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COMO ERA A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO ?

. A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO. Cordeiro de Deus. A queda do homem.  A natureza do sacrifício..  A idolatria não era meramente uma questão intelectual; a adoração da natureza, que é a base da maioria das religiões pagãs, conduziu o homem a deificar (fazer deuses de) suas próprias concupiscências, e o resultado foi a corrupção moral.

A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
Por que gastar tempo e espaço para descrever os sacrifícios do Antigo Testamento?
Pela simples razão de que na palavra "sacrifício" temos a chave para o significado da morte de Cristo. Muitas teorias modernas têm surgido para explicar essa morte mas qualquer explicação que deixe de fora o elemento da expiação é antibíblica, porque nada é mais assinalado no Novo Testamento que o uso de termos sacrificais para expor a morte de Cristo.
Descrevê-lo como "o Cordeiro de Deus", dizer que o seu sangue limpa o pecado e compra a redenção, ensinar que ele morreu por nossos pecados, tudo isso é dizer que a morte de Jesus foi um verdadeiro sacrifício pelo pecado.
A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO.
Visto que a morte de Jesus é descrita em linguagem que lembra os sacrifícios do Antigo Testamento, um conhecimento dos termos sacrificais ajuda grandemente na sua interpretação. Porque os sacrifícios (além de proverem um ritual de adoração para os israelitas) eram sinais ("tipos") proféticos que apontavam para o sacrifício perfeito; por conseguinte, um claro entendimento do sinal conduzirá a um melhor conhecimento daquele que foi sacrificado.
Esses sacrifícios não somente eram proféticos em relação a Cristo, mas também serviam para preparar o povo de Deus para a dispensação melhor que seria introduzida com a vinda de Cristo. Quando os primeiros pregadores do Evangelho declararam que Jesus era o Cordeiro de Deus cujo sangue havia comprado a redenção dos pecados, eles não precisaram definir esses termos aos seus patrícios, porquanto estavam eles familiarizados com tais termos.
A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO.
Nós, entretanto, que vivemos milhares de anos depois desses eventos, e que não fomos educados no ritual mosaico, necessitamos estudar a cartilha, por assim dizer, pela qual Israel aprendeu a soletrar a grande mensagem da redenção, mediante um sacrifício expiatório. Tal é a justificação para esta secção sobre a origem, história, natureza, e eficácia do sacrifício do Antigo Testamento.
A origem do sacrifício.
 Foi ordenado no céu.
A Expiação não foi um pensamento de última hora da parte de Deus.
 A queda do homem não o apanhou de surpresa, de modo a necessitar de rápidas providências para remediá-la. Antes da criação do mundo, Deus, que conhece o fim desde o princípio, proveu um meio para a redenção do homem, casa fosse necessário.
 Como uma máquina é concebida na mente do inventor antes de ser construída, do mesmo modo a expiação estava na mente e no propósito de Deus, antes do seu cumprimento. Essa verdade é afirmada pelas Escrituras. Jesus é descrito como o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. (Apoc. 13:8).
A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO.
O Cordeiro Pascal era preordenado vários dias antes de ser sacrificado (Êxo. 12:3, 6); assim também Cristo, o Cordeiro imaculado e incontaminado, foi "conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vos" (1Ped. 1:19, 20). Ele comprou para o homem a vida eterna, a qual Deus "prometeu antes dos tempos dos séculos" (Tito 1:2).
Que haveria um grupo de pessoas santificadas por esse sacrifício, foi decretado "antes da fundação do mundo" (Efés 1:4). Pedro disse aos judeus que apesar de terem, na sua ignorância, crucificado a Cristo com mãos ímpias, sem dúvida haviam cumprido o plano eterno de Deus, pois Cristo foi "entregue pelo poder do conselho e presciência de Deus" (Atos 2:23). É evidente, pois, que o Cristianismo não é uma religião nova que começou há mil e novecentos anos, mas, sim, a manifestação histórica de um propósito eterno.
 Instituído na terra. 
Visto como centenas de anos haviam de passar antes da consumação do sacrifício, que deveria fazer o homem pecador?
 Desde o princípio Deus ordenou uma instituição que prefigurasse o sacrifício e que fosse também um meio de graça para os arrependidos e crentes.
Referimo-nos ao sacrifício de animais, uma das mais antigas instituições humanas. A primeira menção de um animal imolado ocorre no terceiro capítulo de Gênesis.
Depois que pecaram, os nossos primeiros pais se tomaram conscientes da nudez física — o que era uma indicação exterior da nudez da consciência. Seus esforços em se cobrirem exteriormente com folhas e interiormente com desculpas, foram em vão.
Lemos então que o Senhor Deus tomou peles de animais e os cobriu.
Apesar de o relato não declarar em palavras que tal providência fosse um sacrifício, sem dúvida, meditando no significado espiritual do ato , não se pode evitar a conclusão de que temos aqui uma revelação de Jeová , o Redentor, fazendo provisão para redimir o homem.
Vemos uma criatura inocente morrer para que o culpado seja coberto; esse é o propósito principal do sacrifício  uma cobertura divinamente provida para uma consciência culpada. O primeiro livro da Bíblia descreve uma vitima inocente morrendo pelo culpado, e o último livro da Bíblia fala do Cordeiro sem mancha, imolado, para livrar os culpados de seus pecados (Apoc. 5:6-10).
 A natureza do sacrifício.
A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO.
Esta instituição original do sacrifício muito provavelmente explica por que a adoração expiatória tem sido praticada em todas as épocas e em todos os países. Apesar de serem perversões do modelo original, os sacrifícios pagãos baseiam-se em duas idéias fundamentais: (coração e expiação).
 O homem reconhece que está debaixo do poder de uma deidade tendo certos direitos sobre ele.
Como reconhecimento desses direitos, e como sinal de sua submissão, ele oferece uma dádiva ou um sacrifício.
Freqüentemente, entretanto, tomando-se consciente de que o pecado perturba a relação, instintivamente ele reconhece que o mesmo Deus que o fez, tem o direito de destruí-lo, a não ser que algo seja feito para restaurar a relação interrompida.
Uma das crenças mais profundas e firmes da antiguidade era que a imolação de uma vitima e o derramamento de seu sangue afastariam a ira divina e assegurariam o favor de Deus.
Mas como aprenderam isso? 
Paulo nos diz que houve um tempo "quando conheciam a Deus" (Rom. 1:21). Assim como o homem decaído leva as marcas da origem divina, também os sacrifícios pagãos levam algumas marcas de uma original revelação divina. Depois da confusão de línguas (Gên. 11:1-9) os descendentes de Noé espalharam-se por todas as partes, levando consigo o verdadeiro conhecimento de Deus, porquanto até então não havia registro de idolatria. O que ocorreu no transcurso do tempo é brevemente descrito em Romanos 1:19-32.
As nações se afastaram da adoração pura de Deus e cedo perderam de vista sua gloriosa divindade. O resultado foi a cegueira espiritual. Em lugar de verem a Deus por meio dos corpos celestes, começaram a adorar esses corpos como deidades; em vez de verem o Criador por meio das árvores e dos animais, começaram a adorá-los como deuses; em vez de reconhecerem que o homem foi feito a imagem de Deus, começaram a fazer um deus da imagem do homem. Desse modo a cegueira espiritual conduziu à idolatria.
 A idolatria não era meramente uma questão intelectual; a adoração da natureza, que é a base da maioria das religiões pagãs, conduziu o homem a deificar (fazer deuses de) suas próprias concupiscências, e o resultado foi a corrupção moral.
Todavia, apesar dessa perversão, a adoração do homem tinha leves indícios que indicavam ter havido um tempo quando ele entendia melhor as coisas.
Através das idolatrias do Egito, Índia e China, descobre-se uma crença em um Deus verdadeiro, o Espírito eterno que fez todas as coisas. Quando a escuridão espiritual cobriu as nações, como a corrupção moral havia coberto o mundo antediluviano, Deus começou de novo com Abraão, assim como havia feito previamente com Noé.
O plano de Deus era fazer de Abraão o pai de uma nação que restauraria ao mundo a luz do conhecimento e a glória de Deus.
No Monte Sinai, Israel foi separado das nações, para ser uma nação santa. Para dirigi-los na vida de santidade, Deus lhes deu um código de leis que governaria sua vida moral, nacional e religiosa. Entre essas leis estavam a do sacrifício (Lev. capítulos 1 a 7) as quais ensinavam à nação a maneira correta de aproximar-se de Deus e adorá-lo.
As nações tinham uma adoração pervertida; Deus restaurou em Israel a adoração pura. Os sacrifícios mosaicos eram meios pelos quais os israelitas rendiam ao seu Criador a primeira obrigação do homem, a saber, a adoração.
Tais sacrifícios eram oferecidos com o objetivo de alcançar comunhão com Deus e remover todos os obstáculos que impediam essa comunhão. Por exemplo, se o israelita pecasse e dessa maneira perturbasse a relação entre ele e Deus, traria uma oferta pelo pecado o sacrifício de expiação. Ou, se tivesse ofendido ao seu próximo, traria uma oferenda pela culpa o sacrifício de restituição. (Lev. 6:1-7). Depois que, estava de bem com Deus e com os homens e desejava reconsagrar-se, oferecia uma oferta queimada (holocausto) — o sacrifício de adoração (Lev. capítulo 1) Estava então pronto para desfrutar de uma feliz comunhão com Deus, que o havia perdoado e aceito; portanto, ele apresentava uma oferenda de adoração — sacrifício de comunhão. (Lev. capítulo 3).
 O propósito desses sacrifícios cruentos cumpre-se em Cristo, o sacrifício perfeito. Sua morte é descrita como morte pelo pecado, como ato de levar o pecado (2 Cor. 5:21) Deus fez da alma de Cristo uma oferta pela culpa do pecado (tal é a tradução literal); ela pagou a dívida que não podíamos pagar, e apagou o passado que não podíamos desfazer.
Cristo é a nossa oferenda queimada (holocausto), porque sua morte é exposta como um ato de perfeito oferecimento próprio (Heb. 5:15; Efés. 5:). Ele é a nossa oferta de paz. porque ele mesmo descreveu sua morte como um meio para se participar (ter comunhão com) da vida divina. (vide Lev. 7.15, 20.)
A eficácia do sacrifício. 
Até que ponto os sacrifícios do Antigo Testamento foram eficazes?
Asseguravam realmente perdão e pureza?
Que benefícios asseguravam para o ofertante?
Essas perguntas são de verdadeira importância, e estaremos respondendo, porque, comparando e contrastando os sacrifícios levíticos com o sacrifício de Cristo, podemos compreender melhor a eficácia e finalidade do último.
Este tema é tratado na carta aos Hebreus na Bíblia Sagrada. 
O escritor dirige-se a um grupo de cristãos hebreus, os quais, desanimados pela perseguição, são tentados a voltar ao Judaísmo e aos sacrifícios do templo. As realidades nas quais eles criam são invisíveis, ao passo que o templo com seu ritual parece tangível e real.
A fim de evitar que tomassem tal decisão, o escritor faz a comparação entre o Antigo e o Novo Concertos, sendo imperfeito e provisório o Antigo, mas perfeito e eterno o Novo. Voltar ao templo e ao seu sacerdócio e sacrifício seria desprezar a substância preferindo a sombra, o perfeito pela imperfeição. O argumento é o seguinte: o
O Antigo Concerto era bom, na medida de sua finalidade e para o seu determinado propósito ao qual foi constituído; mas o Novo Concerto é melhor.
(a) Os sacrifícios do Antigo Testamento eram bons.
Se não fossem, não teriam sido divinamente ordenados. Eles eram bons no sentido de terem cumprido um determinado propósito incluído no plano divino, isto é, um meio de graça, para que aqueles do povo de Jeová que haviam pecado contra ele pudessem voltar ao estado de graça, serem reconciliados, e continuarem no gozo de comunhão com ele.
 Quando o israelita havia fielmente cumprido as condições, então podia descansar sobre a promessa; "o sacerdote por ele fará expiação do seu pecado, e lhe ser perdoado" (Lev. 4:26). Quando um israelita esclarecido trazia oferta, estava ele cônscio de duas coisas: primeira, que o arrependimento em si não era o suficiente; era indispensável uma transação visível que indicasse o fato de ser removido o pecado. (Heb. 9:22).
 Mas por outro lado, ele aprendia com os profetas que o ritual sem a correta disposição interna do coração também era mera formalidade sem valor. O ato de sacrifício devia ser a expressão externa dos sacrifícios internos de louvor, oração, justiça e obediência — sacrifícios do coração quebrantado e contrito. (Vide Sal. 26:6; 50:12-14; 4:5; 51:16; Prov. 21:3; Amós 5:21-24; Miq. 6:6-8; Isa. 1:11-17.) "O sacrifício (oferta de sangue) dos ímpios é abominação ao Senhor", declarou Salomão (Prov. 15:8). Os escritores inspirados, em termos claros externaram o fato de que as "emoções ritualistas não acompanhadas de emoções de justiça eram devoções inaceitáveis".
[b) O sacrifício único do Novo Testamento é melhor.
Embora reconhecessem a divina ordenação de sacrifícios de animais, os israelitas esclarecidos certamente compreendiam que esses animais não podiam ser o meio perfeito de expiação.
1) Havia grande disparidade entre um irracional e irresponsável e o homem feito à imagem de Deus. Era evidente que o animal não constituía sacrifício inteligente e voluntário. Não havia nenhuma comunhão entre o ofertante e a vítima.
Era evidente que o sacrifício do animal não podia comparar-se em valor à alma humana, nem tampouco exercer qualquer poder sobre o homem interior. Nada havia no sangue da criatura irracional que efetuasse a redenção espiritual da alma, a qual somente seria possível pela oferta duma vida humana perfeita. O escritor inspirado externou o que certamente foi a conclusão à qual chegaram muitos crentes do Antigo Testamento, quando disse: "Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados" (Heb. 10:4).
Quando muito, os sacrifícios eram apenas meios temporários e imperfeitos de cobrir o pecado até que viesse uma redenção mais perfeita. A lei levou o povo à convicção dos pecados (Rom. 3:20), e os sacrifícios tornaram inoperantes esses pecados de forma que não podiam provocar a ira divina.
2) Os sacrifícios de animais são descritos como "ordenanças carnais", isto é, são ritos que removeram contaminações do corpo, e expiaram atos externos do pecado (Heb. 9:10) mas em si mesmos nenhuma virtude espiritual possuíam "... o sangue dos touros e bodes... santifica, quanto à purificação da carne" (Heb. 9:13); isto é, fizeram expiação pelas contaminações que excluíam um israelita da comunhão na congregação de Israel.
Por exemplo, se a pessoa se contaminasse fisicamente seria considerada imunda e cortada da congregação de Israel até que se purificasse e oferecesse sacrifício (Lev. 5:1-6); ou se ofendesse materialmente seu próximo, estaria sob a condenação até que trouxesse uma oferta pelo pecado (Lev.6:1-7).
No primeiro caso o sacrifício purificava a contaminação carnal; no segundo, o sacrifício fazia expiação pelo ato externo mas não mudava o coração). O próprio Davi reconheceu que estava preso por uma depravação da qual os sacrifícios de animais não o podiam libertar (Sal. 51:16; vide 1Sam. 3:14}; ele orou a Deus pedindo a renovação espiritual que sacrifícios não podiam proporcionar (Sal 51:6-10).
3) A repetição dos sacrifícios de animais denuncia a sua imperfeição; não podiam aperfeiçoar o adorador (Heb. 10:1, 2), isto é, não podiam dar-lhe uma posição ou relação perfeita perante Deus, sobre a qual pudesse edificar a estrutura do seu caráter. Não podia experimentar de uma vez para sempre uma transformação espiritual que seria o inicio duma nova vida.
4) Os sacrifícios de animais eram oferecidos por sacerdotes imperfeitos; a imperfeição de seu ministério era indicada pelo fato de que não podiam entrar a qualquer hora no Santo dos Santos, e, portanto, não podiam conduzir o adorador diretamente à divina presença.
"Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto..." (Heb. 9:8).
O sacerdote não dispunha de nenhum sacrifício pelo qual pudesse conduzir o povo a uma experiência espiritual com Deus, e dessa forma tomar o adorador perfeito "quanto à consciência" (Heb. 9:9). Ao ser interpelado o israelita espiritual com respeito às suas esperanças de redenção, ele diria, à luz do mesmo discernimento que o fez perceber a imperfeição dos sacrifícios de animais, que a solução definitiva era aguardada no futuro, e que a perfeita redenção estava em conexão, de alguma maneira, com a ordem perfeita que se inauguraria à vinda do Messias. Em verdade, tal revelação foi concedida a Jeremias.
 Esse profeta havia desanimado de crer que o povo seria capaz de guardar a lei; seu pecado fora escrito com pena de ferro (Jer. 17:1), seu coração era enganoso e mau em extremo (Jer. 17:9).
Não podiam mudar o coração como o etíope não podia mudar a cor de sua pele (Jer. 19:23); tão calejados estavam e tão depravados eram, que os próprios sacrifícios não lhes podiam valer (Jer. 6:20).
Na realidade, haviam-se esquecido do propósito primordial desses sacrifícios.
Do ponto de vista humano o povo não oferecia nenhuma esperança, mas Deus confortou a Jeremias com a promessa da vinda dum tempo quando, sob uma nova aliança, os corações do povo seriam transformados, quando haveria então uma perfeita remissão dos pecados (Jer. 31:31-34). "Porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.
" Em Heb. 10:17, 18 encontramos a inspirada interpretação dessas últimas palavras em que se concretizaria uma redenção perfeita mediante um sacrifício perfeito que dava a entender que os sacrifícios de animais haviam de desaparecer. (Vide Heb. 10:6-10.)
 Por meio desse sacrifício o homem desfruta duma experiência "uma vez para sempre" que lhe dá uma aceitação perfeita perante Deus.
O que não se conseguiu pelos sacrifícios da lei obteve-se pelo perfeito sacrifício de Cristo.
"E assim o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus..." (Heb. 10:11, 12).
5) Resta uma questão a ser considerada. é certo que havia pessoas verdadeiramente justificadas antes da obra expiatória de Cristo.
 Abraão foi justificado pela fé (Rom. 4:23) e entrou no reino de Deus (Mat. 8:11; Luc. 16:22); Moisés foi glorificado (Luc. 9:30, 31); e Enoque e Elias foram transladados. Sem dúvida houve muitas pessoas santas em Israel que alcançaram a estatura espiritual desses homens dignos. Sabendo que os sacrifícios de animais eram insuficientes, e que o único sacrifício perfeito era o de Cristo, em que base então foram salvos esses santos do Antigo Testamento?
Foram salvos por antecipação do futuro sacrifício realizado. A prova dessa verdade encontra-se em Heb. 9:15 (vide também Rom. 3:25), que ensina que a morte de Cristo era, em certo sentido, retroativa e retrospectiva; isto é, que tinha uma eficácia em relação ao passado. Hebreus 9:15 sugere o seguinte pensamento: a Antiga Aliança era impotente para prover uma redenção perfeita. Cristo completou essa aliança e inaugurou a Nova Aliança com a sua morte, a qual efetuou a "redenção das transgressões que estavam debaixo do primeiro testamento".
Isso significa que Deus, ao justificar os crentes do Antigo Testamento, assim o fez em antecipação da obra de Cristo, "a crédito", por assim dizer; Cristo pagou o preço total na cruz e apagou a dívida. Deus deu aos santos do Antigo Testamento uma posição, a qual a Antiga Aliança não podia comprar, e assim o fez em vista duma aliança vindoura que podia efetuar.
Se perguntassem aos crentes do Antigo Testamento se durante a sua vida gozaram dos mesmos privilégios que aqueles que vivem sob o Novo Testamento, a resposta seria negativa. não havia nenhum dom permanente do Espírito Santo (João 7:39) que acompanhasse seu arrependimento e fé; não gozavam da plena verdade sobre a imortalidade revelada por Cristo (2 Tim. 1:10), e, de modo geral, eram limitados pelas imperfeições da dispensação na qual viviam. O melhor que se pode dizer é que apenas saborearam algo das boas coisas vindouras.

Quais São as Sete Dispensações? Alianças Da Bíblia.

SETE DISPENSAÇÕES, Dispensacionalismo, As alianças de Deus, O que é o aliancismo?  hermenêutica, Pacto mosaico, 613 leis dos judeus, ESCATOLOGIA

A doutrina das dispensações e alianças da Bíblia. 
Usando como base este essa linha de pensamento, nós Dispensacionalistas entendemos que a Bíblia seja organizada em sete dispensações distintas, das quais a última será o milênio, isso é segundo a maioria dos eruditos estudiosos Bíblicos:
Ao dividir os tempos na Bíblia, é importante levar em conta o 

Dispensacionalismo

 para entender os planos de Deus para o mundo.

 Inocência (Gênesis 1:1- 28 a 3.6), não há muito o que descrever eles eram inocente. Foi quando Adão foi criado e deixado no jardim.

-Consciência (Gênesis 3:7 a 8:14), aqui descreve do momento em que desobedeceu a Deus até o  dilúvio. Podemos encontrar essa lacuna de tempo em Romanos 2.15 que descreve o tempo entre a quieda e o dilúvio. 

- Governo Humano (Gênesis 08:15 a Gênesis  11:09).
 Depois do grande diluvio Deus disse que não julgaria mais os humanos assim. então foi estabelecido um governo humano para tocar o planeta, sob os  conselhos de Deus  para refrear a maldade na terra.

- Promessa (Gênesis 11:10 a João 18:27). Esse tempo é determinado pelo chamado de Abraão e pela promessa de Deus feita a ele e a seus descendentes físico ou sua linhagem. 

-Lei (Êxodo 19:1 a João 14.30, Atos 2.1).  
Israel não foi e nunca será salvo por guardar a Lei que consta na Torá. A Lei governaria e séria arbitro na vida dos hebreus até nascer Jesus e fundar a igreja.  Compreendemos esse período que vai da chamada de Abraão até a fundação da igreja . A torá apenas mostrava como eles deveriam viver como povo de Deus. A lei era temporária e viria a se cumprir em Cristo por ocasião da sua encarnação no ventre de Maria. 


Graça (Atos 2:1 até Apocalipse 19:21). Seria a lei da vida convertida em graça, pela qual Ele Jesus salva os humanos. Porque cristo derrotou a morte e deu a vida eterna aos que o aceitarem. 
E que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho; 2 Timóteo 1:10.

Reino Milenar (Apocalipse 20:4 a  20:6). 
Mais uma vez, estas dispensações são disciplinas  para a salvação dos humanos, são maneiras pelas quais Deus interage com os humanos para serem salvos, salvá-los da condenação do inferno, e manter a ordem no planeta, até o milênio final. A partir daqui deus conduz a eternidade para o seu mundo e galáxias. Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. 1 Coríntios 15:24.

O Dispensacionalismo, como um sistema, resulta em uma interpretação pré-milenar da Segunda Vinda de Cristo Jesus CRisto, e geralmente uma interpretação pré-tribulacional do Arrebatamento da igreja.
No ciclo da história humana, a Bíblia trata de  pelo menos sete dispensações e oito alianças entre Deus e os homens para salvação. 
Na doutrina das dispensações e alianças é justo incluir o estudo das eras bíblicas, dos tempos do fim   biblicamente didático.
 Sendo o Movimento Pentecostal um movimento do Espírito Santo, é de se esperar que o conhecimento escatológico seja aprofundado com o mover do Espírito Santo.
 Que neste movimento haja uma maior compreensão, uma maior visão introspectiva da escatologia bíblica pentecostal e teológica tradicional, pois "Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus" (1 Co 2.10). 
Do Consolador que desceria sobre a Igreja,  do qual Jesus falou: 
" Mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir" (Jo 16.13).
Lembremo-nos de que ao profeta Daniel da Bíblia, foi dito que selasse as revelações escatológicas, porque o tempo do seu cumprimento estava ainda mui distante (Dn 8.26; 12.3,9), mas para nós da época da Igreja, a mensagem quanto a essas revelações é a de Apocalipse 22.10: "Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo". O estudo de Escatologia que temos hoje aqui no blogger é o mais sintético possível para melhor assimilação do internauta.
 É, sem modéstia nossa, um estudo superficial. Confesso com franqueza que desconheço a interpretação de inúmeras passagens escatológicas. Nesse particular, tenho ensinado minha língua a dizer "Não sei." e "Aguarde." "Porque agora, vemos como em espelho, obscuramente; então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido" (1 Co 13.12).
A Escatologia Bíblica se estuda, e procura se aproximar o mais perto possível dos fatos sobre a morte, o estado intermediário, dos justos e injustos, da vinda de Jesus, das ressurreições, do mundo espiritual, dos juízos, do Milênio, etc. 
A maioria desses assuntos são tratados em livros e reuniões de estudos bíblicos e por isso daremos destaque da vinda de Jesus e sua portentosa série de eventos. Daí prosseguiremos, tratando do Milênio, da revolta de Satanás, do julgamento dos mortos ímpios, da expurgação dos céus e terra, e
Acesse os links aqui contidos para estes assuntos.


Grafico Das Setenta Semanas Profética De Daniel


O Que Jesus Queria Dizer Com Arrancar o Olho

Uma ilustração: adultério.  Jesus indica que o pecado descrito em Êx. 20:14 tem raízes mais profundas que o ato declarado. Qualquer que olhar caracteriza o homem cujo olhar não está controlado por uma santa reserva e que forma o desejo impuro de concupiscência por determinada mulher.  O ato será consumado quando houver oportunidade.  Olho direito.

Uma ilustração: adultério. 
Jesus indica que o pecado descrito em Êx. 20:14 tem raízes mais profundas que o ato declarado.
Qualquer que olhar caracteriza o homem cujo olhar não está controlado por uma santa reserva e que forma o desejo impuro de concupiscência por determinada mulher comete adúltero. Esse comete adúltero, não é na hora de olhar, mas mostra que ele é adultero, uma vez que está a cobiçar, então deve arrancar o olho, ou se fingir de sego.. 
O ato será consumado quando houver oportunidade. 
Olho direito. 
Para o homem que culpar o seu olho pelo pecado, Jesus mostra o procedimento lógico para salvação a ser  tomado.
Assim como amputamos órgãos doentes para salvar vidas, também um olho (ou mão) tão desesperadamente afetado precisa de um tratamento drástico. 
É claro que Jesus queria que seus ouvintes vissem que a verdadeira fonte do pecado jaz, não no órgão físico, mas no coração. 
O coração perverso do homem precisa ser mudado se ele quer escapar à ruína final do inferno (Geena; veja comentário sobre 5:22)

O CAMPO DE BATALHA DO ARMAGEDOM TERÁ O FORMATO DE UMA CRUZ



Posição Geográfica onde se Dará a Batalha Geograficamente, o campo de batalha que será ocupado por Cristo e seus exércitos "naquele grande dia do Deus Todo poderoso" terá "o formato de uma cruz".  
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  Ele não somente se refere à famosa planície de Armagedom, mas compreenderá toda a parte sul da Terra Santa, atingindo as antigas fronteiras de Edom e se estendendo até o monte Siriom no extremo norte.
Posição Geográfica onde se Dará a Batalha Geograficamente, o campo de batalha que será ocupado por Cristo e seus exércitos "naquele grande dia do Deus Todo poderoso" terá "o formato de uma cruz". 
Ele não somente se refere à famosa planície de Armagedom, mas compreenderá
toda a parte sul da Terra Santa, atingindo as antigas fronteiras de Edom e se estendendo até o monte Siriom no extremo norte. 
Esta extensão representa a parte vertical da cruz. 
Uma linha reta iniciada em Haifa, cidade portuária do Mediterrâneo, cruzando o vale de Jezreel propriamente dito e passando do lado sul do mar da Galileia, e daí seguindo para o território da Jordânia, num paralelo imaginário do rio Jarmuque, ocupando o antigo território de Decápolis, que nos tempos remotos quando Israel entrou em Canaã era ocupado pela terra de Gileade, do outro lado do Jordão, o que indica a parte transversal da cruz. 
Ao que parece, segundo nos é revelado nas Escrituras, e que a última grande batalha do grande dia do Deus Todo-poderoso se estenderá para além de Armagedom, ou vale de Megido. 
Armagedom parece ser apenas o local em que as tropas se reunirão vindas dos diversos cantos da terra, e de lá a batalha se alastrará por toda a Palestina. 
O profeta Joel fala dessa grande batalha se estendendo até o vale de Josafá, que fica próximo de Jerusalém, e Isaías mostra o Senhor Jesus vindo com as vestimentas manchadas de sangue "de Edom", que fica ao sul da Palestina. 
Então a batalha de Armagedom se estenderá desde o vale de Megido, no norte e oeste da Palestina, através do vale de Josafá, próximo de Jerusalém, até Edom no extremo sul da Palestina. Mais precisamente,
esta batalha se iniciará no extremo sul e depois seguirá com grande mortandade para o extremo norte da Terra Santa.
A Arregimentação das Hostes para o Combate Em Apocalipse 19.11-16.
Observamos a arregimentação dos exércitos celestiais sob o comando de Cristo para o sombrio combate. 
João o descreve da seguinte forma: 
"E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco.
 O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.
 E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro. 
E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo poderoso. 
E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores". 
Vários pontos que aqui estão em foco devem ser analisados, para identificação daquele que cavalga um cavalo branco.
1- Um cavalo branco e seu cavaleiro. 
Não devemos confundir o cavaleiro que aqui está em foco com aquele que se encontra mencionado no capítulo 6 de Apocalipse, por várias razões:
• Ali, apenas "um cavalo branco"; aqui, muitos cavalos brancos;
• Ali, o cavaleiro é citado solitário em sua missão; aqui, o cavaleiro é seguido de um poderoso exército;
• Ali, a arma do cavaleiro é um arco; aqui, é uma espada afiada;
• Ali, ele recebeu uma coroa; aqui, o cavaleiro tem muitos diademas;
• Ali, o cavaleiro é visto na terra; aqui, o cavaleiro é visto no
céu;
• Ali, o cavaleiro é anônimo; aqui, o cavaleiro tem vários nomes;
• Ali, o cavaleiro saiu vitorioso e para vencer; aqui, o cavaleiro é vitorioso em sua totalidade. 
Evidentemente, fica claro que o cavaleiro do capítulo 6 refere-se ao Anticristo, procurando com o manto que usa implantar sua falsa paz no mundo, enquanto o cavaleiro do capítulo 19 refere-se a Cristo, que "cavalga prosperamente, pela causa da verdade, da mansidão, e da justiça".
Ele Tinha um nome misterioso.
Neste trecho são mencionados vários nomes de Cristo:
• Chama-se Fiel e Verdadeiro;
• Tinha um nome escrito que ninguém sabia ler;
• Chama-se a Palavra de Deus;
• Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Entre estes nomes, o que mais chama a nossa atenção é seu nome misterioso. 
Este nome de Cristo não é conhecido pela imaginação humana. Boca alguma (com exceção da boca de Deus e do Espírito Santo) jamais o pronunciou! Talvez seja ele o novo nome que sua noiva receberá por ocasião de suas bodas na recâmara celestial.
 Os seus olhos eram como chamas de fogo. 
O mesmo é dito a respeito de Cristo em Apocalipse 1.14. 
Estes olhos como chamas de fogo falam da onisciência de Cristo, ou seja, do seu saber. Contudo, há outras passagens nas Escrituras que falam da sua onipresença e da sua onipotência. Estes atributos naturais e outros, que são estudados em Teodiceia, ou Teologia Natural, giram em torno da onipotência divina. Ninguém pode saber tudo, se não possuir todo o poder. 
De igual modo, ninguém pode estar presente em todos os lugares, se não possuir todo o poder. Mas em Cristo habitam todos estes atributos. 
NEle habita toda a plenitude da divindade conforme (Colossenses 1.19).
Sobre a sua cabeça havia muitos diademas. 
Estes diademas falam de todas as vitórias de Cristo, mas especialmente de sua dignidade real. Cristo é o Rei de Salem, que "julga e peleja com justiça". Seus exércitos são compostos de anjos e dos
santos que foram arrebatados vejam bem e confiram virá com todos os santos com Ele. 
Eles apenas virão em sua companhia para honrá-lo e adorá-lo!
Não será preciso que suas hostes lutem nesta peleja sombria, que vai além da imaginação humana. Cristo fará a batalha sozinho, como sozinho consumou a obra da redenção. E, aqui, Ele pode dizer: "Eu sozinho pisei no lagar" conforme (Isaías 63.3). 
Toda a força inimiga será derribada por terra e para cada vitória que a Ele for atribuída, será recebido um diadema real como sinal de autoridade suprema e vitória.
 Estava vestido com uma veste salpicada de sangue. 
Aqui não está em foco o sangue do Cordeiro que fora vertido na cruz. Não é o dia da salvação que está tendo lugar aqui nesta seção; ele se refere ao sangue de seus inimigos, no dia da vingança. Isto é respondido pelo próprio Cristo a uma pergunta feita por um ser que não é identificado ao guerreiro
vingador (Deus?), que diz: 
"Por que está vermelha a tua vestidura? 
E as tuas vestes, como as daquele que pisa uvas no lagar? 
Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém se achava comigo; e os pisei na minha ira e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura"conforme palavra profética em (Is 63.2,3).
 Ele mesmo é o que pisa o lagar. 
A primeira ação de Cristo nesta conquista é o aniquilamento do Anticristo, com seu falso profeta e seus seguidores. Depois, Ele se voltará para o grande dragão vermelho, o inimigo de Deus e dos homens, e
ordenará a um anjo de grande poder (Miguel?) que efetue sua prisão e o lance no abismo. 
Finalmente, Cristo aniquilará
todo o império, toda potestade e força. Todo passo aqui narrado fala da vitória de Cristo quando voltar à terra, com poder e grande glória, para destruir seus inimigos no Armagedom. Ali o lagar será pisado e o sangue de seus inimigos manchará suas vestiduras.
 Da sua boca saía uma aguda espada. 
Esta espada que sai da boca de Cristo é a Palavra de Deus. Em suas figuras e manifestações, esta palavra é:
• Espelho — poder revelador (Tg 1.23-25);
• Semente — poder gerador, vida, etc. (Lc 8.11; Jo 15.3; Tg 1.18);
• Água — poder purificador (Jo 15.3; Ef 5.26);
• Lâmpada — poder iluminador (SI 119.105; 2 Pe 1.19);
• Martelo — poder esmiuçador e construtor (Jr 23.29);
• Ouro e vestimentas — poder enriquecedor e ornamentador (SI 19.10; Ap 3.17);• Leite, carne, pão e mel — poder alimentador e nutritivo (Jr 15.16; Mt 4.4; 1 Pe 2.2);
• Vida — as palavras da vida — que conduzem à salvação (Jo 5.24; 17.17);
• E finalmente, poder para a batalha. 
Na armadura divina que é usada pelo soldado da fé, a espada do Espírito é a Palavra de Deus (Ef 6.16; Hb 4.12; Ap 2.16; 19.15). 
O "assopro da sua boca" se transformará em golpes mortais que aniquilarão o Anticristo e suas hostes no dia da peleja e da guerra.
 Mil e Seiscentos Estádios
O livro de Apocalipse mostra-nos um manto de sangue cobrindo toda a extensão da Terra Santa. Também nos é dito que haverá uma grande mortandade ali naquele vale, dizendo: "
... O lagar foi pisado fora da cidade [Jerusalém], e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios" (Ap 14.20). 
Alguns comentaristas vêem este mar de sangue se estendendo e cobrindo toda a Palestina, pois 1600 estádios cobrem toda a extensão da Terra Santa, visto que se trata de medida de extensão e não de área. Na versão conforme The New American Bible (A Nova Bíblia Americana, ed. 1988), esta frase é traduzida por 200 milhas (tzvo hundred miles) — o que corresponde a cerca de 320 quilômetros. 
Um estádio era uma medida grega equivalente ao comprimento da pista do estádio de Olímpia, centro de competições atléticas igual a 185 metros.
Jerusalém, sem dúvida, será o centro de interesse durante a batalha do Armagedom, pois a Palavra de Deus diz: "... ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém" (Zc 14.2). 
Devemos ter em mente que os juízos de Deus executados no Apocalipse mostram-nos a grande extensão deste conflito. A besta que saiu do mar procurou estender o seu poder no mar e na terra. 
Ao sair do mar, ela mostrou seu poderio sobre as nações gentílicas do mundo, que foram enganadas política e religiosamente, através de astúcias e falsas promessas por ela utilizadas, inspirada pelo grande
dragão vermelho. 
Após uma de suas cabeças ser curada de uma chaga mortal, ela maravilha toda a terra e passa também a conquistá-la (Ap 13.3). Neste contexto, Israel parece entrar em cena, pois a terra, nesta passagem, simbolicamente, é clara, pode representar a terra de Israel. Com efeito, porém, o poder do Cristo vitorioso será de infinito alcance! 
Em Apocalipse 10, Cristo é interpretado como sendo o anjo forte, que descia do céu vestido de uma nuvem, que ali está em foco! Ele pôs o seu "... pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra" (v. 2). Com seu pé direito sobre o mar Mediterrâneo (Ocidente) e o esquerdo sobre a terra de Israel (Oriente), a face do anjo volta-se agora para o sul da Terra Santa, onde Cristo iniciará o grande combate na plenitude de seu poder. 
Ele, assim, mostra sua autoridade sobre o mar (as nações gentílicas) e sobre a terra (Israel).
 O Senhor Descerá ao Vale ao Amanhecer O termo "vale" encontra-se nas Escrituras com vários sentidos e significações especiais. 
1 - Com sentido geográfico. 
Este é, portanto, quase que o sentido geral. Por exemplo: "vale de Sidim" (Gn 14.10), "vale do
Filho de Hinom" (Js 15.8), "vale de Soreque" (Jz 16.4), etc.
2- Com sentido especial. 
O local passou a ter uma significação especial, pelo motivo de ali ter havido uma operação da parte de Deus em favor do seu povo. "Vale de Aijalom" (Js 10.12), "vale do carvalho" (1 Sm 21.9) e, no futuro, "o vale de Acor" (Is 65.10; Os 2.15).
3 -  Com sentido espiritual. 
"Vale da sombra da morte" (SI 23.4), "vale de Baca" (SI 84.6). 
4 - Com sentido profético. 
"Vale da matança" (Jr 19. 6), "vale de ossos secos" (Ez 37.1), "vale dos que passam ao oriente do mar" (Ez 39.11), "vale da multidão" (Ez 39.15), "vale de Josafá" (Jo 3.12), "vale da decisão" (Jo 3.14), "vale de Sitim" (Jo 3.18), "vale dos montes" (Zc 14.5), 
5 - "vale do Filho de Hinom". 
Este vale, em Josué 15.8 e 2 Reis 23.10 (onde o expressivo "Filho" de Hinom é substituído por "filhos" de Hinom), tem sentido geográfico; mas aqui, no texto em foco, tem sentido profético. 
O termo "Hinom" é também conhecido como "Geena". Era um vale profundo que ficava a sudoeste de Jerusalém.  Ali era depositado o lixo da cidade, onde havia fogo contínuo e um mau cheiro insuportável. 
Tornou-se, por esta e outras razões, uma figura do fogo do inferno, "onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga" (Mc 9.44). E finalmente,
6 - "vale de Megido" (2 Cr 35.22). 
Este "vale" deve ser identificado como sendo o mesmo "vale de Megido", em Zacarias 12.11. 
Ele se refere à grande planície de Armagedom, que se estende do Jordão ao Mediterrâneo. Ali, o Senhor
descerá para sua sombria missão ao "amanhecer do dia"  mas a batalha somente terminará ao entardecer (Is 13.10; Zc 14.7). 
Logo, ao romper da aurora (hora local na Terra Santa), Deus ordenará a um anjo de grande poder que intervenha na batalha e este se colocará na parte frontal do sol para que o grande luzeiro de Deus à semelhança do dia de Josué na batalha de Gibeão  não apresente seu brilho total e não se apresse a pôr-se, dificultando assim a ação de seus inimigos (cf. Ap 19.17) .
Simultaneamente, Cristo, como um relâmpago, descerá sobre o monte das Oliveiras e tocará com seus pés o monte, que se partirá, impelido por uma força sobrenatural produzida pelo supremo poder do Filho de Deus. 
Tal acontecimento deixará atônito e em estado de choque a todos os inimigos de Cristo, pois os mesmos encontrarão-se concentrados em pontos estratégicos ao redor da cidade de Jerusalém, incluindo o monte das Oliveiras. 
Alguns deles, sem dúvida, perecerão nesta expansão do monte serão precipitados. Entretanto, muitos judeus que se encontravam cercados pelas tropas mortais do Anticristo fugirão pelo "vale" que foi produzido pelas manifestações sobrenaturais da presença do Senhor. 
Talvez as frases "... fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azei) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá... " (Zc 14.5) se apliquem a este sentido. 
Dali, Cristo se deslocará para o campo de batalha com a rapidez da imaginação, onde chegará numa fração de segundo à região dos antigos nabateus. Ali, Ele iniciará sua grande conquista começando pela cidade de Bozra, no sul (Is 63.1). 
Algumas companhias de soldados pertencentes aos exércitos sombrios do Anticristo estarão ocupando esta região e serão por Cristo aniquiladas. João descreve tal acontecimento, dizendo: "E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado
sobre o cavalo e ao seu exército. 
E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes" (Ap 19.19-21).
O chefe supremo destes exércitos (o Anticristo) e a besta que subiu da terra (o falso profeta) ficarão apavorados com a presença espantosa do Senhor e fugirão para a planície de Armagedom e ali serão aniquilados por Cristo da mesma maneira. 
Paulo falou também disso profeticamente, ao escrever aos tessalonicenses: 
"E, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda" (cf. 2 Ts 2.8). Consolidada sua vitória na região ocupada outrora por "... Edom e Mabe, e as primícias dos filhos de Amom", Cristo agora seguirá em direção ao monte Hermom, no extremo norte da Palestina (SI 29.6).
 Quando Moisés e os filhos de Israel conquistaram a região norte da Palestina do poder dos amorreus, esta parte foi anexada ao território de Israel. "Daquém do Jordão, no vale defronte de Bete-Peor, na terra de Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom, a quem Moisés e os filhos de Israel feriram, havendo eles saído do Egito. 
E tomaram a sua terra em possessão, como também a terra de Ogue, rei de Basã, dois reis dos amorreus, que estavam daquém do Jordão, da banda do nascimento do sol; desde Aroer, que está à borda do ribeiro de Arnom, até ao monte Siom, que é Hermom, e toda a campina, daquém do Jordão, da banda do oriente,
até ao mar da campina, abaixo de Asdote-Pisga" (Dt 4.46-49).
Ogue e Siom foram dois inimigos mortais de Israel no passado. Ambos foram destruídos por Deus sob o comando de Moisés
e de Josué. Durante a Grande Tribulação, outras hordas do mal ali estarão concentradas, com o objetivo de impedir a vitória de Cristo, o Ungido do Senhor. Mas Deus os destruirá como destruiu aqueles que queriam obstruir a passagem do seu povo. 
Agora, Cristo será o guerreiro vingador e o profeta Isaías descreve, em termos de grande expectativa, sua trajetória, desde Bozra até ao monte Siom (Hermom) no dia da batalha. Ele se refere a tal acontecimento em duas partes de seu livro, assim: 
"Chegai-vos, nações, para ouvir; e vós, povos, escutai; ouça a terra, e a sua plenitude, o mundo e
tudo quanto produz. Porque a indignação do Senhor está sobre todas as nações, e o seu furor sobre todo o exército delas; ele as destruiu totalmente, entregou-as à matança. 
E os mortos serão arremessados, e do seu corpo subirá o mau cheiro; e com o seu sangue os montes se derreterão. E todo o exército dos céus se gastará, e os céus se enrolarão como um livro, e todo o seu exército cairá como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira. 
Porque a minha espada se embriagou nos céus; eis que sobre Edom descerá e sobre o povo do
meu anátema, para exercer juízo. A espada do Senhor está cheia de sangue, está cheia da gordura de sangue de cordeiros e de bodes, da gordura dos rins de carneiros; porque o Senhor tem sacrifício em Bozra e grande matança na terra de Edom. 
E os unicórnios descerão com eles, e os bezerros, com os touros; e a sua terra beberá sangue até se
fartar, e o seu pó de gordura se encherá. Porque será o dia da vingança do Senhor, ano de retribuições, pela luta de  Sião" (Is 34.1-8). Mais adiante o profeta descreve novamente a trajetória de Cristo, passando por Edom, onde participa de uma sangrenta batalha. 
"Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? 
Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? 
Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar. Por que está vermelha a tua vestidura? 
E as tuas vestes, como as daquele que pisa as uvas no largar? 
Eu sozinho pisei no largar, e dos povos ninguém se achava comigo; e os pisei na minha ira e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura. Porque o dia da vingança estava no meu coração, e o ano dos meus redimidos é chegado.
E olhei, e não havia quem me ajudasse; e espantei-me de não haver quem me sustivesse; pelo que o meu braço me trouxe a salvação, e o meu furor me susteve. E pisei os povos na minha ira e os embriaguei no meu furor; e a sua força derribei por terra" (Is 63.1-6). 
Nestas passagens, que descrevem a grande carnificina do dia da batalha, vemos que são
usados alguns elementos que são descritos por João, em Apocalipse 14.14-20, que mencionam o mesmo acontecimento. A passagem de Cristo por Bozra sugere que o Anticristo havia feito desta antiga fortaleza um ponto de apoio ao seu governo sombrio. 
Bozra tem sido identificada com a moderna Buseireh, localizada no início do vadi Hamayideh, em uma escarpa isolada, cercada por três lados por profundos vales. Fica cerca de 48 quilômetros ao norte de Petra. Bozra, nos tempos antigos, era a mais poderosa fortaleza do norte de Edom e conhecida por seus luxuosos palácios (Am 1.12). Deslocando suas tropas para o norte da Palestina, o Anticristo intentava, acreditamos, desviar o curso do rio Jordão para fora do território de Israel, ou obstruir suas nascentes. Não sabemos com certeza que tipo de interesse levará o Anticristo a deslocar uma parte de seu exército mortal para esta parte norte da Terra Santa. Atualmente, qualquer exército inimigo de Israel que aspira a esta região da Palestina está sempre visando a conquista das nascentes do Jordão. 
Talvez o
objetivo deste antagonista de Cristo seja a mesma coisa. O rio Jordão, como todos sabem, nasce de quatro riachos com
origem nas cordilheiras do monte Hermom, resultado do degelo dos picos acima. A partir de Banias (antiga Cesaréia de Filipo), segue em direção do mar da Galiléia. Desde sua nascente, que flui desde o cume coberto de neve do monte Hermom até as profundezas do mar Morto, seus desvios e curvas, num leito de 300 quilômetros de comprimento, cobrem uma distância de somente 100 quilômetros em linha reta. 
O Jordão Al Urdun (O descendente) merece este nome porque baixa de 1.000 metros de altura no monte Hermom para 430 metros abaixo do nível do mar Morto. Sua largura média é de 30 metros. O Jordão assemelha-se a uma serpente ondulante, transformando aquela distância em cerca de 300
(calcula-se também 325) quilômetros. 
Portanto, fertilizando assim toda a Terra Santa. Tomar suas nascentes — obstruir ou desviá-las para uma outra direção — seria, então, praticar um genocídio total contra o povo hebreu. Desde a antigüidade, os exércitos inimigos sempre procuravam tomar as fontes das águas que abasteciam as cidades ou povos que se encontravam em combates. 
Lemos muitas passagens nas Escrituras a este respeito (Jz 3.28; 7.24; 12.5); o
Anticristo, talvez, fomente em si o mesmo intento, procurando assim dificultar qualquer ação do povo de Deus. Quando Cristo ali chegar haverá manifestações sobrenaturais e o deserto começará a tremer. Toda a região norte da Palestina, que envolve parte de Israel, Síria, Líbano e o deserto de Cades à distância, sofrerá devastações de uma grande tempestade conforme palavra profética em  (SI 29). Cremos e as evidências apontam neste sentido que a necessidade de Cristo em passar por esta
região norte da Terra Santa é, sem dúvida, aniquilar o intento sombrio do Anticristo contra Deus e contra o seu povo através da extinção do rio Jordão ou o desvio de seu curso natural para um outro sentido oposto do atual.
O Monte das Oliveiras Será Fendido no Formato de uma Cruz.
O monte das Oliveiras está localizado ao leste de Jerusalém, do outro lado do vale de Cedrom. Cerca de 100 metros mais alto do que Jerusalém, do seu cume descobre-se uma magnífica vista da Cidade Velha e um impressionante panorama das colinas da Judeia até o mar Morto e as montanhas de Moabe, ao leste. 
O monte das Oliveiras é venerado pelos judeus e cristãos. Pelos judeus, por haverem sido sepultados ali, ao pé do monte no ribeiro de Cedrom, os profetas Ageu, Zacarias e Malaquias. Existe também ali o pilar de Absalão, admirado por filhos desobedientes aos pais e às mães. Nas encostas do monte das Oliveiras encontra-se o maior e o mais antigo cemitério judeu do mundo.
 Muitos judeus chegam a Jerusalém para ali morrer e serem sepultados perto do vale de Jeosafá onde, acredita-se, terão previlégios no  lugar a ressurreição e o Juízo Final.
Cristãos e muçulmanos compartilham da mesma crença e seus túmulos estão situados no lado ocidental do vale. 
Para os cristãos ele está associado aos mais importantes acontecimentos da vida de Cristo: 
Lá Ele ascendeu aos céus, predisse a destruição de Jerusalém. Para lá costumava ir para meditar e orar e, provavelmente, passava as noites sob as copas das árvores ou em cavernas, já que a cidade não era segura para Ele. Um dia, quando nosso Senhor ia para Jerusalém, quando chegou ao monte das Oliveiras, a multidão "... lançando sobre o jumentinho os seus vestidos, puseram Jesus em cima" e logo que ele viu a cidade "chorou sobre ela". 
A igreja de Dominus Flevit alegadamente marca o local onde Jesus chorou diante de Jerusalém. Ali também existe uma pedra que, segundo se crê, Jesus pisou a fim de montar melhor no jumentinho. Uma suposta pegada, deixada na pedra, foi preservada em uma igreja cristã, edificada no monte das
Oliveiras em 375 d.C. 
Esse santuário fora destruído, mas depois os cruzados restauraram-no. Um santuário islâmico, chamado Inbomon, também foi construído naquela área. O monte das Oliveiras e, um pouco mais abaixo, entre o ribeiro de Cedrom, na parte inferior do monte, está o jardim do Getsêmani. 
Estes lugares marcam a presença e os sofrimentos de Cristo quando esteve aqui neste mundo.
O jardim do Getsêmani é um dos mais impressionantes lugares da Terra Santa. Ele fica ao sopé do monte das Oliveiras e tem, hoje, a mesma aparência que tinha há 20 séculos. 
No lado oposto ao vale de Cedrom, cidades e civilizações se sucederam, mas este jardim conservou-se quase o mesmo dos tempos de Jesus e, talvez, com as mesmas oliveiras. João falou sobre ele como sendo um jardim do outro lado do ribeiro de Cedrom. Este era o lugar preferido de Jesus. João afirma que, quando Ele lembrou seus discípulos com respeito a sua morte, atravessou o ribeiro para o outro lado.
 "Tendo Jesus dito isso, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual Ele entrou com os seus discípulos"conforme (Jo 18.1). Este é o jardim no qual Jesus, em sua última noite sobre a terra, passou a hora mais triste e angustiante de sua paixão; a hora em que, angustiado, escolheu sofrer e morrer na cruz, tomando sobre si todos os pecados da humanidade. 
Ali Ele orou três vezes ao Pai, dizendo estas palavras: 
"Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua" (Lc 22.42). A este lugar chegou Judas com os servos do sumo sacerdote e entregou seu Mestre (Mt 26.47; Mc 14.44; Lc 22.47; Jo 18.2,3). Neste jardim, Jesus foi preso, arrastado e levado à casa de Caifás e condenado, no dia seguinte, à morte na cruz.
No jardim do Getsêmani quem passar vai contemplar, há cerca de 8 oliveiras cuja idade se perde no tempo. 
Alguns botânicos afirmam que elas poderiam ter 3.000 anos. 
Retornando à terra, porém, com poder e grande glória, para aniquilar o Anticristo na batalha do Armagedom, Cristo por ali passará, como que realizando uma espécie de visita nostálgica. O profeta Zacarias descreve o momento quando Cristo descerá à terra para seu grande triunfo contra as hostes do mal. 
Ele diz que o primeiro contato na Terra Santa será no monte das Oliveiras: 
"E o Senhor sairá [do céu?] e pelejará contra estas nações, como pelejou no dia da batalha. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele, para o sul" (Zc 14.3,4). Devemos observar que o monte das Oliveiras será fendido em "quatro partes", assumindo assim o formato de uma cruz. Assim se diz: "... o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele, para o sul". 
Podemos observar no texto em foco que as quatro direções cardeais são aqui mencionadas, logo será um buraco em cruz:
• O Oriente;
• O Ocidente;
• O Norte;
. O Sul.
Também nos é dito que ali "... haverá um vale muito grande". 
Este vale servirá de leito para o rio do milênio que terá sua nascente "debaixo do umbral da casa" do Senhor especialmente do lado direito do santuário conforme (Ez 47.1; J13.18). Esse rio logo adiante se dividirá em "dois canais" que seguirão direções diferentes:
a. O primeiro canal
 — Este seguirá em direção ao mar Oriental (mar Morto), formando um vale nas montanhas de Judá
(Zc 14.5) e ampliando as fontes de En-Gedi (fonte do cabrito) e En-Eglaim (fonte dos bezerros), que se encravam entre Hebrom e o mar Morto (Js 15.62; Ez 27.10), chegando até Asei na parte oriental do território de Judá (Zc 14.5). 
Estas correntes irão sarar as águas do mar Morto e darão lugar à criação de vidas marinhas e vegetativas conforme palvra profética em (Ez 47.8-10).
b. O segundo canal
 — O segundo canal seguirá em direção do mar Ocidental (mar Mediterrâneo), numa extensão de
cerca de 80 quilômetros (Zc 14.8). Estes dois canais fertilizarão toda a terra de Israel, de tal modo que a vida ali se tornará abundante e calma. Há também referência ao "vale de Sitim", segundo nos é dito que ele será "regado" por uma fonte que sairá da casa do Senhor (J1 3.18). 
O "vale de Sitim" tem sido identificado como sendo a garganta pela qual corre o Cedrom,
que nasce ao norte de Jerusalém. 
A ampliação miraculosa do vale de Cedrom criará também espaço para que ali o Senhor congregue "... todas as nações" que sobraram da batalha do Armagedom, e ali com elas entrará em juízo (J13.2; Mt
25.31-46). 
No entanto, outras localidades geográficas são mencionadas nesta batalha. 
Além do "vale de Jeosafá", já mencionado anteriormente, fala-se também do "vale dos que passam ao oriente do mar" (vale dos viajantes), vale este chamado pelo profeta de Deus como sendo "o vale da Multidão de Gogue" (Ez 39.11). 
Embora alguns estudiosos das profecias divinas não associem estes acontecimentos de Ezequiel com a mesma batalha do Armagedom  e, sim, com a invasão de Gogue à Terra Santa , "o vale dos que passam ao oriente do mar" pode ser identificado como sendo o mesmo "vale de Jeosafá", visto que era uma rota de saída de Jerusalém.
Posse da Terra Santa por Abraão Teve o Formato de uma Cruz.
Partindo de Harã (região norte) com destino à terra de Canaã, Abraão segue para o Oriente, depois para o Ocidente e finalmente para a banda do sul (Gn 12.5-9). 
Imaginariamente, isso desenha a linha vertical e os braços de uma cruz. Após o incidente que marcou a separação de Abraão e de seu sobrinho Ló, Deus faz novamente a renovação de sua promessa
para a conquista da terra de Canaã a Abraão, em forma de cruz, dizendo: "Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento [norte a sul] e na sua largura [oriente a ocidente]; porque a ti a darei" (Gn 13.17.
 Isso tipificava a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo conquistando o mundo por meio de sua cruz, quer dizer, espalhando a mensagem de sua morte e ressurreição em todos os quatro cantos da terra.
7. Durante o Milênio as Orientações Cardeais Partirão do Templo do Senhor no Formato
de uma Cruz. Os capítulos 40 a 48 do livro de Ezequiel falam do Templo e de seus serviços religiosos durante a era milenial para rememorar o sacrifício supremo de Cristo. 
Também ali nos é dito que toda e qualquer orientação geográfica partirá do santuário de Deus. Estas dimensões orientativas assumirão o formato de uma cruz também vejam:
 São elas:
• Caminho do norte (Ez 40.44);
• Caminho do sul (Ez 40.45);
• Caminho do oriente (Ez 42.12);
• Caminho do ocidente (Ez 41.12).
Geograficamente, Jerusalém sempre esteve ligada pelos quatro pontos cardeais a toda a Palestina e aos países estrangeiros:
• Norte
 — Ao norte partiam os caminhos para Samaria, Galiléia, Fenícia, Síria e Mesopotâmia.
• Leste
 — Ao leste, desde as quatro portas orientais, convergiam os caminhos para Jerico e todo o vale do Jordão, bem como para as estradas da Transjordânia que levavam os viajantes para a Arábia, Síria e dali para os países do Golfo Pérsico, etc.
• Sul 
— Ao sul a cidade comunicava-se com Hebrom e Egito. Avista-se deste caminho a planície de Refaim, o sepulcro de Raquel, Belém e a cabeceira do vale de Elá.
• Oeste
 — A oeste ligava-se com Jope e os caminhos para a Filístia e Egito, bem como para a Fenícia, na direção norte.
Como a cruz de Cristo foi erigida em Jerusalém, ainda que fora de suas portas, isto significa que a cruz de nosso Senhor tornou-se o ponto central da história da salvação e também a base da orientação divina para a humanidade.
Os Três Anos do Ministério de Jesus Lembram as Trilhas de uma Cruz Olhando do Sul para o Norte da Terra Santa lâ parte: na Judéia
 — região sul e sudeste. 
A duração do ministério terreno de Cristo é calculado com base nas festas pascais de que Ele participou.  Ele iniciou seu ministério na véspera de uma Páscoa e morreu na véspera de uma outra,
tendo participado de duas mais. Temos, portanto, a Páscoa (Jo 2.11,13); Páscoa (Jo 5.1);
 Páscoa (Jo 6.1,3); 
Páscoa (Jo 19.14).
 Outrossim, seu ministério foi exercido em três regiões diferentes: 8 meses na Judéia (região sul); 2 anos na Galiléia (região norte) e 4 meses na Peréia (região leste).
 Parte: na Galiléia
 — região norte.
 Depois de ter conquistado seus discípulos na região de Betábara, Jesus voltou à Galiléia, onde assistiu a uma festa de casamento (Jo 2.1-11). Daí, Jesus foi para Cafarnaum, cidade que ficava na curva
noroeste do mar da Galiléia (Jo 2.12). 
Seu ministério, nesta região norte, durou dois anos. 
A parte: na Peréia 
— Região leste. 
Mais ou menos em dezembro, Jesus desceu de Jerusalém, passando por Jerico, em direção ao vale do Jordão, a fim de levar seu ministério à Peréia, região situada a leste do rio. Terminando ali sua trajetória
nos primeiros dias de abril do ano 33 de sua vida, Ele voltou pela longa subida que conduzia do vale do Jordão a Betânia. 
Agora, suas viagens nesta terra estavam concluídas, porém elas demarcavam as trilhas de uma cruz em suas direções horizontal e vertical. Quando Cristo Morreu, sua Cruz Apontava para todas as Direções
Quando Cristo morreu, os braços da cruz se abriram. 
Eram os braços do perdão de Deus se abrindo para cada pessoa em qualquer época e em qualquer lugar. "Deus estava em Cristo [ali] reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados...conforme" (2 Co 5.19). 
Ligado diretamente ao plano da salvação, são empregadas frases para expressar o significado do pensamento tanto no sentido coletivo como no particular. Uns vindo espontaneamente e outros fugindo:
Ia "E virão do Oriente, e do Ocidente, e do Norte, e do Sul e assentar-se-ão à mesa no Reino de Deus" (Lc 13.29);
 Os magos do Oriente (Mt 2.1);
 A rainha do Sul (Lc 11.31);
Os do Ocidente (Mt 8.11);
 Os do Norte (Jr 6.1).
Também podiam ser usadas frases semelhantes em sentido negativo, tais como:• O rei do Sul (Dn 11.40);
• O rei do Norte (Dn 11.40);
• Os reis do Oriente (Ap 16.12);
• Um bode (rei) que vinha do Ocidente (Dn 8.5,21).
Tal significação também é decantada na poesia. Os antigos tinham uma concepção de buscarem a Deus seguindo as direções cardeais, que se estendiam para o infinito. Jó escreveu este conceito em seu livro, dizendo:
 "Eis que, se me adianto [oriente], ali não está; se torno para trás [ocidente], não o percebo. Se opera à mão esquerda [norte], não o vejo; encobre-se à mão direita [sul], e não o diviso" (Jó 23.8,9).
A Batalha do Armagedom propriamente Dita
Para os habitantes do planeta Terra e até mesmo para os cristãos, qualquer batalha que se sucedeu depois do Apocalipse de João ter sido escrito por volta do ano 96 d.C., pensava-se que se tratava da Guerra do Armagedom. 
Quando a Primeira Guerra Mundial foi deflagrada (1914-1918), o mundo todo cria cegamente que era chegado o momento da batalha final. De igual modo, quando foi deflagrada a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) novamente as pessoas voltaram a pensar na mesma coisa, ou seja, que era chegado o fim de todas as coisas. 
Atualmente, espera-se também uma Terceira Guerra Mundial.
 — Com o uso de armas atômicas com poder de destruição muito maior, que será também denominada guerra do Armagedom. Vemos que outras guerras têm acontecido e outras acontecerão antes da guerra do Armagedom, sem contudo ser o Armagedom mormente, porque, antes da Guerra do Armagedom, surgirá no cenário mundial o Anticristo, o homem do pecado, oferecendo falsas promessas, soluções para todos os problemas do mundo. 
No entanto, o cenário de tal profecia parece cada vez mais próximo de nossos dias, tendo, por fim, o seu cumprimento logo após o arrebata-mento da Igreja (1 Jo 4.3). Da mesma forma, isso "... não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora...
" Somente então, após o arrebatamento da Igreja, "... será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda" (2 Ts 2.3,4,8). Com o arrebatamento da Igreja aqui deste mundo para o céu, abrir-se-á caminho para a manifestação do "homem do
pecado, o filho da perdição".
 Este, numa revolta contra Deus e contra o seu Ungido, intentará aniquilar o povo judeu, e, por extensão, "... os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo" (Ap 12.17). 
Esta perseguição contra o povo escolhido fará com que o Senhor Jesus tome em suas mãos a vingança, como sendo "um guerreiro vingador", e se manifestará "... desde o céu, com os anjos do seu poder, como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo; os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder" (2 Ts 1.7-9). 
Estas palavras do apóstolo Paulo aos crentes de Tessalônica são confirmadas em Apocalipse 19.19-21, que diz: "E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército. 
E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes". 
Esta manifestação de Cristo neste combate contra as hostes do Anticristo será, portanto, denominado de "o Armagedom". Batalha esta que terá lugar no final da Grande Tribulação, que culminará com o retorno de Cristo à terra com poder e grande glória.
 A Batalha do Armagedom como uma Colheita.
O Armagedom será uma espécie de colheita, o que já tivemos a oportunidade de descrever em outras notas expositivas, pelo que o simbolismo da colheita é empregado em várias passagens das Escrituras que mencionam este grande
acontecimento. O termo "Armagedom" veio a ser aplicado a qualquer guerra ou batalha de grande força destruidora, mas,
biblicamente, refere-se somente à batalha decisiva daquele "grande dia do Deus Todo-poderoso". Limitado pelos montes da Galiléia ao norte e as colinas da Samaria ao sul, o vale de Jezreel é o mais amplo vale de Israel. Ele tem o formato de um triângulo isósceles, cuja base é de aproximadamente 3 quilômetros, e seus lados têm cerca de 22 quilômetros, formando assim o desenho de uma cruz em sua parte superior. 
Desde tempos antigos até hoje, ele é famoso por sua fertilidade e é conhecido atualmente como "Celeiro de Israel".
Em virtude de sua fertilidade e posição estratégica, este vale foi cenário de inúmeras lutas e combates da antiguidade. Nele, hebreus, cananeus, midianitas, sírios, egípcios, assírios, babilônios, gregos, romanos, árabes, cruzados, turcos e, finalmente, os ingleses comandados por Allenby, durante a Primeira Guerra Mundial, lutaram em seu solo. 
Profeticamente, talvez o escritor sagrado do Apocalipse tivesse isso em mente, e comparou a grande mortandade ali como sendo "uma espécie de colheita". João Batista, o precursor de nosso Senhor, apresenta-o no cenário mundial como aquEle que tem em sua mão uma "pá". 
"Ele tem a pá na sua mão [disse João], e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas
queimará a palha com fogo que nunca se apaga" (Lc 3.17), ênfase do autor). 
E curioso observar que a "pá" é mencionada nas Escrituras, não só como ferramenta de trabalho, mas também em conexão com a guerra (Dt 23.13), e de igual modo a foice (Joel 3.9-13). João, o apóstolo, descreve o Filho do Homem como tendo na mão uma "foice afiada", dizendo: "E olhei, e
eis uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, um semelhante ao Filho do Homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, na mão, uma foice aguda" (Ap 14.14). Em Apocalipse 14.14-19, duas foices são mencionadas sete vezes, e em quatro delas nos é dito que estão "afiadas" (Apoc. 14,17,18).
A literatura antiga utiliza-se da colheita como figura simbólica da morte e da destruição. A morte geralmente é personificada como sendo um esqueleto que brande sua foice. Será uma colheita amarga. Contudo, ela será feita de acordo com a semeadura! (G1 6.7,8) .
A localização geográfica do Armagedom tem sido aceita como sendo toda a planície de Asdraelom,
que se estende desde o monte Tabor até o Mediterrâneo. Porém, essa grande batalha estender-se-á por toda a Terra Santa. 
Os intérpretes oferecem vários sentidos para a palavra "Armagedom", não chegando, portanto, a um consenso geral. Alguns pensam que o vocábulo significa "monte de Megido", outros, "cidade de Megido", outros, "monte da assembléia" e, ainda outros, "sua colina frutífera".
 O termo "Armagedom" é registrado apenas uma única vez nas Escrituras, em Apocalipse 16.16, que diz: "E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom". Em
Apocalipse 14.10,20, este local é mencionado como sendo "um lagar" — lugar conhecido pelos vinhateiros da Palestina como "lugar de pisar uvas amadurecidas". Tal expressão, de acordo com o significado do pensamento, tornou-se também um nome profético de Armagedom.
A palavra origina-se também de uma raiz hebraica, ["Há-Magedon"], que significa "derrubar, matar, cortar, decepar, ou lugar de mortandade", e é o que Megido sempre foi. 
O Dr. J. A Seiss diz que a palavra "Megido" significa também "abater o alto", talvez pelo motivo de que a cidade de Megido fica encravada numa elevação acima do vale de Jezreel. Seja como for, esta palavra, em sua forma de expressão, sempre remete a um sentido de mortandade. 
Para muitos comentaristas, o monte Tabor também deve fazer parte neste contexto profético. Nele, pensam alguns, nosso Senhor Jesus falou da volta do Filho do Homem e da chegada de seu Reino com poder, o que o serviria de elo a todos os acontecimentos ligados ao
Armagedom. 
O monte Tabor eleva-se a uma altura de 588 metros, dominando a planície que se estende a seus pés. Achase a cerca de 630 metros acima do nível do mar e é o mais pitoresco e impressionante monte da Galiléia. Davi canta em louvor a Deus dizendo que "o Norte e o Sul, tu os criaste; o Tabor e o Hermom regozijam-se em teu nome" (SI 89.12).
Tal expressão, ligando o Tabor com o Hermom, deve ligar tanto um como o outro na categoria de "alto monte" da Terram Santa. 
Para o salmista, a força e beleza destas montanhas são testemunho do Criador.
Na antiguidade, o Tabor servia de fronteira entre as tribos do norte e as do sul. Ele era considerado sagrado por Israel, por ter sido testemunha da glória de Deus manifestada na importante vitória de Baraque, predita pela profetisa Débora, sobre o exército cananeu de Sísera (Jz 4.6). 
A aldeia árabe aos pés do monte é chamada "Daburieh", em honra à profetisa Débora. Também para os cristãos o monte Tabor é um lugar santo, pois foi escolhido por Jesus para ser o local da sua
transfiguração (Lc 9.28-36). 
O cume do monte Tabor tem 1 quilômetro de comprimento por cerca de 400 metros de largura e é rodeado pelos restos de uma fortaleza construída no século XIII pelos muçulmanos. Em 1924, os franciscanos edificaram ali uma igreja, a Igreja da Transfiguração, incorporando à nova construção os restos das igrejas anteriores.
Além dos vestígios da igreja bizantina do século VI e da igreja cruzada do século XII há, ainda, ruínas de antigas fortalezas e mosteiros. Do topo do monte descortina-se uma esplêndida vista de quase toda a região. O Anticristo aproveitar-se-á de todas as elevações naturais tanto da Terra Santa como de outras partes do mundo para que nelas sejam instaladas suas bases de guerras, cuja finalidade é o apoio incondicional a seu poderio destruidor.
Portanto, não é vão que Deus removerá todos os montes e ilhas de seus lugares, cuja operação sobrenatural desarticulará todo e qualquer sistema montado pelo Anticristo e seus seguidores. Neles se cumprirá o que está escrito da parte do Senhor pelo profeta Isaías: 
"... a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo" (Is 28.17). A operação divina será enviada contra aqueles que se refugiaram nas falsas promessas do Anticristo e contra as forças do mal. 
O juízo será regrado pela linha, e a justiça pelo prumo. Ninguém escapará, porque a varredura de Deus dar-se-á como uma espécie de manto de fogo abrasador, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo, e aquele que escapar com vida, tão somente ouvir tal notícia causará grande perturbação em seu coração (Is 28.19). 
 A Cidade de Megido: 
Como Era antes e como É atualmente.
Devemos ter em mente que as expressões anteriores tomadas para descrever e dar significado ao Armagedom não se referem precisamente ao vale de Armagedom, mas sim à "cidade de Megido". Quando Israel conquistou Canaã, a cidade de Megido era uma fortaleza cananéia de grande poder militar. 
Também com o sentido de fortaleza e cidade, a frase ocorre em outras partes das Escrituras, tais como: "... às águas de Megido" (Jz 5.19). Outro sentido pode ser o de um vale, propriamente dito: "... vale de Megido" (2 Cr 35.22; cf. Zc 11.11). 
A antiga cidade de Megido, não a planície, está localizada no lado sul do vale de Jezreel, onde o "Caminho do Mar" (Via Maris) deixa a planície e passa através de um longo e estreito desfiladeiro, continuando na direção da planície Sharon, pelo litoral. 
A cidade está estrategicamente situada na abertura deste desfiladeiro, que era a principal via de comunicação que ligava o Egito e o sul com a Síria e o norte. O desfiladeiro é, portanto, passagem obrigatória, e Megido, um ponto estratégico, tanto para os povos que se estendiam na
fértil costa do Mediterrâneo como para conquistadores ocidentais que invadiam o norte e o leste da Terra Santa. 
Os portões da cidade foram testemunhas de muitas batalhas. 
No tempo do reinado de Jorão, filho de Acabe, havia um ponto de espionagem chamado "torre de Jezreel", onde ficava o "atalaia" observando qualquer aproximação de exércitos inimigos (2 Rs 9.17). Alguns comentaristas têm até pensado que, por causa disso, "Armagedom" significa: "torre de vigia" e ainda outros, "lugar de mortandade".
Entre 1935 e 1939, Megido foi escavada pelo Instituto Oriental da Universidade de Chicago. As escavações, cobrindo uma área de 13 acres, revelaram as ruínas de 20 cidades superpostas, cada uma delas representada por uma camada de ruínas distintas. Atualmente, novos dados arqueológicos revelaram cerca de 23 ruínas de cidades superpostas. O vale do Armagedom,
como relatado por João em sua visão apocalíptica, será o cenário do golpe final desferido por Cristo sobre o Anticristo e suas hostes. 
A besta e os seus exércitos, apavorados com as manifestações sobrenaturais pela presença espantosa do
Senhor, deixarão Jerusalém e irão para aquele vale, procurando reunir-se e organizar-se "... para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército". 
O apóstolo João menciona ainda o local: "E os congregaram no
lugar que em hebreu se chama Armagedom" (Ap 16.16). Ele diz que esta convocação foi orientada por "três espíritos imundos, semelhantes a rãs", durante o derramamento da "sexta taça". "E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente. 
E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs, porque são espíritos de
demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha,
naquele grande Dia do Deus Todo-poderoso" (Ap 16.12-14). Estas hostes do mal incitarão as hordas asiáticas (os reis do
Oriente), os quais se ajuntarão com (os reis de todo o mundo),"... para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-poderoso... e os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom" (Ap 16.14,16). A primeira ação poderosa de Cristo ali é a prisão da besta e de seu falso profeta. João descreve este momento da seguinte forma: 
"E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre" (Ap 19.20). Para Jesus, sua vitória final, ali naquele vale, torna-se bastante significativa. 
Nazaré, onde Ele passou sua infância e juventude, está situada na Baixa Galiléia, cerca de 15 quilômetros ao norte da planície de Armagedom. Ali, em Nazaré, seus pais nasceram e viveram, e ali Ele fora criado. Armagedom era a primeira paisagem contemplada por Jesus quando os raios matinais estendiam-se como uma espécie de manto cobrindo a Terra Santa. 
Evidentemente, naquele grande dia, Cristo relembrará todo aquele quadro vivido em sua infância naquela região.
Porém, sua volta a esta terra se dará de maneira diferente; não mais como uma criança indefesa, mas com poder e grande glória.
Estudos proféticoi interessantes é fruto de pesquisas bíblicas e históricas.