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Peste negra e a Inquisição / Iniciou-se a Caça aos Recém Convertidos

Peste negra e a Inquisição / Iniciou-se a Caça aos Recém Convertidos. O número de judeus assassinados superou duzentos mil. Quantos judeus morreram na inquisição? Em grandes massas e aos milhares, enfrentaram a morte do martírio. Tudo isso sucedeu no curto espaço entre abril e novembro de 1648.

Peste negra e a  Inquisição
Entre os anos de 1350, irrompeu devastadora a morte negra, uma peste virulenta que matou um terço de toda a população da Europa.
Mais uma vez a superstição, o complexo anti-semita e a ignorância encarregaram-se de lançar toda a culpa da desgraça sobre os judeus. Apesar de o papa Clemente VI inocentar os judeus, afirmando que eles morriam da peste tanto quanto os cristãos, o fanatismo falou mais alto que a razão e a ruína veio como uma tempestade.
Em mais de 350 cidades europeias os infelizes israelitas foram mortos à pauladas, afogados, queimados vivos, enforcados e estrangulados.
 Infamante, sob todos os pontos de vista, foi o martírio dos judeus na Espanha e em Portugal, durante a vigência da Inquisição. Só em Toledo, em poucas semanas, foram queimados vivos 2.400 homens, acusados de infidelidade ao catolicismo.
 Os que se diziam arrependidos da sua falsa conversão alcançavam a "misericórdia"de serem estrangulados antes de atirados às chamas "purificadoras".
Implantado em Portugal em 1536, esse nefasto tribunal agiu contra os judeus com tamanha crueldade que provocou um protesto do papa Paulo II, além de fazer com que o Concilio de Trento se ocupasse da sanha bárbara dos inquisidores lusos.
Mas o ódio aos judeus não começou com a Inquisição nem era uma característica exclusiva dos inquisidores, pois, emanado dos poderes eclesiásticos, ele transbordava nas massas fanatizadas, resultando sempre em sangrentos morticínios.
Eis um exemplo:
Vinte anos antes da instalação da Inquisição em Portugal, D. Manuel, fugindo de terrível peste, dirigiu-se no início de 1516 a Beja, em visita a sua mãe, D. Beatriz. Em Lisboa, onde a peste chegava a matar 230 pessoas por dia, levantavam-se preces públicas, organizavam-se procissões e penitências, implorando em gritos a clemência divina.
 Foi então que a 15 de abril desse mesmo ano ocorreu o conhecido episódio na igreja de S. Domingos, que deu origem à feroz matança dos cristãos novos. Onde os cristãos velhos queriam ver um milagre um raio de luz filtrado pelos vitrais incidira sobre um crucifixo, aureolando o de luminosidade...
Um cristão novo que estava entre os presentes deixou escapar imprudentes frases de incredulidade. A multidão, indignada, logo saltou sobre o blasfemo, arrastando o pelo adro, assassinando-o e queimando lhe o cadáver.
Foi o rastilho!
 Iniciou-se a caça aos recém-convertidos.
 "Heresia! Heresia!" clamava-se.
E o povo arrastado pela exaltação percorria as ruas, praticando cenas horríveis. O motim tornava-se em revolução popular. As marinhagens de muitos navios estrangeiros, fundeados no rio, vieram associar-se à plebe amotinada.
Seguiu-se um longo drama da anarquia.
Os cristãos-novos que perambulavam desprevenidos pelas ruas foram mortos ou mal feridos, arrastados, às vezes semivivos, para as fogueiras que rapidamente se tinham armado, tanto no Rossio como nas ribeiras do Tejo.
Alagaram-se de sangue as ruas.
Queimaram-se casas.
Os cadáveres amontoavam-se em pilhas pela cidade.
 As aterrorizadas vítimas nem mesmo escapavam nos templos aonde se acolhiam na derradeira esperança de se salvarem. Houve saques, violações de mulheres..
 O anti semitismo, todavia, não desapareceu com as cruzadas nem com a Inquisição, mas continuou atuante em muitas partes do mundo.
Nos países do Leste Europeu, os apóstolos da "última fé verdadeira" fizeram inveja aos inquisidores espanhóis e portugueses. As mais cruéis carnificinas, os despedaçamentos e mutilações, o rasgar dos membros, a queima de pessoas vivas, tudo enfim foi feito em nome da religião; as hordas fanatizadas parece que conheciam uma só fórmula: o batismo, ou a morte...
Existem relatos e crônicas dessa época para a leitura dos quais são precisos bons nervos. É natural que a maioria dos judeus recusasse o batismo, com poucas exceções. Como o afirma um de seus historiadores, os judeus não queriam tornar-se cristãos, mas permanecer fiéis ao seu Deus e a sua nobilíssima tradição histórica, ainda que uma tal fidelidade trouxesse consigo o extermínio de seus filhos, a violação e a morte de suas mulheres.
Em grandes massas e aos milhares, enfrentaram a morte do martírio.Tudo isso sucedeu no curto espaço entre abril e novembro de 1648.
 O número de judeus assassinados superou duzentos mil.
Referindo-se a esse sombrio acontecimento, o sábio judeu de Volínia, Natan ben Moshe Hannover, que se salvou fugindo para Amsterdã, publicou em 1653, em Veneza, um relato, em hebraico, informando ao mundo como morriam os judeus na Polônia,à mão dos cossacos e ucranianos:
Arrancavam-lhes a pele, e a carne jogavam aos cães; cortavam lhes as mãos e o pés, e deixavam à morte os corpos assim mutilados; rasgavam as crianças pelas pernas; assavam os bebês e obrigavam as mães a engolir a carne dos seus rebentos; abriam ventres de mulheres grávidas e com o feto que arrancavam batiam no rosto das vítimas; a muitas punham gatos vivos nos ventres abertos, costuravam o corpo com o gato dentro, cortando das mulheres os braços, para que não pudessem arrancar o animal, nem dar cabo de sua existência.
Isso foi em nome da religião e aprovado por dirigentes católicos.

O QUE É UM ODRE ? PARA QUE SERVE O ODRE ?


O odre nada mais é do que o couro das ovelhas que é tirado do animal como se tira uma camisa polo ou uma blusa, apenas cortam nas patas do animal para que ele se solte de seus pés.
Logo após é costurado deixando apenas o gargalo para depositar o líquido em seu interior por uma das pernas onde é colocado e retirado o líquido. O Odre tem um objetivo que esta intimamente ligado ao seu conteúdo. Eles não eram confeccionados para enfeites, mesmo porque de enfeites eles não tinham nada; um odre é um objeto extremamente feio, mas de utilidade única, não existia outro meio para conduzir líquidos na época.
Da mesma forma somos nós, criados por Deus com o proposito de carregar o leite ( alimento), o vinho ( alegria), o oleo ( cura) e a agua ( palavra, limpeza). Estar cheios da vida de Deus para poder saciar a quem necessita.
Para que isso aconteça, não basta simplesmente depositar o conteúdo no odre, pois o couro sem preparação deteriora muito rapidamente e estraga.
Ė necessário colocar o odre na fumaça. Este processo ė utilizado para purificar o couro e impedir sua contaminação com bactérias. Se isso não for feito, o odre terá pouco tempo de vida útil, além de contaminar aqueles que o utilizam.
Talvez você ( assim como eu) estamos vivendo um tempo na fumaça. Fumaça é algo que nos incomoda profundamente, faz nossos olhos lacrimejarem, irrita, mas ela tem uma função: preparar o odre.
Na fumaça, o odre fica parado, sem utilização, sendo curado. Se você ja se sentiu assim, sabe o quanto é desconfortável.
Em Marcos 2:22, Jesus nos fala que não podemos colocar vinho novo em odres velhos, pois ele se romperia. A vida com Deus é uma crescente, uma constante renovação
. Ė provável que você e eu já temos tido varias experiências com Deus, ja experimentou ser usado e recebeu direções e revelações.
Mas o tempo faz com que o odre comece a ressecar, ficar e inflexível, se acomodar. Para não acontecer estragos é necessário um odre novo. Se você está almejando o vinho novo de Deus, não tem como pular etapas. Você tem de ir pra fumaça. Durante este processo, aprendi ( e aprendo) algumas coisas:
É O TEMPO DE VIVER COM O NECESSARIO:
- Não existe abundancia.
- Recursos escassos. -
Nao temos o que queremos, mas temos o que necessitamos
- Lugar de dependência total de Deus: seu talento ou esforço não farão você melhorar sua situação.
LUGAR DE REORGANIZAÇAO DE VALORES E SAIR DA SUPERFICIALIDADE
- Quando estamos em situações de risco ou extremas nós começamos a ver o que realmente importa.
- Oportunidade de nos tornar mais profundos, com raízes mais fortes
VIVER UM DIA DE CADA VEZ
- A porção ė diáría. Como os recursos são escassos devem ser administrados diariamente. Ex: maná
- Ė um tempo de incertezas mas podemos ter a confiança que no tempo de Deus teremos as respostas.
VER A DEUS COM MAIS CONFIANCA
- Para ver milagres primeiro você tera uma grande necessidade. Pendurados na fumaça, nós conseguimos ver Deus se movendo já que nós não conseguimos.
TEMPO DE HUMILHACAO
- Nao tem glorias ou honras. Nao existe posição ou titulo
- Quebra nosso orgulho
- Mostra o que esta escondido no nosso coração
NAO Ė TEMPO DE FICAR PARADO
- Nossa ação fica limitada mas não precisamos ficar parados.
- Fazer o que ė possível. Como eu digo : - " É o q temos para hoje". Ex: Jose serviu na prisão, jeremias no exilio, Jesus no deserto orou e buscou a Deus.
- Ė tempo de preparar fundamentos, trabalhar a ansiedade, servir das formas possíveis mesmo que não estejamos acostumados com elas, ver novos campos de ação, conhecer a si mesmo, buscar a Deus
NOS PREPARA PARA O NOVO DE DEUS
- Nao podemos receber coisas novas com uma mentalidade velha
- As vezes precisamos quebrar alguns conceitos para que Deus consiga fazer o que deseja da nossa vida.
Ė TEMPORARIO
- Entender que não ė ali q devemos ficar eternamente
- Nao resistir ao que Deus deseja fazer ė uma chave p diminuir este tempo.
PODE FALHAR SE NAO COOPERARMOS
- Resistir ao processo faz com que ele seja falho.
- Murmuração, rebeldia, falta de gratidão são receitas certas pra morrer no deserto
- Não tenha medo da vontade de Deus - incredulidade Hb 3:19 ( morreram por causa da incredulidade) 1 jo 4:18 perfeito amor
- Permanecer ligado a videira Jo 15

DEUS LUTA POR ISRAEL A Guerra dos Seis Dias 1967


Naquele tempo, os egípcios serão como mulheres, e tremerão, e temerão por causa do movimento da mão do Senhor dos Exércitos, porque ela se há de mover contra eles. E a terra de Judá será um espanto para o Egito (Is 19.16,17).
Embora a O NU tenha determinado a partilha da Palestina em dois Estados — Israel e Jordânia — os judeus tiveram de garantir o seu direito de propriedade da terra às suas próprias custas. A guerra começou no dia da partida dos britânicos, 14 de maio de 1948, e mais uma vez o pequeno "Davi" teve de defrontar- se com o "gigante Golias". Poucos
acreditavam que o novo Estado durasse duas semanas. Como poderiam setecentos mil judeus, mal armados, proteger cidades desguarnecidas contra mais de trinta milhões de ferozes inimigos equipados com o mais moderno material bélico? Conta se, que os comandantes árabes já escolhiam as casas de Tel-Aviv que pretendiam ocupar. Às tropas foram prometidos os despojos da guerra: mulheres e produto do saque.
Mas nada disso aconteceu.
 Logo tornou-se evidente que na realidade os kibutzim (fazendas coletivas] estavam muito bem colocados, pois formavam uma cadeia de fortins na periferia de Israel. Os acampamentos da fronteiras dividiram-se para uma ação final.
As crianças foram enviadas ao interior do país. Os colonos cavaram redutos subterrâneos [...] Uma história clássica de defesa é a de Negba, no caminho egípcio, no Negueve. O novo kibutz não passava de uma fileira de cabanas à volta de uma torre para água feita de concreto armado, em pleno deserto [...] Foi construída uma completa fortaleza subterrânea, com cozinha, casamatas e um hospital; assessorado por um médicos e quatro enfermeiras.
Totalmente cercados pelo inimigo estava Israel, abastecidos apenas pelos "Piper Cubs", todos os edifícios da superfície arrasados, os defensores de Negba resistiram durante meses e saíram vitoriosos.
Seis mil bombas caíram sobre Negb em um único dia, antes do ataque, na madrugada de 2 de junho, quando apareceram sete tanques egípcios, seguidos por sete carros blindados e dois mil homens. Um par de"Spitfires" tripulados por árabes roncavam sobre suas cabeças; um deles foi abatido a tiros de fuzil. Esperando que os tanques chegassem a uma distância de 200 jardas, os colonos ali habitantes acionaram sua única bazuca.
O primeiro tiro pôs um tanque fora de combate.
 Dois tiros se perderam não atingiram alvos.
Os dois tiros restantes atingiram um tanque cada.
Um outro tanque, a cinco jardas dos defensores, atingidos por granadas de mão explodiu.
Dois outros bateram em minas e explodiram também.
 O último fugiu.
Chegou então a infantaria, e a batalha durou cinco horas.
As perdas foram pesadas, mas Negba agüentou firme.
Os colonos saíam à noite arrastando-se para regar suas mudas. Sua resistência ultrapassou os limites da bravura. Isto foi explicado na frase de guerra "ein brayra" que significa "não há escolha". Os judeus não tinham para onde bater em retirada.
Batidos vergonhosamente em todas as frentes de batalha pelo minúsculo mas heróico povo israelita, os países árabes consolavam-se uns aos outros dizendo que haviam perdido a batalha, mas não a guerra. 
Esta, realmente, transferiu-se dos campos da Palestina para as tribunas das organizações internacionais, de onde a nova nação judaica foi alvo das maiores intrigas e ameaças por parte dos seus inimigos feridos e humilhados.
Acreditando na feroz ameaça de seus irmãos de sangue, muitos árabes residentes em Israel, ao iniciar-se o conflito de 1948, abandonaram o país para que os judeus fossem varridos do mapa. e exterminados.
 Porém, como tal não ocorreu, esses deslocados foram mantidos fora de Israel para fins de propaganda política. Confinados numa área designada pelas Nações Unidas, os refugiados foram alimentados diuturnamente por uma ardilosa campanha anti-semítica e explorados ao máximo pelos inimigos do Estado judeu.
Nasser, o coronel egípcio que se rendeu em 1948 no mesmo local onde Golias caiu diante de Davi, apoderou-se do governo do Egito e tentou unir o seu povo pelo ódio aos judeus, como fizera Hitler na Alemanha.
 Ele instigou seus irmãos refugiados, e desses campos grupos assassinos treinados, chamados fedayrrí, foram enviados ao território de Israel para destruir e matar. Enquanto se multiplicavam os atentados à soberania do novo Estado e à vida de seus cidadãos, agravava-se a guerra fria.
As potências mundiais, extremamente dependentes dos recursos petrolíferos da Mesopotâmia, deixaram-se envolver cada vez mais no problema palestino, sugerindo soluções para a paz e ao mesmo tempo procurando consolidar sua influência na região, através de vasto fornecimento de modernos equipamentos militares.
 Dessa maneira, a situação na Terra Santa transformou-se num perigoso barri! de pólvora. 
Em 1956, todo o ódio árabe, alimentado dia a dia desde 1948, transbordou. Nasser apoderou-se do canal de Suez e ameaçou Israel. Já por diversas vezes gritara ele que haveria de vingar sua derrota de 1948, empurrando os judeus até o mar.
 Mas o primeiro-ministro Ben-Gurion resolveu atacar primeiro, numa rápida e fulminante campanha. E os israelenses, comandados por Moshe Dayan, limparam o Sinai, localizando e destruindo as bases inimigas, onde encontraram vastos depósitos de armas russas.
Seis dias de muita glória
As derrotas de 1948 e 1956 não bastaram para que os povos árabes aceitassem a realidade inegável da existência de Israel como nação e de sua firme determinação de manter a independência do país mesmo às custas de enormes sacrifícios.
Armados pelas grandes potências e estimulados por seus governos belicosos, os árabes, liderados pelo ditador egípcio Gamai Abdel Nasser, planejaram e tentaram, em junho de 1967, a destruição do Estado judeu recém criado.
 Foram seis dias de medo e apreensão em todo o mundo, de terrível surpresa e humilhação para os invasores e de grandes e inesquecíveis glórias para a jovem nação israelense. Em 26 de maio de 1967, Nasser assustou o mundo com uma arrogante ameaça:
 "Nosso objetivo básico é destruir Israel". Falava na qualidade de comandante supremo das numerosas e bem armadas forças árabes. Mas os seus ambiciosos intentos, perfeitamente praticáveis do ponto de vista da lógica humana, não foram alcançados.
Os soldados judeus, constituindo talvez o mais eficiente exército do mundo, enfrentaram heroicamente os inimigos em uma grande e sangrenta batalha, destroçaram por completo o seu moderníssimo equipamento bélico e ampliaram, para quase quatro vezes, o território de seu país.
Os prejuízos sofridos pelos árabes, em preciosas vidas humanas e em caríssimo armamento, foram deveras impressionantes. Nos seis dias de guerra a baixa foi de,  dez mil egípcios, 15 mil jordanianos e milhares de sírios, iraquianos e combatentes de outros países.
 Somente o Egito perdeu quatrocentos aviões, seiscentos tanques e milhares de peças de artilharia, munições, armas leves e veículos, superando o valor de um bilhão e meio de dólares! Em toda a guerra apenas setecentos soldados judeus perderam a vida.
Como a maioria das guerras, a de junho de 1967 foi conseqüência de estimativas mal feitas por vários dos implicados.
Se houve alguma responsabilidade pelas grandes perdas infligidas aos árabes, ela é inteiramente dos soviéticos. Foram os soviéticos que incitaram os árabes a movimentos perigosos.
Como resultado de mais esse confronto bélico, Jerusalém passou inteiramente para o domínio israelita no dia 8 de junho.
A sua reunificação pôs termo a uma série de restrições impostas pelas autoridades jordanianas aos cristãos, como:
1. proibindo a aquisição de terras na cidade ou em seus arredores;
 2. obrigando os membros da Irmandade do Santo Sepulcro a se tornarem cidadãos jordanianos, sendo eles gregos desde o sexto século;
3. exigindo dos cristãos a guarda dos dias de repouso semanal dos muçulmanos;
4.abolindo as isenções de impostos a que tinham direito as instituições cristãs.
Sob o domínio israelense, Jerusalém tornou-se uma cidade aberta, onde há liberdade de culto para todas as religiões, e onde o progresso está presente em todos os setores de sua vida. A cada ano, um número cada vez maior de turistas visitam a cidade.
 Sua população fixa, que era de 165 mil em 1948 e de apenas 261 mil em 1967, subiu para perto de quinhentos mil em 1999, considerando-se toda a área da Grande Jerusalém.
O empenho do governo em proteger os lugares sagrados de Jerusalém pode ser notado em uma lei aprovada em 27 de junho de 1967, segundo a qual os santos lugares seriam protegidos contra qualquer violação, assim como contra qualquer intento de dificultar aos membros das diversas religiões a liberdade de acesso aos lugares que lhes são sagrados ou pelos quais sentem veneração. A profanação dos santos lugares seria punida com até sete anos de prisão.
Tanto antes como durante a Guerra dos Seis Dias, a então União Soviética empenhou-se vigorosamente pela vitória árabe. Aos inimigos de Israel ela forneceu armas e munições em abundância, orientou o seu uso e finalmente empurrou-os para o desastre. Mas a União Soviética não esperava a derrocada de seus aliados e protegidos, e teve de suportar vergonhosamente essa dura realidade.
Moral e psicologicamente, ela também sofreu o revés da guerra. "Proibido para judeus"
Em decorrência da gigantesca campanha empreendida pelos aliados dos países árabes após a derrota destes em 1967, com o fim de obrigar os judeus a um recuo em suas fronteiras de segurança, o jornalista norte-americano Eric Hoffer publicou o seguinte artigo no Los Angeles Times:
Os judeus são um povo singular: coisas permitidas a outras nações são proibidas aos judeus.
 Outras nações expulsam milhares de pessoas e ninguém fala de um problema de refugiados. A Rússia o fez; a Polônia e a Checosiováquia também; a Turquia expulsou um milhão de franceses; a Indonésia mandou embora não se sabe exatamente quantos chineses. E ninguém disse uma palavra sobre refugiados.
 Mas no caso de Israel, os árabes deslocados tornaram-se eternos refugiados.Todo o mundo insiste em que Israel deve trazer de volta cada árabe. Arnold Toynbee considera o deslocamento dos árabes uma atrocidade maior do que as que foram cometidas pelos nazistas. Outras nações, quando vitoriosas no campo de batalha, ditam os termos da paz.
Mas quando Israel vence, deve clamar pela paz. Todo mundo espera que os judeus sejam os únicos verdadeiros cristãos deste mundo.
Outras nações, quando derrotadas, sobrevivem e se recuperam. Mas se Israel tivesse sido derrotada, teria sido destruída e varrida do mapa. Se Nasser tivesse vencido em junho do ano passado [1967], ele teria varrido Israel do mapa e ninguém teria levantado um dedo para salvar os judeus. Nenhum compromisso dos judeus com qualquer governo, incluindo-se o dos Estados Unidos, valeu o papel em que foi escrito.
Há uma grita geral em todo o mundo contra o ultraje quando pessoas são mortas no Vietnã ou quando dois negros são executados na Rodésia.Mas quando Hitler assassinou os judeus ninguém protestou. Os suecos, que estão prontos a romper relações com os Estados Unidos por aquilo que é feito no Vietnã, não se mexeram quando Hitler assassinava judeus. Mandaram para Hitler minério de ferro da melhor qualidade, além de rolamentos, e abasteceram seus trens de tropas que se dirigiam para o Noroeste. Os judeus estão sozinhos no mundo. Se Israel sobreviver será exclusivamente por causa dos esforços judeus. E dos recursos judeus [,..]21
Pela sua eloqüência, a opinião de Eric Hoffer dispensa comentários e expressa uma realidade que já não pode ser negada. Israel precisa viver! Mas acerca desse isolamento de Israel, escreveu um jornalista judeu:
No curto período de nossa história nacional, nós nos acostumamos à idéia de que estamos mais ou menos isolados dentro da família das nações. Tão logo a cortina se ergueu, os ingleses' nos traíram, por uma questão de tradição; depois, foram os russos que passaram para o outro lado do corredor; os franceses nos jogaram um embargo nas costas assim que sentiram uma inebriante aragem de petróleo bruto; e os alemães esfriaram consideravelmente, tão
DEUS LUTA POR ISRAEL 69
logo compreenderam as vantagens inerentes à derrota militar. Quem mais? U Thant nos odiou até a medula dos nossos ossos desde o princípio, por causa de nossas pequenas dimensões, e quanto aos nossos amigos norte-americanos, o ardor deles arrefece assim que as eleições presidenciais se encerram. [...] E agora só nos restam os judeus do mundo.22
Assombro e milagre
As espetaculares vitórias dos judeus têm sido um assombro para o mundo. Como pode uma pequena nação, habitada por menos de três milhões de pessoas, levar à bancarrota nada menos que 14 países aliados, com uma população superior a cem milhões? Nenhuma resposta, fora da Bíblia Sagrada, pode satisfazer plenamente a razão humana.
A Palavra de Deus fala com uma clareza meridiana dos últimos sucessos israelenses no Oriente Médio: E os plantarei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor, teu Deus [Am 9.15], Naquele tempo, os egípcios serão como mulheres, e tremerão, e temerão por causa do movimento da mão do Senhor dos Exércitos, porque ela se há de mover contra eles.
 E a terra de Judá será um espanto para o Egito; todo aquele a quem isso se anunciar se assombrará, por causa do propósito do Senhor dos Exércitos, do que determinou contra eles [Is 19.16,17].
Nesses dois textos, a Palavra de Deus afirma que os judeus seriam plantados na sua terra, de onde não seriam mais arrancados, e que os egípcios seriam como mulheres diante de Israel. Quão à risca essas palavras têm sido
cumpridas! O medo dos soldados egípcios diante do exército israelense tem sido tão grande que, muitas vezes, os judeus não encontraram a mínima resistência. Antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, o otimismo dos árabes era evidente e se manifestava nos discursos de seus chefes.Nasser,discursando a 29 de maio daquele ano, portanto uma semana antes do início do conflito, afirmou solenemente:
O povo árabe tem que lutar. Esperamos o dia propício para estar plenamente preparados. Agora nos sentimos bastante fortes e, se entrarmos na batalha contra Israel, Deus nos ajudará e haveremos de triunfar. Com esta certeza decidimos dar os passos atuais.23
"Atingimos o estágio crucial da guerra", alardeava a rádio do Cairo. A rádio de Amã advertiu os israelenses: "É melhor fugir agora, enquanto não chegamos. Vocês sabem como os árabes exercem a sua vingança. Vocês serão todos mortos; portanto, é melhor abandonar o país agora, enquanto ainda há tempo".24
Nada disso ocorreu. Aluf Shlomo Goren, principal capelão do exército israelita, redigiu uma prece para os soldados judeus recitarem antes dos combates, baseada em passagens bíblicas:
Ouve, ó Israel, hoje vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; que se não amoleça o vosso coração; não temais nem tremais, nem vos aterrorizeis diante deles; pois o Senhor vosso Deus é quem vai convosco, a pelejar contra os que pelejam contra mim.
 Pega do escudo e da rodela, e levanta-te em minha ajuda. Porque eis que teus inimigos se alvoroçam, e os que te aborrecem levantaram a cabeça. Astutamente formam conselho contra o teu povo, e conspiram contra os teus protegidos.
Os judeus foram vitoriosos e muitos voltaram do campo de batalha convertidos e relatando os milagres que tinham visto com os próprios olhos. Um jornal cristão de Jerusalém publicou alguns desses milagres, salientando que, de maneira estranha e inexplicável, centenas de tanques e canhões inimigos nem sequer chegaram a entrar em ação; muitos aviões de combate egípcios não estavam preparados, apesar do alerta total; o radar não funcionava devidamente e, por vezes, o alarme dos ataques aéreos só era ouvido quando as fortalezas voadoras de Israel já haviam atingido os seus objetivos e regressavam ilesas às suas bases.
Muitos soldados contaram que, em situações difíceis, quando já não havia nenhuma possibilidade de sobrevivência,"um varão de branco apareceu por alguns segundos entre as fileiras, e os egípcios, tomados de repentino assombro, fugiram em debandada". Alguns paraquedistas que partiram com a missão de desalojar o inimigo de uma posição estratégica chegaram ao local como turistas, porque os egípcios fugiram sem disparar um só tiro se quer!
Em Sharm-el-Sheik, dois páraquedistas israelenses depararam-se com um enorme tanque egípcio do qual sobressaíam as cabeças de dois soldados.
"Por que será que eles não nos matam disseram para si mesmos?"
 Pensei. "Ou será uma emboscada?
Mas por que fazer uma emboscada, se nos vêem perfeitamente?"
O meu companheiro e eu nos movíamos vagarosamente, cuidadosamente, em direção ao tanque — mas os dois soldados que o tripulavam não se mexiam; pareciam rígidos.
"O que será?
Que aconteceu?"
 Contamos 18 soldados egípcios dentro daquele tanque, e todos estavam vivos e com saúde — e todos eles levantaram as suas armas em rendição a nós!
O tanque estava cheio de armas, canhões carregados e prontos a semear a morte e a destruição. Perguntamos aos soldados por que é que não disparavam. 
"Não podemos explicar", responderam eles. "Quando vimos os soldados israelitas, as nossas mãos ficaram paralisadas — não pudemos mover os dedos — e um medo terrível se apossou de nós. E é só.
O jovem judeu Abraham Eliezer, cristão evangélico, que serviu nessa guerra, testifica:
Antes da Guerra dos Seis Dias, um homem idoso andava pelas ruas de Jerusalém predizendo exatamente o que se iria passar e o dia em que o conflito principiaria. Ele declarou que o Deus de Israel está vivo e que prometeu estar com o seu povo durante a batalha.
A profecia cumpriu-se literalmente.
Deus lutou por Israel na Guerra dos Seis Dias, pois de outra forma nunca poderíamos vencer, tal a desproporção dos exércitos em cena. Depois da guerra, alguns dos meus companheiros disseram-me que as nossas forças haviam avançado com tanta rapidez, em determinada zona, que tomaram um campo de aviação egípcio na península do Sinai, antes de os aliados árabes telefonarem para o campo oferecendo aviões de combate argelinos.
 O nosso oficial respondeu em egípcio, permitindo a aterragem dos aviões.
 Todos eles foram imediatamente capturados.
 O mais interessante — continua Abraham Eliezer — ocorreu na campanha do Sinai com os militares egípcios feitos prisioneiros. Perguntamos a um veterano de guerra egípcio por que motivo desistiram eles com tanta facilidade. Respondeu-nos que tanto ele como seus companheiros tinham visto anjos ao lado dos israelitas.
 Verdadeiramente Deus interveio em defesa da minúscula nação israelense.
A respeito dos inúmeros aparecimentos de objetos voadores não identificados [óvnis], por ocasião das batalhas entre judeus e árabes na Palestina, não deixa de interessar a afirmação de Robert Barry, chefe da divisão de divulgação e diretor do escritório sobre óvnis, num programa de rádio de Yoe, Pensilvânia, EUA, sob o título'A invencibilidade de Israel e dos óvnis":
Deus e seus óvnis, dirigidos por anjos pilotos, ajudaram Israel na vitória sobre os árabes nas quatro guerras de 1947,1956,1967 e 1973.
De fato, a imprensa divulgou que, durante as guerras árabe-israelenses, grande número desses estranhos objetos foram observados no ar, provocando o pânico entre as tropas árabes. Barry conta que mil soldados egípcios se entregaram a cem opositores porque se viram rodeados por milhares de israelenses e por dez tanques.
Os milagres realmente aconteceram no Oriente Médio, em razão da presença ali do povo de Israel. Mesmo não aceitando a informação de que os óvnis realmente existam e sejam pilotados por anjos, temos de reconhecer que houve, de fato, a ocorrência de coisas espantosas em favor dos israelitas, facilitando-lhes as vitórias em todos os campos de batalha. O fortalecimento e florescimento de Israel é hoje uma realidade incontestável e assinala, como o relógio de Deus, a proximidade da vinda de jesus.
Deus guerreou por Israel
E na guerra do Yom Kipur [Dia do Perdão] não aconteceu diferente. Mesmo atacados de surpresa, os judeus assumiram o controle completo da situação, e quase se apoderaram do Egito, não fosse o cessar fogo decretado às pressas pelas Nações Unidas, por insistência do próprio Egito e de seus aliados.
Segundo cálculos do Instituto Estratégico Internacional, sediado em Londres, egípcios e sírios perderam nessa guerra o total de 22 mil homens, tendo o Egito 15 mil mortos e 45 mil feridos, e a Síria, sete mil mortos e 21 mil feridos.
Israel teve 2.812 mortos e 7.500 feridos. A mesma fonte dá conta de que os sírios empregaram entre novecentos e 1.200 tanques e cerca de 45 mil homens contra um destacamento israelense de apenas 4.500 homens e 180 tanques no Golã! Na frente egípcia, a Linha Barlev tinha seiscentos homens apoiados por uma brigada motorizada e cerca de 240 tanques.
As perdas em tanques foram, para os lados: oitocentos israelenses, 650 egípcios e seiscentos sírios. E em aviões: 106 israelenses, 185 sírios e 230 egípcios. Outra fonte informou que, nessa guerra, o Egito lançou setecentos mil homens na batalha, assessorados por 2.500 tanques, 650 aviões e 150 baterias de mísseis antiaéreos.
E, apesar de todo esse gigantesco aparato militar, foram duramente batidos. Levando em conta todo o esforço bélico dos árabes e mais o fator surpresa, muita gente afirmou que só um milagre poderia salvar Israel. E o milagre aconteceu.
 O surpreendente resultado dessa e de outras guerras entre árabes e israelenses não pode ser atribuído somente ao treinamento rigoroso dos batalhões e à eficiência das armas de Israel.
A expansão territorial
A instalação de várias colônias judaicas nos territórios ocupados por Israel, nas últimas guerras, vem trazendo complicações internacionais certamente já previstas pelo governo israelense, pois está sendo considerada uma afronta aos planos de paz na região só poder ser “discutida" após o recuo do Estado judeu às suas linhas demarcatórias de 1948. Israel defende a necessidade de fronteiras seguras para seu país e suas últimas mudanças políticas vie
ram reforçar ainda mais essa posição. Atraiçoado várias vezes por seus vizinhos, abandonado por seus aliados e mais de uma vez deixado à sua própria sorte pelos organismos internacionais, o país hebreu sabe dos riscos que corre e por isso mesmo age segundo o seu próprio critério de segurança. Mas existe outro aspecto do problema palestino, quase sempre desconhecido e negligenciado pelas grandes potências: a escatologia bíblica. Em realidade, a Bíblia não é compulsada pelos políticos em busca de uma resposta aos mistérios que envolvem a descendência de Abraão. Como justificar a sobrevivência desse povo perseguido durante tantos séculos e o seu retorno à Terra Santa, senão pela ação de um Deus eterno? E, para tornar em fato histórico o que prometeu, Deus se serve até mesmo dos inimigos do seu povo, como aconteceu após a Segunda Grande Guerra. A União Soviética, tradicional opressora de três milhões de judeus radicados em seu território, movimentou- se diplomaticamente pela criação do Estado judeu na Palestina, e esse Estado nasceu num só dia, 29 de novembro de 1947, por deliberação da Assembléia Geral da O NU, presidida pelo chanceler brasileiro Osvaldo Aranha.
Cumpria-se Isaías 66.8:"Pode, acaso, nascer uma terra num só dia?"[ARA].
 Como é sabido, a intenção russa na ocasião era a de estabelecer no Oriente Médio uma base de influência via Israel, mas foi frustrada. Então voltou-se para os árabes, armou-os e os empurrou para sucessivas guerras contra os judeus, resultando na ampliação territorial destes em prejuízo daqueles. O povo judeu, amado por Deus por causa das promessas, nunca mais será arrancado da sua terra.
Mas a colonização israelita dos territórios tomados aos árabes não deve ser encarada apenas do ponto de vista da segurança do país judaico, pois tem raízes na profecia bíblica.
A terra dada por Deus aos filhos de ísraei nunca foi por estes ocupada em toda a sua plenitude. Ela é ainda mais extensa do que a atual área sob o domínio israelense, conforme Deuteronômio 1.7.
A Palavra de Deus não falha!

Como Era A Vida Civil De Saulo a Paulo

Como Era A Vida Civil De Saulo a Paulo

Saulo, porém, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao Sumo Sacerdote, e pediram lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, caso encontrasse alguns do Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. Mas, seguindo ele viagem e aproximandose de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu; e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te cumpre fazer. Os homens que viajavam com ele quedaram-se emudecidos, ouvindo, na verdade, a voz, mas não vendo ninguém. Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via coisa alguma; e, guiando-o pela mão, conduziram-no a Damasco (At. 9,1-8). Paulo, nascido com o nome Saulo (Shaul, em hebreu), é uma das figuras mais complexas do Novo Testamento.
Ele nasceu em Tarso (Tersoos) na Cilícia, por volta do ano cinco da nossa era cristã. Esta cidade situava-se  na verdade aos pés das montanhas do Tauro, ao sul da Turquia, na margem do Cidno. Era um importante centro comercial e mercantil, além de sede de uma das grandes universidades da época.
Além de próspera, os habitantes da cidade tinha o privilégio da cidadania romana sem os inconvenientes de uma ocupação militar; esta cidadania, de certa forma, foi de valia para Paulo, em vários momentos de sua vida. A  infância de Saulo não é bem conhecida pelos biógrafos, mas sabe-se que ele foi criado na tradição judaica e conhecia bem as lendas e tradições de seu Tarso, antiga colônia fenícia, foi altamente helenizada sob os Selêucidas.
Sob o comando de Antônio, tornou-se cidade romana e capital da província romana da Cilícia. Em At 22,28 Paulo afirma que tem sua cidadania romana em virtude de seu nascimento. Os fariseus eram extremamente meticulosos no cumprimento da Lei, e Saulo foi criado neste judaísmo severo; portanto, legalmente era um fariseu. Pertencia à linhagem israelita, da tribo de Benjamim. Sua família era de artesãos, fabricantes de tendas.
Saulo falava o grego, o hebraico mishinico e o aramaico. É provável que tenha frequentado a universidade, porque conhecia bastante da filosofia estoica e cínica, bem como a cultura helenística, de um modo geral. Os fariseus eram uma das três grandes seitas judaicas da época; as outras eram os saduceus e os essênios. A seita dos fariseus, cujo nome provém do nome perash, que quer dizer “sepa Paulo, o Apóstolo .
Defendiam a tradição oral e o rigoroso cumprimento da pureza sacerdotal. Eles acreditavam na providência divina e admitiam o livre arbítrio. Acreditavam também  em oposição aos saduceus – na sobrevivência da alma e na recompensa após a morte.
 Os mais sábios procuravam interpretar a Lei (Torá), e foram de sua classe que se originaram os rabinos.
Em virtude de sua arraigada adesão à tradição, opuseram-se com violência aos ensinamentos de Jesus, o que explica o zelo fervoroso de Saulo contra os cristãos. Os saduceus – classe que devia prover os sacerdotes legítimos do Templo, embora isto nem sempre tenha ocorrido – e cujo nome provém de Sadoq, eram de tendência helenística e pertenciam à alta aristocracia. Possuíam uma tradição (halaká) baseada unicamente no Pentateuco.
 Não aceitavam facilmente os profetas e seguiam estritamente a Torá (a “estrita observância”), no que se refere ao culto e ao sacerdócio; eram, então, bastantes conservadores em matéria legal e ritual, não admitindo interpretações da Lei. Contra os fariseus, negavam a imortalidade da alma e a ressurreição. Representavam o poder, a riqueza e a nobreza. Para eles, a santidade e a pureza só se exigiam no recinto do Templo. Os essênios, (eseos ou essenoi), por sua vez, eram uma seita esotérica (ou seja, cujos ensinamentos se destinam apenas aos “iniciados”), ligada ao gnosticismo e a vários movimentos esotéricos batistas, na Síria e na Palestina. Sofreram forte influência dos
mistérios órfico-pitagóricos e do neopitagorismo (Josefo diz que sua forma de vida imitava o que os gregos aprenderam de Pitágoras). Eram bem mais rigorosos que os fariseus e saduceus, tanto em seus ensinamentos religiosos quanto em seu estilo de vida, dominado pelo ascetismo (abstinência, autodisciplina, modéstia, discrição e pureza corporal e espiritual).
 Outras facções judaicas conhecidas eram os “zelotes”, ou “zeladores”, ou “sicários”, que não formavam uma seita religiosa, e sim um movimento político clandestino que lutava contra a dominação do Império de Roma; e os levitas, descendentes de Levi, terceiro filho de Jacó, aos quais cumpria exercer tradicionalmente o sacerdócio e outras funções pertinentes ao culto, bem como cuidar da vigilância do santuário.
O estoicismo foi fundado por Zenão, por volta de 300 A.C. e sua linha de pensamento afirmava o primado da moral sobre os problemas teóricos. Tinha por meta uma vida contemplativa, distante dos problemas e cuidados da vida comum.
Punha a razão acima das emoções e dizia que o mundo e todas as coisas deste são regidos por uma Razão divina, segundo uma ordem necessária e perfeita. O estoicismo romano (com Epíteto) é uma das primeiras manifestações filosóficas pela qual se colocava como meta fundamental a salvação da alma.
A escola cínica, por sua vez, afirmava que o único fim do homem era a felicidade, e que esta estava unicamente na virtude de Paulo, as comodidades e os prazeres da vida comum, bem como as convenções humanas, em geral.
A filosofia judaica, que Paulo com certeza conheceu, sofreu forte influência do neoplatonismo, do aristotelismo e do Apóstolo Paulo. Aliás, a cidade de Tarso, nesta época, era famosa por seus mestres de filosofia.
 Estrabão chegava a colocá-la acima até de Atenas e de Alexandria, e o famoso filósofo Atenodoro, que foi instrutor do imperador Augusto, nasceu lá. Além das práticas religiosas judaicas, é provável que Saulo conhecesse também algo dos chamados mistérios que eram cultos fechados aos profanos. Estes cultos antigos estavam espalhados por toda a região; havia, dessa maneira, múltiplas influências religiosas na cidade, mas Saulo era bastante apegado à sua tradição religiosa, e não se deixou influenciar. Como faziam todos os pais que se interessavam pelo futuro de seus filhos, também os pais de Saulo resolveram que ele se tornaria um rabino.
 Sendo assim, com 14 anos ele foi mandado para Jerusalém. Lá, onde morou na casa de sua irmã, a sua educação foi completada pelo médico grego Gamaliel, discípulo de Hillel.
 Seus estudos com Gamaliel e sua familiaridade com a lei de Moisés o levaram a inflamar o seu zelo contra os “Sectários do Caminho os cristãos”, como eram chamados os seguidores de Jesus. Não se sabe se Saulo estava em Jerusalém, por ocasião do julgamento e crucificação de Jesus.
 Mas ele sabia muito bem da existência dessa nova seita funda por Jesus, e o seu furor voltou-se contra ela.
Em razão da rápida conversão de cerca de três mil pessoas, devido a uma pregação de Pedro logo após a crucificação, a intolerância contra os convertidos aumentou, e Saulo logo se colocou à frente dos arrebatados fariseus perseguidores para perseguir os seguidores de Jesus.

Discurso do Presidente Jânio Quadros veiculado pela “Voz do Brasil” Palácio da Alvorada, 31 de janeiro de 1961. [COMUNICADO] Rio de janeiro, 1° de fevereiro de 1961.

A eleição de Jânio

Discurso do Presidente Jânio Quadros veiculado pela “Voz do Brasil” Palácio da Alvorada, 31 de janeiro de 1961.
[COMUNICADO]
Rio de janeiro, 1° de fevereiro de 1961.
Êlevado à Presidência da República por inequívoca determinação do povo brasileiro, não posso e não quero iniciar o exercício dêste mandato sem o agradecimento a êsse voto de esperança.
 Nosso povo ativo e laborioso, estão aqui diante de mim, e  espiritualmente presente, a testemunhar neste ato o triunfo dos seus anseios cívicos. Estou certo de que as mulheres e os homens com quem me avistei e aos quais me dirigi durante a campanha no Norte e no Nordeste, no Oeste, no Centro, no Leste e no Sul do país, têm suas atenções voltadas para este Distrito Federal, êlevando suas preces ao Altíssimo, pelo êxito da administração que se inicia. Que Deus onipotente me ilumine e me resguarde na jornada.
Como afirmei em numerosas viagens e visitaspelo território da pátria, este será um govêrno rude e áspero; tais objetivos não têm sentido de ameaça, antes, exprimem a franqueza de quem não mente aos seus concidadãos, porque não foge ao seu dever nem abdica das suas convicções. Se não me faltar o arrimo da inspiração divina, se não me faltar o apoio das multidões, se não me faltar o apoio do Legislativo e do Judiciário, sei de mim que resgatarei a palavra de fé empenhada nas praças. Somos um Estado democrático cujos fins se contêm no govêrno do povo, pelo povo e para o povo.
O povo estará comigo e comigo governará.
O povo será, a um tempo, a minha bússola e o meu destino. Investido na chefia do Executivo, julgo-me no dever de expor, para ciência de todos, o estado atual da República. É indispensável que se conheçam na extensão e no vulto da sua inteira realidade os problemas cujo deslindamento me compete. É necessário que se saiba o que me entregam e as reais condições do que me entregam. Tenho por imprescindível um severo arrolamento das questões que nos aguardam e que resultam não apenas do estágio de desenvolvimento que atingimos, mas também da carência de uma visão segura, ao mesmo tempo geral e específica, dos reclamos com freqüência contraditórios dessa coletividade.
Ao termino do mandato, aceito que me julguem pelo que restar do cotejo entre o que recebo e o que por minha vez transmitirei.
Não há ninguém pessoalmente na mira das prevenções que me atribuem, mas também não haverá ninguém, a começar dos mais altos escalões administrativos, que possa situar-se fora das normas de exação, compostura e integridade que caracterizarão os negócios públicos neste qüinqüênio. Candidato, não revidei; presidente, não tenho paixões a comprazer nem adversários a alcançar.
Derrogarei até o limite extremo das minhas forças a contrafacção do sistema político-administrativo que infelicitou a pátria em alternância de ações irresponsáveis e de emissões em confiança. No combate a essa adulteração, a essa corrupção que infecciona e debilita o regime, não darei quartel. A vassoura que o povo me confiou nas assembléias, trago-a comigo, para os serviços empreitados. Usá-la-ei em consonância com o que prometi e com o que me reclamam, mas em caráter da mais estreita imparcialidade. A estatística, todavia, demora infensa às frases da retórica e à graça dos ditirambos. Se conclusões inculca, é que estas se acham entranhadas no panorama que cumpre analisar. Será proveitoso, quando nada para os juizes da história, que cada qual tome do ônus comum o quinhão que lhe caiba. É terrível a situação financeira do Brasil. Nos últimos 5 anos, o meio circulante passou de 57 bilhões para 206 bilhões de cruzeiros. Faltam-me as cifras da aluvião de papel-moeda relativa ao primeiro mês deste ano. Não me causaria estranheza que a tabela complementar denunciasse fluxo ainda mais incontinenti. Desenhadas em centenas de milhares, ao estrangeiro devemos 3 bilhões e 802 milhões de dólares, o que marca, só a este título e naquêle período, a êlevação de 1 bilhão e 435 milhões de dólares sôbre o passivo anterior.
E a situação é tanto mais séria quando se sabe que somente durante o meu govêrno deverei saldar compromissos em moeda estrangeira no total de cêrca de 2 bilhões de dólares. E, só no corrente exercício, de 600 milhões de dólares. Importa assinalar que, além de compromissos pontuais, existem operações efetuadas pela Carteira de Câmbio a título de antecipação da Receita, num montante que sobe a 90 milhões de dólares.
 Tanto vale dizer que essa vultosa importância deverá ser deduzida da magra receita das nossas exportações em 1961. Destaque-se que a Carteira de Câmbio, apesar de vir emitindo promessas de venda a 150 dias, não as liquida no prazo aventado, somente o efetuando com atrasos de um mês ou mais. De outra parte, causam intranqüilidade, pelo volume, os encargos aceitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico com avais e empréstimos externos.
Estes ascendem, em nome do Tesouro Nacional, a 11 bilhões e 200 milhões de cruzeiros e, em nome do próprio banco, a 23 bilhões e 400 milhões de cruzeiros, perfazendo as duas cifras o total de 34 bilhões e 600 milhões de cruzeiros.
 Destarte, embora se tome por base o preço artificial do câmbio do custo, 100 cruzeiros por dólar, os aludidos avais representam obrigação suplementar de 340 milhões de dólares. Internamente somam-se a estes débitos astronômicos o montante do endividamento do Tesouro junto ao Banco do Brasil, os “restos a pagar” acumulados de 1956 a 1960, e o aumento da dívida da nação aos institutos de previdência.
 Encaro sem otimismo as perspectivas do balanço de pagamento do país no futuro imediato. Os preços internacionais de quase todas as matérias-primas continuam baixando em virtude de a oferta mostrar-se superior à procura. No que tange ao café, riqueza que cumpre defender a curto e a longo prazo, o que tem sido infelizmente deslembrado, as perspectivas entremostram-se [des]alentadoras, A 31 de janeiro de 1956, o preço médio do produto em centavos de dólar, por libra-peso, era de 47 cents. Na data de hoje, o mencionado preço é de 33 cents.
A diferença impôs à economia nacional perdas assustadoras de moedas fortes. Estima-se em cêrca de 40 milhões de sacas o estoque do produto adquirido pelo govêrno e que se encontra às mãos do IBC. Careço ainda de informações estatísticas sôbre as quantidades vendidas pelos particulares, contudo, só a armazenagem do café do IBC, cuja qualidade se discute, custa aos brasileiros mais de 200 milhões de cruzeiros por mês. Os déflcits orçamentários, nos últimos dez anos, apavoram. Subiram êles, de 1951 a 1955, a 28 bilhões e 800 milhões de cruzeiros, alçaram-se, de
1956 a 1960, a 193 bilhões e 600 milhões de cruzeiros, O déficit em potencial, para o exercício de 1961 - o primeiro do meu govêrno—é de 108 bilhões de cruzeiros, que assim se decompõem: orçamento, 302 bilhões e 300 milhões de cruzeiros; créditos transferidos, 3 bilhões de cruzeiros; créditos a serem abertos, 30 bilhões de cruzeiros; liquidação de resíduos passivos, 15 bilhões de cruzeiros; outras despesas -Brasília 10 bilhões de cruzeiros.
 Mesmo considerando que a receita do exercício, orçada em 246 bilhões e meio, pode atingir cêrca de 262 bilhões, isto é, 19% acima da arrecadada em 1960, a nossa estimativa de déficit está plenamente justificada.
Os índices de êlevação do custo de vida, nêsses mesmo 10 anos, apurados pela Fundação Getúlio Vargas, correm parelha com as demais, conseqüências do surto inflacionário. Atribuindo-se o índice 100 para média de 1948, alcançamos, em 1955, o marco 259 e, em dezembro último, acima de 820. Os investimentos efetuados e os que estão em via de execução em Brasília montam a 72 bilhões e 600 milhões de cruzeiros.
Apesar das prorrogações obtidas e da imprudência dos saques a descoberto, os pagamentos de nossas obrigações vencidas aos estrangeiros não puderam ser cumpridos nos prazos estabêlecidos. Em novembro último, não dispúnhamos de 47 milhões e 700 mil dólares para cobrir ajustes com o Fundo Monetário Internacional. Faltaram-nos, igualmente, recursos para quitar duas obrigações do Eximbank, uma de 8 milhões e 200 mil dólares, outra de 20 milhões e 100 mil dólares.
Tomou-se apenas, singelamente, a providência de descarregar as faturas vencidas sôbre a administração que ora se instala. No quadro que me é presente, resulta que devo pagar, entre 1961 e 1965, 1 bilhão, 853 milhões e 650 mil dólares de prestações, o que significa, fazendo se a conversão do dólar à taxa do câmbio livre, na base de 200 cruzeiros, o dólar, 370 bilhões e 730 milhões de cruzeiros.
Toca-me obter o numerário para repor o que os outros consumiram. E o total não envolve os empenhos atinentes à liquidação de promessas de venda de câmbio, à importação financiada de preços complementares, à amortização da dívida de grupos e empresas privadas. O que se fez, acresço, o que logrou retumbantes repercussões publicitárias, cumpre agora saldar, amargamente, pacientemente, dólar a dólar, cruzeiro a cruzeiro.
 Hoje, faz-se mister, nesta nação de fachada nova, mas de economia exangue, que êsse povo, opresso pelo subdesenvolvimento, roído
pela doença e pelo pauperismo, se despoje dos últimos níqueis para honrar dívidas postas no nome do Brasil. De outra parte, as tabelas de enriquecimento da economia nacional, levantadas pelo valor da produção interna bruta, não explicam o comprometimento das finanças e da economia aqui posto sumariamente em rêlevo. Ao contrário, mostra que a pressão tributária, isto é, o vulto da sangria imposta ao povo nestes últimos anos, aumentou de 22% para 30%. Os dados são oficiais. Urge que o povo os conheça, fixe e decore. Sacrifícios serão inevitáveis, todos devemos consentir nêles; senão, avançamos, futuro a dentro, conforme se sonhou com tão inocente ou malicioso ufanismo. Sacamos o futuro, contra o futuro, muito mais do que a imaginação ousa arriscar. O vencimento dêstes encargos bate às nossas portas.
Vamos esquematizar a solução dêles, honestamente, corajosamente, certos de que não nos faltará a cooperação internacional. Poderá melindrar aos que não se atemorizam com o fato, embora se arrepiem face ao seu anúncio, que exponha, em oração a que a natureza da cerimônia confere repercussão internacional, o quadro deplorável das nossas finanças. Faço-o muito de indústria. Para os círculos bancários e econômicos, indígenas e estrangeiros, não é êle novo, antes, sobejamente conhecido. Ignora-o, apenas, a opinião nacional, mantida entre os vapores inebriantes de uma euforia quase leviana.
Precisamos saber a quantas andamos, para determinar realisticamente e não ao sabor de róseos devaneios, para onde vamos e como lá chegaremos. Tão grave quanto a crise econômica e financeira se me afigura a crise moral, administrativa e político-social em que mergulhamos. Vejo a administração emperrada pela burocracia e manietada por uma legislação obsoleta. Vejo as classes erguerem-se, uma a uma, contra a coletividade, coisas de vantagens particulares, esquecidas de que o patrimônio é de todos. Vejo, por toda a parte, escândalos de toda a natureza. Vejo o favoritismo, o filhotismo, o compadrio sugando a seiva da nação e obstando o caminho aos mais capazes. Na vida pública, mal se divisa a distinção entre o que é sagrado e o que é profano. Tudo se consente ao poderoso, nada se tolera ao sem fortuna. A previdência social, para a qual se recortou roupa nova, vem funcionando contra os trabalhadores. Dessas mazelas, várias não são — pobre conforto! — unicamente nossas. Nosso século está marcado pelos movimentos de massa, pelas reivindicações organizadas das categorias profissionais.
 O desenvolvimento burocrático, industrial, comercial, técnicocientífico, solidarizando-se entre si, vários grupos unidos por atividades semelhantes, sacudiu sucessivamente os braços da balança social ao peso de novas exigências sempre que um dos grupos se julgava preterido em relação aos outros. Há um século idealizou-se a sociedade perfeita, realizada, calma. Extinguir-se-iam os conflitos. Essa idealização, espancando os sonhos, ora românticos, ora líricos do século XVIII, tinha como premissa a possibilidade de previsões indefinidas do futuro da espécie, como se a história não ensinasse que a vida do homem sôbre a terra é marcada por luta permanente, que sempre se readapta às novas condições, em busca de justiça e liberdade.
Grave, porém, foi a transformação dessa filosofia — inegavelmente magnífica, na sua propositura — em arma político-ideológica a serviço de um novo tipo, o do imperialismo, que se atirou à conquista da supremacia mundial, impondo a todos a insegurança, o arbítrio, a prepotência, o desconhecimento de quaisquer prerrogativas que não as do pequeno grupo, estas absolutas. Para os pregadores dêsse credo, as reivindicações dos grupos de trabalhadores e das categorias profissionais e sociais não se constituem em um fim.
Elas se convertem num simples, frio e egoístico processo tático, que estiola internamente as nações, em proveito de um só beneficiário. Este logrou infundir em algumas camadas, incluída a dos intêlectuais, uma espécie de mística de autodestruição, de masoquismo cívico, de êxtase das multidões insatisfeitas. Abalou-se, pois, o conceito de solidariedade nacional, como se dentro das fronteiras do país pudêssem conviver e prosperar, insuflando-se civis a reivindicações contra militares, funcionários contra empregados, citadinos contra agricultores. Acham-se superados, sem dúvida, os termos do liberalismo ortodoxo. As leis da democracia devem ajustar-se às novas condições vigentes. A liberdade de organização sindical e o direito de greve interessam ao próprio conceito do regime. Sua aplicação, contudo, não objetiva a destruição da ordem social. Tenho por inadmissível a sua utilização dolosa contra a nossa coletividade, sôbretudo se a serviço de conveniências externas.
Na flâmula do velho socialismo, a legenda de paz entre as nações ocupava lugar de rêlevo. Era legenda da confraternização geral, que simultaneamente condenava os jacobinismos estreitos e os nacionalismos obtusos, geradores de conflitos, por via do mesmo artificio demagógico, atrás recordado. E, como variante dêle, apresenta-se hoje o falso nacionalismo, como a sublime panacéia da época.
No século dos têleguiados, dos satélites artificiais, dos aviões supersônicos, do rádio, da têlevisão, da ONU, surgem, nos países do Ocidente, operadores políticos nem sempre nascidos nestas terras, intentando despertar e acirrar ódios nos Estados do hemisfério, valendo-se dos enormes tropeços que os respectivos povos defrontam nas veredas do progresso.
Êsses esforços precisam ser desmascarados, enfrentados e batidos, isto se realmente quisermos atingir o duplo objetivo que sôbremaneira nos importa: internamente, promover a ascensão do êlemento humano abandonado, o que só será viável mediante um senso profundo de solidariedade geral; e, no plano internacional, proporcionar ao Brasil a posição a que faz jus no concerto das nações.
A tarefa é possível mediante uma política soberana, mas soberana no sentido real e amplo diante de todas e quaisquer potências. Ainda recentemente, das Antilhas conturbadas, chega-me o eco das vozes de esperança com que aquela gente, desassombrada e altiva, aguarda o novo govêrno norte-americano e a inauguração dêsse próprio govêrno, na expectativa de outras diretrizes de cooperação para todo o continente. O grau de dissolução a que chegamos derivou, em parte, da crise de autoridade e de austeridade do poder, comprometido o seu prestígio por um rol consternador de escândalos oficiais, incentivados pela mais arrepiante impunidade. Apercebidas de que o arcabouço federal comprometia-se com especuladores empenhados no auto-enriquecimento e na auto-concessão de proveitos e regalias, fora impossível que as camadas menos favorecidas da população deixassem, por sua vez, de reivindicar, sempre e incessantemente, proveitos e regalias. O meu govêrno, entretanto, representa um paradeiro a isso, definitivo e último. Êle traduz o grito de revolta de seis milhões de êleitores, decididos a pôr o ponto final a êsse ciclo de insânias. Todavia, para que a obra de govêrno tenha êxito, é preciso que aquêles que contribuíram para a vitória dela participem e sustentem. É fundamental e imprescindível que se afirmem a solidariedade e a co-responsabilidade de todos os núcleos sociais.
 Isto vale para os que detêm o capital e as alavancas da produção, para os que lidam nas cidades e nos campos, para os civis e para os militares. Crescemos todos juntos, de mãos dadas, cada qual suportando as penas necessárias ao êxito comum, ou afundamos todos, sem remissão, afogados no mar da falência global. Não pedirei ao povo que aperte o cinto e sofra calado o enriquecimento abusivo e indecente dos gozadores inescrupulosos.
Os proletários e os
humildes devem zelar pelos seus interêsses e por êles lutar dentro das regras do sistema democrático. Cumpre-lhes, porém, imbuir-se da disciplina do trabalho. Será nosso emprenho promover o bem-estar das camadas populares, a começar pelas mais deslembradas, quais as do sofrido Nordeste. Mas o bem-estar nacional resultará de crescimento harmonioso da nossa economia, do seu planejamento, de gestão governamental proba e eficiente, em que todos tenham o seu quinhão, como recompensa da sua firmeza e da sua labuta.
 Não se arrede da nossa mente que, quando um grupo social recebe vantagens além dos limites de eqüidade, é todo o restante da população que suporta o fardo dessa exorbitância. Atento a êsse critério é que se pode decidir da procedência ou improcedência das reivindicações. Precisamos encarar o problema social com olhos que enxerguem, liquidando o engano segundo o qual os cidadãos podem pleitear do Estado, como se este fosse arca sem fundo, na qual a todos é permitido meter as mãos, sem que os tesouros jamais se esgotem.
O Estado somos todos nós. O Estado é, apenas, o construtor e o supervisor da fortuna coletiva. A nossa renda nacional resulta, e só, daquilo que produzimos, consumimos e exportamos. Somente dessa renda podemos participar, somente ela é suscetível de partilha. Se, como cardume de piranhas, precipitarmo-nos sôbre ela, cada qual abocanhando o quinhão do seu apetite, nada sobrará para os investimentos indispensáveis ao progresso e, dentro de pouco tempo, seríamos compelidos a implorar à caridade internacional. Nos países cujas instituições foram derrubadas em conseqüência do êxito de guerras fratricidas, o que vemos não é a instauração do reino dos céus.
 Ao contrário, daí por diante, ficaram proibidas todas as reivindicações, abolida toda a liberdade, suprimida a crítica. Em lugar de mil patrões a disputar o artífice no mercado da concorrência, um só patrão, prepotente e autoritário, dita salários, as horas de serviço e as cotas de produção. Em lugar da distribuição da terra, a sua estatização.
 Em face do grande império centrai, que tudo vê e tudo prevê, nenhuma pequena nação, mesmo afim ou irmã, mantém a licença de falar em nacionalismo. Conservemos, pois, as nossas liberdades, fortalecendo-as e ampliandoas. Vivamos como seres livres, construindo o poderoso Brasil. Tê-la-emos, afinal.
Díspares são os destinos, as ambições, as paixões dos homens. A democracia é um regime suficientemente dinâmico para permitir que êsse embate de interêsses e de situações se procêsse sem dano maior à paz pública. É um coro de harmonias às vezes desencontradas, mas regidas pelo compasso do bem comum.
Ela tem sabido. ajustar-se e vicejar, fortalecendo se, mais e mais, mediante a ação do Estado no campo da iniciativa particular, orientando, empreendendo, complementando, atenta às novas exigências demográficas e sócio econômicas. O nosso propósito deve ser multiplicar os órgãos da mecânica democrática, fazendo que surjam, ao lado dos tradicionais, outros, mais próximos das massas, que deem a estas a representação a que fazem jus, com participação efetiva nas responsabilidades governamentais.
 Pessimismo?
Não!
Não se extraia desta mensagem uma conclusão pessimista quanto ao porvir de nossa pátria. Nem teria sentido que, ao final de árdua campanha, em que apaixonadamente pedi os vossos votos, viesse dizer-vos que a tarefa para a qual fui eleito é inesquecível. Creio firmemente, profundamente, no invencível destino do Brasil.
 Esta é a terra de Canaã, ilimitada e fecunda. Nenhum obstáculo natural trava, aqui, o caminho do progresso, e eu me sinto orgulhoso de ser o seu dirigente. Este é um país de solo fértil e de subsolo inesgotável.
Ademais, já superamos o instante em que essas riquezas eram cantadas e permaneciam estéreis. Nossa agricultura expande-se, nossas indústrias multiplicam-se. Prosperamos, não por via de sortilégios, mas pelo mérito de todos os que tivemos a felicidade de habitar nesta nação. Somos um povo tenaz e tranquilo, impermeável a preconceitos de raça, de cor, de credo, que realizou o milagre de sua unidade cimentada nos séculos e que começa a erigir uma civilização sem rival nestes paralelos.
Não medraram entre nós as sementes divisionistas.
Não temos pela frente óbices irremovíveis, Em face dos dramas que traumatizam tantos povos, os nossos problemas apresentam-se simples e fáceis. Podem ser assim resumidos: uma administração criteriosa e honesta; um planejamento realista e firme; um sistema de relações corajoso e franco entre governantes e governados. Como disse o filósofo:
“O que faz que os homens formem um povo é a lembrança das grandes coisas que realizaram juntos e a vontade de levar a efeito novas e grandes coisas”.
Um país, entretanto, não é uma abstração. Incabível, pois, que, em nome dos habitantes de amanhã, se submeta os de hoje ao despojamento de seus bens êssenciais. Por igual, não nos assiste o direito de comprometer o conforto e a segurança das gerações futuras, dilapidando o patrimônio nacional. Sob o meu govêrno, não haverá lugar para tais práticas. Atravessamos horas das mais conturbadas que a humanidade já conheceu.
O colonialismo agoniza, envergonhado de si mesmo, incapaz de solver os dramas e as contradições que engendrou. Ao Brasil cabe estender as mãos a êsse mundo jovem, compreendendolhe os excessos ou desvios ocasionais, que decorrem da secular contenção de aspirações enobrecedoras. Compreender significa auxiliar no que for possível e no que for preciso.
 Fiel à sua origem, às suas tradições, às suas tendências, à sua geografia, a nação não esquece, antes solenemente ratifica, todos os seus compromissos legais e genuínos. Abrimos nossos braços a todos os países do continente. Abrimo-los, também, às velhas coletividades européias e asiáticas, sem prevenções políticofilosó
ficas. Os nossos portos agasalharão todos os que conosco queiram comerciar. Somos uma comunhão sem rancores ou temores. Temos plena consciência da nossa pujança para que nos arreceemos de tratar com quem quer que seja. Recebi, ainda agora, os cumprimentos do corpo diplomático. Desejo que cada um dos embaixadores acreditados em Brasília transmita a seus govêrnos e aos seus povos os votos de paz e prosperidade do povo e do govêrno do Brasil. Com a indispensável cooperação do Legislativo e do Judiciário, não há cuidados que não dispense, nem há dores que não aceite para exercer, com exação e dignidade, a magistratura de que fui investido. Aos homens e às mulheres que me ouvem e que em mim confiam, outra vez, os meus agradecimentos. Que Deus onipotente me ajude, e nos ajude. Meus compatriotas: viva o Brasil!

QUEM SÃO OS SERAFINS ?

QUEM SÃO OS SERAFINS ? "Os serafins estavam acima dele cada um tinha seis asas. O vocábulo "serafim" deve vir da raiz hebraica "Saraph", cuja raiz primitiva queria dizer. Como no plano terrestre, chamamos "autoridades", "potestades" as pessoas humanas que têm uma responsabilidade, assim também recebem estas denominações os servos imediatos de Deus no mundo invisível e os instrumentos diretos de sua "autoridade". Este uso terminológico é levado mais longe ainda no plano celestial, chegando a designar os próprios "seres" invisíveis sujeitos ao domínio de sua vontade. O doutor C.I. Scofield, observa que estas criaturas denominadas de serafins, conforme vemos aqui, contrastam àluz do contexto com os querubins, isto é, não devem ser as mesmas criaturas, ainda que tenham algumas coisas em comum.




Os Serafins
"Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas:
Com duas cobriam os seus rostos, e com duas cobriam os seus pés e com duas voavam" (Is 6.2).
 O título "Serafins" fala de adoração incessante, do seu ministério de purificação e de sua humildade. Eles aparecem apenas uma vez nas Escrituras sob esta designação.
Os seres celestiais em foco, na visão de Isaías, tinham forma humana, ainda que, segundo é dito ali, dispunham de seis asas cada um.
O vocábulo "serafim" pro vir da raiz hebraica "Saraph", cuja raiz primitiva queria dizer:
 "consumir com fogo". Porém, alguns hebraístas a traduzem também por "queimadores", "ardentes", "brilhantes", "refulgentes", "amor" e "nobres"; alguns escritores judeus têm procurado derivar o vocábulo de uma raiz hebraica cognata, "saraph" (queimar, sustentando que os serafins são anjos rebrilhantes). Os menos escrupulosos traduzem também o vocábulo por "serpentes ardentes", ou "áspides voadores" (cf. Is 14.29; 30.6 etc).
 E finalmente, alguns já pensaram também, em "seres exaltados ou nobres".
Já tivemos ocasião de falar sobre o vasto reino de luz dos seres angélicos. As especulações judaicas, e até fora delas, também investigavam a respeito deste mundo invisível. 
As especulações humanas, porém, nem sempre estão de acordo com o pensamento das Escrituras quanto a este vasto mundo espiritual, onde se movimentam inúmeros exércitos organizados e preparados, à disposição do seu Criador (SI 103.20). O apóstolo Paulo e outros escritores do Novo Testamento, falam dele como sendo muito vasto e poderoso.
Como no plano terrestre, chamamos "autoridades", "potestades" as pessoas humanas que têm uma responsabilidade, assim também recebem estas denominações os servos imediatos de Deus no mundo invisível e os instrumentos diretos de sua "autoridade". Este uso terminológico é levado mais longe ainda no plano celestial, chegando a designar os próprios "seres" invisíveis sujeitos ao domínio de sua vontade.
A investigação arqueológica de um túmulo da XII Dinastia, em Benihasam, revelou dois grifos alados, conhecidos em egípcio demótico pelo nome de "seref", resguardando um sepulcro.
 Foi descoberto em Tel Hallf um artefato vindo da Mesopotâmia representando um "serafe" com seis asas. Segundo o achado, tal criatura tinha um corpo humano, em contraste com a combinação águia-leão do Egito, com quatro asas distribuídas abaixo da cintura e as duas restantes entre os ombros. O rosto exibia traços da influência hitita posterior, e o artefato foi datado como pertencente a cerca de 1000 a.C. Estas descobertas arqueológicas sobre possíveis representações de serafins, são muito importantes, porém, longe de traduzir ou representar os verdadeiros serafins componentes do coro angelical.
Os serafins são elevados poderes do mundo angelical que se situam dentro do domínio do Criador. São os possíveis regentes dos grandes corais no interior do Céu. Seu louvor constantemente é dirigido à Trindade (Is 6.3): Santo (Deus), Santo (Jesus), Santo (Espírito Santo). Na passagem de Isaías, a Trindade está em foco! Observe o pronome ("nós") no versículo8, e deduza o significado do pensamento.
O doutor C.I. Scofield, observa que estas criaturas denominadas de serafins, conforme vemos aqui, contrastam àluz do contexto com os querubins, isto é, não devem ser as mesmas criaturas, ainda que tenham algumas coisas em comum. Vejamos:
"Os querubins contrastam com os serafins. Embora exprimam a santidade divina, que requer que o pecador se aproxime de Deus somente por meio de um sacrifício que realmente vindique a santidade de Deus (cf. Rm 3.24-26), e que o crente seja primeiro purificado antes de servir; Gênesis 3.22-24, mostra as exigências dos primeiros; e Isaías 1-6 a dos segundos".
O alcance do argumento. Os serafins habitam "acima" do trono de Deus. A expressão "acima" não deve ser entendida "em cima". A gramática semítica parafraseando esta expressão diz: "Os serafins estavam a altura do trono de Deus. No cimo do trono. E ali velavam pela santidade divina". Os serafins cultuam a Deus nos umbrais eternos, porém, como os demais anjos, são sujeitos à autoridade divina de Jesus Cristo (Hb 1.6). A Ele e por Ele, estão sujeitos todas as autoridades, e as potências. Seja como for, os mensageiros de Deus estão por todas as partes!

O Paganismo e o seu culto "Os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de crueldade", Salmo 74.20.

O Paganismo e o seu culto "Os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de crueldade", Salmo 74.20.
O assunto  apresenta-nos a época chamada "o período de Augusto".  Essa época, começou com o reinado de César Augusto, nascido mais ou menos no ano 63 a.C. e compreende o período dos seus sucessores imediatos. Ela foi notável pela florescente condição da literatura e do saber e pelo próspero cultivo das belas artes. O grande Júlio César, tio e predecessor de Augusto, tinha pelas armas vitoriosas tornado tributárias de Roma todas as nações circunvizinhas. Assim, o Império Romano, quando Augusto subiu ao trono, compreendia quase todo o mundo então conhecido. A religião dessas nações, com a única exceção dos judeus, era o paganismo, numa ou noutra forma, que era também a religião da Roma Imperial. Com as suas armas, Roma levava seus deuses a outras nações e promovia-lhes culto.  Por conveniência política, Roma adotava deu

 O assunto  apresenta-nos a época chamada "o período de Augusto".
 Essa época, começou com o reinado de César Augusto, nascido mais ou menos no ano 63 a.C. e compreende o período dos seus sucessores imediatos. Ela foi notável pela florescente condição da literatura e do saber e pelo próspero cultivo das belas artes.
O grande Júlio César, tio e predecessor de Augusto, tinha pelas armas vitoriosas tornado tributárias de Roma todas as nações circunvizinhas. Assim, o Império Romano, quando Augusto subiu ao trono, compreendia quase todo o mundo então conhecido.
A religião dessas nações, com a única exceção dos judeus, era o paganismo, numa ou noutra forma, que era também a religião da Roma Imperial. Com as suas armas, Roma levava seus deuses a outras nações e promovia-lhes culto.
 Por conveniência política, Roma adotava deuses de outras nações pagas, admitindo-os no seu Panteão.
A índia longínqua, a Citia, a África Meridional e a China, ainda que não conquistadas, e por conseguinte não tributárias de Roma, eram também pagas. Não obstante as divindades adoradas nesses países serem diferentes em nome, os seus atributos e caracteres podiam facilmente identificar-se com os adorados no Império Romano.
O sistema pagão era Politeísta, isto é, eles adoravam muitos deuses. Geralmente, essas divindades eram representadas por qualquer forma humana, tais como Júpiter, rei do Olimpo, e muitos outros ídolos cujos nomes são, sem dúvida, familiares, Marte, Mercúrio, Netuno, Baco, Vulcano, Juno, Vênus e outros, que eram os deuses ou advogados da guerra, do roubo, do deboche, da embriaguez. Outros personificavam virtudes cívicas e domésticas.
Os deuses de Roma, os reis divinizados juntamente com deuses estrangeiros (tais como Isis, deusa dos egípcios) e com divindades menores ou semideuses, que presidiam a países, cidades, rios, estações e colheitas, elevavam a centenas a lista dos "muitos senhores e muitos deuses", a quem, na época a que me refiro, o mundo civilizado rendia homenagem e prestava culto. Poder-se-iam citar inumeráveis autores para provar o número e a inutilidade de tais divindades. Um escritor dessa época observa satiricamente:
"É mais fácil achar um deus do que um homem "
 Isso é Lívio, falando de Atenas, capital da Grécia, diz que estava cheia de imagens de deuses e de homens enfeitados com toda a espécie de material e com toda a perícia da arte
Outro escritor declara:
 "Por todos os lados há altares, vítimas, templos e festas"
Mas os romanos não adoravam somente os deuses que tinham inventado. Na sua ânsia por um Deus verdadeiro, "se porventura o pudessem achar", e tendo consciência de que devia haver algum mais digno da sua estima do que as vis criações da sua corrupta imaginação, ajuntaram aos milhares de altares mais um: o altar ao DEUS DESCONHECIDO.
Este fato nos é familiar pela narração de Lucas nos Atos dos Apóstolos, e inteiramente confirmado por escritores pagãos.
O espírito do apóstolo Paulo sentia-se comovido em si mesmo, vendo a cidade de Atenas "toda entregue à idolatria" e no seu discurso no Areópago Ateniense, disse: "Indo passando, e vendo os vossos simulacros, achei também um altar em que se achava esta letra: AO DEUS DESCONHECIDO"
O que havia em Atenas havia também em Roma, a capital do mundo, pois nos é dito, pela autoridade de Minúcio Félix, que construíam altares a divindades desconhecidas. Tal era então a natureza politeísta do sistema pagão. Falemos agora um pouco do caráter destes deuses, e da natureza do culto que lhes era prestado. Não há crime, por mais abominável que seja, que não lhes pudesse ser imputado.
O seu caráter pode resumir-se nestes versos do poeta Pope:
"Deuses injustos, mutáveis, iracundos, Só na vingança e podridão fecundos".
O que eram os deuses, era o sistema com o qual estavam identificados; eram os efeitos sobre seus adeptos. Julguemos esse sistema pelas próprias bocas dos pagãos: Aristóteles;
 (7) aconselha que as estátuas e pinturas dos deuses não deveriam exibir cenas indecentes, exceto nos templos das divindades que presidiam a sensualidade. Como não deveriam estar as coisas, para ser necessário tal conselho? E qual o estado de espírito de um pagão esclarecido que podia justificar tal exceção!
Petrônio informa-nos que os templos eram freqüentados, os altares eram enfeitados e as orações eram oferecidas aos deuses, para que eles tornassem mais agradáveis os vícios desnaturados dos seus venerados.
O honesto Sêneca, revoltado contra o que presenciava ao redor de si, exclama:
"Quão grande é a loucura dos homens! Balbuciam as mais abomináveis orações, e, se alguém se aproxima, calam-se logo; o que um homem não deveria ouvir eles não se envergonhavam de dizer aos deuses".
Ainda mais: "Se alguém considera o que eles fazem e ao que se sujeitam, em vez da decência, encontrará a indecência; em vez da honra, a indignidade; em vez da razão, a insensatez".
E, para completar o testemunho dos pagãos, quanto ao caráter e efeitos do seu sistema, Platão declara:
 "0 homem tem-se tornado mais baixo que o mais vil dos animais". Bem podia o apóstolo Paulo, escrevendo aos romanos durante o período a que nos referimos, usar a terrível linguagem contida no lº capítulo da Epístola, pois tudo é confirmado pelo testemunho de escritores pagãos.
 Bem podia Paulo atribuir tudo ao sistema religioso de Roma e ao caráter de seus deuses, e afirmar que era por isso que mudavam a glória do Deus incorruptível em semelhança e figura do homem corruptível, de aves, de quadrúpedes e de serpentes.
Pelo que os entregou Deus aos desejos dos seus corações, à imundície, pois não deram provas de que tivessem o conhecimento de Deus. Foram entregues por Deus a um sentimento depravado, para que fizessem coisas que não convém; cheios de iniquidade, de malícia, de imoralidade, de avareza, de maldade, de inveja, de contendas, de engano, de malignidade; tornaram-se homicidas, mexeriqueiros, murmuradores, aborrecidos de Deus, contumeliosos, soberbos, altivos, inventores de males, desobedientes a seus pais, insipientes, imodestos, sem benevolência, sem palavra, sem misericórdia.
Bastaria citar este trecho de Paulo para provar a nossa tese.
Porém, como pode ser que haja alguns que não investigaram a irrespondível evidência em que se baseia a autenticidade dos escritos inspirados, julgamos útil apresentar aos leitores o testemunho combinado, o pagão e o cristão. Pedimos lerem com atenção o capítulo citado; ajudará a apreciar o contraste que será apresentado num capítulo subseqüente.
Quanto ao caráter dos antigos ídolos pagãos, fora dos limites do Império Romano, não temos tantas informações; existe, porém, evidência suficiente para provar que o paganismo oriental era tão vil e degradante como o da Grécia e de Roma, sem se ter até agora alterado profundamente. Podemos estudá-lo pela observação atual. Citarei somente uma passagem: um documento público apresentado ao Parlamento por um magistrado de Bengala Meridional, na índia fala da adoração da deusa Kalé, dizendo:
"O assassino, o ladrão e a prostituta, todos aspiram a propiciar um deus cujo culto seja a obscenidade e que se deleite no sangue do homem e dos animais, e a quem possam implorar auxílio para cometerem os seus crimes". Havia, sem dúvida, exceções a esta regra quanto aos atributos dos deuses pagãos.
Algumas daquelas divindades personificavam virtudes; havia homens melhores do que o sistema que prevalecia. As exceções eram raras e sobressaem nos anais da história com tanto brilho quanto à sua raridade.
 Estes homens excepcionais eram virtuosos em razão da luz ainda não extinta na sua natureza decaída; eram virtuosos apesar do seu sistema religioso e não por causa dele. Dionísio de Halicarnasso diz:
 "Há somente uns poucos que chegaram a ser mestres de filosofia; por outro lado, a grande e ignorante massa popular está mais propensa a encarar essas narrativas (as vidas dos deuses) pelo lado pior e a desprezar os deuses como seres que se transformam nas mais crassas abominações, ou a não temer praticar as maiores baixezas, crendo que os deuses as praticam também”
Tais eram os deuses do paganismo e tais os efeitos naturais do seu caráter sobre os seus devotos.
 Observamos que o sistema pagão como o judaico era sacerdotal, administrado por um sacerdócio. Entre os pagãos, o sacerdote, que podia ser homem ou mulher, era o mediador entre o povo e as divindades: a elas oferecia orações e fazia sacrifícios.
Em nome delas interpretava sinais, oferecia presságios e revelava a vontade dos deuses, além de exercer certas funções judiciais.
O culto consistia na prática de certos atos ou ritos exteriores.
Era, por outras palavras, exclusivamente externo ou cerimonial. Não existe uma única prova de que ensinassem a moral
  Os ritos compreendiam sacrifícios, ofertas, orações, incensos, peregrinações a lugares santos ou relicários; procissões em honra dos deuses; jejuns, abstinências, mortificações, penitências, observância de festas e frequentemente práticas viciosas, como as acima referidas.
Esses ritos eram custosos, exigindo sacrifício da parte dos que os seguiam, conforme a posição de cada um.
Os seus benefícios aproveitavam mais aos ricos que aos pobres.
Não só eram, na maioria das vezes, abominavelmente impuros, mas também barbaramente cruéis. Acerca da imoralidade das cerimônias é impossível falar.
 Mas mesmo que fossem descritos, não seriam acreditadas, se não fizessem longas citações de historiadores autorizados.
 Afirme-se desde já que o Cristianismo baniu o conhecimento dos vícios cometidos publicamente nessa época, vícios que não somente não produziam o descrédito daqueles que os praticavam, mas que faziam parte dos seus ritos religiosos e que, em alguns casos, eram obrigatórios e noutros, tidos como honrosos e meritórios.
É uma bênção serem agora mortas as línguas em que essas coisas foram escritas!
Mas, não devemos esquecer as lições que elas nos ensinam. Dissemos que os ritos pagãos eram muitas vezes barbaramente cruéis.  Referiamo - nos principalmente à prática de oferecer sacrifícios humanos: e essa prática, segundo a história antiga, parece ter sido universal.
 Não é conhecida a data em que essa abominação foi introduzida, mas, sem dúvida, foi pouco depois do princípio do mundo.
Os cananeus, há 3300 anos, a praticavam, oferecendo seus filhos aos ídolos de Canaã, especialmente a Moloque.  Foi evidentemente este um dos crimes pelos quais o Todo-poderoso mandou destruir aquele povo:
 "Não darás nenhum de teus filhos para ser consagrado ao ídolo Moloque... porque todas estas execrações cometeram os habitantes desta terra, que foram antes de vós, e com elas a contaminaram. Vede, pois, não suceda... como ela vomitou a gente que houve antes de vós, vos vomite também a vós, se fizerdes outro tanto".
É necessário explicar que a expressão usada nas nossas Bíblias, "consagrar os filhos ao ídolo Moloque quer dizer queimar as crianças em honra dessa divindade . Sobre este ponto não há dúvida.
Moloque, Moleque, Malcom ou Milcom, como chamado, era o planeta Saturno divinizado.
O seu culto existia principalmente entre os primitivos habitantes de Canaã, e entre os amonitas, fenícios e cartagineses.
 O ídolo consistia numa estátua de latão, sob a forma de homem com cabeça de touro; tinha os braços estendidos para a frente, um pouco abaixados. Os pais colocavam seus filhos nas mãos do ídolo. Dali a criança caía numa fornalha onde morria queimada. Durante a cerimônia, tocavam tambores e trombetas para abafar os gritos dos inocentes.
Algumas vezes o ídolo era oco. Aquecido até ao rubro por fogo colocado dentro, as crianças eram então queimadas nas mãos em brasa da estátua. Apesar de ter o Todo-poderoso proibido expressamente esses crimes, os judeus praticaram-no por vezes, especialmente nos reinados de Acaz e de Manasses.
Erigiram o ídolo no vale ao sul de Jerusalém, chamado Enon, mais tarde denominado Tofete ou Tambores em conseqüência da prática dessa abominação, e em referência aos tambores que tocavam para sufocar os gritos das vítimas (16). Mais tarde, o lugar veio a ser tão aborrecido pelos judeus, que deram a ele o nome de "Ge-hinnon" ou Geena, lugar de castigo na vida futura, isto é, o Inferno.
De maneira que, na opinião destes judeus, bastava praticar tais abominações pagas para fazer da terra um inferno (17).
 Continuemos a indagar da prática de sacrifícios humanos.
Principiemos pelos gregos civilizados e filósofos. Agamenon, rei de Micenas, ofereceu sua filha Efigênia, a fim de obter uma brisa favorável para poder atravessar um mar mais estreito que o Canal da Mancha; e, na sua volta, ainda ofereceu outro sacrifício humano. Os atenienses e os massalianos ofereciam anualmente um homem a Netuno.
Menelau, rei de Esparta, sendo detido por ventos contrários, ofereceu duas crianças egípcias. A história relata-nos que muitos dos estados gregos ofereciam vítimas humanas antes de empreenderem uma expedição ou guerra.
Em Rodes ofereciam um homem a Crono, deus semelhante a Moloque, no dia 6 de julho de cada ano; em Salamina, ofereciam também um homem em março de cada ano; em Chios e Tenedos despedaçavam anualmente uma vítima humana.
Na Ática, Ereteu sacrificou sua filha; Aristides sacrificou três sobrinhos do rei da Pérsia;
Temístocles sacrificou várias pessoas nobres. Note bem! estes homens não eram selvagens, mas tidos em seus dias como sábios, justos e bons.
Na Tessália, ofereciam-se sacrifícios humanos;
 os palagianos, em tempo de escassez, ofereciam a décima parte de seus filhos; na Crimeia e no Tauro, cada naufrágio estrangeiro, em vez de ser recebido com hospitalidade, era sacrificado a Diana.
0 templo desta deusa em Arícia, era sempre servido por um sacerdote, que tinha matado o seu antecessor; e os lacedemônios anualmente ofereciam vítimas humanas a Diana até o tempo de Licurgo, que mudou esse costume pelo açoite.
No entanto, as crianças eram muitas vezes flageladas até morrer. Passemos agora dos gregos e seus vizinhos para o império de Roma.
A história nos informa que, embora não tão freqüentemente, houve sacrifícios humanos por muitos e muitos anos. Em Roma, era costume sacrificar anualmente trinta homens, atirando-os ao Tibre, para obter o progresso da cidade.
Tito Lívio menciona que dois homens e duas mulheres foram enterrados vivos para evitar calamidades públicas. Plutarco descreve um sacrifício semelhante; e Caio Mário ofereceu sua filha Calpúrnia para ser bem sucedido numa expedição contra os címbricos.
 É verdade que no ano 96 a.C. foi publicada uma lei para sustar essas práticas, o que prova que o costume existia.
 Além disso, o sacerdote pagão mostrava-se muitas vezes mais forte que o magistrado civil, de modo que, embora a lei tivesse sido promulgada, o costume não foi abolido. Muitos casos de sacrifícios humanos são mencionados até ao ano 300 da nossa era quase 400 anos depois da publicação da lei .
 Da Grécia e de Roma passemos a outras nações antigas, e indaguemos quais eram a este respeito as praticas do paganismo.
Entre os habitantes de Tiro, o rei oferecia o filho para obter prosperidade; pela Escritura Sagrada sabemos humana.  Na Ática, Ereteu sacrificou sua filha; Aristides sacrificou três sobrinhos do rei da Pérsia; Temístocles sacrificou várias pessoas nobres.
Note bem! estes homens não eram selvagens, mas tidos em seus dias como sábios, justos e bons.
 Na Tessália, ofereciam-se sacrifícios humanos; os palagianos, em tempo de escassez, ofereciam a décima parte de seus filhos; na Crimeia e no Tauro, cada naufrágio estrangeiro, em vez de ser recebido com hospitalidade, era sacrificado a Diana. 0 templo desta deusa em Arícia, era sempre servido por um sacerdote, que tinha matado o seu antecessor; e os lacedemônios anualmente ofereciam vítimas humanas a Diana até o tempo de Licurgo, que mudou esse costume pelo açoite. No entanto, as crianças eram muitas vezes flageladas até morrer. Passemos agora dos gregos e seus vizinhos para o império de Roma. A história nos informa que, embora não tão freqüentemente, houve sacrifícios humanos por muitos e muitos anos.
Em Roma, era costume sacrificar anualmente trinta homens, atirando-os ao Tibre, para obter o progresso da cidade. Tito Lívio menciona que dois homens e duas mulheres foram enterrados vivos para evitar calamidades públicas.
 Plutarco descreve um sacrifício semelhante; e Caio Mário ofereceu sua filha Calpúrnia para ser bem sucedido numa expedição contra os címbricos. É verdade que no ano 96 a.C. foi publicada uma lei para sustar essas práticas, o que prova que o costume existia. Além disso, o sacerdote pagão mostrava-se muitas vezes mais forte que o magistrado civil, de modo que, embora a lei tivesse sido promulgada, o costume não foi abolido.
 Muitos casos de sacrifícios humanos são mencionados até ao ano 300 da nossa era quase 400 anos depois da publicação da lei. Da Grécia e de Roma passemos a outras nações antigas, e indaguemos quais eram a este respeito as praticas do paganismo. Entre os habitantes de Tiro, o rei oferecia o filho para obter prosperidade; pela Escritura Sagrada sabemos que os moabitas também tinham tal costume.
Na ocasião da derrota do rei de Moabe pelos exércitos aliados de Judá e Israel, o rei de Moabe ofereceu em sacrifício seu filho primogênito, que havia de reinar depois dele.
 No tempo do Novo Testamento, Pilatos misturou o sangue de certos galileus com os seus sacrifícios. Os cartagineses seguiram esse costume.
 Em ocasiões extraordinárias, ofereciam multidões de vítimas humanas: durante uma batalha entre sicilianos e cartagineses, estes, sob o comando de Amílcar, ficaram no campo oferecendo sacrifícios às divindades do seu país, e consumindo sobre uma grande fogueira os corpos de numerosas vítimas .
 Outra vez, quando Agatocles estava para sitiar Cartago, os seus habitantes, temendo que suas desgraças fossem por causa da ira de Saturno, por lhe terem oferecido somente filhos de escravos e estrangeiros, em vez de crianças nobres, sacrificaram duzentas crianças das melhores famílias, a fim de propiciar a divindade ofendida.
Trezentos cidadãos imolaramse voluntariamente na mesma ocasião.
Doutra vez, para celebrar uma vitória, o mesmo povo imolou os mais perfeitos e mais formosos dos seus cativos, e as chamas da fogueira foram tão grandes que lhes incendiaram o acampamento
Tertuliano, escritor cristão, diz que sacrifícios humanos eram comuns na Arcádia e em Cartago nos seus dias, isto é, no terceiro século da era cristã. Agora voltemos ao Oriente.
 No Egito havia sacrifícios de vítimas humanas, cujas cinzas eram espalhadas pelas terras para se conseguir a fertilidade do solo; os escolhidos eram homens de cabelo ruivo. Durante a dinastia dos Hiksos, conta Maneto que diariamente eram sacrificadas três pessoas, isto é, mais de mil por ano. Entre os persas, sabemos que existia o mesmo costume.
Quando Anestris, mulher de Xer chegou
"Ê absolutamente impossível descrever detalhadamente as terríveis depravações do velho mundo pagão. No dizer do Apóstolo, 'é vergonha mesmo só o falar daquelas coisas que faziam em secreto'. O leitor náo deve precisar que lhe digamos toda a miséria moral duma religião cujos deuses eram debochados, bêbedos. fatricidas.
Prostitutos e assassinos e cujos templos eram lupanares e antros dos piores vícios, chegando alguns a só serem tolerados fora das cidades (Vitruvio. I. 7). Seus espetáculos - as horríveis pugnas de gladiadores e cenas tão impuras - o Catão casemeiro não podia presenciar. Suas procissões eram cortejos de indecências. Seus altares náo raro se tingiam de sangue humano.
Suas festas, as célebres bacanais e saturnais; cujo ritual era o vício, e cujos sacerdotes e sacerdotisas... (temos de descer um véu para esconder suas simples funções sacerdotais).
No tempo de Augusto, o casamento tinha caído em desuso. Se existia, era apenas para tornar a mulher escrava. A esposa tinha de trabalhar, as concubinas e cortesãs é que eram as amigas do seu senhor.
 Mas tudo isto não é ainda o mais negro do quadro.
Não há um único dos vícios que provocaram a extinção dos cananeus ou que fizeram vir do Céu o fogo vingador sobre as cidades da planície, que não suje o retrato, que a história registra de quase todos os imperadores, estadistas, poetas e filósofos da Roma Antiga e da Grécia clássica.
 A lepra moral corrompia tudo e a todos na idade media.
 A crueldade campeava tanto quanto a sensualidade. A escravatura era universal. Sócrates era uma exceção."
A Igreja Livre da Antigüidade, por Basilio H. Cooper, p.31 e 32.
 Ver no Dicionário de Antigüidades do Dr. Smith o tópico Sacerdotes