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Albert Einstein Minha Condição Humana Me Fascina

Minha condição humana me fascina disse. Albert Einstein Minha Condição Humana Me Fascina . O homem pode, é certo, fazer o que quer, mas não pode querer o que quer. Não posso me preocupar com o sentido ou a finalidade de minha existência, nem da dos outros, porque, do ponto de vista estritamente objetivo, é absurdo. E no entanto, como homem, alguns ideais dirigem minhas ações e orientam meus juízos.

Minha condição humana me fascina disse;
 Conheço o limite de minha existência e ignoro por que estou nesta terra, mas às vezes o pressinto. Pela experiência cotidiana, concreta e intuitiva, eu me descubro vivo para alguns homens, porque o sorriso e a felicidade deles me condicionam inteiramente, mas ainda para outros que, por acaso, descobri terem emoções semelhantes às minhas.
E cada dia, milhares de vezes, sinto minha vida corpo e alma  integralmente tributária do trabalho dos vivos e dos mortos. Gostaria de dar tanto quanto recebo e não paro de receber. Mas depois experimento o sentimento satisfeito de minha solidão e quase demonstro má consciência ao exigir ainda alguma coisa de outrem. Vejo os homens se diferenciarem pelas classes sociais e sei que nada as justifica a não ser pela violência. Sonho ser acessível e desejável para todos uma vida simples e natural, de corpo e de espírito.
Recuso-me a crer na liberdade e neste conceito filosófico. Eu não sou livre, e sim às vezes constrangido por pressões estranhas a mim, outras vezes por convicções íntimas. Ainda jovem, fiquei impressionado pela máxima de Schopenhauer:
“O homem pode, é certo, fazer o que quer, mas não pode querer o que quer”;
e hoje, diante do espetáculo aterrador das injustiças humanas, esta moral me tranquiliza e me educa. Aprendo a tolerar aquilo que me faz sofrer. Suporto então melhor meu sentimento de responsabilidade. Ele já não me esmaga e deixo de me levar, a mim ou aos outros, a sério demais. Vejo então o mundo com bom humor.
 Não posso me preocupar com o sentido ou a finalidade de minha existência, nem da dos outros, porque, do ponto de vista estritamente objetivo, é absurdo. E no entanto, como homem, alguns ideais dirigem minhas ações e orientam meus juízos.
Porque jamais considerei o prazer e a felicidade como um fim em si e deixo este tipo de satisfação aos indivíduos reduzidos a instintos de grupo. Em compensação, foram ideais que suscitaram meus esforços e me permitiram viver. Chamam-se o bem, a beleza, a verdade. Se não me identifico com outras sensibilidades semelhantes à minha e se não me obstino incansavelmente em perseguir este ideal eternamente inacessível na arte e na ciência, a vida perde todo o sentido para mim. Ora, a humanidade se apaixona por finalidades irrisórias que têm por nome a riqueza, a glória, o luxo. Desde moço já as desprezava. Tenho forte amor pela justiça, pelo compromisso social. Mas com muita dificuldade me integro com os homens e em suas comunidades.
Não lhes sinto a falta porque sou profundamente um solitário. Sinto-me realmente ligado ao Estado, à pátria, a meus amigos, a minha família no sentido completo do termo.
Mas meu coração experimenta, diante desses laços, curioso sentimento de estranheza, de afastamento e a idade vem acentuando ainda mais essa distância. Conheço com lucidez e sem prevenção as fronteiras da comunicação e da harmonia entre mim e os outros homens. Com isso perdi algo da ingenuidade ou da inocência, mas ganhei minha independência. Já não mais firmo uma opinião, um hábito ou um julgamento sobre outra pessoa. Testei o homem. É inconsistente. A virtude republicana corresponde a meu ideal político.
Cada vida encarna a dignidade da pessoa humana, e nenhum destino poderá justificar uma exaltação qualquer de quem quer que seja. Ora, o acaso brinca comigo. Porque os homens me testemunham uma incrível e excessiva admiração e veneração. Não quero e não mereço nada. Imagino qual seja a causa profunda, mas quimérica, de seu sentimento. Querem compreender as poucas idéias que descobri. Mas a elas consagrei minha vida, uma vida inteira de esforço ininterrupto. Fazer, criar, inventar exigem uma unidade de concepção, de direção e de responsabilidade.
Reconheço esta evidência. Os cidadãos executantes, porém, não deverão nunca ser obrigados e poderão escolher sempre seu chefe. 8 Ora, bem depressa e inexoravelmente, um sistema autocrático de domínio se instala e o ideal republicano degenera. A violência fascina os seres moralmente mais fracos. Um tirano vence por seu gênio, mas seu sucessor será sempre um rematado canalha. Por esta razão, luto sem tréguas e apaixonadamente contra os sistemas dessa natureza, contra a Itália fascista de hoje e contra a Rússia soviética de hoje.
A atual democracia na Europa naufraga e culpamos por esse naufrágio o desaparecimento da ideologia republicana. Aí vejo duas causas terrivelmente graves. Os chefes de governo não encarnam a estabilidade e o modo da votação se revela impessoal. Ora, creio que os Estados Unidos da América encontraram a solução desse problema. Escolhem um presidente responsável eleito por quatro anos. Governa efetivamente e afirma de verdade seu compromisso. Em compensação, o sistema político europeu se preocupa mais com o cidadão, com o enfermo e o indigente. Nos mecanismos universais, o mecanismo Estado não se impõe como o mais indispensável. Mas é a pessoa humana, livre, criadora e sensível que modela o belo e exalta o sublime, ao passo que as massas continuam arrastadas por uma dança infernal de imbecilidade e de embrutecimento.
A pior das instituições gregárias se intitula exército. Eu o odeio. Se um homem puder sentir qualquer prazer em desfilar aos sons de música, eu desprezo este homem... Não merece um cérebro humano, já que a medula espinhal o satisfaz.
Deveríamos fazer desaparecer o mais depressa possível este câncer da civilização. Detesto com todas as forças o heroísmo obrigatório, a violência gratuita e o nacionalismo débil. A guerra é a coisa mais desprezível que existe.
Preferiria deixar-me assassinar a participar desta ignomínia. No entanto, creio profundamente na humanidade. Sei que este câncer de há muito deveria ter sido extirpado. Mas o bom senso dos homens é sistematicamente corrompido.
E os culpados são: escola, imprensa, mundo dos negócios, mundo político. O mistério da vida me causa a mais forte emoção. É o sentimento que suscita a beleza e a verdade, cria a arte e a ciência. Se alguém não conhece esta sensação ou não pode mais experimentar espanto ou surpresa, já é um mortovivo e seus olhos se cegaram. Aureolada de temor, é a realidade secreta do mistério que constitui também a religião. Homens reconhecem então algo de impenetrável a suas inteligências, conhecem porém as manifestações desta ordem suprema e da Beleza inalterável. Homens se confessam limitados e seu espírito não pode apreender esta perfeição. E este conhecimento e esta confissão tomam o nome de religião.
 Deste modo, mas somente deste modo, soa profundamente religioso, bem como esses homens. Não posso imaginar um Deus a recompensar e a castigar o objeto de sua criação.
 Não posso fazer ideia de um ser que sobreviva à morte do corpo. Se semelhantes idéias germinam em um espírito, para mim é ele um fraco, medroso e estupidamente egoísta.
Não me canso de contemplar o mistério da eternidade da vida. Tenho uma intuição da extraordinária construção do ser. Mesmo que o esforço para compreendê-lo fique sempre desproporcionado, vejo a Razão se manifestar na vida.
QUAL O SENTIDO DA VIDA?
Tem um sentido a minha vida?
A vida de um homem tem sentido?
Posso responder a tais perguntas se tiver espírito religioso.
 Mas, “fazer tais perguntas tem sentido?”
Respondo: “Aquele que considera sua vida e a dos outros sem qualquer sentido é fundamentalmente infeliz, pois não tem motivo algum para viver”.
COMO JULGAR UM HOMEM?
De acordo com uma única regra determino o autêntico valor de um homem: em que grau e com que finalidade o homem se libertou de seu Eu?
PARA QUÊ AS RIQUEZAS?
Todas as riquezas do mundo, ainda mesmo nas mãos de um homem inteiramente devotado à idéia do progresso, jamais trarão o menor desenvolvimento moral para a humanidade. Somente seres humanos excepcionais e irrepreensíveis suscitam idéias generosas e ações elevadas. Mas o dinheiro polui tudo e degrada sem piedade a pessoa humana.
Não posso comparar a generosidade de um Moisés, de um Jesus ou de um Gandhi com a generosidade de uma Fundação Carnegie qualquer. COMUNIDADE E PERSONALIDADE
Ao refletir sobre minha existência e minha vida social, vejo claramente minha estrita dependência intelectual e prática. Dependo integralmente da existência e da vida dos outros. E descubro ser minha natureza semelhante em todos os pontos à natureza do animal que vive em grupo. Como um alimento produzido pelo homem, visto uma roupa fabricada pelo homem, habito uma casa construída por ele.
O que sei e o que penso, eu o devo ao homem. E para comunicá-los utilizo a linguagem criada pelo homem.
Mas quem sou eu realmente, se minha faculdade de pensar ignora a linguagem disse  hainsteim?
Sou, sem dúvida, um animal superior, mas sem a palavra a condição humana é digna de lástima. Portanto reconheço minha vantagem sobre o animal nesta vida de comunidade humana. E se um indivíduo fosse abandonado desde o nascimento, seria irremediavelmente um animal em seu corpo e em seus reflexos. Posso concebê-lo, mas não posso imaginá-lo. Eu, enquanto homem, não existo somente como criatura individual, mas me descubro membro de uma grande comunidade humana. Ela me dirige, corpo e alma, desde o nascimento até a morte.
Meu valor consiste em reconhecê-lo.
Sou realmente um homem quando meus sentimentos, pensamentos e atos têm uma única finalidade: a comunidade e seu progresso. Minha atitude social portanto determinará o juízo que têm sobre mim, bom ou mau. Contudo, esta afirmação primordial não basta. Tenho de reconhecer nos dons materiais, intelectuais e morais da sociedade o papel excepcional, perpetuado por inúmeras gerações, de alguns homens criadores de gênio.
Sim, um dia, um homem utilizou o fogo pela primeira vez; sim, um dia ele cultivou plantas alimentícias; sim, ele inventou a máquina a vapor. O homem solitário pensa sozinho e cria novos valores para sua comunidade.
Inventa assim novas regras morais e modifica a vida social. A personalidade criadora deve pensar e julgar por si mesma, porque o progresso moral da sociedade depende exclusivamente de sua independência. A não ser assim, a sociedade estará inexoravelmente votada ao malogro, e o ser humano privado da possibilidade de comunicar. Defino uma sociedade sadia por este laço duplo.
Somente existe por seres independentes, mas profundamente unidos ao grupo. Assim, quando analisamos as civilizações antigas e descobrimos o desabrochar da cultura européia no momento do Renascimento italiano, reconhecemos estar a Idade Média morta e ultrapassada, porque os escravos se libertam e os grandes espíritos conseguem existir.
 Hoje, que direi da época, do estado, da sociedade e da pessoa humana?
 Nosso planeta chegou a uma população prodigiosamente aumentada se a comparamos às cifras do passado. Por exemplo, a Europa encerra três vezes mais habitantes do que há um século. Mas o número de personalidades criadoras diminuiu.
E a comunidade não descobre mais esses seres de que tem necessidade essencial. A organização mecânica substituiu-se parcialmente ao homem inovador. Esta transformação se opera evidentemente no mundo tecnológico, mas já em proporção inquietadora também no mundo científico.
A falta de pessoas de gênio nota-se tragicamente no mundo estético.
Pintura e música degeneram e os homens são menos sensíveis. Os chefes políticos não existem e os cidadãos fazem pouco caso de sua independência intelectual e da necessidade de um direito moral. As organizações comunitárias democráticas e parlamentares, privadas dos fundamentos de valor, estão decadentes em numerosos países. Então aparecem as ditaduras. São toleradas porque o respeito da pessoa e o senso social estão agonizantes ou já mortos. Pouco importa em que lugar, em quinze dias, uma campanha da imprensa pode instigar uma população incapaz de julgamento a um tal grau de loucura, que os homens se prontificam a vestir a farda de soldado para matar e se deixarem matar. E seres maus realizam assim suas intenções desprezíveis. A dignidade da pessoa humana está irremediavelmente aviltada pela obrigação do serviço militar e nossa humanidade civilizada sofre hoje deste câncer. Por isso, os profetas, comentando este flagelo, não cessam de anunciar a queda iminente de nossa civilização. Não faço parte daqueles futurólogos do Apocalipse, porque creio em um futuro melhor e vou justificar minha esperança. A atual decadência, através dos fulminantes progressos da economia e da técnica, revela a amplidão do combate dos homens por sua existência. A humanidade aí perdeu o desenvolvimento livre da pessoa humana. Mas este preço do progresso corresponde também a uma diminuição do trabalho.
 O homem satisfaz mais depressa as necessidades da comunidade. E a partilha científica do trabalho, ao se tornar obrigatória, dará a segurança ao indivíduo. Portanto, a comunidade vai renascer. Imagino os historiadores de amanhã interpretando nossa época. Diagnosticarão os sintomas de doença social como a prova dolorosa de um nascimento acelerado pelas bruscas mutações do progresso. Mas reconhecerão uma humanidade a caminho.
O ESTADO DIANTE DA CAUSA INDIVIDUAL
Faço a mim mesmo uma antiquíssima pergunta. Como proceder quando o Estado exige de mim um ato inadmissível e quando a sociedade espera que eu assuma atitudes que minha consciência rejeita? É clara minha resposta. Sou totalmente dependente da sociedade em que vivo. Portanto terei de submeter-me a suas prescrições. E nunca sou responsável por atos que executo sob uma imposição irreprimível. Bela resposta! Observo que este pensamento desmente com violência o sentimento inato de justiça. Evidentemente, o constrangimento pode atenuar em parte a responsabilidade. Mas não a suprime nunca. E por ocasião do processo de Nuremberg, esta moral era sentida sem precisar de provas. Ora, nossas instituições, nossas leis, costumes, todos os nossos valores se baseiam em sentimentos inatos de justiça.
Existem e se manifestam em todos os homens. Mas as organizações humanas, caso não se apoiem e se equilibrem sobre a responsabilidade das comunidades, são impotentes. Devo despertar e sustentar este sentimento de responsabilidade moral; é um dever em face da sociedade. Hoje os cientistas e os técnicos estão investidos de uma responsabilidade moral particularmente pesada, porque o progresso das armas de extermínio maciço está entregue à sua competência. Por isto julgo indispensável a criação de uma “sociedade para a responsabilidade social na Ciência”.
Esclareceria os problemas por discuti-los e o homem aprenderia a forjar para si um juízo independente sobre as opções que se lhe apresentarem. Ofereceria também um auxílio àqueles que têm uma necessidade imperiosa do mesmo.
Porque os cientistas, uma vez que seguem a via de sua consciência, estão arriscados a conhecer cruéis momentos.
O BEM E O MAL
Em teoria, creio dever testemunhar o mais vivo interesse por alguns seres por terem melhorado o homem e a vida humana. Mas interrogo-me sobre a natureza exata de tais seres e vacilo. Quando analiso mais atentamente os mestres da política e da religião, começo a duvidar intensamente do sentido profundo de sua atividade. Será o bem?
 Será o mal?
Em compensação, não sinto a menor hesitação diante de alguns espíritos que só procuram atos nobres e sublimes. Por isto apaixonam os homens e os exaltam, sem mesmo o perceberem. Descubro esta lei prática nos grandes artistas e depois nos grandes sábios. Os resultados da pesquisa não exaltam nem apaixonam.
 Mas o esforço tenaz para compreender e o trabalho intelectual para receber e para traduzir transformam o home Quem ousaria avaliar o Talmude em termos de quociente intelectual? RELIGIÃO E CIÊNCIA
Todas as ações e todas as imaginações humanas têm em vista satisfazer as necessidades dos homens e trazer lenitivo a suas dores. Recusar esta evidência é não compreender a vida do espírito e seu progresso. Porque experimentar e desejar constituem os impulsos primários do ser, antes mesmo de considerar a majestosa criação desejada.
Sendo assim, que sentimentos e condicionamentos levaram os homens a pensamentos religiosos e os incitaram a crer, no sentido mais forte da palavra?
Descubro logo que as raízes da ideia e da experiência religiosa se revelam múltiplas. No primitivo, por exemplo, o temor suscita representações religiosas para atenuar a angústia da fome, o medo das feras, das doenças e da morte. Neste momento da história da vida, a compreensão das relações causais mostra-se limitada e o espírito humano tem de inventar seres mais ou menos à sua imagem. Transfere para a vontade e o poder deles as experiências dolorosas e trágicas de seu destino. Acredita mesmo poder obter sentimentos propícios desses seres pela realização de ritos ou de sacrifícios. Porque a memória das gerações passadas lhe faz crer no poder propiciatório do rito para alcançar as boas graças de seres que ele próprio criou.
A religião é vivida antes de tudo como angústia. Não é inventada, mas essencialmente estruturada pela casta sacerdotal, que institui o papel de intermediário entre seres temíveis e o povo, fundando assim sua hegemonia. Com frequência o chefe, o monarca ou uma classe privilegiada, de acordo com os elementos de seu poder e para salvaguardar a soberania temporal, se arrogam as funções sacerdotais. Ou então, entre a casta política dominante e a casta sacerdotal se estabelece uma comunidade de interesses.
Os sentimentos sociais constituem a segunda causa dos. fantasmas religiosos. Porque o pai, a mãe ou o chefe de imensos grupos humanos, todos enfim, são falíveis e mortais. Então a paixão do poder, do amor e da forma impele a imaginar um conceito moral ou social de Deus. Deus- Providência, ele preside ao destino, socorre, recompensa e castiga. Segundo a imaginação humana, esse Deus-Providência ama e favorece a tribo, a humanidade, a vida, consola na adversidade e no malogro, protege a alma dos mortos. É este o sentido da religião vivida de acordo com o conceito social ou moral de Deus.
Nas Sagradas Escrituras do povo judeu manifesta-se claramente a passagem de uma religião-angústia para uma religião-moral. As religiões de todos os povos civilizados, particularmente dos povos orientais, se manifestam basicamente morais. O progresso de um grau ao outro constitui a vida dos povos. Por isto desconfiamos do preconceito que define as religiões primitivas como religiões de angústia e as religiões dos povos civilizados como morais.
Todas as simbioses existem mas a religião-moral predomina onde a vida social atinge um nível superior. Estes dois tipos de religião traduzem uma ideia de Deus pela imaginação do homem. Somente indivíduos particularmente ricos, comunidades particularmente sublimes se esforçam por ultrapassar esta experiência religiosa.
Todos, no entanto, podem atingir a religião em um último grau, raramente acessível em sua pureza total. Dou a isto o nome de religiosidade cósmica e não posso falar dela com facilidade já que se trata de uma noção muito nova, à qual não corresponde conceito algum de um Deus antropomórfico.
O ser experimenta o nada das aspirações e vontades humanas, descobre a ordem e a perfeição onde o mundo da natureza corresponde ao mundo do pensamento.r a totalidade do Ente como um todo perfeitamente inteligível.
Notam-se exemplos desta religião cósmica nos primeiros momentos da evolução em alguns salmos de Davi ou em alguns profetas. Em grau infinitamente mais elevado, o budismo organiza os dados do cosmos, que os maravilhosos textos de Schopenhauer nos ensinaram a decifrar segundo Einstein . Ora, os gênios-religiosos de todos os tempos se distinguiram por esta religiosidade ante o cosmos.
Ela não tem dogmas nem Deus concebido à imagem do homem, portanto nenhuma Igreja
ensina a religião cósmica. Temos também a impressão de que os hereges de todos os tempos da história humana se nutriam com esta forma superior de religião.
Contudo, seus contemporâneos muitas vezes os tinham por suspeitos de ateísmo, e às vezes, também, de santidade. Considerados deste ponto de vista, homens como Demócrito, Francisco de Assis, Spinoza se assemelham profundamente. Como poderá comunicar-se de homem a homem esta religiosidade, uma vez que não pode chegar a nenhum conceito determinado de Deus, a nenhuma teologia? Para mim, o papel mais importante da arte e da ciência consiste em despertar e manter desperto o sentimento dela naqueles que lhe estão abertos.
Estamos começando a conceber a relação entre a ciência e a religião de um modo totalmente diferente da concepção clássica. A interpretação histórica considera adversários irreconciliáveis ciência e religião, por uma razão fácil de ser percebida. Aquele que está convencido de que a lei causal rege todo acontecimento não pode absolutamente encarar a ideia de um ser a intervir no processo cósmico, que lhe permita refletir seriamente sobre a hipótese da causalidade.
Não pode encontrar um lugar para um Deus a angústia, nem mesmo para uma religião social ou moral: de modo algum pode conceber um Deus que recompensa e castigaensina a religião cósmica. Temos também a impressão de que os hereges de todos os tempos da história humana se nutriam com esta forma superior de religião. Contudo, seus contemporâneos muitas vezes os tinham por suspeitos de ateísmo, e às vezes, também, de santidade. Considerados deste ponto de vista, homens como Demócrito, Francisco de Assis, Spinoza se assemelham profundamente. Como poderá comunicar-se de homem a homem esta religiosidade, uma vez que não pode chegar a nenhum conceito determinado de Deus, a nenhuma teologia? Para mim, o papel mais importante da arte e da ciência consiste em despertar e manter desperto o sentimento dela naqueles que lhe estão abertos. Estamos começando a conceber a relação entre a ciência e a religião de um modo totalmente diferente da concepção clássica. A interpretação histórica considera adversários irreconciliáveis ciência e religião, por uma razão fácil de ser percebida. Aquele que está convencido de que a lei causal rege todo acontecimento não pode absolutamente encarar a idéia de um ser a intervir no processo cósmico, que lhe permita refletir seriamente sobre a hipótese da causalidade. Não pode encontrar um lugar para um Deus-angústia, nem mesmo para uma religião social ou moral: de modo algum pode conceber um Deus que recompensa e castiga, já que o homem age segundo leis rigorosas internas e externas, que lhe proíbem rejeitar a responsabilidade sobre a hipótese-Deus, do mesmo modo que um objeto inanimado é irresponsável por seus movimentos. Por este motivo, a ciência foi acusada de prejudicar a moral. Coisa absolutamente injustificável. E como o comportamento moral do homem se fundamenta eficazmente sobre a simpatia ou os compromissos sociais, de modo algum implica uma base religiosa. A condição dos homens seria lastimável se tivessem de ser domados pelo medo do castigo ou pela esperança de uma recompensa depois da morte. É portanto compreensível que as Igrejas tenham, em todos os tempos, combatido a Ciência e perseguido seus adeptos. Mas eu afirmo com todo o vigor que a religião cósmica é o móvel mais poderoso e mais generoso da pesquisa científica. Somente aquele que pode avaliar os gigantescos esforços e, antes de tudo, a paixão sem os quais as criações intelectuais científicas inovadoras não existiriam, pode pesar a força do sentimento, único a criar um trabalho totalmente desligado da vida prática. Que confiança profunda na inteligibilidade da arquitetura do mundo e que vontade de compreender, nem que seja uma parcela minúscula da inteligência a se desvendar no mundo, devia animar Kepler e Newton para que tenham podido explicar os mecanismos da mecânica celeste, por um trabalho solitário de muitos anos. Aquele que só conhece a pesquisa científica por seus efeitos práticos vê depressa demais e incompletamente
a mentalidade de homens que, rodeados de contemporâneos céticos, indicaram caminhos aos indivíduos que pensavam como eles.
Ora, eles estão dispersos no tempo e no espaço, já que o homem age segundo leis rigorosas internas e externas, que lhe proíbem rejeitar a responsabilidade sobre a hipótese-Deus, do mesmo modo que um objeto inanimado é irresponsável por seus movimentos.
Por este motivo, a ciência foi acusada de prejudicar a moral. Coisa absolutamente injustificável. E como o comportamento moral do homem se fundamenta eficazmente sobre a simpatia ou os compromissos sociais, de modo algum implica uma base religiosa. A condição dos homens seria lastimável se tivessem de ser domados pelo medo do castigo ou pela esperança de uma recompensa depois da morte. É portanto compreensível que as Igrejas tenham, em todos os tempos, combatido a Ciência e perseguido seus adeptos. Mas eu afirmo com todo o vigor que a religião cósmica é o móvel mais poderoso e mais generoso da pesquisa científica. Somente aquele que pode avaliar os gigantescos esforços e, antes de tudo, a paixão sem os quais as criações intelectuais científicas inovadoras não existiriam, pode pesar a força do sentimento, único a criar um trabalho totalmente desligado da vida prática. Que confiança profunda na inteligibilidade da arquitetura do mundo e que vontade de compreender, nem que seja uma parcela minúscula da inteligência a se desvendar no mundo, devia animar Kepler e Newton para que tenham podido explicar os mecanismos da mecânica celeste, por um trabalho solitário de muitos anos. Aquele que só conhece a pesquisa científica por seus efeitos práticos vê depressa demais e incompletamente
a mentalidade de homens que, rodeados de contemporâneos céticos, indicaram caminhos aos indivíduos que pensavam como eles. Ora, eles estão dispersos no tempo e no espaço. Aquele que devotou sua vida a idênticas finalidades é o único a possuir uma imaginação compreensiva destes homens, daquilo que os anima, lhes insufla a força de conservar seu ideal, apesar de inúmeros malogros.
A religiosidade cósmica prodigaliza tais forças. Um contemporâneo declarava, não sem razão, que em nossa época, instalada no materialismo, reconhece-se nos sábios escrupulosamente honestos os únicos espíritos profundamente religiosos. Um pouco sobre  Albert Einstein.

QUEM SÃO OS ANJOS DAS IGREJAS NO APOCALIPSE ? Ao Anjo Da Igreja Escreve.


O ANJO DA IGREJA NA MÃO DO SENHOR
"Com ele a minha mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá" (SI 89.21)
Ap 1.16,20; 2.1; At 11.21; SI 89.20,21 Ap 1.16
E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda  espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos Sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as igrejas. Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro. E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu a Cristo. Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi. Com ele a minha mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá.
 UMA BOA LEITURA AOS ANJOS DAS INUMERAS IGREJAS PELO MUNDO.
O estudo como tal,  realça o ensino de que os pastores de todas as igrejas físicas,  igrejas são "anjos" aos olhos do Senhor e também "estrelas" em suas mãos.
 OS PASTORES DAS IGREJAS SÃO CHAMADOS ANJOS
Os anjos são seres criados. Eles foram criados por Deus antes mesmo da fundação do mundo (Ne 9.6; Cl 1.16; Jó 38.7). Os anjos são classificados como arcanjos, querubins, serafins e anjos. O número deles é incalculável (Ap 5.11; Hb 12.22).
Eles são espíritos ministradores, subordinados ao Filho de Deus (Ef 1.22,23; Cl 1.16) para atender a todas as suas ordens (SI 103.19-21; Hb 1.7) em favor dos que hão de herdar a salvação (Hb 1.14).
Gabriel disse: "Assisto diante de Deus" (Lc 1.19). A atividade dos pastores, portanto, assemelha-se à dos anjos.
 O serviço dos pastores.
Deus considera o serviço dos pastores intimamente ligado ao céu.
Por isso Ele os chama de "anjos". Os sacerdotes também eram assim chamados (Ml 2.7) e, igualmente Jeão Batista (Ml 3.1; Mt 11.10,11). Assim como os anjos, os pastores são feitos por Deus para serem ministros e servirem a favor dos que hão de herdar a salvação. Que grandeza! Qualquer homem poderá livremente escolher a profissão que desejar, se para isto tiver condições e vocação.
 Porém, para ser ministro é necessário ter a chamada de Deus (Hb 5.4). Os pastores também não são absolutos, mas inteiramente submissos à obra de Deus. Eles devem estar sempre à disposição de Deus para cumprir Sua vontade, como os anjos.
 RESPONSABILIDADES  DO ANJO DA IGREJA
 A igreja tem um responsável. Jesus considera o anjo da igreja como responsável por ela. Embora houvesse vários anciãos (At 20.18), Jesus se dirigia, quando tinha um assunto de alta responsabilidade, ao anjo da igreja, porque a ele o Espírito Santo havia constituído como responsável pelo rebanho (At 13.14; 20.28). Jesus chama a atenção do anjo da igreja.
"Tenho contra ti" (Ap 2.5,20).
"Porque tens lá" (Ap 2.14).
Vemos aqui a grande responsabilidade que pesa sobre os ombros do pastor. Ele não está somente encarregado da edificação da igreja (Ef 4.12) ou de levá-la a pastos verdejantes (SI 23.2,3). Todavia deve também vigiar para que o lobo não venha arrebatar as ovelhas (At 20.28-30); e zelar para que o mundo não tome de assalto a igreja (Ap 2.14,15). É seu dever cuidar, outrossim, para que o fogo do altar espiritual não venha a se apagar (Lv 6.13;) . 
Sê pois zeloso. é que o Senhor recomenda acte' .pastores a serviço da Sua Igreja.
 A igreja deve orar por seus pastores. O apóstolo Paulo pedia sempre ora-> ções pelo seu trabalho (Rm 15.30; 2 " Co 1.11; Ef 6.18; Fp 1.19; Cl 4.3; 1 Ts 5.25, etc). A carga sobre ele era { pesada. Sejamos como Arão e Hur, que seguravam os braços de Moisés até a vitória final (Êx 17.8-15). Deus recompensará os que assim fizerem , (Hb 6.10).
JOÃO VIU O ANJO DE CADA IGREJA COMO ESTRELA
As estrelas são astros da imensidão do Universo. Deus as criou (SI 8.3; 148.3,5) e conhece tanto o seu número como os nomes de . todas elas Is 40.26). Ele deixou leis para governá-las. Cáda uma tem órbita própria determinada (Jz 5.20). Quando Deus chama seus servos de estrelas, deseja com isto, destacar a grandeza que consiste em prestar-Lhe serviço.
 A trajetória das estrelas. As estrelas têm sua trajetória determinada pelo Criador. Assim também o servo do Senhor deve ter a sua "ro- í ta" por Ele definida, já que, de antemão, preparou as boas obras, a fim de andarmos nelas (Ef 2.10). Um obreiro fiel à direção de Deus pode ser um exemplo a ajudar outros a acharem o rumo certo. Se, porém, se afastar da "rota" tornar-se1 á uma "estrela errante' . Que Deus nos guarde!
AS ESTRELAS TÊM BRILHO PERMANENTE
As estrelas são luzentes (SI 148.3).
A Bíblia mesma fala do fulgor das estrelas (Dn 12.3). Elas diferem, em glória, uma das outras, porém todas manifestam a glória do Criador (SI 8.3,9; Is 20.26), e foram colocadas para alumiar a noite (SI 136.9; Gn 1.14,16; Jr 31.35). Feliz é a igreja cujo pastor, qual estrela cintilante, é capaz de dirigi-la sem tropeços em meio às densas trevas deste século.
Os servos de Deus devem resplandecer. Deus quer que os seus servos resplandeçam como astros no mundo (Fp 2.15). Lemos na Bíblia que João Batista (Jo 5.35);. Moisés ( Êx 34.29)'; Estêvão (At,.6.15) e tantos outros servos de Deus! brilharam e se tornaram uma bên-' ção. Resplandeça, portanto, a luz do Evangelho, em nós e através de nós. Levanta-te e resplandece, é o que nos recomenda o Senhor.
JOÃO VIU AS ESTRELAS NA MÃO DO SENHOR
Vejamos as ricas bênçãos que acompanham aos que estão na mão (do Senhor. '
São bem instrumentos para o O Senhor os usa como instrumentos. Jesus disse que Paulo era um "instrumento escolhido" por Ele (At 9.15).
A mão do Senhor opera milagres (At 4.30).
Quando o servo de Deus está seguro em Sua mão, Deus então faz "por suas mãos" (dos seus servos) sinais e prodígios (At 14.3).
A mão do Senhor deu vi- J tória aos crentes em Jerusalém (At 11.21).  A mão do Senhor tem poder 1 (Is 66.2; Êx 15.6). Nela somos beneficiados, pois fortalece (Ez 3.14); conforta (Dn 10.18); sustenta (SI 63.8) e abre caminhos diante de nós quando nossos recursos se esgotam (Ne 2.8; Ed 8.31).
 O Senhor diz: "Nãn.temas, que eu te ajudo"
A mão do Senhor guia (SI 73.23).
Assim como o pai ou a mãe segura pela mão o filhinho quando este começa andar, a fim de que não tropece e caia, da mesma forma Deus segura a mão dos que ministram para que eles não tropecem e caiam, fazendo-os caminhar pelos caminhos que Ele próprio traçou (Ef 2.10).
A  mão do Senhor guarda (Jo 10.28,29).
Aqueles que estão na mão  do Senhor, estão a salvo do perigo (SI 27.5).
A mão do Senhor leva à vitória. Os que estão na mão do Senhor, reconhecem que por ela venceram. Estes dizem: "Saibam, que NISTO está a TUA MÃO, e que tu, SENHOR, o fizeste" (SI 109.27; Is 26.16).
Toda a glória pertence ELE.
 COMO AS ESTRELAS CHEGAM NA MÃO DO SENHOR
Jesus quer o homem espontâneo.
Jesus não força o homem, mas o abençoa, à medida que sua própria vontade permita. Quando ele ABRE a porta, Jesus entra em sua casa (o coração) (Ap 3.20). E quem mais QUISER, Jesus lhe dará da água da vida (Ap 22.17).
Só quando o homem clama, contrito, Deus se inclina para ele e o tira do lago horrível dos temores (SI 40.1 Assim também Jesus não usa a força para ter-nos em suas mãos. Embora Ele nos tenha comprado (1 Co 6.20) e possua direito sobre nós, mesmo assim ele ainda pede: "Dáme, filho meu, o teu coração" (Pv 23-26).
 Paulo recomenda:
 "Rogovos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo" (Rm 12.1). Devemos, pois, voluntariamente, fazer como os crentes da Macedônia, que "a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor" (2 Co 8.5).
Jesus quer todo o nosso ser.
A maior necessidade presente é que todos os servos do Senhor entreguem a sua vida INTEIRAMENTE A JESUS.
 Ele quer ser o SENHOR sobre nossas vidas (Rm 14.9). Aqueles que entram no caminho da plena obediência experimentam a plenitude de Seu poder (At 5.32). Deus quer isto! E você, caro nós obreiros, devemos desjar também

JESUS, 0 SUMO SACERDOTE ETERNO

"Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Hb 4.15).

JESUS, 0 SUMO SACERDOTE ETERNO
"Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Hb 4.15).
1.13 - E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de um vestido comprido, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
14 - E a saa cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;
15 - E os seus pés, semelhantes a latão reluzente como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.
16 - É ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.
17 - E eu, quando o vi, caí, a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendome: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;
18 - E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.
Hb 4.14 - Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
15 - Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
16 - Cheguemos pois com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
8.1 - Ora a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus á destra do trono da majestade,
2 - Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
O QUE JOÃO VÊ ? JOÃO VIU A JESUS GLORIFICADO NO CÉU
Jesus, o Filho do homem, no céu! (Ap 1.13). O mesmo Jesus que morreu, ressuscitou e subiu ao céu, foi agora, em cumprimento de sua própria palavra (Mt 26.64), visto por João, como o Filho do homem. ^2TO corpojglorifleado de Jè--j sus. Jesus apareceu com um corpo glorificado. Essa era a manifestação daquela glória que Ele possuía com seu Pai, antes que o mundo existisse (Jo 17.5), mas que resolvera dela se afastar para vir a este mundo, preferindo a humilhação (Fp 2.6-8).
Deus, porém, o exaltou soberanamente (Fp 2.9,10) e, então, seu rosto brilhava como o sol (Ap 1.16); seus olhos, como chama de fogo (Ap I.14) podiam ver todas as coisas (SI 139.7; Ap 2.23); seus pés reluziam como metal polido (Ap 1.15), simbolizando a plenitude de seu poder (Is 43.13; Lc 1.37), e da sua boca saía uma aguda espada (Ap 1.16), que é a Palavra de Deus (Ap 19.13). O detalhe mais importante desta visão é que Jesus aparece como Sumo Sacerdote, visto de veste^ compridas (Ap 1.13).
 JESUS COMO O SUMO SACERDOTE DO ANTIGO TESTAMENTO
Sacerdote sobre sacerdote. O sumo sacerdote, personagem principal da vida religiosa de Israel, era o superintendente dos demais sacerdotes, sobre eles exercendo autoridade e liderança. Chamado também de príncipe (At 23.5); suas vestes destacavam-no dos demais companheiros (Êx 28).
A competência do sumo sacerdote. A ele cabia ministrar a consagração dos reis (1 Rs 1.32,33), presidir julgamentos (Dt 17.8; Mt 2.6,7) e entrar no Santíssimo uma vez por ano, no dia da grande expiação, com o sangue do sacrifício, ocasião em que trajava uma túnica de linho fino (Lv 16.1-15), semelhante à que Jesus vestia, quando João O viu.
JESUS TAMBÉM, O NOSSO SUMO SACERDOTE O Ungido de Deus.
Na noite em que Jesus nasceu, um anjo proclamou aos pastores a seguinte mensagem:
"Nasceu hoje, Cristo, o Senhor" (Lc 2.9-14). Cristo é um nome grego com o mesmo sentido de MESSIAS, em hebraico. Ambos significam o UNGIDO. No início do seu ministério terreno, Jesus foi ungido pelo poder do Espírito Santo (Lc 3.22). Ele mesmo disse:
"O Espírito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu..." (Lc 4.18). 2. O tríplice ministério dej Cristo. Cristo, o Ungido de Deus (SI 2.2; 45.7; Is 61.1) foi investido por Deus de três ministérios: profeta (Mt 13.57); sacerdote (Hb 3.1-4; 7.27; 8.1,2); e rei (Jo 18.37).
 Ele iniciou seu ministério sacerdotal quando subiu ao Gólgota, e continua a exercê-lo à destra de Deus (Hb 8.1,2), até que seja declarado Rei .
 JESUS CUMPRE OS OFÍCIOS DO SUMO SACERDOTE
 O ofício sacerdotal.
Cabia ao sacerdote levar a vítima do sacrifico ao altar (Lv 4.24). Jesus assim agiu quando de uma vez por todas (Rm 6.10) subiu ao Gólgota e sacrificou a si mesmo (Ef 5.2), como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29; Is 53.10). Deste modo, "tudo está consumado" (Jo 19.30).
 O sangue e o propiciatório. Após o sacrifício, o sumo sacerdote espargia o sangue sobre o propiciatório. Era deste modo que o sumo sacerdote levava a efeito o cerimonial da expiação (Êx 25.22; 'Nm 7.89). Jesus fez o mesmo, pois com seu próprio sangue entrou no santuário do céu (Hb 9.12). Ele é o nosso Propiciatório (Rm 3.24) e a nossa propiciação (1 Jo 2.1,2). Suas feridas falam, no céu, em nosso favor (Ap 5.6). 3. A bênção depois da expiação. Depois da expiação o sacerdote saía para abençoar o povo.
 Assim fez Jesus também. Do céu enviou o Espírito Santo, para habitar junto aos que aceitam a redenção proporcionada pelo seu sangue (Jo 7.38,39; At 2.1-4; 32.33). Assentado à destra de Deus (Hb 8.1,2). Ele intercede por nós (Hb 7.25; Rm 8.34), convidando a todos para se chegarem a Ele a fim de serem ajudados em tempo oportuno, porque se compadece de nossas fraquezas (Hb 4.14-16). Maravilhoso Jesus! ürsp-g -)
.JESUS SUPERVISIONA IGREJAS 1. Jesus conhece a Igreja. Jesus andava entre os sete castiçais, /isto é, no meio das igrejas (Ap 1.13,20), das quais é a cabeça (Ef 1:22,23), o grande Pastor (Hb 13.20) ; e Edificador (Mt 16.18). Ele as conhece nos mínimos detalhes, chegando mesmo a afirmar: "EU SEI as tuas obras" (Ap 2.2,9,13). O Senhor conhece o modo como | seus ministros exercem o ministério (Hb 13.17), e comoçada memljro, anda em sua casacíl Tm 3.15; Ec; 5.1). Ele vê tanto o progresso espiritual dos crentes (Ap 2.14), como os perigos que os ameaçam. 2. Jesus está no meio da Igreja. Jesus, o Onipotente, sempre está em contato com Sua Igreja (Mt 28.20). Como inspecionou as igrejas da Ásia Menor, observa com grande atenção as de hoje. Peçamos, portanto, de coração: "Sonda-me "
QUESTIONÁRIO
Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno" (SI 139.23,24).
O SUMO SACERDOTE CUIDA DOS CASTIÇAIS
No passado.
 No Antigo Testameiíto o cuidado do castiçal estava sob a responsabilidade do sacerdote, que, a cada manhã e tarde, na hora de queimar o incenso, também punha em ordem as lâmpadas (Êx 30.7,8), ocasião em que renovava o azeite (Êx 27.20,21). Com espevitadores e apagadores (Êx 25.38), ele também as mantinha acesas, sem fazer fumaça e sem exalar mau dieiro.
 Na atualidade.
Ê exatamente isto que Jesus, o nosso Sumo Sacerdote, está fazendo.
Quando os crentes "queimam o incenso", isto é, buscam o Senhor em oração (SI 141.2), Ele, então, renova-lhes o azeite que suas lâmpadas consumiram e batiza com o Espírito Santo (At 2.1-4; 4.31; 2 Co 4.16).
 É por meio destes encontros contínuos que nossas lâmpadas se conservarão acesas (Rm 12.11,12).
Jesus deseja também que nossas lâmpadas possam arder, sem que haja fumaça ou mau cheiro. Os espevitadores e apagadores do Antigo Testamento simbolizam a aplicação da doutrina para uso correto dos dons do Espírito Santo. Aquele, pois, cujo pavio está fumegando de meninice ou exageros, deve aprender a brilhar através da sã doutrina, de modo a glorificar a Jesus, beneficiar os pecadores (Fp 2.15) e trazer plena edificação à Igreja (1 Co 14.12).

A IGREJA E O CASTIÇAL DE OURO PURO / QUE SIGNIFICA O CASTIÇAL DE OURO ?

A IGREJA E O CASTIÇAL DE OURO PURO / QUE SIGNIFICA O CASTIÇAL DE OURO ? • O castiçal, como símbolo da Igreja, salienta o dever de todos os seus membros brilharem conjuntamente. • A perda do primeiro amor se constitui um prejuízo enorme, pondo em perigo até a eterna felicidade do crente.

A IGREJA NO APOCALIPSE
Comentário feito pelo ilustre e querido missionário saudoso Eurico Bergstén.
São de inestimável valor á vida de todos aqueles que pronta e decididamente se dispuseram a seguir os passos do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo, mas que está vivo e vive eternamente. Dentro do grande elenco de verdades abordadas neste conjunto de lições, destacam-se as seguintes:
• O castiçal, como símbolo da Igreja, salienta o dever de todos os seus membros brilharem conjuntamente.
 • Jesus, o nosso Sumo Sacerdote eterno, intercede por sua Igreja e lhe garante vitória completa.
• Ao designar os pastores como "anjo da igreja", Jesus mostra a sua confiança neles, bem como a responsabilidade que pesa sobre seus ombros.
• O Espírito Santo comunica, vivifica e aplica a mensagem divina, o que O torna indispensável à vida e progresso da Igreja.
• A perda do primeiro amor se constitui um prejuízo enorme, pondo em perigo até a eterna felicidade do crente.
• Deus permite que venham sofrimentos sobre o crente, mas Ele também tem a autoridade de determinar que eles cessem.
• O crente que se deixa prender ao mundo, perde a comunhão com Deus e o poder para testemunhar de Jesus.
• Qualquer tipo de manifestação espiritual que entre em contradição com a Palavra de Deus, deve ser rejeitado como falso.
• Aquele que, dizendo-se crente, vive em desacordo com a Palavra de Deus, é como o homem que edificou a sua casa na areia.
• Quando sentirmos que temos pouca força em nós mesmos, devemos nos prover do poder de Deus.
• Viver em contínua renovação é o segredo de manter-se a salvo da mornidão espiritual.
• A vitória de Jesus Cristo se constitui a garantia da nossa vitória final.
• Jesus tanto está pronto a ajudar-nos a vencer, como também a recompensar os vencedores. Não prive os seus entes queridos e amigos do direito de serem abençoados por Deus.
A IGREJA COMO UM CASTIÇAL
 "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras eglorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5.16).
 0 castiçal, como símbolo da Igreja, salienta o dever de todos os seus membros brilharem em conjunto.
TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 1.12,13,20; Zc 4.1-4
Ap 1.12 - E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando me, vi sete castiçais de ouro;
13 - E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de um vestido comprido, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
20 - O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.
Zc 4.1 - E tornou o anjo que falava comigo, e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono.
E me disse: Que vês?
 E eu disse: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no. cimo, com as suas sete lâmpadas*, e cada lâmpada posta no cimo tinha sete canudos. 3 - E, por cima, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda. 4 - E falei, e disse ao anjo que falava comigo, dizendo: Senhor meu, que é isto
O CASTIÇAL NO TABERNÁCULO
O tabernáculo, lugar reservado para os israelitas cultuarem a Deus e onde Ele se manifestava (Ex 25.8,9,22), era uma alegoria das coisas presentes (Hb 8.5,6; 9.9). Por sua vez, o castiçal que havia no tabernáculo se constituía num símbolo da Igreja (Ap 1.20).
O castiçal.
O castiçal era uma coluna com pedestal e uma lâmpada em cima. Dele saíam canas de ambos os lados, com uma lâmpada cada, decoradas por copos, maçãs e flores. D ouro foi o material usado na construção de toda a peça (Êx 25.31-36).
 O castiçal e sua finalidade.
O castiçal tinha por única finalidade iluminar o tabernáculo.
Como no tabernáculo não havia janelas, sem o castiçal seria impossível ministrar no Lugar Santo. Suas sete lâmpadas acesas produziam uma luz eficiente e agradável (Êx 25.37). O azeite do castiçal. Para que pudesse alumiar, o castiçal precisava de azeite. Deus ordenou que se produzisse azeite para fazer as lâmpadas arderem continuamente (Êx 27.20,21).
A IGREJA - CASTIÇAL DE DEUS NESTE MUNDO .
 A coluna do castiçal.
 A coluna, com pedestal e lâmpada, simboliza Jesus, que isse,"Eu sou a luz do mundo"  As canas que saíam de ambos os lados, sem pedestal próprio, representam os crentes ligados a Jesus, semelhantes às varas na videira (Jo 15.1-5), tendo-o como seu fundamento (1 Co 3.11).
Cada braço tinha uma lâmpada.
 Isto evidencia que, através da nossa união com Jesus, tornamo nos a luz do mundo".
 A Igreja brilha neste mundo "através de seus membros, nos quais Cristo vive e se manifesta , (G1 2.20).
Para isto, porém, torna-se indispensável que cada crente mantenha seu contato com Jesus "em dia todos os dias", porque assim a influência da Igreja será como lâmpada resplandecente a dissipar as trevas que há neste mundo corrupto e perverso (Fp 2.15).
Certamente, se faltar esta comunhão, ela ficará com sua luz apagada A.
O crente se tornará "Como fonte turva e manancial corrupto..." (Pv 25.26).
 O CASTIÇAL ERA DE OURO PURO
O ouro. Conforme a simbologia bíblica, o ouro representa Deus e as coisas celestiais.
Eliú disse: "O esplendor de ouro vem do norte; pois em Deus há uma tremenda majestade" (Jó 37.22), Tudo, no céu, é de ouro e de cristal (Ap 21.18,21). O ouro é, também, o símbolo da Palavra de Deus (SI 19.10; 119.72,127).
 O ouro na prática da vida Cristã.
 O uso do ouro na construção do castiçal salienta que somente aquilo que o próprio Deus opera em nossa vida espiritual, através de nossa fé nEle e na Sua Palavra, tem valor e peso diante de Sua presença. Deus reconhece como autêntico tudo o que a natureza divina, da qual somos participantes pela salvação (2 Pe 1.4), opera em nós.
Os que estão na carne não podem agradá-lo (Rm 8.8), pois são crentes sem brilho. "Crentes de ouro" brilham com intensidade, não perdem seu valor e nem enferrujam! Que Deus nos ajude a possuir estas características.
A FINALIDADE DO CASTIÇAL iluminar.
O castiçal não estava no tabernáculo simplesmente como adorno, mas com a finalidade exclusiva de alumiar.
Isto nos fala do que Deus espera da Sua Igreja, o castiçal do Novo Testamento. Seu desejo é que ela brilhe, e demonstrando este propósito
 sois a luz do mundo".
 Ainda: "Brilhe a vossãTuz"~~(Ml 5.16; Fp 2.15).
Despertar no crente a consciência do dever de brilhar.
De que maneira podemos brilhar para Jesus? Deixando que a nova natureza (2 Pe 1.4)) nos domine de tal modo, que outros possam ver através da nossa vida Cristo (2 Co 4.10, Estêvão brilhou intensamente quando, na hora de sua morte, orou pelos seus algozes (At 7.55-60).
O crente resplandece também por intermédio de seu testemunho de vida, como cumpridor que é da Palavra de Deus (SI 119.105; Pv 6.23), igualando-se à luz que alumia em "lugar escuro" (2 Pe 1.19).
Um testemunho fervoroso serve como "sinal aberto", a fim de que aquele que se acha pecador entre no caminho que conduz ao céu arrependido.
 CADA BRAÇO DO CASTIÇAL TINHA UMA LÂMPA
Havia seis braços no castiçal, três de cada lado, todos acompanhados de suas respectivas lâmpa- j das (Êx 25.32).
Este detalhe importante destaca três grandes verdades sobre a Igreja.
As sete lâmpadas do castiçal : |Nm 8.2,3).
 Assim como as sete lâmpadas estavam ligadas ao castiçal, também cada crente deve pertencer à Igreja identificar se com ela Pe 2.4,5).
A Bíblia diz que a luz naõ deve ser colocada debaixo da mesa, mas no velador ) (castiçal) para que possa iluminar toda a casa crente que  imagina poder viver desligado da l Igreja, descongregado, desigrejado  labora em  erro e pode sofrer terríveis prejuízos 1 espirituais.
 A missão de cada crente como luz.
Cada crente tem uma missão a cumprir na Igreja. Assim como todos os braços, independentemente de serem mais curtos ou mais compridos, tinham uma lâmpada, Deus também considera cada crente, na Igreja, uma luz, sem olhar para a sua posição social, idade, cultura, cor ou raça. Todos são sacerdotes (1 Pe 2.5; Ap 1.6) e têm uma missão para cumprir (Mc j 13.34).
Deus deu talentos a "cada um segundo sua capacidade" (Mt 25.15). Ninguém, portanto, retroceda porque "se recuar, a minha alma não tem prazer nele" (Hb 10.38), ; assim diz o Senhor.
VI. AS SETE LÂMPADAS PRECISAVAM DE AZEITE PARA ILUMINAR
Deus providenciou azeite (Êx, 27.20,21) e somente este era legítimo.
Azeite estranho produziria "fogo estranho" (Lv 10.1). 1.
O azeite simboliza o Espírito Santo.
O Espírito Santo é que faz a lâmpada do crente arder.
O profeta Zacarias foi despertado e viu, numa revelação, o povo de Deus como um castiçal (Zc 4.1-3). Deus então lhe disse: "Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito" (Zc 4.6), e mostrou a maneira como providenciar azeite para o castiçal (Zc; 4.11-14).
 Deus providenciou azeite para a Sua Igreja.
 A provisão divina de azeite para a Igreja, efetiva-se pela operação do Espírito Santo derramamento.
 A Enchei-vos do Espírito no tempo dos apóstolos, o Espírito Santo operava em toda al sua plenitude, a luz brilhava com tanta intensidade, como em nenhuma outra época. Em poucas décadas o Evangelho se espalhou, alcançando todo o mundo de então.
Busquemos, pois, o azeite da unção do Espírito de Deus, que é oferecido a todos (At 2.39)

Peste negra e a Inquisição / Iniciou-se a Caça aos Recém Convertidos

Peste negra e a Inquisição / Iniciou-se a Caça aos Recém Convertidos. O número de judeus assassinados superou duzentos mil. Quantos judeus morreram na inquisição? Em grandes massas e aos milhares, enfrentaram a morte do martírio. Tudo isso sucedeu no curto espaço entre abril e novembro de 1648.

Peste negra e a  Inquisição
Entre os anos de 1350, irrompeu devastadora a morte negra, uma peste virulenta que matou um terço de toda a população da Europa.
Mais uma vez a superstição, o complexo anti-semita e a ignorância encarregaram-se de lançar toda a culpa da desgraça sobre os judeus. Apesar de o papa Clemente VI inocentar os judeus, afirmando que eles morriam da peste tanto quanto os cristãos, o fanatismo falou mais alto que a razão e a ruína veio como uma tempestade.
Em mais de 350 cidades europeias os infelizes israelitas foram mortos à pauladas, afogados, queimados vivos, enforcados e estrangulados.
 Infamante, sob todos os pontos de vista, foi o martírio dos judeus na Espanha e em Portugal, durante a vigência da Inquisição. Só em Toledo, em poucas semanas, foram queimados vivos 2.400 homens, acusados de infidelidade ao catolicismo.
 Os que se diziam arrependidos da sua falsa conversão alcançavam a "misericórdia"de serem estrangulados antes de atirados às chamas "purificadoras".
Implantado em Portugal em 1536, esse nefasto tribunal agiu contra os judeus com tamanha crueldade que provocou um protesto do papa Paulo II, além de fazer com que o Concilio de Trento se ocupasse da sanha bárbara dos inquisidores lusos.
Mas o ódio aos judeus não começou com a Inquisição nem era uma característica exclusiva dos inquisidores, pois, emanado dos poderes eclesiásticos, ele transbordava nas massas fanatizadas, resultando sempre em sangrentos morticínios.
Eis um exemplo:
Vinte anos antes da instalação da Inquisição em Portugal, D. Manuel, fugindo de terrível peste, dirigiu-se no início de 1516 a Beja, em visita a sua mãe, D. Beatriz. Em Lisboa, onde a peste chegava a matar 230 pessoas por dia, levantavam-se preces públicas, organizavam-se procissões e penitências, implorando em gritos a clemência divina.
 Foi então que a 15 de abril desse mesmo ano ocorreu o conhecido episódio na igreja de S. Domingos, que deu origem à feroz matança dos cristãos novos. Onde os cristãos velhos queriam ver um milagre um raio de luz filtrado pelos vitrais incidira sobre um crucifixo, aureolando o de luminosidade...
Um cristão novo que estava entre os presentes deixou escapar imprudentes frases de incredulidade. A multidão, indignada, logo saltou sobre o blasfemo, arrastando o pelo adro, assassinando-o e queimando lhe o cadáver.
Foi o rastilho!
 Iniciou-se a caça aos recém-convertidos.
 "Heresia! Heresia!" clamava-se.
E o povo arrastado pela exaltação percorria as ruas, praticando cenas horríveis. O motim tornava-se em revolução popular. As marinhagens de muitos navios estrangeiros, fundeados no rio, vieram associar-se à plebe amotinada.
Seguiu-se um longo drama da anarquia.
Os cristãos-novos que perambulavam desprevenidos pelas ruas foram mortos ou mal feridos, arrastados, às vezes semivivos, para as fogueiras que rapidamente se tinham armado, tanto no Rossio como nas ribeiras do Tejo.
Alagaram-se de sangue as ruas.
Queimaram-se casas.
Os cadáveres amontoavam-se em pilhas pela cidade.
 As aterrorizadas vítimas nem mesmo escapavam nos templos aonde se acolhiam na derradeira esperança de se salvarem. Houve saques, violações de mulheres..
 O anti semitismo, todavia, não desapareceu com as cruzadas nem com a Inquisição, mas continuou atuante em muitas partes do mundo.
Nos países do Leste Europeu, os apóstolos da "última fé verdadeira" fizeram inveja aos inquisidores espanhóis e portugueses. As mais cruéis carnificinas, os despedaçamentos e mutilações, o rasgar dos membros, a queima de pessoas vivas, tudo enfim foi feito em nome da religião; as hordas fanatizadas parece que conheciam uma só fórmula: o batismo, ou a morte...
Existem relatos e crônicas dessa época para a leitura dos quais são precisos bons nervos. É natural que a maioria dos judeus recusasse o batismo, com poucas exceções. Como o afirma um de seus historiadores, os judeus não queriam tornar-se cristãos, mas permanecer fiéis ao seu Deus e a sua nobilíssima tradição histórica, ainda que uma tal fidelidade trouxesse consigo o extermínio de seus filhos, a violação e a morte de suas mulheres.
Em grandes massas e aos milhares, enfrentaram a morte do martírio.Tudo isso sucedeu no curto espaço entre abril e novembro de 1648.
 O número de judeus assassinados superou duzentos mil.
Referindo-se a esse sombrio acontecimento, o sábio judeu de Volínia, Natan ben Moshe Hannover, que se salvou fugindo para Amsterdã, publicou em 1653, em Veneza, um relato, em hebraico, informando ao mundo como morriam os judeus na Polônia,à mão dos cossacos e ucranianos:
Arrancavam-lhes a pele, e a carne jogavam aos cães; cortavam lhes as mãos e o pés, e deixavam à morte os corpos assim mutilados; rasgavam as crianças pelas pernas; assavam os bebês e obrigavam as mães a engolir a carne dos seus rebentos; abriam ventres de mulheres grávidas e com o feto que arrancavam batiam no rosto das vítimas; a muitas punham gatos vivos nos ventres abertos, costuravam o corpo com o gato dentro, cortando das mulheres os braços, para que não pudessem arrancar o animal, nem dar cabo de sua existência.
Isso foi em nome da religião e aprovado por dirigentes católicos.

O QUE É UM ODRE ? PARA QUE SERVE O ODRE ?


O odre nada mais é do que o couro das ovelhas que é tirado do animal como se tira uma camisa polo ou uma blusa, apenas cortam nas patas do animal para que ele se solte de seus pés.
Logo após é costurado deixando apenas o gargalo para depositar o líquido em seu interior por uma das pernas onde é colocado e retirado o líquido. O Odre tem um objetivo que esta intimamente ligado ao seu conteúdo. Eles não eram confeccionados para enfeites, mesmo porque de enfeites eles não tinham nada; um odre é um objeto extremamente feio, mas de utilidade única, não existia outro meio para conduzir líquidos na época.
Da mesma forma somos nós, criados por Deus com o proposito de carregar o leite ( alimento), o vinho ( alegria), o oleo ( cura) e a agua ( palavra, limpeza). Estar cheios da vida de Deus para poder saciar a quem necessita.
Para que isso aconteça, não basta simplesmente depositar o conteúdo no odre, pois o couro sem preparação deteriora muito rapidamente e estraga.
Ė necessário colocar o odre na fumaça. Este processo ė utilizado para purificar o couro e impedir sua contaminação com bactérias. Se isso não for feito, o odre terá pouco tempo de vida útil, além de contaminar aqueles que o utilizam.
Talvez você ( assim como eu) estamos vivendo um tempo na fumaça. Fumaça é algo que nos incomoda profundamente, faz nossos olhos lacrimejarem, irrita, mas ela tem uma função: preparar o odre.
Na fumaça, o odre fica parado, sem utilização, sendo curado. Se você ja se sentiu assim, sabe o quanto é desconfortável.
Em Marcos 2:22, Jesus nos fala que não podemos colocar vinho novo em odres velhos, pois ele se romperia. A vida com Deus é uma crescente, uma constante renovação
. Ė provável que você e eu já temos tido varias experiências com Deus, ja experimentou ser usado e recebeu direções e revelações.
Mas o tempo faz com que o odre comece a ressecar, ficar e inflexível, se acomodar. Para não acontecer estragos é necessário um odre novo. Se você está almejando o vinho novo de Deus, não tem como pular etapas. Você tem de ir pra fumaça. Durante este processo, aprendi ( e aprendo) algumas coisas:
É O TEMPO DE VIVER COM O NECESSARIO:
- Não existe abundancia.
- Recursos escassos. -
Nao temos o que queremos, mas temos o que necessitamos
- Lugar de dependência total de Deus: seu talento ou esforço não farão você melhorar sua situação.
LUGAR DE REORGANIZAÇAO DE VALORES E SAIR DA SUPERFICIALIDADE
- Quando estamos em situações de risco ou extremas nós começamos a ver o que realmente importa.
- Oportunidade de nos tornar mais profundos, com raízes mais fortes
VIVER UM DIA DE CADA VEZ
- A porção ė diáría. Como os recursos são escassos devem ser administrados diariamente. Ex: maná
- Ė um tempo de incertezas mas podemos ter a confiança que no tempo de Deus teremos as respostas.
VER A DEUS COM MAIS CONFIANCA
- Para ver milagres primeiro você tera uma grande necessidade. Pendurados na fumaça, nós conseguimos ver Deus se movendo já que nós não conseguimos.
TEMPO DE HUMILHACAO
- Nao tem glorias ou honras. Nao existe posição ou titulo
- Quebra nosso orgulho
- Mostra o que esta escondido no nosso coração
NAO Ė TEMPO DE FICAR PARADO
- Nossa ação fica limitada mas não precisamos ficar parados.
- Fazer o que ė possível. Como eu digo : - " É o q temos para hoje". Ex: Jose serviu na prisão, jeremias no exilio, Jesus no deserto orou e buscou a Deus.
- Ė tempo de preparar fundamentos, trabalhar a ansiedade, servir das formas possíveis mesmo que não estejamos acostumados com elas, ver novos campos de ação, conhecer a si mesmo, buscar a Deus
NOS PREPARA PARA O NOVO DE DEUS
- Nao podemos receber coisas novas com uma mentalidade velha
- As vezes precisamos quebrar alguns conceitos para que Deus consiga fazer o que deseja da nossa vida.
Ė TEMPORARIO
- Entender que não ė ali q devemos ficar eternamente
- Nao resistir ao que Deus deseja fazer ė uma chave p diminuir este tempo.
PODE FALHAR SE NAO COOPERARMOS
- Resistir ao processo faz com que ele seja falho.
- Murmuração, rebeldia, falta de gratidão são receitas certas pra morrer no deserto
- Não tenha medo da vontade de Deus - incredulidade Hb 3:19 ( morreram por causa da incredulidade) 1 jo 4:18 perfeito amor
- Permanecer ligado a videira Jo 15

DEUS LUTA POR ISRAEL A Guerra dos Seis Dias 1967


Naquele tempo, os egípcios serão como mulheres, e tremerão, e temerão por causa do movimento da mão do Senhor dos Exércitos, porque ela se há de mover contra eles. E a terra de Judá será um espanto para o Egito (Is 19.16,17).
Embora a O NU tenha determinado a partilha da Palestina em dois Estados — Israel e Jordânia — os judeus tiveram de garantir o seu direito de propriedade da terra às suas próprias custas. A guerra começou no dia da partida dos britânicos, 14 de maio de 1948, e mais uma vez o pequeno "Davi" teve de defrontar- se com o "gigante Golias". Poucos
acreditavam que o novo Estado durasse duas semanas. Como poderiam setecentos mil judeus, mal armados, proteger cidades desguarnecidas contra mais de trinta milhões de ferozes inimigos equipados com o mais moderno material bélico? Conta se, que os comandantes árabes já escolhiam as casas de Tel-Aviv que pretendiam ocupar. Às tropas foram prometidos os despojos da guerra: mulheres e produto do saque.
Mas nada disso aconteceu.
 Logo tornou-se evidente que na realidade os kibutzim (fazendas coletivas] estavam muito bem colocados, pois formavam uma cadeia de fortins na periferia de Israel. Os acampamentos da fronteiras dividiram-se para uma ação final.
As crianças foram enviadas ao interior do país. Os colonos cavaram redutos subterrâneos [...] Uma história clássica de defesa é a de Negba, no caminho egípcio, no Negueve. O novo kibutz não passava de uma fileira de cabanas à volta de uma torre para água feita de concreto armado, em pleno deserto [...] Foi construída uma completa fortaleza subterrânea, com cozinha, casamatas e um hospital; assessorado por um médicos e quatro enfermeiras.
Totalmente cercados pelo inimigo estava Israel, abastecidos apenas pelos "Piper Cubs", todos os edifícios da superfície arrasados, os defensores de Negba resistiram durante meses e saíram vitoriosos.
Seis mil bombas caíram sobre Negb em um único dia, antes do ataque, na madrugada de 2 de junho, quando apareceram sete tanques egípcios, seguidos por sete carros blindados e dois mil homens. Um par de"Spitfires" tripulados por árabes roncavam sobre suas cabeças; um deles foi abatido a tiros de fuzil. Esperando que os tanques chegassem a uma distância de 200 jardas, os colonos ali habitantes acionaram sua única bazuca.
O primeiro tiro pôs um tanque fora de combate.
 Dois tiros se perderam não atingiram alvos.
Os dois tiros restantes atingiram um tanque cada.
Um outro tanque, a cinco jardas dos defensores, atingidos por granadas de mão explodiu.
Dois outros bateram em minas e explodiram também.
 O último fugiu.
Chegou então a infantaria, e a batalha durou cinco horas.
As perdas foram pesadas, mas Negba agüentou firme.
Os colonos saíam à noite arrastando-se para regar suas mudas. Sua resistência ultrapassou os limites da bravura. Isto foi explicado na frase de guerra "ein brayra" que significa "não há escolha". Os judeus não tinham para onde bater em retirada.
Batidos vergonhosamente em todas as frentes de batalha pelo minúsculo mas heróico povo israelita, os países árabes consolavam-se uns aos outros dizendo que haviam perdido a batalha, mas não a guerra. 
Esta, realmente, transferiu-se dos campos da Palestina para as tribunas das organizações internacionais, de onde a nova nação judaica foi alvo das maiores intrigas e ameaças por parte dos seus inimigos feridos e humilhados.
Acreditando na feroz ameaça de seus irmãos de sangue, muitos árabes residentes em Israel, ao iniciar-se o conflito de 1948, abandonaram o país para que os judeus fossem varridos do mapa. e exterminados.
 Porém, como tal não ocorreu, esses deslocados foram mantidos fora de Israel para fins de propaganda política. Confinados numa área designada pelas Nações Unidas, os refugiados foram alimentados diuturnamente por uma ardilosa campanha anti-semítica e explorados ao máximo pelos inimigos do Estado judeu.
Nasser, o coronel egípcio que se rendeu em 1948 no mesmo local onde Golias caiu diante de Davi, apoderou-se do governo do Egito e tentou unir o seu povo pelo ódio aos judeus, como fizera Hitler na Alemanha.
 Ele instigou seus irmãos refugiados, e desses campos grupos assassinos treinados, chamados fedayrrí, foram enviados ao território de Israel para destruir e matar. Enquanto se multiplicavam os atentados à soberania do novo Estado e à vida de seus cidadãos, agravava-se a guerra fria.
As potências mundiais, extremamente dependentes dos recursos petrolíferos da Mesopotâmia, deixaram-se envolver cada vez mais no problema palestino, sugerindo soluções para a paz e ao mesmo tempo procurando consolidar sua influência na região, através de vasto fornecimento de modernos equipamentos militares.
 Dessa maneira, a situação na Terra Santa transformou-se num perigoso barri! de pólvora. 
Em 1956, todo o ódio árabe, alimentado dia a dia desde 1948, transbordou. Nasser apoderou-se do canal de Suez e ameaçou Israel. Já por diversas vezes gritara ele que haveria de vingar sua derrota de 1948, empurrando os judeus até o mar.
 Mas o primeiro-ministro Ben-Gurion resolveu atacar primeiro, numa rápida e fulminante campanha. E os israelenses, comandados por Moshe Dayan, limparam o Sinai, localizando e destruindo as bases inimigas, onde encontraram vastos depósitos de armas russas.
Seis dias de muita glória
As derrotas de 1948 e 1956 não bastaram para que os povos árabes aceitassem a realidade inegável da existência de Israel como nação e de sua firme determinação de manter a independência do país mesmo às custas de enormes sacrifícios.
Armados pelas grandes potências e estimulados por seus governos belicosos, os árabes, liderados pelo ditador egípcio Gamai Abdel Nasser, planejaram e tentaram, em junho de 1967, a destruição do Estado judeu recém criado.
 Foram seis dias de medo e apreensão em todo o mundo, de terrível surpresa e humilhação para os invasores e de grandes e inesquecíveis glórias para a jovem nação israelense. Em 26 de maio de 1967, Nasser assustou o mundo com uma arrogante ameaça:
 "Nosso objetivo básico é destruir Israel". Falava na qualidade de comandante supremo das numerosas e bem armadas forças árabes. Mas os seus ambiciosos intentos, perfeitamente praticáveis do ponto de vista da lógica humana, não foram alcançados.
Os soldados judeus, constituindo talvez o mais eficiente exército do mundo, enfrentaram heroicamente os inimigos em uma grande e sangrenta batalha, destroçaram por completo o seu moderníssimo equipamento bélico e ampliaram, para quase quatro vezes, o território de seu país.
Os prejuízos sofridos pelos árabes, em preciosas vidas humanas e em caríssimo armamento, foram deveras impressionantes. Nos seis dias de guerra a baixa foi de,  dez mil egípcios, 15 mil jordanianos e milhares de sírios, iraquianos e combatentes de outros países.
 Somente o Egito perdeu quatrocentos aviões, seiscentos tanques e milhares de peças de artilharia, munições, armas leves e veículos, superando o valor de um bilhão e meio de dólares! Em toda a guerra apenas setecentos soldados judeus perderam a vida.
Como a maioria das guerras, a de junho de 1967 foi conseqüência de estimativas mal feitas por vários dos implicados.
Se houve alguma responsabilidade pelas grandes perdas infligidas aos árabes, ela é inteiramente dos soviéticos. Foram os soviéticos que incitaram os árabes a movimentos perigosos.
Como resultado de mais esse confronto bélico, Jerusalém passou inteiramente para o domínio israelita no dia 8 de junho.
A sua reunificação pôs termo a uma série de restrições impostas pelas autoridades jordanianas aos cristãos, como:
1. proibindo a aquisição de terras na cidade ou em seus arredores;
 2. obrigando os membros da Irmandade do Santo Sepulcro a se tornarem cidadãos jordanianos, sendo eles gregos desde o sexto século;
3. exigindo dos cristãos a guarda dos dias de repouso semanal dos muçulmanos;
4.abolindo as isenções de impostos a que tinham direito as instituições cristãs.
Sob o domínio israelense, Jerusalém tornou-se uma cidade aberta, onde há liberdade de culto para todas as religiões, e onde o progresso está presente em todos os setores de sua vida. A cada ano, um número cada vez maior de turistas visitam a cidade.
 Sua população fixa, que era de 165 mil em 1948 e de apenas 261 mil em 1967, subiu para perto de quinhentos mil em 1999, considerando-se toda a área da Grande Jerusalém.
O empenho do governo em proteger os lugares sagrados de Jerusalém pode ser notado em uma lei aprovada em 27 de junho de 1967, segundo a qual os santos lugares seriam protegidos contra qualquer violação, assim como contra qualquer intento de dificultar aos membros das diversas religiões a liberdade de acesso aos lugares que lhes são sagrados ou pelos quais sentem veneração. A profanação dos santos lugares seria punida com até sete anos de prisão.
Tanto antes como durante a Guerra dos Seis Dias, a então União Soviética empenhou-se vigorosamente pela vitória árabe. Aos inimigos de Israel ela forneceu armas e munições em abundância, orientou o seu uso e finalmente empurrou-os para o desastre. Mas a União Soviética não esperava a derrocada de seus aliados e protegidos, e teve de suportar vergonhosamente essa dura realidade.
Moral e psicologicamente, ela também sofreu o revés da guerra. "Proibido para judeus"
Em decorrência da gigantesca campanha empreendida pelos aliados dos países árabes após a derrota destes em 1967, com o fim de obrigar os judeus a um recuo em suas fronteiras de segurança, o jornalista norte-americano Eric Hoffer publicou o seguinte artigo no Los Angeles Times:
Os judeus são um povo singular: coisas permitidas a outras nações são proibidas aos judeus.
 Outras nações expulsam milhares de pessoas e ninguém fala de um problema de refugiados. A Rússia o fez; a Polônia e a Checosiováquia também; a Turquia expulsou um milhão de franceses; a Indonésia mandou embora não se sabe exatamente quantos chineses. E ninguém disse uma palavra sobre refugiados.
 Mas no caso de Israel, os árabes deslocados tornaram-se eternos refugiados.Todo o mundo insiste em que Israel deve trazer de volta cada árabe. Arnold Toynbee considera o deslocamento dos árabes uma atrocidade maior do que as que foram cometidas pelos nazistas. Outras nações, quando vitoriosas no campo de batalha, ditam os termos da paz.
Mas quando Israel vence, deve clamar pela paz. Todo mundo espera que os judeus sejam os únicos verdadeiros cristãos deste mundo.
Outras nações, quando derrotadas, sobrevivem e se recuperam. Mas se Israel tivesse sido derrotada, teria sido destruída e varrida do mapa. Se Nasser tivesse vencido em junho do ano passado [1967], ele teria varrido Israel do mapa e ninguém teria levantado um dedo para salvar os judeus. Nenhum compromisso dos judeus com qualquer governo, incluindo-se o dos Estados Unidos, valeu o papel em que foi escrito.
Há uma grita geral em todo o mundo contra o ultraje quando pessoas são mortas no Vietnã ou quando dois negros são executados na Rodésia.Mas quando Hitler assassinou os judeus ninguém protestou. Os suecos, que estão prontos a romper relações com os Estados Unidos por aquilo que é feito no Vietnã, não se mexeram quando Hitler assassinava judeus. Mandaram para Hitler minério de ferro da melhor qualidade, além de rolamentos, e abasteceram seus trens de tropas que se dirigiam para o Noroeste. Os judeus estão sozinhos no mundo. Se Israel sobreviver será exclusivamente por causa dos esforços judeus. E dos recursos judeus [,..]21
Pela sua eloqüência, a opinião de Eric Hoffer dispensa comentários e expressa uma realidade que já não pode ser negada. Israel precisa viver! Mas acerca desse isolamento de Israel, escreveu um jornalista judeu:
No curto período de nossa história nacional, nós nos acostumamos à idéia de que estamos mais ou menos isolados dentro da família das nações. Tão logo a cortina se ergueu, os ingleses' nos traíram, por uma questão de tradição; depois, foram os russos que passaram para o outro lado do corredor; os franceses nos jogaram um embargo nas costas assim que sentiram uma inebriante aragem de petróleo bruto; e os alemães esfriaram consideravelmente, tão
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logo compreenderam as vantagens inerentes à derrota militar. Quem mais? U Thant nos odiou até a medula dos nossos ossos desde o princípio, por causa de nossas pequenas dimensões, e quanto aos nossos amigos norte-americanos, o ardor deles arrefece assim que as eleições presidenciais se encerram. [...] E agora só nos restam os judeus do mundo.22
Assombro e milagre
As espetaculares vitórias dos judeus têm sido um assombro para o mundo. Como pode uma pequena nação, habitada por menos de três milhões de pessoas, levar à bancarrota nada menos que 14 países aliados, com uma população superior a cem milhões? Nenhuma resposta, fora da Bíblia Sagrada, pode satisfazer plenamente a razão humana.
A Palavra de Deus fala com uma clareza meridiana dos últimos sucessos israelenses no Oriente Médio: E os plantarei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor, teu Deus [Am 9.15], Naquele tempo, os egípcios serão como mulheres, e tremerão, e temerão por causa do movimento da mão do Senhor dos Exércitos, porque ela se há de mover contra eles.
 E a terra de Judá será um espanto para o Egito; todo aquele a quem isso se anunciar se assombrará, por causa do propósito do Senhor dos Exércitos, do que determinou contra eles [Is 19.16,17].
Nesses dois textos, a Palavra de Deus afirma que os judeus seriam plantados na sua terra, de onde não seriam mais arrancados, e que os egípcios seriam como mulheres diante de Israel. Quão à risca essas palavras têm sido
cumpridas! O medo dos soldados egípcios diante do exército israelense tem sido tão grande que, muitas vezes, os judeus não encontraram a mínima resistência. Antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, o otimismo dos árabes era evidente e se manifestava nos discursos de seus chefes.Nasser,discursando a 29 de maio daquele ano, portanto uma semana antes do início do conflito, afirmou solenemente:
O povo árabe tem que lutar. Esperamos o dia propício para estar plenamente preparados. Agora nos sentimos bastante fortes e, se entrarmos na batalha contra Israel, Deus nos ajudará e haveremos de triunfar. Com esta certeza decidimos dar os passos atuais.23
"Atingimos o estágio crucial da guerra", alardeava a rádio do Cairo. A rádio de Amã advertiu os israelenses: "É melhor fugir agora, enquanto não chegamos. Vocês sabem como os árabes exercem a sua vingança. Vocês serão todos mortos; portanto, é melhor abandonar o país agora, enquanto ainda há tempo".24
Nada disso ocorreu. Aluf Shlomo Goren, principal capelão do exército israelita, redigiu uma prece para os soldados judeus recitarem antes dos combates, baseada em passagens bíblicas:
Ouve, ó Israel, hoje vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; que se não amoleça o vosso coração; não temais nem tremais, nem vos aterrorizeis diante deles; pois o Senhor vosso Deus é quem vai convosco, a pelejar contra os que pelejam contra mim.
 Pega do escudo e da rodela, e levanta-te em minha ajuda. Porque eis que teus inimigos se alvoroçam, e os que te aborrecem levantaram a cabeça. Astutamente formam conselho contra o teu povo, e conspiram contra os teus protegidos.
Os judeus foram vitoriosos e muitos voltaram do campo de batalha convertidos e relatando os milagres que tinham visto com os próprios olhos. Um jornal cristão de Jerusalém publicou alguns desses milagres, salientando que, de maneira estranha e inexplicável, centenas de tanques e canhões inimigos nem sequer chegaram a entrar em ação; muitos aviões de combate egípcios não estavam preparados, apesar do alerta total; o radar não funcionava devidamente e, por vezes, o alarme dos ataques aéreos só era ouvido quando as fortalezas voadoras de Israel já haviam atingido os seus objetivos e regressavam ilesas às suas bases.
Muitos soldados contaram que, em situações difíceis, quando já não havia nenhuma possibilidade de sobrevivência,"um varão de branco apareceu por alguns segundos entre as fileiras, e os egípcios, tomados de repentino assombro, fugiram em debandada". Alguns paraquedistas que partiram com a missão de desalojar o inimigo de uma posição estratégica chegaram ao local como turistas, porque os egípcios fugiram sem disparar um só tiro se quer!
Em Sharm-el-Sheik, dois páraquedistas israelenses depararam-se com um enorme tanque egípcio do qual sobressaíam as cabeças de dois soldados.
"Por que será que eles não nos matam disseram para si mesmos?"
 Pensei. "Ou será uma emboscada?
Mas por que fazer uma emboscada, se nos vêem perfeitamente?"
O meu companheiro e eu nos movíamos vagarosamente, cuidadosamente, em direção ao tanque — mas os dois soldados que o tripulavam não se mexiam; pareciam rígidos.
"O que será?
Que aconteceu?"
 Contamos 18 soldados egípcios dentro daquele tanque, e todos estavam vivos e com saúde — e todos eles levantaram as suas armas em rendição a nós!
O tanque estava cheio de armas, canhões carregados e prontos a semear a morte e a destruição. Perguntamos aos soldados por que é que não disparavam. 
"Não podemos explicar", responderam eles. "Quando vimos os soldados israelitas, as nossas mãos ficaram paralisadas — não pudemos mover os dedos — e um medo terrível se apossou de nós. E é só.
O jovem judeu Abraham Eliezer, cristão evangélico, que serviu nessa guerra, testifica:
Antes da Guerra dos Seis Dias, um homem idoso andava pelas ruas de Jerusalém predizendo exatamente o que se iria passar e o dia em que o conflito principiaria. Ele declarou que o Deus de Israel está vivo e que prometeu estar com o seu povo durante a batalha.
A profecia cumpriu-se literalmente.
Deus lutou por Israel na Guerra dos Seis Dias, pois de outra forma nunca poderíamos vencer, tal a desproporção dos exércitos em cena. Depois da guerra, alguns dos meus companheiros disseram-me que as nossas forças haviam avançado com tanta rapidez, em determinada zona, que tomaram um campo de aviação egípcio na península do Sinai, antes de os aliados árabes telefonarem para o campo oferecendo aviões de combate argelinos.
 O nosso oficial respondeu em egípcio, permitindo a aterragem dos aviões.
 Todos eles foram imediatamente capturados.
 O mais interessante — continua Abraham Eliezer — ocorreu na campanha do Sinai com os militares egípcios feitos prisioneiros. Perguntamos a um veterano de guerra egípcio por que motivo desistiram eles com tanta facilidade. Respondeu-nos que tanto ele como seus companheiros tinham visto anjos ao lado dos israelitas.
 Verdadeiramente Deus interveio em defesa da minúscula nação israelense.
A respeito dos inúmeros aparecimentos de objetos voadores não identificados [óvnis], por ocasião das batalhas entre judeus e árabes na Palestina, não deixa de interessar a afirmação de Robert Barry, chefe da divisão de divulgação e diretor do escritório sobre óvnis, num programa de rádio de Yoe, Pensilvânia, EUA, sob o título'A invencibilidade de Israel e dos óvnis":
Deus e seus óvnis, dirigidos por anjos pilotos, ajudaram Israel na vitória sobre os árabes nas quatro guerras de 1947,1956,1967 e 1973.
De fato, a imprensa divulgou que, durante as guerras árabe-israelenses, grande número desses estranhos objetos foram observados no ar, provocando o pânico entre as tropas árabes. Barry conta que mil soldados egípcios se entregaram a cem opositores porque se viram rodeados por milhares de israelenses e por dez tanques.
Os milagres realmente aconteceram no Oriente Médio, em razão da presença ali do povo de Israel. Mesmo não aceitando a informação de que os óvnis realmente existam e sejam pilotados por anjos, temos de reconhecer que houve, de fato, a ocorrência de coisas espantosas em favor dos israelitas, facilitando-lhes as vitórias em todos os campos de batalha. O fortalecimento e florescimento de Israel é hoje uma realidade incontestável e assinala, como o relógio de Deus, a proximidade da vinda de jesus.
Deus guerreou por Israel
E na guerra do Yom Kipur [Dia do Perdão] não aconteceu diferente. Mesmo atacados de surpresa, os judeus assumiram o controle completo da situação, e quase se apoderaram do Egito, não fosse o cessar fogo decretado às pressas pelas Nações Unidas, por insistência do próprio Egito e de seus aliados.
Segundo cálculos do Instituto Estratégico Internacional, sediado em Londres, egípcios e sírios perderam nessa guerra o total de 22 mil homens, tendo o Egito 15 mil mortos e 45 mil feridos, e a Síria, sete mil mortos e 21 mil feridos.
Israel teve 2.812 mortos e 7.500 feridos. A mesma fonte dá conta de que os sírios empregaram entre novecentos e 1.200 tanques e cerca de 45 mil homens contra um destacamento israelense de apenas 4.500 homens e 180 tanques no Golã! Na frente egípcia, a Linha Barlev tinha seiscentos homens apoiados por uma brigada motorizada e cerca de 240 tanques.
As perdas em tanques foram, para os lados: oitocentos israelenses, 650 egípcios e seiscentos sírios. E em aviões: 106 israelenses, 185 sírios e 230 egípcios. Outra fonte informou que, nessa guerra, o Egito lançou setecentos mil homens na batalha, assessorados por 2.500 tanques, 650 aviões e 150 baterias de mísseis antiaéreos.
E, apesar de todo esse gigantesco aparato militar, foram duramente batidos. Levando em conta todo o esforço bélico dos árabes e mais o fator surpresa, muita gente afirmou que só um milagre poderia salvar Israel. E o milagre aconteceu.
 O surpreendente resultado dessa e de outras guerras entre árabes e israelenses não pode ser atribuído somente ao treinamento rigoroso dos batalhões e à eficiência das armas de Israel.
A expansão territorial
A instalação de várias colônias judaicas nos territórios ocupados por Israel, nas últimas guerras, vem trazendo complicações internacionais certamente já previstas pelo governo israelense, pois está sendo considerada uma afronta aos planos de paz na região só poder ser “discutida" após o recuo do Estado judeu às suas linhas demarcatórias de 1948. Israel defende a necessidade de fronteiras seguras para seu país e suas últimas mudanças políticas vie
ram reforçar ainda mais essa posição. Atraiçoado várias vezes por seus vizinhos, abandonado por seus aliados e mais de uma vez deixado à sua própria sorte pelos organismos internacionais, o país hebreu sabe dos riscos que corre e por isso mesmo age segundo o seu próprio critério de segurança. Mas existe outro aspecto do problema palestino, quase sempre desconhecido e negligenciado pelas grandes potências: a escatologia bíblica. Em realidade, a Bíblia não é compulsada pelos políticos em busca de uma resposta aos mistérios que envolvem a descendência de Abraão. Como justificar a sobrevivência desse povo perseguido durante tantos séculos e o seu retorno à Terra Santa, senão pela ação de um Deus eterno? E, para tornar em fato histórico o que prometeu, Deus se serve até mesmo dos inimigos do seu povo, como aconteceu após a Segunda Grande Guerra. A União Soviética, tradicional opressora de três milhões de judeus radicados em seu território, movimentou- se diplomaticamente pela criação do Estado judeu na Palestina, e esse Estado nasceu num só dia, 29 de novembro de 1947, por deliberação da Assembléia Geral da O NU, presidida pelo chanceler brasileiro Osvaldo Aranha.
Cumpria-se Isaías 66.8:"Pode, acaso, nascer uma terra num só dia?"[ARA].
 Como é sabido, a intenção russa na ocasião era a de estabelecer no Oriente Médio uma base de influência via Israel, mas foi frustrada. Então voltou-se para os árabes, armou-os e os empurrou para sucessivas guerras contra os judeus, resultando na ampliação territorial destes em prejuízo daqueles. O povo judeu, amado por Deus por causa das promessas, nunca mais será arrancado da sua terra.
Mas a colonização israelita dos territórios tomados aos árabes não deve ser encarada apenas do ponto de vista da segurança do país judaico, pois tem raízes na profecia bíblica.
A terra dada por Deus aos filhos de ísraei nunca foi por estes ocupada em toda a sua plenitude. Ela é ainda mais extensa do que a atual área sob o domínio israelense, conforme Deuteronômio 1.7.
A Palavra de Deus não falha!

Como Era A Vida Civil De Saulo a Paulo

Como Era A Vida Civil De Saulo a Paulo

Saulo, porém, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao Sumo Sacerdote, e pediram lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, caso encontrasse alguns do Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. Mas, seguindo ele viagem e aproximandose de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu; e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te cumpre fazer. Os homens que viajavam com ele quedaram-se emudecidos, ouvindo, na verdade, a voz, mas não vendo ninguém. Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via coisa alguma; e, guiando-o pela mão, conduziram-no a Damasco (At. 9,1-8). Paulo, nascido com o nome Saulo (Shaul, em hebreu), é uma das figuras mais complexas do Novo Testamento.
Ele nasceu em Tarso (Tersoos) na Cilícia, por volta do ano cinco da nossa era cristã. Esta cidade situava-se  na verdade aos pés das montanhas do Tauro, ao sul da Turquia, na margem do Cidno. Era um importante centro comercial e mercantil, além de sede de uma das grandes universidades da época.
Além de próspera, os habitantes da cidade tinha o privilégio da cidadania romana sem os inconvenientes de uma ocupação militar; esta cidadania, de certa forma, foi de valia para Paulo, em vários momentos de sua vida. A  infância de Saulo não é bem conhecida pelos biógrafos, mas sabe-se que ele foi criado na tradição judaica e conhecia bem as lendas e tradições de seu Tarso, antiga colônia fenícia, foi altamente helenizada sob os Selêucidas.
Sob o comando de Antônio, tornou-se cidade romana e capital da província romana da Cilícia. Em At 22,28 Paulo afirma que tem sua cidadania romana em virtude de seu nascimento. Os fariseus eram extremamente meticulosos no cumprimento da Lei, e Saulo foi criado neste judaísmo severo; portanto, legalmente era um fariseu. Pertencia à linhagem israelita, da tribo de Benjamim. Sua família era de artesãos, fabricantes de tendas.
Saulo falava o grego, o hebraico mishinico e o aramaico. É provável que tenha frequentado a universidade, porque conhecia bastante da filosofia estoica e cínica, bem como a cultura helenística, de um modo geral. Os fariseus eram uma das três grandes seitas judaicas da época; as outras eram os saduceus e os essênios. A seita dos fariseus, cujo nome provém do nome perash, que quer dizer “sepa Paulo, o Apóstolo .
Defendiam a tradição oral e o rigoroso cumprimento da pureza sacerdotal. Eles acreditavam na providência divina e admitiam o livre arbítrio. Acreditavam também  em oposição aos saduceus – na sobrevivência da alma e na recompensa após a morte.
 Os mais sábios procuravam interpretar a Lei (Torá), e foram de sua classe que se originaram os rabinos.
Em virtude de sua arraigada adesão à tradição, opuseram-se com violência aos ensinamentos de Jesus, o que explica o zelo fervoroso de Saulo contra os cristãos. Os saduceus – classe que devia prover os sacerdotes legítimos do Templo, embora isto nem sempre tenha ocorrido – e cujo nome provém de Sadoq, eram de tendência helenística e pertenciam à alta aristocracia. Possuíam uma tradição (halaká) baseada unicamente no Pentateuco.
 Não aceitavam facilmente os profetas e seguiam estritamente a Torá (a “estrita observância”), no que se refere ao culto e ao sacerdócio; eram, então, bastantes conservadores em matéria legal e ritual, não admitindo interpretações da Lei. Contra os fariseus, negavam a imortalidade da alma e a ressurreição. Representavam o poder, a riqueza e a nobreza. Para eles, a santidade e a pureza só se exigiam no recinto do Templo. Os essênios, (eseos ou essenoi), por sua vez, eram uma seita esotérica (ou seja, cujos ensinamentos se destinam apenas aos “iniciados”), ligada ao gnosticismo e a vários movimentos esotéricos batistas, na Síria e na Palestina. Sofreram forte influência dos
mistérios órfico-pitagóricos e do neopitagorismo (Josefo diz que sua forma de vida imitava o que os gregos aprenderam de Pitágoras). Eram bem mais rigorosos que os fariseus e saduceus, tanto em seus ensinamentos religiosos quanto em seu estilo de vida, dominado pelo ascetismo (abstinência, autodisciplina, modéstia, discrição e pureza corporal e espiritual).
 Outras facções judaicas conhecidas eram os “zelotes”, ou “zeladores”, ou “sicários”, que não formavam uma seita religiosa, e sim um movimento político clandestino que lutava contra a dominação do Império de Roma; e os levitas, descendentes de Levi, terceiro filho de Jacó, aos quais cumpria exercer tradicionalmente o sacerdócio e outras funções pertinentes ao culto, bem como cuidar da vigilância do santuário.
O estoicismo foi fundado por Zenão, por volta de 300 A.C. e sua linha de pensamento afirmava o primado da moral sobre os problemas teóricos. Tinha por meta uma vida contemplativa, distante dos problemas e cuidados da vida comum.
Punha a razão acima das emoções e dizia que o mundo e todas as coisas deste são regidos por uma Razão divina, segundo uma ordem necessária e perfeita. O estoicismo romano (com Epíteto) é uma das primeiras manifestações filosóficas pela qual se colocava como meta fundamental a salvação da alma.
A escola cínica, por sua vez, afirmava que o único fim do homem era a felicidade, e que esta estava unicamente na virtude de Paulo, as comodidades e os prazeres da vida comum, bem como as convenções humanas, em geral.
A filosofia judaica, que Paulo com certeza conheceu, sofreu forte influência do neoplatonismo, do aristotelismo e do Apóstolo Paulo. Aliás, a cidade de Tarso, nesta época, era famosa por seus mestres de filosofia.
 Estrabão chegava a colocá-la acima até de Atenas e de Alexandria, e o famoso filósofo Atenodoro, que foi instrutor do imperador Augusto, nasceu lá. Além das práticas religiosas judaicas, é provável que Saulo conhecesse também algo dos chamados mistérios que eram cultos fechados aos profanos. Estes cultos antigos estavam espalhados por toda a região; havia, dessa maneira, múltiplas influências religiosas na cidade, mas Saulo era bastante apegado à sua tradição religiosa, e não se deixou influenciar. Como faziam todos os pais que se interessavam pelo futuro de seus filhos, também os pais de Saulo resolveram que ele se tornaria um rabino.
 Sendo assim, com 14 anos ele foi mandado para Jerusalém. Lá, onde morou na casa de sua irmã, a sua educação foi completada pelo médico grego Gamaliel, discípulo de Hillel.
 Seus estudos com Gamaliel e sua familiaridade com a lei de Moisés o levaram a inflamar o seu zelo contra os “Sectários do Caminho os cristãos”, como eram chamados os seguidores de Jesus. Não se sabe se Saulo estava em Jerusalém, por ocasião do julgamento e crucificação de Jesus.
 Mas ele sabia muito bem da existência dessa nova seita funda por Jesus, e o seu furor voltou-se contra ela.
Em razão da rápida conversão de cerca de três mil pessoas, devido a uma pregação de Pedro logo após a crucificação, a intolerância contra os convertidos aumentou, e Saulo logo se colocou à frente dos arrebatados fariseus perseguidores para perseguir os seguidores de Jesus.