O Princípio de Tudo. 1:1 - 11:32.
A Criação de Deus. 1:1 - 2:25.
Gênesis 1. - Deus é o Criador de todas as coisas. Desde o começo aqui no Livro de Gênesis, a poderosa luz da revelação de Deus, focaliza o Todo o Seu Poder. Ele é o Princípio e a Causa a Fonte de tudo o que existe hoje no mundo.
Ele criou todas as coisas e os seres que iriam se se encaixar em Seus planos para os séculos.
Todo o material necessário para Sua obra posterior, Ele o criou milagrosamente.
No princípio.
O autor sagrado nos lava além do limite do tempo, para a eternidade insondável, embora nos faltem palavras quando procuramos dar uma ideia do estado de cada coisa antes do limite do tempo.
Ele não dá uma indicação de data tangível para este princípio.
A narrativa retrocede no tempo que precede o calendário dos acontecimentos.
Criou Deus.
A sublime certeza da revelação baseia se nesta grandiosa afirmativa.
Deus o fez por si só tudo, ele não perguntou para ninguém, como um engeiro que resolve criar uma obra.
Nada mais pasmoso poderia ser declarado.
Elohim é a palavra mais usada para "Deus" no hebraico, aramaico e árabe.
Na realidade é plural em sua forma, mas é usada com o verbo no singular.
Talvez o plural seja melhor explicado se disséssemos que indica "plenitude de poder" ou dignidade excepcional e grandeza ilimitada Dele próprio.
Neste Um estão reunidos todos os poderes da eternidade e da infinidade.
Criou.
( usando bara); é um verbo usado exclusivamente para com Deus.
O homem não poderia atingir as alturas do poder inerente a esta palavra, por ela descreve se o milagre completo a existência.
Pelo poder soberano e criativo de Deus algo absolutamente novo foi dado criado, à luz.
Os céus e a terra.
Aqui o autor focaliza o interesse sobre todos os setores do mundo acima, à volta de Gênesis e abaixo. Nesta frase ele inclui o universo completo como era conhecido (ou poderia vir a ser conhecido) pelos hebreus, e todo o material primário necessário para fazer os sóis, os planetas, as estrelas, as nebulosas, as galáxias, as moléculas, os átomos, os elétrons e todas as coisas e seres específicos sobre a terra.
Os homens da ciência revelam que nossa galáxia contém mais do que
100 bilhões de estrelas, e que o nosso sol fica a 240 trilhões de quilômetros do centro de nossa galáxia.
Nossa galáxia é apenas uma das que compõem um pequeno agrupamento de 19 galáxias, ficando a mais próximo a 30 milhões de anos-luz (240 milhões de trilhões de quilômetros).
O ano-luz não é uma unidade de tempo como é comum se pensar, mas corresponde à distância percorrida pela luz em um ano, sendo, portanto, uma unidade de distância.
"Para mensurarmos o valor de 1 ano-luz em quilômetros, partimos do valor definido da velocidade da luz, que é de 300.000 Km/s ou 300.000.000 m/s.
Sabendo que velocidade é fruto da razão do espaço pelo tempo, e fazendo a transformação de 1 ano em segundos, temos:"
O que é ano-luz?"
"1 ano = 365 dias.24h.3600s = 31.536.000s
V = d
t
300.000.000 = d / 31.536.000 → d = 300.000.000. 31.536.000
d ≈ 9.460.080.000.000.000 m ≈ 9,461 .1015 m ≈ 9,461 .1012 Km
Podemos concluir que 1 ano-luz é, aproximadamente, 10 trilhões de quilômetros!"
Nossos cientistas pesquisadores, por mão de poderosos telescópios, certificaram-se razoavelmente de que existem mais de um bilhão de galáxias.
Eles calculam o número das estrelas destas galáxias em aproximadamente 100 quintilhões.
O poder das velas de uma dessas galáxias é igual ao de 400 milhões de sóis.
Quando um homem volta os olhos para esta imensa criação e compara o que vê com a narrativa inspirada do escritor sobre a sua origem, seu coração tem de se encher de espanto.
Ele conhece a mão de Deus na beleza e ordem do sistema solar e no poder do átomo. Quer olhe para o sol (positivamente carregado) atraindo os planetas (negativamente carregados) ou examine o núcleo
(positivamente carregado) no coração do átomo, atraindo cada elétron (negativamente carregado) no seu equilíbrio, sente a sabedoria, o poder e a grandeza de Deus.
À luz de tudo isso, um homem reverente inclina-se diante do seu Criador em espanto e genuína dedicação, e explode em adoração, culto, ação de graças e incontido louvor. A sublime criação do
Senhor é este ser, grandemente amado, que Ele escolheu para criar à Sua própria imagem,
A terra, porém, era sem forma e vazia. (tôhú wâbôhü). O inspirado autor rapidamente volta sua atenção para a terra, pois sua história se relaciona com os planos e provisões divinas para a vida humana neste planeta.
Ele descreve a terra em seu estado caótico.
Havia plenitude de material à disposição para cada obra que Deus planejou criar, embora em estado caótico - ermo, vazio, escuro.
Seis dias cheios de criatividade fariam mudanças fenomenais no nosso espaço.
O propósito de Deus não poderia ser satisfeito até que Seu toque milagroso fizesse algo com este caos. Até mesmo as trevas (freqüentemente associadas, nas Escrituras, com o mal) seriam subjugadas a Sua vontade.
O Espírito de Deus pairava sobre a criação (rúâh. . . merahepet).
As palavras descrevem a presença de Deus, transmissora de energia, envolvendo e acariciando o caos e a terra devastada sem forma, enquanto se preparava para completar a Sua criação.
Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor e não há outro. Isaías 45:18.
Como uma devotada ave à volta do seu ninho, Ele se movia prodigalizando o Seu amor ao mundo recém-criado.
Disse Deus:
Haja luz.
O autor apresenta a primeira palavra criativa de Deus.
Com facilidade incrível e ação deliberada, o Deus onipotente criou a luz. Ele enunciou a Sua palavra, e instantaneamente Sua vontade foi realizada conforme relato bíblico (Sl. 33:6, 9).
A luz foi a resposta de Deus ao domínio das trevas.
Foi a primeira ação positiva do Senhor, o primeiro gol para concluir seu integral programa da criação. Sem ela, os passos seguintes seriam sem significado.
O Apóstolo João nos conta que "Deus é luz" (1 Jo. 1:5).
E viu Deus que . . . era boa.
Quando o Criador olhou para o produto de Sua vontade, encontrou-o perfeitamente completo e admirável; ficou satisfeito.
Esta declaração foi feita sete vezes.
Cada um dos atos criativos de Deus foi perfeito, completo, agradável, satisfatório.
É bom lembrar que esta foi a mesma luz que os humanos veem e desfrutam até hoje.
Tarde e manhã.
No livro de Gênesis, a tarde sempre precede a manhã.
A criação da luz acabou com o reino das trevas e começou o primeiro dia.
Alguns mestres da bíblia, acham que uma vez que isto aconteceu antes da criação do sol e da lua, quer dizer, a passagem do primeiro dia, é incorreto falarmos de dias de vinte e quatro horas até chegarmos a esse ponto no programa do Criador em que aparece o sól. Isso fica por conta da hermenêutica teológica.
Sem data.
A referência aqui é a um dia de Deus, e não ao dia comum limitado por minutos e horas sem o sól.
O começo de cada ato da criação é chamado manhã, e a conclusão desse específico ato divino é chamado tarde.
Firmamento (expansão) no meio das águas.
A palavra hebraica representa algo que foi batido ou pressionado para cobrir uma superfície extensa.
O escritor sugere aqui uma expansão acima da terra retendo grandes reservatórios de água a serem soltos para a chuva.
Apareça a porção seca.
Em um certo ponto, a água cobria tudo.
No terceiro dia, contudo, o Senhor criou a terra e o reino vegetal.
Por meio do Seu divino poder fez aterra emergir de dentro da grande massa de águas e formou a porção seca (cons. Sl. 104:6-8; Jó 38:8-11).
Do solo, sob ordem expressa de Deus, brotou vegetação viva, e logo cobriu a terra com beleza e providenciou alimento para as criaturas vivas.
Haja luzeiros.
A palavra hebraica mêôrôt descreve os luminares ou instrumentos de luz.
Por meio desses luminares, a terra recebeu a luz necessária para sustento da vida.
Eles deviam governar o dia e a noite (v. 16), servirem de sinais para as estações e dar luz à terra.
A narrativa torna fato que Deus os fez e então os colocou no devido lugar.
De acordo com o esquema divino, o sol, a luz e as estrelas, todos foram criados para a execução de Sua vontade específica. Povoem-se as águas de enxames de seres viventes. Descreve o aparecimento súbito de hostes de peixes e seres alados.
Tinham o propósito de fornecer outra demonstração visível do poder do Criador. Com o seu aparecimento, havia vida e também atividade sobre a terra.
E havia, além disso, uma sucessão infinita de criaturas vivas, todas feitas pela poderosa mão de Deus.
Grandes animais marinhos (E.R.C., grandes baleias). Literalmente, animais estirados que rastejam, ou deslizara sobre a terra, dentro ou fora da água, tais como as serpentes, enguias, peixes e lagartos.
O Senhor pronunciou sobre eles a Sua bênção e ordenou que fossem fecundos e se multiplicassem.
O progresso da atividade criadora de Deus progredia na direção da criação do homem.
Façamos o homem.
O momento supremo da criação chegou quando Deus criou o homem.
A narrativa apresenta Deus convocando a corte celestial, ou dos outros dois membros da Trindade, a fim de que toda a atenção fosse dada a este acontecimento.
Alguns comentadores, entretanto, interpretam o plural como um "plural de majestade", indicando dignidade e grandeza.
A forma plural da palavra Deus, Elohim, pode ser explicada mais ou menos da mesma forma.
O Senhor está representado concedendo atenção fora do comum a um assunto
cheio de muito significado. À nossa imagem (selem), conforme a nossa semelhança (demut).
Embora estes dois sinônimos tenham significados separados, aqui não há necessidade nenhuma de se fazer algum esforço para apresentar os diferentes aspectos do ser divino.
Está claro que o homem, como Deus o criou, era distintamente diferente dos animais já criados. Ele estava em um patamar muito mais alto, pois Deus o criou para ser imortal, e fez dele
uma imagem especial de Sua própria eternidade. O homem era uma criatura que o seu Criador podia visitar e ter amizade e comunhão com ele.
De outro lado, o Senhor podia esperar que o homem lhe correspondesse e fosse digno de Sua confiança. O homem foi constituído possuidor do privilégio da escolha, até o ponto de desobedecer ao Seu Criador, Ele tinha de ser o representante e mordomo responsável de Deus sobre a terra, fazendo a vontade do seu Criador e cumprindo o propósito divino.
O domínio do mundo seria entregue a esta nova criatura (cons. Sl. 8:5-7).
Ele foi comissionado a subjugar (kábash, "pisar sobre") a terra, e a seguir o plano de Deus e enchê-la com sua gente.
Esta sublime criatura, com seus incríveis privilégios e pesadas responsabilidades, tinha de viver e movimentar-se regiamente. Muito bom (tôb meôd).
Quando o Senhor olhou para o resultado final de seus atos criadores, expressou deleite peculiar e
satisfação extrema. Tudo no universo, desde a maior das estrelas até a menor das folhinhas, produziu alegria no Seu coração. Era uma linda sinfonia.
A satisfação do Criador aqui se expressa em linguagem concisa ainda que vívida.
2:1,2. Acabados (keilâh) . . . descansou (sheibat) . . . santificou (keidash). Quando o Criador pronunciou Sua aprovação sobre tudo o que tinha feito, inclusive o homem, a coroa da criação, declarou a conclusão da obra. No momento não daria início a mais nada. Entretanto, Ele
santificou um dia de completo descanso.
A palavra hebraica, sheibat, pode ser traduzida para "desistiu" ou "cessou" ou "interrompeu".
Durante este período até Deus descansaria das atividades criadoras (cons. Êx. 20:11; 31:17).
O dia sétimo foi separado para ser santificado e respeitado através dos anos como um lembrete de que Deus designou uma estação de descanso, refrigério e completa cessação de todo trabalho ordinário,
labuta e luta.
Esta é a gênese (tôledôt).
A palavra hebraica vem de um verbo significando procriar ou gerar filhos.
Poderia ser traduzido para "gerações".
Esta declaração pode ser uma referência a Gênesis 1. A LXX traduz assim:
Este é o Livro do Gênesis.
Alguns eruditos traduziriam para:
A história dos céus e da terra.
A descendência do céu e da terra foi assim descrita.
O Senhor Deus (Jeová).
Pela primeira vez apresenta-se o nomeYahweh, ou Jeová (cons. Êx. 6:2,3). Jeová é o Deus da aliança pessoal com Israel, que é ao mesmo tempo o Deus do céu e da terra. O nome transporta a ideia de auto existência eterna do Autor de toda a existência.
É a expressão da amorosa benignidade, graça, misericórdia, autoridade e eterno relacionamento de Deus com os seus escolhidos que foram criados à Sua imagem.
O relacionamento especial de Jeová com Israel seria descrito mais detalhadamente quando Ele aparecesse na sarça ardente perto do Sinai. Aqui o Autor da vida está identificado com o divino Criador de Gênesis 1.
Uma neblina subia... e regava diz a gênese.
A fim de preparar o solo para a realização de Sua tarefa, de produzir, o Criador forneceu a umidade.
A tradução costumeira refere-se a um chuvisqueiro, ou neblina.
É possível que a palavra traduzida para neblina na E.R.A. (id) pode ser traduzida para "rio" ou "correnteza".
A primeira forma é a preferível.
De qualquer forma, a neblina foi a maneira que Deus usou para realizar a Sua vontade em relação ao solo. Ação contínua está expressa.
Formou (yeiseir) o Senhor Deus ao homem do pó da terra.
Novamente os dois nomes para Deus estão ligados em antecipação ao acontecimento que marcou época. A palavra yeiseir foi usada para dar a idéia de um oleiro trabalhando, moldando com suas mãos o material que tinha nas mãos (cons. Jr. 18:3, 4).
O mesmo verbo foi usado para descrever o quadro da formação de um povo ou nação. O corpo do
homem foi feito do pó da terra, enquanto o seu espírito veio do próprio "fôlego" de Deus ou bafo.
Pode se dizer que ele é literalmente uma criatura de dois mundos ambos, a terra e os céus, têm direitos sobre ele humano.
Observe as três declarações:
Formou (yeiseir) Jeová ao homem do pó ...
E lhe soprou (neipah) nas narinas o fôlego de vida.
E e o homem passou a ser (heiyeih) alma vivente.
O primeiro passo foi importantíssimo, mas o pó umedecido estava longe de ser um homem até que o segundo milagre se completasse.
Deus comunicou a Sua própria vida a essa massa inerte de substância que Ele já criara e lhe deu forma. O fôlego divino permeou o material e o transformou em um ser vivente.
Esta estranha combinação de pó e divindade deu lugar a uma criação maravilhosa conforme podemos ler na Bíblia em (cons. I Co. 15:47-49) feita à própria imagem de Deus.
Como ser vivente, o homem estava destinado a revelar as qualidades do Doador da vida. Esta linguagem das Escrituras não sugere que o homem tivesse semelhança física com Deus.
Antes, ele foi feito semelhante a Deus nos poderes espirituais no caso. Ele recebeu os poderes de pensar e sentir, de se comunicar com os outros, de discernir e discriminar, e, até certo ponto de determinar o seu próprio caráter.
Um jardim (gan) no Éden (biêden).
O autor apresenta Deus plantando um lindo jardim para Suas novas criaturas. O Éden. A palavra significa um cercado ou um parque.
A LXX usa, aqui, um termo que dá base para a nossa palavra "paraíso".
O trabalho do homem neste jardim era o de exercer domínio servindo - uma boa combinação. As obrigações provavelmente eram rigorosas, mas agradáveis.
O Éden, ou a terra do Éden, ficava provavelmente na parte baixa do vale da Babilônia. Embora
tenha se reivindicado outras localizações para o Éden, as evidências parecem apontar para o setor entre o Tigre e o Eufrates como o berço da civilização.
A palavra hebraica Éden provavelmente significa "encantamento", "prazer" ou "deleite". Neste sossegado lugar de indescritível beleza, o homem devia desfrutar da comunhão e do companheirismo do Criador, e trabalhar de acordo com o esquema divino para a realização de Sua vontade perfeita.
Árvores magníficas forneciam alimento para o sustento, mas o homem teria de trabalhar para cuidar delas. Um adequado suprimento de água era fornecido por um vasto sistema de irrigação, um emaranhado de rios que brotavam dentro e à volta do jardim, dando-lhe vida.
A fim de orientar o homem no pleno desenvolvimento moral e espiritual, Deus lhe deu ordens específicas e uma proibição específica para governar seu comportamento. Também lhe deu o poder de escolher e apresentou-lhe o privilégio de crescer no favor divino.
Assim começou a disciplina moral do homem o ser humano.
Uma auxiliadora que lhe seja idônea ('izer kenegdô).
O inspirado autor revela indiretamente aqui, a natural solidão do homem e a sua insatisfação. Embora muito se fizesse por ele, ainda estava consciente de uma falta. O Criador não terminara ainda. Ele tinha planos de fornecer lhe uma companheira que pudesse satisfazer os anseios do coração do homem. Criado para a comunhão e o companheirismo, o homem só poderia desfrutar inteiramente da vida se pudesse partilhar do amor, da confiança e da devoção no íntimo círculo do relacionamento familiar. Jeová tornou possível que o homem tivesse uma auxiliadora... idônea.
Literalmente, uma auxiliadora que o atenda. Ela teria de partilhar das responsabilidades do homem, corresponder à natureza dele com amor e compreensão, e cooperar de todo o coração com ele na
execução do plano de Deus.
Fez cair (beinâ) pesado sono (tardimâ).
Hoje em dia os médicos usam diversos anestésicos para produzirem sono profundo. Não sabemos que meios ou métodos o Criador usou para induzir Adão nesse pesado sono que o deixou inconsciente dos acontecimentos.
Isto faz parte de um mistério.
Certamente a misericórdia divina foi exibida neste milagre.
O Eterno estava criando não apenas um outro indivíduo, mas um indivíduo novo, totalmente diferente, com outro sexo. Alguém já disse que "a mulher foi tirada não da cabeça do homem para governar
sobre ele, não dos seus pés para ser pisada por ele, mas do seu lado, de sob o seu braço, para ser protegida, e de perto do seu coração, para ser amada".
Na história da criação ela também está representada dependendo inteiramente de seu marido e incompleta sem ele. Do mesmo modo, o homem jamais é inteiramente completo sem a mulher. Essa é a vontade de Deus.
Uma vez que a mulher foi formada do lado do homem, ela tem a obrigação de permanecer ao seu lado e
de ajudá-lo. Ele tem a obrigação de lhe dar a proteção e defendê-la com o seu braço. Os dois seres
formam um todo completo, a coroa da criação.
O autor do Gênesis declara que Deus transformou (beinâ) a costela que tirou do homem em
uma mulher. A mão que moldou o barro para fazer o corpo do homem, pegou uma parte do corpo vivo do homem e transformou-o em uma mulher.
E lha trouxe.
Quando Deus terminou essa nova criação, Ele "a deu" em casamento ao seu marido, estabelecendo assim a eternamente significativa instituição do casamento.
Uma vez que o Criador instituiu o casamento, este constitui um relacionamento sagrado do homem com a mulher, envolvendo profundo mistério e proclamando sua origem divina.
O amoroso coração de Deus sem dúvida se regozijou com a instituição de um relacionamento que devia ser sublime, puro, santo e agradável para a humanidade.
Esta, afinal, é . . . carne da minha carne.
O homem reconheceu nesta nova criação uma companheira divinamente criada para atender a todos os anseios do seu faminto coração para a execução. Da santa vontade de Deus.
Varoa ('ishshâ) . . . varão (ish).
Estas duas palavras hebraicas são muito parecidas, até mesmo no som.
A única diferença entre elas é que a palavra "mulher" tem um sufixo feminino. Léxicos mais recentes declaram que estas palavras não são etimologicamente relacionadas.
Não há, entretanto, nenhuma base para rejeitarmos a opinião anterior de que a palavra "mulher" vem da palavra "homem". Por isso . . . o homem. . . se une (deibaq) à sua mulher.
O Criador estabeleceu a base completa para o casamento monogâmico.
Rashi, o grande comentador hebreu, declara que estas palavras são um comentário específico do Espírito Santo. O comentário final sobre a união de marido e mulher foi feito por nosso Senhor Jesus Cristo, quando disse:
"Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unirse-á a sua mulher.
E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mc. 10:7-9). Deus planejou que os laços matrimoniais deveriam ser terminantemente indissolúveis. Se une (deibaq) significa
"colar-se a" sua esposa (sua própria esposa).
A palavra "mulher" está no singular.
O homem, que é o mais forte, é o que deve unir-se a ela. A esposa ficará segura ao marido, se ele exercer sobre ela o tipo de poder amoroso descrito neste versículo. "O que Deus ajuntou não o separe o homem". Esta é uma declaração antiga, mas é verdadeiramente a palavra de Deus para todos os corações da atualidade e para sempre. Como é notável que um relacionamento tão exatamente descrito por Moisés há séculos atrás, continue enraizado na verdade eterna e no decreto divino!
A santidade do casamento fundamenta-se no próprio coração das Escrituras, e ficou eternamente destacada pelo Espírito Santo, como necessidade básica.
Deus quis que as criaturas feitas à Sua imagem fossem Seus vasos escolhidos para a edificação de um lar que Lhe fosse agradável. No N.T. o Espírito revela, o relacionamento divinamente estabelecido entre o homem e a mulher, baseia-se na ordem da criação na liderança da família exercida pelo marido na santidade eterna dos votos matrimoniais; no tipo de amor que deveria unir o esposo à esposa, e na pureza que deveria caracterizar aquelas que tipificam a Esposa por quem Cristo deu a Sua vida.