoluto do comunismo é um valor religioso. A dialética é o infinito e a infinita plenitude de valores.
A atitude diante dela, e em conseqüência, ante o partido, é uma postura sacral..." Ignácio Leep, convertido do marxismo, apresenta a mesma opinião a partir da sua própria experiência:
 "O marxismo não se contenta em combater as igrejas.
Quer desempenhar, na vida social e na consciência do indivíduo, o papel que anteriormente se atribuía às religiões".
IV. OPÇÃO PELA DEMOCRACIA E PELA LIBERDADE
Dizer aqui que a Igreja é perseguida nos países comunistas, para alguns simpatizantes do marxismo, não passa de sensacionalismo e mentira veiculados pela imprensa ocidental, principalmente a imprensa norte-americana. Note, porém, que não eram jornalistas ocidentais que afirmavam haver perseguição por motivos religiosos na extinta União Soviética. Há mais de quinze anos o dissidente russo Alexander Solgnytzem, no seu famoso livro Arquipélago Gulag, descreve a Rússia como uma grande prisão.
Anatoly Sharansky, outro dissidente russo, em depoimento no Congresso Americano em 1986, disse existir na época nada menos que quatrocentos mil prisioneiros na extinta União Soviética, por dissidência política ou por perseguição religiosa.
4.1. A DEMOCRACIA GARANTE A LIBERDADE DE CULTO
A garantia democrática da liberdade de culto não pertence à ordem das concessões, mas à dos reconhecimentos.
 E o reconhecimento, pelo Estado, de que o espírito se eleva às regiões do Infinito, regiões que se acham muito acima daquela em que vegetam os cobradores de impostos.
Como disse Tomas Paine, um dos grandes propugnadores da liberdade americana, o Estado não tem autoridade alguma para determinar ou conceder ao homem a liberdade de adorar a Deus, assim como não poderia conceder a Deus a liberdade de aceitar essa adoração.
Por reconhecermos a dignidade da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, esperamos que o Estado assegure a seus cidadãos o direito de viver livres de toda e qualquer coação, ou acepção, em matéria de religião. Este e qualquer outro direito inerente à dignidade do homem devem ser cuidadosamente resguardados, porque, uma vez feridos, todas as liberdades sofrem agravo.
Toda interpretação da liberdade religiosa inclui o direito de render culto a Deus conforme a consciência individual, de criar os filhos na crença de seus pais; de mudar de religião, de publicar literatura e fazer obra missionária, de associar-se a outras pessoas, de adquirir e possuir bens de raiz para estes fins.
Para salvaguardar a ordem pública e fomentar o bem-estar do povo, tanto o Estado, ao reconhecer a liberdade religiosa, como o povo, no usufruto deste direito que se lhe reconhece, devem cumprir com obrigações recíprocas.
 O Estado deve proteger todos os grupos, tanto as minorias como as maiorias, jamais permitindo qualquer limitação de direitos legais por motivos religiosos.
O povo, por sua vez, deve exercer seus direitos sentindo plenamente sua responsabilidade e vivendo numa atitude de respeito aos direitos dos outros. Estas são peculiaridades exclusivas dos Estados democráticos.
4.2. POR QUE PREFERIR A DEMOCRACIA
O povo brasileiro, principalmente o cristão, deve precaver-se diante do perigo de se deixar enfeitiçar pelo canto da sereia do comunismo. As soluções dos nossos problemas políticos e sociais não dependem da adoção do modelo político cubano em nosso país.
Um modelo político que falhou em Cuba e que também fracassou na Nicarágua jamais terá melhor sorte no Brasil.
Parte das soluções de nossos problemas sociais depende fundamentalmente do fortalecimento e aperfeiçoamento das instituições democráticas em nosso país.
A democracia é preferível ao marxismo comunista, por vários motivos, dentre os quais se destacam os seguintes:
1) O comunismo tem como bandeira a decisão de desarraigar o sentimento divino do coração dos homens, transformando ho¬mens como Marx, Lenin, Stalin, Fidel Castro, etc, em deuses.
2) O comunismo se propõe não apenas a abolir a fé e a crença em Deus, mas também persegue a Igreja, enquanto prega o ateísmo como forma de religião do Estado.
3) A pretexto de distribuir a riqueza em parcelas iguais a todos, o que o comunismo tem feito mesmo é distribuir equitativamente a pobreza.
4)  O comunismo anula a posse da propriedade privada, en¬quanto tolhe o sonho dos que nada têm de algum dia possuírem alguma coisa mais.
5) A tese do "Novo Homem" (do qual Che Guevara é apontado como modelo), propugnado pelo comunismo como resultado da manipulação feita pela dialética marxista e pelas lutas de clas¬se, constitui-se num anti-evangelho, uma vez que, de acordo com a mensagem do Evangelho, o único meio através do qual o homem pode ser feito uma nova criatura é através da aceitação do senho¬rio de Jesus Cristo sobre sua vida (Jo 3.1-8).
4.3. CONCLUSÃO
O cristão deve opor-se ao marxismo comunista não do ponto de vista do capitalismo, seja ele de que linha for, mas do ponto de vista do Reino de Deus que, ao contrário do marxismo, prega o amor entre os homens, a compreensão e a solidariedade entre os povos, pontifica a necessidade da conversão do pecado a um estado de graça diante de Deus, e enfatiza o senhorio de Cristo e o governo divino sobre o homem e a História.
Como bem disse Rui Barbosa:
 "O comunismo não é fraternidade, é disseminação  do ódio entre as classes.
Não é reconciliação dos homens, é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho; bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem.
Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador".

COMO É O SEU NATAL ? Aproveite o Natal

COMO É O SEU NATAL ? Aproveite o Natal. A verdadeira religião não pode ser inconsistente com nossa natureza. Não pode requerer nunca que me abstenha de chorar quando morre meu amigo. " pois o próprio Jesus choro. A todos os que pensam que os que rompem os vínculos de relacionamento devem ser boas pessoas, podemos dizer


Um pouco atrasado mas muito boa reflexão, vai ficar aqui para o próximo ano.
A verdadeira religião não pode ser inconsistente com nossa natureza.
Não pode requerer nunca que me abstenha de chorar quando morre meu amigo. " pois o próprio Jesus chorou."
Não pode negar-me o privilégio de um sorriso, quando a Providência me olha de maneira favorável, pois uma vez: "Naquela mesma hora Jesus se alegrou no Espírito, e disse: Eu te louvo, ó Pai."
Não compete ao homem dizer ao seu pai e à sua mãe, "já não sou mais seu filho." Isso não é o cristianismo de  verdade, a você filho isso é algo pior do que fariam as bestas feras, que nos levaria a um rompimento completo com nossos laços humanos.
Nos levaria a caminhar no meio deles como se não tivéssemos nenhum parentesco com eles . A todos os que opinam que uma vida solitária deve ser uma vida de piedade, eu lhes diria: "é o maior engano."
 A todos os que pensam que os que rompem os vínculos de relacionamento devem ser boas pessoas, podemos dizer:
"os que mantêm esses vínculos de relacionamento são os melhores."
 O cristianismo faz do marido um marido melhor, e da esposa uma melhor esposa do que eram antes.
Não me libera dos meus deveres como filho; faz-me um filho melhor, e a meus pais os faz melhores pais. Em vez de enfraquecer meu amor, me dá uma razão renovada para fortalecer meu afeto; e a quem antes amava como meu pai, agora o amo como meu irmão e colaborador em Cristo Jesus; e a quem reverenciava como minha mãe, agora a amo como minha irmã no pacto da graça, minha irmã para sempre no estado vindouro.
Pode se dizer, ninguém deve supor que o cristianismo interfere nos lares; antes, tem o objetivo de fortalecê-los, e fazê-los baluartes que nem a mesma morte pode separar, pois os liga em um vínculo de vida com o Senhor seu Deus, e reúne os vários indivíduos do outro lado do rio.
Sabe se que há uma grande quantidade de crentes jovens que sempre vem para ouvir o pregador.
Sempre se amontoam nos corredores da igreja, e muitos deles foram convertidos a Deus porque reconhecem estas práticas. Agora se aproxima outra vez o dia de Natal, e eles viajarão  para para ver os seus parentes.
 Ao chegarem vão querer cantar uma canção de Natal na noite; quero sugerir-lhes uma, em especial àqueles que foram convertidos a Jesus e abandonaram as velhas práticas. Pode-se dar  um sugerido para seu discurso na noite de Natal; poderá não ser tão divertido como "O Naufrágio do Maria de Ouro,"
 mas será igualmente interessante para o povo cristão.
 O tema será este:
"Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor fez com suas almas, e como teve misericórdia de vocês.” ;
Poderiamos desejar que houvesse vinte Natais no ano.
porque raras vezes as pessoas podem reunir-se com os seus: Raramente podem estar unidos como felizes famílias:
E ainda que eu não guardássemos nenhum respeito pela observância religiosa desse dia, o natal, até porque Cristo nasceu em abril, amo como uma instituição familiar, como um dos dias mais brilhantes que se pode viver, o grande Dia de repouso do ano, quando os colaboradores das empresas, descansam, quando o estrépito dos negócios guarda silêncio, quando o obreiro se para refrescar-se sobre a verde grama da terra alegre.
Se alguns de vocês são chefes, perdoem-me, mas mui respeitosamente lhes peço que paguem a seus empregados os mesmos salários no dia de Natal como se eles trabalhassem.
Estou certo que alegrarão se em suas casas se assim o fizerem.
É injusto que a única opção que tenham seja o festejar ou jejuar, a menos que lhes deem o dinheiro necessário para que festejem e se alegrem nesse dia de alegria.
Feliz natal.

O EVOLUCIONISMO. / A TEORIA EVOLUCIONISTA


O EVOLUCIONISMO
A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma criação especial, ou seja, que Deus criou cada criatura "conforme a sua espécie" (Gn 1.24).
Isto consiste em que cada criatura, seja homem ou animal, foi criada como a conhecemos hoje, conforme a sua própria espécie.
A TEORIA EVOLUCIONISTA
No decorrer dos séculos, mais precisamente no século passado e no atual, muitas vãs filosofias, falsos ensinos e teorias insustentáveis tentaram lançar dúvida sobre o relato bíblico da Criação.
 UM HOMEM POR NOME DE;CHARLES DARWIN
Entre as teorias que se têm insurgido contra a doutrina criacionista, destaca-se a da evolução, concebida e largamente difundida pelo naturalista inglês Charles Darwin, que viveu entre 1809e 1889. De dezembro de 1831 a outubro de 1836, Darwin viajou como naturalista a bordo do "Beagle", um navio de pesquisas, em expedição científica.
 Ao longo dessa expedição visitou as ilhas do Cabo Verde e outras ilhas do Atlântico, e bem assim as costas da América do Sul, as ilhas Galapagos, perto do Equador, a Ilha Tarti, Nova Zelândia, Austrália, Tasmânia, a Ilha Keeling, as ilhas Falkland (Malvinas), as ilhas Mauricias, as ilhas de Santa Helena e Ascensão, e o Brasil.
Foi o estudo dos bancos de corais que de modo especial o interessou e o levou a formular a sua teoria da transmutação de espécies e a "seleção natural" pela qual ficou famoso. Em novembro de 1859, Darwin publicou seu livro .
A Origem das Espécies, ou A preservação das raças favorecidas na luta pela vida. Desde então este livro veio a se tornar a Bíblia da causa evolucionista QUE SE CONHACE HOJE. Não obstante Darwin, antes de morrer, tenha abandonado essa teoria por ele pregada ao longo de sua vida, ainda hoje ela é aceita e disseminada, principalmente nos círculos acadêmicos e universitários lamentávelmente.
CONCEITO DA ORIGEM DO HOMEM
A teoria evolucionista tem como ponto de partida a afirmação de que o homem e os animais em geral procedem de um mesmo tronco, e que hoje, homem e animal são um somatório de mutações sofridas no decorrer de milênios.
Em suma:
O homem de hoje não é o homem do princípio.
 Desse conceito surgiu o ensino estúpido de que o homem de hoje é um macaco em estágio mais desenvolvido. E, para produzir maior confusão, a teoria da evolução coloca o início da vida humana na Terra a milhões de anos antes do tempo indicado pala Bíblia.
APENAS UMA TEORIA
É bom lembrar que, quando tratamos da evolução, estamos lidando com uma teoria, com suposições, e não com uma ciência. Charles Darwin conspirou contra a Bíblia, ao criar a teologia da evolução
Se você ler um compêndio sobre evolução, há de encontrar com muita freqüência chavões, tais como: "crê-se que...", "admite-se que...", "talvez...", "possivelmente...", "mais ou menos...", etc. As¬sim tão vulnerável e falha, conseqüentemente o sistema que ela advoga não há de subsistir diante do argumento das Escrituras (Gn 2.7).
De acordo com a Bíblia, o homem já foi feito homem. O chamado "Homem de Neanderthal" ou o "Homem de Heidelberg" não têm em si nenhum elemento, por menor que seja, capaz de provar que o homem, no princípio, tivesse as características de um macaco encurvado. O africano de elevada estatura, o pigmeu, o asiático de nariz achatado, o negro com suas características distin¬tivas — todos são o resultado de variações comuns dentro da fa¬mília humana. Assim, também o homem da antigüidade variava de um para o outro, e também se diferenciava de nós, hoje em dia.
 ARGUMENTOS CONTRA O EVOLUCIONISMO
O argumento bíblico, a partir do primeiro capítulo de Gênesis, é que a raça humana descende de um só casal, Adão e Eva (Gn 1.28), criado por Deus no princípio. A narrativa subseqüente ao capítulo 1 de Gênesis mostra claramente que as gerações que surgiram até o Dilúvio permaneceram em contínua relação genética com o primeiro casal, de maneira que a raça humana constitui não somente uma unidade específica, uma unidade no sentido de que todos os homens participam da mesma natureza, mas também uma unidade genética e genealógica.
Este fato é cristalino em Atos 17.26.
Muitos argumentos se somam em apoio à idéia bíblica da uni¬dade da raça humana, dentre os quais se destacam os seguintes:
ARGUMENTO TEOLÓGICO
Romanos 5.12,19 e 1 Coríntios 15.21,22 indicam a unidade orgânica da raça humana, tanto na primeira transgressão como na provisão de Deus para a salvação da raça humana na Pessoa de Jesus Cristo.
ARGUMENTO CIENTÍFICO
A ciência tem confirmado, de diferentes maneiras, o testemu¬nho da Escritura com respeito à unidade da raça humana. Evidentemente, nem todos os homens de ciência crêem nisso.
Por exemplo, os antigos gregos tinham teoria autoctonista, se-gundo a qual os homens surgiram da Terra por meio de uma classe de gerações espontâneas. Como essa teoria não possuía fundamen¬tos sólidos, logo foi desacreditada. Agassis, por sua vez, propôs a teoria dos coadamitas, segundo a qual existiram diferentes centros de criação. No ano de 1655, Peirerius desenvolveu e defendeu a teoria preadamita, que tem como origem a suposição de que havia homens na Terra antes que Adão fosse criado. Esta teoria foi aceita e difundida por Winchell, que, ainda que não negasse a unidade da raça humana, contudo considerava Adão como o primeiro homem só da raça hebraica, em vez de cabeça de toda a raça humana.
Em anos mais recentes, Fleming, sem ser dogmático sobre o assunto, disse haver razões para se aceitar que houve raças infe¬riores ao homem antes da aparição de Adão no cenário mundial, pelos idos do ano 5500 a.C. Segundo Fleming, essas raças, não obstante inferiores aos adamitas, já tinham faculdades distintas dos animais, enquanto o homem adamita foi dotado de faculdades maiores e mais nobres, e provavelmente destinado a conduzir todo o restante da raça à lealdade ao Criador. Falhando Adão em con¬servar sua lealdade a Deus, Deus o proveu de um descendente, que, sendo homem, era muito mais do que homem, para cumprir aquilo que Adão não foi capaz de cumprir. Na verdade, Fleming nunca pôde oferecer provas da veracidade dessa sua teoria.
ARGUMENTO HISTÓRICO
As tradições mais antigas da raça humana apontam decidida-mente para o fato de que os homens tiveram uma origem comum.
A história das migrações do homem, por exemplo, tendem a de-monstrar que tem havido uma distribuição de populações primiti¬vas partindo de um só centro, isto é, de um mesmo lugar.
ARGUMENTO FILOLÓGICO
Os estudos feitos acerca das línguas da humanidade indicam que elas tiveram origem comum. Por exemplo, as línguas indo-germânicas encontram sua origem em uma língua primitivamente comum, na qual existem resquícios do sânscrito. Também há evidências que demonstram que o antigo Egito é o elo entre as línguas indo-européias e as semíticas.
ARGUMENTO PSICOLÓGICO
A alma é a parte mais importante da natureza constitutiva do homem, e a psicologia revela claramente o fato de que as almas dos homens, sem distinção de tribo e nação a que pertençam, têm essencialmente as mesmas características. Possuem em comum os mesmos apetites, instintos e paixões, as mesmas tendências, e, sobretudo, as mesmas qualidades, as características que só exis¬tem no homem.
ARGUMENTO DA CIÊNCIA NATURAL
Os mestres de filosofia comparativa formulam juízo comum quanto ao fato de que a raça humana constitui-se numa só espécie, e que as diferenças entre as diversas famílias da humanidade são consideradas como variedades de uma espécie original. A ciência não afirma categoricamente que a raça humana procedeu de um só casal, mas a Palavra de Deus afirma isso com toda clareza em Atos 17.26.
A FORMAÇÃO DAS NAÇÕES
Das gerações anteriores ao Dilúvio, somente Noé, sua esposa, seus filhos Sem, Cão e Jafé e respectivas esposas escaparam e encabeçaram as gerações pósdiluvianas.
OS DESCENDENTES DE SEM
Dos cinco filhos de Sem procederam os caldeus, que povoaram a região marginal do Golfo Pérsico, parte sul e sudeste da Península Arábica, uma província ao oriente do rio Tigre e ao nor¬te do Golfo Pérsico, a Assíria, às margens do rio Tigre, sudeste da Ásia Menor, a Síria e o território ao lado do lago de Merom, ao norte da Galiléia.
OS DESCENDENTES DE CÃO
Os descendentes de Cão povoaram as terras da África, da Arábia Oriental, da costa oriental do mar Mediterrâneo, e do grande vale dos rios Tigre e Eufrates. Existe uma opinião de que alguns dos descendentes de Cão emigraram para a China e que de lá passaram para as Américas, através do estreito de Bering e do Alasca.
OS DESCENDENTES DE JAFÉ
De Jafé descenderam as raças arianas, ou indo-européias; os italianos, franceses, espanhóis, formando o povo latino. Seus des-cendentes povoaram também a índia, Pérsia, Iugoslávia e a Áus¬tria. Dele descendem ainda os celtas, os alemães e os eslavos que emigraram para as ilhas Britânicas, Gales, Escócia e Irlanda. Algumas das tribos germânicas emigraram para a Noruega, Suécia, Dinamarca, Alemanha Ocidental, Bélgica e Suíça.
O HOMEM FOI CRIADO POR DEUS
A Bíblia nos apresenta um duplo relato da origem do homem, harmônicos entre si. Ambos estão em Gênesis 1.26,27 e 2.7. Partindo desses textos e de todo o contexto que trata da obra da criação, conclui-se que:
A CRIAÇÃO DO HOMEM FOI PRECEDIDA POR UM SOLENE CONSELHO DIVINO
Antes de Moisés tratar da criação do homem com maiores detalhes, ele nos leva a conhecer o decreto divino quanto a essa criação, nas seguintes palavras: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." (Gn 1.26).
A Igreja geralmente tem aceitado o verbo façamos, no plural, para provar a autenticidade da doutrina da Trindade. Alguns eruditos, porém, são de opinião que esta palavra expressa o plural majestático; outros a tomam como plural de comunicação, no qual Deus inclui os anjos em diálogo com Ele; e outros a consideram como o plural de auto-exortação. Tem-se verificado, porém, que estas três últimas opiniões são contrárias àquilo que pensam e expressam os pensadores e teólogos mais conservadores. Esses, como a Igreja, crêem que o plural façamos é uma alusão direta à Trindade Divina em conselho para a formação do homem.
3.2. A CRIAÇÃO DO HOMEM É UM ATO IMEDIATO DE DEUS
Algumas das expressões usadas no relato da criação do ho¬mem mostram que isso aconteceu de uma forma imediata, ao contrário do que aconteceu na criação dos demais seres e coisas da criação em geral. Por exemplo, leia Gênesis 1.11,20 e compare com Gênesis 1.27.
Qualquer indício de mediação na obra da criação que se acha contida nas primeiras declarações, referentes à criação das aves dos céus e dos seres marinhos, inexiste na declaração da criação do homem. Isto é, Deus planejou a criação do homem, levando-a a efeito imediatamente. Note que isto é contrário ao que ensina o evolucionismo, que o homem é o resultado de uma série de transformações de outros elementos.
O HOMEM FOI CRIADO SEGUNDO UM TIPO DIVINO
Com respeito aos demais seres vivos, lemos que Deus os criou 'segundo a sua espécie". Isto quer dizer que eles possuem formas tipicamente próprias de suas espécies. O homem não foi criado assim. Pelo contrário, Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." (Gn 1.26). Assim, em todo o relato bíblico, o homem surge como um ser que recebeu de Deus cuidados especiais na sua criação.
Os ELEMENTOS DA NATUREZA HUMANA SE DISTINGUEM
Em Gênesis 2.7, vemos a distinção clara entre a origem do corpo e da alma, elemento espiritual do homem. O corpo foi formado do pó da terra, material preexistente. Na criação da alma, no entanto, não foi necessário o uso de material preexistente, mas sim a formação de uma nova substância. Isto quer dizer que a alma do homem foi uma nova criação de Deus. A Bíblia diz que Deus soprou nas nari¬nas do homem, e "o homem foi feito alma vivente" (Gn 2.7).
 O ESPÍRITO DO HOMEM
O espírito é o âmago e a fonte da vida humana, enquanto a alma possui essa vida e lhe dá expressão por meio do corpo. Assim, a alma é o espírito encarnado. A alma sobrevive à morte por¬que o espírito a dota de capacidade; por isso alma e espírito são inseparáveis.
A ALMA DO HOMEM
A alma é a entidade espiritual, incorpórea, que pode existir dentro de um corpo ou fora dele (Ap 6.9).
 O CORPO DO HOMEM
Dos três elementos que formam o ser humano, o corpo é aquele sobre o qual a Bíblia menos fala. Sabe-se, no entanto, que o corpo humano é o instrumento, o tabernáculo, a oficina do espírito (2 Co 5.1-4; 1 Co 6.9). Ele é o meio pelo qual o espírito se manifesta e age no mundo visível e material. O corpo é o órgão dos sentidos e o laço que une o espírito ao universo material.
Os filósofos pagãos falavam do corpo com desprezo, e consideravam-no um empecilho ao aperfeiçoamento da alma, pelo que almejavam o dia quando a alma estaria livre de suas complicadas roupagens.
Porém as Escrituras tratam do corpo do homem como uma obra de Deus, o qual deve ser apresentado como oferta a Deus (Rm 12.1). O corpo dos salvos alcançará a sua maior glória na ressurreição, na vinda de Jesus (Jo 19.25-27; 1 Co 15; 1 Jo 3.2).
O HOMEM, IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS
Um dos ensinos cardeais da Bíblia é que o homem foi criado à imagem e à semelhança de Deus, para obedecer-lhe, amá-lo, e se¬gui-lo. Vestígios desta verdade encontram-se nos escritos de gran¬des vultos, até mesmo da literatura gentílica.
HOMEM, UMA DEFINIÇÃO
"Homem" vem do latim homo, palavra que, segundo opinião de alguns filólogos, vem de húmus (terra). No hebraico, língua original do Antigo Testamento, adam, nome dado ao primeiro ho¬mem, Adão, é traduzido por "aquele que tirou sua vida da adamah", da terra.
Em abril de 1985, a professora Lélia Coyne, pesquisadora da NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos) e docente da Universidade de San José, na Califórnia, surpreendeu o mundo científi¬co com a afirmação da descoberta de que a vida humana na Terra começou em estratos de uma argila muito fina e branca, o caulim, usado na indústria como branqueador de papel e isolante térmico. "Avançamos muito nesse terreno", disse a pesquisadora. "Falta-nos ainda a prova definitiva, mas já conseguimos o bastante para saber que estamos no caminho certo", acrescentou a doutora Coyne. "Se tivesse de apostar uma resposta ficaria com a teoria da argila", escreveu o astrônomo americano Carl Sagan, autor do "best-seller" Cosmos. "A argila pode ser comparada a uma fábrica de vida", acres¬centou em Glasgow, na Escócia, o bioquímico Graham Cairns-Smith.
Aquilo que para os cientistas e pesquisadores, mesmo os mais moderados, ainda é uma incerteza, para o crente, na Bíblia, é ple¬na certeza. O homem foi formado do pó da terra (Gn 2.7).
4.2.0 HOMEM, IMAGEM DE DEUS
O termo "imagem de Deus" relacionado ao homem, fala da indelével constituição do homem como um ser racional, e como um ser moralmente responsável. A imagem natural de Deus gra¬vada no homem consiste nos seguintes elementos: o poder de movimento próprio, o entendimento, a vontade e a liberdade. Neste particular está a diferença marcante entre o homem e os animais irracionais.
O primeiro ponto de distinção entre o homem, como imagem de Deus, e os animais irracionais é a consciência própria. Das cri¬aturas terrenas só o homem tem o dom de fixar em si mesmo o pensamento, e isto o faz consciente da sua própria personalidade. A faculdade que ele tem de proferir o pronome EU abre um abis¬mo intransponível entre ele e os animais irracionais. Nenhum ani¬mal, mesmo o macaco, jamais pronunciou EU, e a razão é que eles não têm consciência própria.
Como imagem de Deus que é, o homem se distingue dos irra-cionais ainda no seguinte:
a. pelo poder de pensar em coisas abstratas;
b. pela lei moral que se evidencia no seu comportamento em busca de uma perfeição maior;
c.  pela natureza religiosa que, em potencial, existe em cada ser humano;
d. pela capacidade de fixar um alvo maior a ser alcançado no tempo e na eternidade;
e. pela consciência da intensidade da vida humana;
f. pela multiplicidade das atividades humanas, que, conjuntas, somam o bem comum daquele que as desenvolve.
4.3.0 HOMEM, SEMELHANÇA DE DEUS
Intelectualmente, o homem assemelha-se a Deus, porque, se não houvesse essa conformidade mental, seria impossível a comunicação de um com o outro, e o homem não poderia receber a revelação de Deus.
 Esta semelhança está grandemente prejudicada por causa do pecado.
O simples fato de Deus se manifestar ao homem prova que o homem pode receber e compreender esta manifestação.
Há ainda a semelhança moral, porque assim foi o homem criado por Deus. Essa semelhança consiste nas qualidades mo¬rais inerentes ao caráter de Deus. Eclesiastes 7.29 diz que "Deus fez o homem reto..." Isto quer dizer que o homem foi criado bom e dotado de relativa justiça.
Todas as suas tendências eram boas. Todos os sentimentos do seu coração inclinavam-se para Deus, e nisto consistia a sua semelhança moral com o Criador. Devido ao pecado, a semelhança moral entre Deus e o homem enfraque¬ceu mais e mais. Por isso Cristo morreu, com o propósito de restaurar esta semelhança entre o homem e Deus, o que começa a partir da conversão.
Como ficou patente, o evolucionismo é uma teoria inspirada no inferno, com o propósito de desacreditar as Escrituras, princi¬palmente no que diz respeito à criação como um ato soberano de Deus. Porém, o crente arraigado na Bíblia Sagrada, e não em teorias humanas, pela fé entende "que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente" (Hb 11.2).

COMO SABER SE UM PROFETA É VERDADEIRO

"O profeta que presumir falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração: 'Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou?' Sabe que quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder como profetizou, esta é a palavra que o Se­nhor não disse; com soberba a falou o tal profeta: não tenhas te­mor dele... Quando um profeta ou sonhador se levantar no meio de ti, e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou pro­dígio, de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador" (Dt 18.20-22; 13.1-3).


Como Julgar se um Profeta é verdadeiro
Deus mesmo nos dá o critério para julgar um profeta, procu­rando saber quando ele fala da parte do Senhor ou fala de si mes­mo.
Quando ele é um verdadeiro ou um falso profeta.
Diz Deus:
"O profeta que presumir falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração:
'Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou?'
Sabe que quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir nem suceder como profetizou, esta é a palavra que o Se­nhor não disse; com soberba a falou o tal profeta: não tenhas te­mor dele... Quando um profeta ou sonhador se levantar no meio de ti, e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou pro­dígio, de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador" (Dt 18.20-22; 13.1-3).
A prova do falso profeta tanto era razoável como natural, e consistia no seguinte:
1) Se a palavra proferida não se cumprir; ou
2) Se a palavra se cumprir, mas o profeta, prevalecendo-se disto, conduzir as pessoas a se afastarem do verdadeiro Deus e a segui­rem outros deuses.

O QUE PREGA O MARXISMO ? A GUERRA ENTRE CLASSES


O QUE PREGA O MARXISMO ?
Significado de Comunismo substantivo masculino.
Sistema político que se baseia na propriedade coletiva (sem propriedade privada ninguém é dono de nada), sendo que os meios de produção ou serviços pertencem a essa coletividade; qualquer tipo de governo, sistema social ou organização socioeconômica que utiliza esse sistema.
[Economicamente]
 Política. Ideologia ou doutrina que, fundada por Karl Marx, a qual utiliza o sistema de propriedade coletiva (comunismo) em conjunto com o socialismo, sendo a propriedade coletiva instituída pelo Estado que distribui os bens de acordo com as prioridades individuais, extinguindo o sistema das classes sociais.(não existe classes).
Sistema de governo (político, econômico e social) que, foi instaurado na extinta União Soviética (Ver (Ver revolução de 1917), que tinha o comunismo como princípio mais importante.
Etimologia (origem da palavra comunismo). Do francês communisme.
Sinônimos de Comunismo;
Comunismo é sinônimo de: bolchevismo
Antônimos de Comunismo
Comunismo é o contrário de: capitalismo, anticomunismo
Em síntese, o marxismo prega os seguintes temas:
PREGA A GUERRA ENTRE CLASSES
Segundo o marxismo, há no Universo inteiro um estado de oposição, de sorte que tudo o que há no mundo é fruto de forças que se opõem. Exemplo: a morte se opõe à vida, o bem ao mal, etc. É este conflito que dá dinamismo à vida.
Em tudo há sempre duas forças que se opõem; a força principal chama-se "tese", e a secundária que reage chama-se "antítese". Na luta entre as duas, a tese prevalece e vence a antítese. A isto o marxismo chama "ponto crítico". O ponto crítico transforma a quantidade em qualidade, resultando daí a "síntese".
O marxismo aplica a guerra de classes à humanidade, observando o seguinte raciocínio:
A humanidade está dividida em duas forças que se opõem:
Operários e patrões ou chefes e subordinados.
O operário é a força chamada "tese"; enquanto os patrões são a força reacionária, a "antítese". Há guerra eterna entre estas duas classes.
O resultado final será a tese vencer a antítese, isto é, a classe trabalhista destruir o sistema capitalista.
O CONCEITO DE PAZ
Os marxistas sempre falam em paz.
Mas o que entendem eles por paz?
Para o marxismo a paz só é possível com a destruição do povo capitalista pelo operariado, ou como dizem eles: "A vitória do proletariado sobre a burguesia". Quando um marxista fala em paz, refere-se à vitória total do comunismo. Deste modo, o que chamamos de "paz" é para o marxismo um ato de guerra.
 PROLETARIADO E CAPITALISMO
Na dialética materialista do marxismo, a classe operária é chamada proletariado; todos os demais compõem a burguesia ou capitalismo. O que o marxismo chama capitalismo não são somente os ricos, comerciantes e industriais, mas o sistema democrático, todas as religiões, igrejas e organizações religiosas tudo, portanto eles estão em guerra contra todos estes.
Segundo Marx, a religião é uma espécie de travesseiro sobre o qual o crente está a dormir, a fim de não se engajar na luta contra os exploradores, na esperança de ter uma vida num além, que nunca chegará.
Portanto, é ensino básico do marxismo que o homem, para viver bem e dirigir seus destinos, precisa destruir primeiramente a religião e a propriedade privada.
 O CONCEITO DE PROPRIEDADE
O marxismo caracteriza-se pela sistemática oposição à propriedade privada, à liberdade econômica, e à livre iniciativa. Marx e Engels declararam em 1848 aquilo que hoje é um diapasão do marxismo: "Os Comunistas podem resumir sua teoria nesta única expressão: 'abolição da propriedade privada'". Para o marxismo, "a propriedade privada é um roubo". Deste modo, o alvo do marxismo é que toda propriedade seja administrada pelo Estado (pelo Estado comunista, evidentemente), inclusive no que diz respeito às necessidades individuais.
 Isto acarreta um totalitarismo absoluto em que o indivíduo fica absorvido pela coletividade.
O MARXISMO E O PROBLEMA DA LIBERDADE
Um dos sinais de enfraquecimento da fé e da democracia em nosso país é o entusiasmo simplista de alguns cristãos pelas teses marxistas. Para tanto aventam as mais estranhas interpretações dos textos bíblicos na vã esperança de uma legitimação de atitudes inaceitáveis a um autêntico seguidor de Jesus Cristo.
Os Riscos DO COMPROMETIMENTO
Aos ouvidos de cristãos incautos, soam, com doçura angelical, as seguintes palavras:
"Os cristãos devem optar definitivamente pela revolução, e especialmente no nosso continente, onde a fé cristã é tão importante entre a massa popular. Quando os cristãos se atreverem a dar um testemunho revolucionário integral, a revolução latino-americana será invencível, já que até agora os cristãos permitiram que sua doutrina fosse instrumentalizada pelos reacionários" (Che Guevara).
"Sugerimos uma aliança entre o Cristianismo e o marxismo.
Os objetivos humanos de Cristo e Marx, cada qual com sua própria filosofia, são os mesmos segundo eles.
 Não podemos falar sobre o outro mundo, mas neste mundo podemos ter completa concordância, com fraternidade e solidariedade" (Fidel Castro).  Ao receber uma Bíblia, no Chile, Fidel observou: "Aqui lemos muitos exemplos de conduta tipicamente comunista...
 Cristo, multiplicando os peixes e os pães para alimentar o povo, é um belo exemplo... Nós não temos a resposta de Cristo. Mas, baseados na sua doutrina, tentamos fazer a mesma coisa: dar pães e peixes a todos!"Mausoléu de Lenin na praça Vermelha, em Moscou é  culto à criatura em lugar do Criador

 MARXISMO versus IGREJA
O marxismo considera a Igreja, na melhor das hipóteses, irrelevante, e, na pior, como instituição econômica e, politicamente, opressora.
 Descreve a concepção cristã do mundo e da vida como algo anquilosado nas esferas de uma hierarquia estática, em uma concepção medieval do mundo que se esforça por impor como válida.
O marxismo é uma filosofia do homem que, conforme diz H. Bass, "pretende oferecer-nos uma resposta ao problema do homem..., sua origem..., seu destino histórico...; uma resposta ao pro¬blema da existência e da possibilidade de exercício de uma liberdade do homem". O marxismo, que pretende ser uma doutrina de salvação, só se satisfaz quando exerce um controle sobre todo o homem, em seu ser e seu operar, num delírio de universalidade dominante.
Bardiaeff, profundo conhecedor do marxismo, em cujas fileiras formou durante vários anos, escreve: "Pretende o marxismo ser universal, quer impor-se sobre toda a experiência, e não só sobre alguns de seus movimentos". Por isso, o marxismo é uma filosofia do homem, totalitária em sua ambição. Nos poucos paí¬ses ainda sob governo marxista ou comunista, o Estado exerce controle sobre tudo. O cidadão é vigiado e a delação é uma tradi¬ção, quase um dever. O Estado comunista, assim como "O Grande Irmão", principal personagem do livro 1984, de George Orwell, a todos vê, patrulha e controla.
PATRULHAMENTO IDEOLÓGICO
A revista Veja, de 25 de junho de 1986, mostrou que durante uma recente estada no Ocidente, Yelena Bonner, mulher do físico e dissidente soviético Andrei Sakharov, declarou que se sentia como um micróbio numa lâmina sob um microscópio, tal a vigilância a que ela e seu marido eram submetidos na cidade de Gorki, a 400 quilômetros de Moscou, para onde foram banidos por suas críticas ao regime comunista.. Prosseguindo na sua matéria, diz a Veja: "No apartamento de Gorki, o casal vive em completo isolamento dos amigos e impedido de ouvir rádio, por causa de interferências provocadas pela polícia. Para sintonizar estações ocidentais, Yelena revelou, recentemente, que eles vão até o cemitério local, onde a recepção é melhor. Para ambos, parece haver poucas esperanças de libertação a curto prazo".
Durante o regime comunista na extinta União Soviética, ao manter Sakharov confinado, os soviéticos exerciam uma prerrogativa típica das tiranias — a de libertar os adversários a seu critério, como fez o Kremlin, ao autorizar, em 1986, a emigração de Anatoly Sharansky para Israel, mas mantendo sempre um preso notável como símbolo de resistência a pressões externas e uma advertência interna para a força da repressão (Kleber Cruz).
MARXISMO, O APOGEU DO HUMANISMO
O marxismo não se dá por satisfeito em formular uma determinada crença sobre o homem, mas procura impô-la, fazendo uma sondagem nas profundidades do homem para obrigá-lo a tomar consciência de suas potencialidades inimagináveis; induz o homem à crença de poder ser um deus antes mesmo de atingir a dignidade que o faça humano; quer dirigir, como um rumo seguro, o desenvolvimento, a realização do homem em seu caminho pelo mundo.
Tudo isso não é alguma coisa que o marxismo murmura debilmente e oferece como opção; é um urgente "imperativo categórico" que brada dos lábios do seus fundadores. O marxismo se propõe transformar o homem, o grande sol do Universo, em torno do qual tudo gravita.
Como  uma filosofia pode arrogar-se tentar dirigir o homem?
Como pode querer ter prerrogativas que afeta toda a dimensão humana, cujo santuário não se abria a não ser para a potestade da religião e da fé?
A resposta seria:
 O marxismo é uma religião, uma religião do puramente humana, em que se pega o homem e põe no lugar que deveria estar Deus.  Afirmar isso  não é imprudência nossa, mas veja a  declaração de Marx: "A religião dos trabalhadores é sem Deus, porque procura restaurar a divindade do homem".
Com razão disse Bochenski:
"O conceito de valor absoluto do comunismo é um valor religioso.
A dialética é o infinito e a infinita plenitude de valores. A atitude diante dela, e em conseqüência, ante o partido, é uma postura sacral..." Ignácio Leep, convertido do marxismo, apresenta a mesma opinião a partir da sua própria experiência:
"O marxismo não se contenta em combater as igrejas.
 Quer desempenhar, na vida social e na consciência dos indivíduos, até mesmo no livre arbítrio, que era  o papel que anteriormente se atribuía às religiões".
OPÇÃO PELA DEMOCRACIA E PELA LIBERDADE
Dizer aqui que a Igreja é perseguida nos países comunistas, para alguns simpatizantes do marxismo, não passa de sensacionalismo e mentira veiculados pela imprensa ocidental, principalmente a imprensa norte-americana. Note, porém, que não eram jornalistas ocidentais que afirmavam haver perseguição por motivos religiosos na extinta União Soviética. Há mais de quinze anos o dissi¬dente russo Alexander Solgnytzem, no seu famoso livro Arquipélago Gulag, descreve a Rússia como uma grande prisão. Anatoly Sharansky, outro dissidente russo, em depoimento no Congresso Americano em 1986, disse existir na época nada menos que qua¬trocentos mil prisioneiros na extinta União Soviética, por dissi¬dência política ou por perseguição religiosa.
A DEMOCRACIA GARANTE A LIBERDADE DE CULTO
A garantia democrática da liberdade de culto não pertence à ordem das concessões, mas à dos reconhecimentos. E o reconhe-cimento, pelo Estado, de que o espírito se eleva às regiões do Infinito, regiões que se acham muito acima daquela em que vegetam os cobradores de impostos. Como disse Tomas Paine, um dos gran¬des propugnadores da liberdade americana, o Estado não tem au¬toridade alguma para determinar ou conceder ao homem a liberdade de adorar a Deus, assim como não poderia conceder a Deus a liberdade de aceitar essa adoração.
Por reconhecermos a dignidade da pessoa humana, criada à imagem e semelhança de Deus, esperamos que o Estado assegure a seus cidadãos o direito de viver livres de toda e qualquer coação, ou acepção, em matéria de religião. Este e qualquer outro direito inerente à dignidade do homem devem ser cuidadosamente res¬guardados, porque, uma vez feridos, todas as liberdades sofrem agravo.
Toda interpretação da liberdade religiosa inclui o direito de render culto a Deus conforme a consciência individual, de criar os filhos na crença de seus pais; de mudar de religião, de publicar literatura e fazer obra missionária, de associar-se a outras pessoas, de adquirir e possuir bens de raiz para estes fins.
Para salvaguardar a ordem pública e fomentar o bem estar do povo, tanto o Estado, ao reconhecer a liberdade religiosa, como o povo, no usufruto deste direito que se lhe reconhece, devem cumprir com obrigações recíprocas.
O Estado deve proteger todos os grupos, tanto as minorias como as maiorias, jamais permitindo qualquer limitação de direitos legais por motivos religiosos.
O povo, por sua vez, deve exercer seus direitos sentindo plenamente sua responsabilidade e vivendo numa atitude de respeito aos direitos dos outros. Estas são peculiaridades exclusivas dos Estados democráticos.
4.2. POR QUE PREFERIR A DEMOCRACIA
O povo brasileiro, principalmente o cristão, deve precaver-se diante do perigo de se deixar enfeitiçar pelo canto da sereia do comunismo. As soluções dos nossos problemas políticos e sociais não dependem da adoção do modelo político cubano em nosso país. Um modelo político que falhou em Cuba e que também fracassou na Nicarágua jamais terá melhor sorte no Brasil. Parte das soluções de nossos problemas sociais depende fundamentalmente do fortalecimento e aperfeiçoamento das instituições democráti¬cas em nosso país.
A democracia é preferível ao marxismo comunista, por vários motivos, dentre os quais se destacam os seguintes:
1) O comunismo tem como bandeira a decisão de desarraigar o sentimento divino do coração dos homens, transformando ho¬mens como Marx, Lenin, Stalin, Fidel Castro, etc, em deuses.
2) O comunismo se propõe não apenas a abolir a fé e a crença em Deus, mas também persegue a Igreja, enquanto prega o ateís-mo como forma de religião do Estado.
3) A pretexto de distribuir a riqueza em parcelas iguais a todos, o que o comunismo tem feito mesmo é distribuir equitativamente a pobreza.
4)  O comunismo anula a posse da propriedade privada, enquanto tolhe o sonho dos que nada têm de algum dia possuírem alguma coisa mais.
5) A tese do "Novo Homem" (do qual Che Guevara é apontado como modelo), propugnado pelo comunismo como resultado da manipulação feita pela dialética marxista e pelas lutas de clas¬se, constitui-se num anti-evangelho, uma vez que, de acordo com a mensagem do Evangelho, o único meio através do qual o homem pode ser feito uma nova criatura é através da aceitação do senho¬rio de Jesus Cristo sobre sua vida (Jo 3.1-8).
4.3. CONCLUSÃO
O cristão deve opor-se ao marxismo comunista não do ponto de vista do capitalismo, seja ele de que linha for, mas do ponto de vista do Reino de Deus que, ao contrário do marxismo, prega o amor entre os homens, a compreensão e a solidariedade entre os povos, pontifica a necessidade da conversão do pecado a um estado de graça diante de Deus, e enfatiza o senhorio de Cristo e o governo divino sobre o homem e a História.
Como bem disse Rui Barbosa: "O comunismo não é fraternidade, é a invasão do ódio entre as classes. Não é reconciliação dos homens, é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho; bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador".

QUANDO QUERO FAZER O BEM O MAL ESTÁ EM MIM / OVELHAS DE CRISTO

QUANDO QUERO FAZER O BEM O MAU ESTÁ EM MIM / OVELHAS DE CRISTO. As ovelhas de Cristo também, como as outras ovelhas, no seu dia a dia, raramente voltam ao rebanho sem algum estrago ou perda, porque é muito mais fácil sair do caminho certo quando se está nele, do que entrar nele quando se está fora. E então, como ovelhas também, os verdadeiros cristão ficam facilmente amedrontados. É preciso de muito pouco para alarmá-los e deixá-los temerosos sobre sua própria condição; eles suspeitam de perigos por todos os lados, e, como criaturas que conhecem suas próprias fraquezas e o número de seus inimigos, eles geralmente imaginam que há algo com que precisam t

As ovelhas de Cristo também, como as outras ovelhas, no seu dia a dia,  raramente voltam ao rebanho sem algum estrago ou perda, porque é muito mais fácil sair do caminho certo quando se está nele, do que entrar nele quando se está fora.
Existem algumas pessoas que acham que os Cristãos são pessoas perfeitas e sem falhas, mas, realmente, esta é uma opinião muito longe da verdade. Sem dúvida, elas visam a perfeição, mas elas chegam muito longe disso, pois elas mesmas dirão que em muitas coisas dizem diariamente, que estão continuamente errando, que a oração mais adequada que poderiam fazer seria esta:
 “Senhor, não somos melhores do que ovelhas que ficam vagando. Deus tenha misericórdia de nós, pecadores indignos! “
E então, como ovelhas também, os verdadeiros cristão ficam facilmente amedrontados. É preciso de muito pouco para alarmá-los e deixá-los temerosos sobre sua própria condição; eles suspeitam de perigos por todos os lados, e, como criaturas que conhecem suas próprias fraquezas e o número de seus inimigos, eles geralmente imaginam que há algo com que precisam ter medo onde não há razão para tal.
Mas, ainda assim, este santo temor é um sinal eminente do rebanho de Cristo e prova que eles sentem a sua própria impotência; e quando um homem não sabe nada sobre isso, e está cheio de presunçosa confiança, há motivo para suspeitar que ele sabe pouco do que ele deveria saber do cristianismo. Essas são aparentemente as razões de o porquê os crentes são comparados com ovelhas.
Eles nem sempre podem ser discernidos nesse mundo corrupto; você pode muitas vezes não ver diferença entre eles e os incrédulos, mas ainda assim eles tem uma natureza que é só deles, e mais cedo ou mais tarde, se você observar bem, verá ela. Você pode colocar um rebanho de ovelhas e um rebanho de porcos juntos num pasto verde, e um homem ignorante pode dizer à princípio que eles tem a mesma natureza; mas dirija eles por um caminho estreito que tenha uma poça do lado, e a mente do animal logo se revelará.
O suíno poderia ter parecido limpo no pasto, mas assim que tiver a oportunidade, vai para a lama. As ovelhas estavam limpas no pasto, e quando caem na sujeira elas tentam se manter limpas lá também, se houver essa possibilidade.
E é assim também o caso do cristão e o mundo: quando está tudo funcionando bem, e não há nenhum incentivo para o pecado, não há diferença entre eles; mas quando a tentação chega, e a abnegação é necessária, imediatamente a disposição do coração vem à tona – o cristão se segura firme em seu caminho, independente de quão estreito ele seja, mas a mentalidade mundana do mundano o faz olhar para a ampla pista que leva a destruição, e o verdadeiro caráter dele é revelado.